TEOLOGIA MÍSTICA
E UNIÃO MÍSTICA
TEOLOGIA MÍSTICA
Desde o século XVII tem havido uma tendência para distinguir o campo da Teologia de uma maneira diferente da visão unificada das características da Teologia clássica e medieval.
A Teologia Dogmática (cujo objecto são as coisas em que se deve crer), foi distinguida da Teologia Moral (cujo objecto são as coisas que se devem fazer).
A própria Teologia Moral foi distinguida da teologia Ascética e da Teologia Mística.
Segundo esta última distinção :
* A Teologia Moral diz respeito à base da vida cristã.
* A Teologia Ascética estuda as dinâmicas da purificação normal e ordinária na pessoa que se iniciou na prática da virtude.
* A Teologia Mística diz respeito a um estado de alto grau de oração atingido através dos dons do Espírito Santo e de uma graça especial conferida a uma pessoa que já está mais avançada no caminho da perfeição.
Embora estas divisões pragmáticas do trabalho da Teologia correspondam a distinções no campo da fé e da prática cristãs, elas têm contribuído para uma certa fragmentação da unidade da Teologia, para uma acentuada intelectualização da teologia Dogmática e para o aumento da casuística da teologia Moral.
Um mais sério resultado da divisão da Teologia Moral, Ascética e Mística tem sido a implicação de que a chamada à caridade perfeita é mais selectiva do que universal.
Em ordem, pelo menos a compensar, esta inconveniência, muitos teólogos mais recentes, preferem incluir a Teologia Ascética e Mística sob uma rubrica mais compreensiva de Teologia Espiritual.
É de esperar que a vontade dos teólogos continue a procurar e a dar expressão a uma visão integral da fé e da vida cristã, em que a profunda unidade da Teologia Dogmática, Moral e Espiritual sejam mais claramente exibidas.
UNIÃO MÍSTICA
Segundo uma definição de Jean Gerson (1353-1429), o misticismo é o "conhecimento de Deus que se alcança por um abraço de amor unificante".
O conhecimento místico tem o mesmo objecto que o conhecimento da fé e da teologia, mas o seu método é mais intuitivo e directo do que discursivo e científico.
Uma vida disciplinada durante um longo período de contemplação adquire um estado, embora sem uma garantia, de íntimo conhecimento e experiência de Deus que Ele dá por meio de uma graça especial.
Separação, purificação e o culto do sossego são fundamentais para uma pessoa poder contemplar a Deus, num gesto de Contemplação.
A luta contra as distracções, a sensualidade e as preocupações com as coisas simples da vida, preparam o místico para a experiência da União Mística, pela Contemplação.
Embora os meios normais pelos quais o ser humano chega até Deus sejam através de imagens e conceitos, não há razão para supor que Deus não ultrapasse estes veículos ordinários, no sentido de conceder um conhecimento directo e espiritual a Seu respeito, que pode ser ocasional ou mesmo permanente.
A União mística cristã distingue-se pela proeminência que dá da união sobre a absorção.
O Místico conserva a sua identidade pessoal nas relações de conhecimento e de amor.
A União mística é assim uma verdadeira relação pessoal entre a criatura e o seu criador uno e trino, uma Contemplação..
As formas de misticismo dos Hindus e Budistas, que assentam em conceitos pancósmicos, nos quais eles vivem, formam a absorção do místico numa união impessoal, subjacente a toda a realidade.
Nascimento
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