Enc: [MUNDO CATÓLICO] QUARESMA DE 2012 - 28 de Março - RECONCILIAÇÃO SACRAMENTAL Som !

 

Paz e bem!
AUGUSTO CÉSAR RIBEIRO VIEIRA
Teresópolis - RJ
"Verdadeiramente és admirável, ó Verbo de Deus, no Espírito Santo, fazendo com que ele se infunda de tal modo na alma, que ela se una a Deus, conheça a Deus, e em nada se alegre fora de Deus" (Sta. Maria Madalena de Pazzi)

----- Mensagem encaminhada -----
De: "nascimentoja@shaw.ca" <nascimentoja@shaw.ca>
Para: Undisclosed-Recipient@yahoo.com
Enviadas: Terça-feira, 27 de Março de 2012 20:38
Assunto: [MUNDO CATÓLICO] QUARESMA DE 2012 - 28 de Março - RECONCILIAÇÃO SACRAMENTAL Som !

 

QUARESMA DE 2012

                             QUARTA – FEIRA -  28 de Março

                                               

                                                                           RECONCILIAÇÃO SACRAMENTAL !           

 

                   

            Destruído pelo pecado o estado de inocência, e adulterado o Plano da Providência de Deus, só nos resta o  caminho da Reconciliação em ordem à nossa plena Justificação.

 

Dado que o pecado destrói a nossa amizade com Deus, nos separa d'Ele e enfraquece as nossas relações com os outros seres humanos, a Reconciliação significa exactamente o efeito da Redenção de Cristo para a raça humana e restaura as relações de amizade entre Deus e a comunidade humana.

     Diz o Catecismo da Igreja Católica :

            1443. - Durante a Sua vida pública, Jesus não somente perdoou os pecados, como também manifestou o efeito desse perdão : Reintegrou os pecadores perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os tinha afastado ou mesmo excluído.

            Sinal bem claro é o facto de Jesus admitir os pecadores à sua mesa, e mais ainda : de se sentar à mesa deles, gesto que ao mesmo tempo exprime, de modo desconcertante, o perdão de Deus e o regresso ao seio do povo de Deus.

            Uma vez que o impacto total da salvação de Cristo no mundo continua a manter o poder contra as forças do mal e do pecado, a total Reconciliação da raça humana, é uma realidade que se há-de consumar no fim dos tempos, segundo os planos da História da Salvação.

            Precisamente, porque a nossa conversão do pecado em troca da graça e misericórdia de Deus é continuamente renovada na Confissão, a Igreja começou nos últimos tempos a chamar à Confissão o Sacramento da Reconciliação.

            Isto significa também que o pecado nos separa de Deus, bem como nos separa do corpo da Igreja e assim, o Sacramento da Reconciliação reconcilia-nos com Deus e com a comunidade do seu Povo, a Igreja .

            Diz o Catecismo da Igreja Católica :

            1444. - Ao fazer os Apóstolos participantes do seu próprio poder e de perdoar os pecados, o Senhor dá-lhes também autoridade para reconciliar os pecadores com a Igreja. Esta dimensão eclesial do ministério apostólico exprime-se, sobretudo, na palavra solene de Cristo a Simão Pedro : "Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus; tudo o que ligares na Terra ficará ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra ficará desligado nos Céus" (Mt.16/19). "Este mesmo encargo de ligar e desligar, conferido a Pedro, foi também atribuído ao colégio dos Apóstolos unidos à sua cabeça (Mt. 18,18; 28,16-20) ".(LG 22).

            S. Paulo aplica o termo da Reconciliação ao processo da nossa salvação :

            - "Tudo isto vem de Deus, que por meio de Cristo nos reconciliou Consigo e nos confiou o ministério da Reconciliação. - Porque era Deus que reconciliava Consigo o mundo, em Cristo, não lhe levando mais em conta os pecados dos homens e pondo nos nossos lábios a mensagem da reconciliação". (2 Cor. 5,18-20).

            A morte reconciliadora de Cristo é mais explícita na Carta aos Romanos :

            - "Se, de facto, sendo nós inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de Seu Filho, com muito mais razão, depois de reconciliados, seremos salvos pela Sua vida". (Rom 5,10).

            A Reconciliação é necessária para a Unidade da Igreja, mas esta unidade ultrapassa as capacidades humanas.

            Diz o Catecismo da Igreja Católica :

            822. - A preocupação de realizar a união "diz respeito a toda a Igreja, fiéis e pastores"( UR 5). Mas também se deve "ter consciência de que este projecto sagrado da reconciliação de todos os cristãos, na unidade de uma só e única Igreja de Cristo, ultrapassa as forças e capacidades humanas".  Por isso, pomos toda a nossa esperança "na oração de Cristo pela Igreja, no amor do Pai em relação a nós e no poder do Espírito Santo" (UR 24).

            981. - Depois da Ressurreição, Cristo enviou os Apóstolos "a anunciar a todos os povos o arrependimento em seu nome, com vista à remissão dos pecados" (Lc-24,47). Este "mistério da reconciliação" (2 Cor.5,18), os Apóstolos e seus sucessores não o cumprem somente anunciando aos homens o perdão de Deus que nos foi merecido por Jesus Cristo, ou chamando-os à conversão e à fé ; mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Baptismo e reconciliando-os com Deus e coma a Igreja, graças ao poder das chaves recebido de Cristo .

            2608. - A partir do sermão da montanha, Jesus insiste na conversão do coração, a reconciliação com o irmão antes de apresentar a oferta no altar ; o amor dos inimigos e a oração pelos perseguidores ; orar ao Pai "no segredo" (Mt.6,6) ; não se perder em fórmulas palavrosas ; perdoar do fundo do coração, na oração; a pureza do coração e a busca do Reino. Esta conversão é toda polarizada no Pai; é filial.

            O Papa João Paulo II, disse :

            "O perdão é a condição fundamental da reconciliação, tanto dos filhos de Deus com seu Pai como dos homens entre si. (DM 14) (cf. CIC 2844).

            Tanto quanto nós podemos observar nos tempos presentes, parece que não há o sentido da necessidade de Reconciliação, porque se perdeu a noção ou a consciência do pecado, a avaliar pela grande frequência da Comunhão com os confessionários vazios.

            * As nações em guerra e os terrorismos parece que não ofendem a Deus nem precisam de Reconciliação.

            * As aberrações na vida familiar, o sexo a todos os níveis e em todas as idades com a aprovação dos governos, dos pais e outros responsáveis pela educação, parece que não ofendem a Deus nem precisam de Reconciliação.

            * As injustiças sociais, desde os mais degradantes genocídios, e das riquezas acumuladas, até à míngua de quem não tem o suficiente para viver honestamente, parece que não ofende a Deus nem precisa de Reconciliação.

            * Afinal, em que é consiste ser discípulo de Cristo se não há o sentido da ofensa a Deus e ao próximo, e se não há necessidade de Reconciliação ?

            * Hoje em dia, segundo as normas do Catecismo da Igreja Católica o que é que se considera Grave, e que sentido têm as palavras Carácter obrigatório ?

            Um assunto que merece uma reflexão e uma explicação necessária e urgente para se definir e esclarecer o que se deve entender para a prática dos Sacramentos e para a vivência da nossa Fé.

                                               

                                                    John   

                                                                                Nascimento

 

 

 

 

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