HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(105)-23º DOMINGO COMUM – B
A FORÇA DA PALAVRA !
Diz-nos o Evangelho que havia um homem que não podia fazer uso da palavra porque, por ser surdo também falava com dificuldade.
É muito natural um surdo não poder falar, porque não ouve o que os outros dizem e não pode reproduzir as suas palavras,
Então trouxeram esse homem a Jesus para que o curasse.
Jesus, depois de erguer os olhos ao céu, pronunciou uma só palavra "Effathá" que quer dizer : "Abre-te", e logo o homem deixou primeiro de ser surdo e consequentemente, porque ouvia os outros pôde também começar a falar, a usar da sua palavra.
Podemos imaginar a supresa e a alegria de quem não ouvia e falava com muita dificuldade, quando de repente, ficou a ouvir e a falar perfeitamente.
Apesar de Jesus ter recomendado aos presentes que não dissesse nada a ninguém, quanto mais lhes recomendava mais eles o apregoavam intensamente.
E quem é que podia ficar calado, sobretudo um homem que antes não podia falar ?
É assim a Palavra do Evangelho, uma Palavra reveladora dum mistério, uma Palavra que desvenda caminhos novos.
As palavras canónicas e moralizadoras apontam os sentidos e marcam as obrigações; formalizam e institucionalizam a realidade, mas as Palavras Evangélicas são abertura, amplidão, mistério, aventura e Reino.
A Palavra do Evangelho não se pode compendiar nem encerrar; ela é uma Palavra que pede livre circulação, que pode produzir conversão, que constrói uma comunidade e que é apelo à santidade.
A Palavra Evangélica é sempre fecunda e eficaz e que, uma vez posta em liberdade, nunca mais cessa a sua aventura.
Toda a Liturgia da Palavra em cada domingo, é o anúncio da História da Salvação, que nos coloca perante algum pensamento comum, por onde possamos encontrar normas de vida que nos libertem das nossas más inclinações, nos ajudem a reconhecer os nossos erros e aumentem a nossa cultura religiosa de harmonia com o que o Magistério da Igreja nos quer ensinar.
A Palavra Evangélica é a Palavra que todos nós devemos escutar para que possa livremente circular por toda a nossa vida, que nos tranforme, que nos abra, que seja uma "Effathá" por onde possamos caminhar livre e seguramente de harmonia com o plano da História da Salvação.
Nascimento
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