TEMPO PASCAL
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1.- O Mistério Pascal é de tal importância na vida litúrgica da Igreja e na vida e actividade apostólica de todos os redimidos pelo Sangue de Cristo, que a sua celebração se prolonga por 50 dias, número cheio de significado, pois exprime também a plenitude da salvação definitivamente alcançada por Jesus Ressuscitado e por Ele oferecida aos homens.
Neste tempo litúrgico, chamado Tempo Pascal, a Igreja faz-nos saborear toda a riqueza de doutrina e de vida, encerrada no Mistério da Redenção.
A partir da Vigília Pascal, até ao Pentecostes, como se todo este tempo fosse "um único grande domingo" (S. Atanásio), a Liturgia revive, "na alegria e na exultação", os diferentes aspectos do único e grande mistério - "Cristo ressuscitado, nossa salvação".
Deste modo, a Páscoa, a Ascensão e o Pentecostes não são acontecimentos distintos, isolados.
São três momentos históricos da vida do Ressuscitado, através dos quais se completa e aperfeiçoa o plano divino da Redenção.
2 . - Este carácter unitário do Tempo Pascal é bem sublinhado pela Liturgia, ao chamar aos Domingos que nele ocorrem, "Domingos de Páscoa" e ao recordar, na Missa vespertina da Vigília de Pentecostes, que o Senhor quis "encerrar a celebração da Páscoa no tempo sagrado de cinquenta dias".
Verdadeira Primavera espiritual, este "tempo sagrado é", por excelência, o tempo da alegria cristã.
Essa alegria, que tem a sua expressão no cântico triunfal do Aleluia, com tanta frequência repetido neste tempo litúrgico, nasce da certeza de que Jesus Cristo está vivo e presente no meio de nós, como no-lo indica o círio pascal, que continua a iluminar as nossas assembleias, até ao Pentecostes.
3 . - O Tempo Pascal é também tempo de esperança.
Os cinquenta dias da celebração pascal são uma celebração antecipada dos bens do Céu, "do tempo da alegria, que virá depois, do tempo do repouso, da felicidade e da vida eterna.
Hoje cantamos o Aleluia pelo caminho; amanhã será o Aleluia na prática" (S. Agostinho).
Durante o Tempo Pascal, as Leituras do Antigo Testamento são substituídas pelos Actos dos Apóstolos, em que S. Lucas nos narra a origem do novo Povo de Deus, sob a acção de Jesus Ressuscitado, nos transmite a pregação dos Apóstolos e nos descreve a vida da primeira comunidade cristã, assim como a difusão da fé.
Comunidade em que Jesus Cristo Ressuscitado vive e age, na Igreja continua-se, na verdade, a História da Salvação.
Nela, os anúncios dos profetas estão em vias de realização.
Quanto à 2ª Leitura, temos, no Ano A, S. Pedro com a sua 1ª Carta, de profundas características Pascais.
A proclamação do Mistério Pascal, feita pelo Chefe da Igreja, nos Actos dos Apóstolos(1ª Leitura), prolonga-se assim na 2ª Leitura.
Nos Anos B e C, S. João refere-nos o testemunho daquele que «viu com os seus olhos e tocou com as suas mãos o Verbo da Vida»(1 Jo.1/1).
A sua 1ª Carta, em que sobressaem os grandes temas do Discípulo amado a saber, a fé em Jesus, a salvação operada pela sua paixão e a lei da caridade, é lida no Ano B.
No Ano C, a 2ª Leitura é tirada do misterioso Livro, o Apocalipse, em que S. João, profeticamente, descreve o desenvolvimento triunfal do Povo de Deus, através dos tempos, e a sua vida na glória celeste.
Todos os Evangelhos, à excepção de dois, são extraídos igualmente, de S. João.
Todas as leituras do Tempo Pascal estão intimamente unidas entre si.
Todas falam da fé em Cristo Ressuscitado e da vida da Igreja, reunida pela fé no Senhor Jesus.(Missal Popular).
Nascimento
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