- SÃO JOSÉ CARPINTEIRO (Operário)
No dia 15 de agosto de 1989 o Papa João Paulo II no seu belíssimo documento, dedicou algumas páginas a São José como o patrono da Igreja de nosso tempo.
Por ser esposo fidelíssimo de Maria e pai amoroso de Jesus, pelas dificuldades e responsabilidades que teve de assumir com a família de Nazaré, a Igreja o invocou nos momentos de maiores perigos e por meio de Pio IX o declarou patrono da Igreja universal.
O zelo de esposo e pai de família fizeram-no protector especial de todos os pais.
Educador e exemplo para Jesus, é padroeiro das escolas e educadores católicos.
Faleceu nos braços de Jesus e Maria, braços misericordiosos nos quais todos gostaríamos de adormecer .
Por isso, São José é invocado como especial protector dos agonizantes.
Porque soube cuidar e manter unida a Sagrada Família na qual se praticavam com a maior perfeição os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, muitos fundadores consagraram a ele suas famílias religiosas, tanto masculinas como femininas.
Numerosas paróquias, colégios, obras sociais têm São José como patrono, sem falar dos inúmeros Josés que no dia 19 de Março comemoram seu onomástico.
João Paulo II referindo-se a São José diz:
"Para ser bons e autênticos seguidores de Cristo não se necessitam grandes coisas, mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas".
No excelente artigo: "José, o carpinteiro", Pe. Gabriel Galache, SJ. nos diz o seguinte:
"Por ter sustentado sua família com o suor de seu rosto é também o padroeiro dos trabalhadores e por esta razão no dia 1º de Maio é também a Festa de São José Operário.
De fato, São José levou uma vida de simples trabalhador.
O trabalho monótono, assíduo e duro de cada dia, realizado em companhia e por amor a Jesus e Maria, em contínua união com Deus, foi seu caminho de santificação e apostolado, constituindo-se no modelo perfeito de homem contemplativo na acção.
A Escritura o chama de homem justo, santo.
De acordo com os Evangelhos, São José era um faber, isto é, um trabalhador manual.
Os Evangelhos apócrifos dizem que era faber lignarius, que quer dizer: Trabalhava com madeira.
Era carpinteiro.
Fazia móveis, portas, arados, cangas rastelos, carroças, camas, timões, barcos.
Seus instrumentos de trabalho eram bem semelhantes aos nossos: Machado, machadinha, plaina, serrote, faca, esquadro, martelo, pregos, madeira...
José, será que você poderia?
Sabe que tenho pressa...
Paciente, José sempre podia.
Sempre, com algum esforço e muita disponibilidade achava tempo para resolver o problema deste ou daquele freguês intempestivo e apressado. José amava sua profissão e a conhecia a fundo.
Praticava-a com a mesma meticulosidade com que praticava a Lei de Deus e por isso se realizava no trabalho.
Não via as horas passar
Sabia por experiência que o trabalho não é uma exigência e muito menos um castigo, mas um serviço aos outros, meio de sustento da família honrada, motivo de realização e felicidade, algo nobre que demonstra nosso valor, que nos ajuda a crescer e que é também, e sobretudo, instrumento de redenção.
Não há nada que diga tanto da dignidade e do valor do trabalho como as mãos calosas de José e de Jesus, o Filho de Deus, empenhando a maior parte de sua existência humana no trabalho de carpinteiro.
É um belo momento à dignidade do trabalho a estátua de José e Jesus inclinados sobre um banco de marceneiro.
Depois de feito, contemplavam o fruto de suas mãos e ficavam extasiados diante de uma obra executada com perfeição para o próximo.
Com a mesma perfeição com que era lida a Torá na Sinagoga.
O martelo percutindo em duo soava como uma sinfonia que agradava imensamente ao Pai.
Enquanto José lidava com a serra, o aprendiz de carpinteiro labutava com a plaina embotada, e as gotas de suor se misturavam à serragem e às lascas de madeira.
As mãos de ambos eram igualmente calosas e duras, como a madeira que tratavam.
Contrastavam com a ternura de alma e delicadeza de sentimentos com que se relacionavam com o Pai e com a maravilhosa Maria.
Pai e Filho preparavam-se para a lida como para uma cerimónia religiosa.
Prendiam na cintura o avental de couro e o faziam com um jeito sério de um sacerdote que se reveste de um paramento sagrado.
Ao entrar cedo na oficina, aspiravam gostosamente o cheiro da madeira e da pintura e agradeciam pelo sol que, entrando pela porta aberta, fazia brilhar os metais das ferramentas.
E quando se inclinavam sobre a obra a ser realizada, enchiam cada gesto de sonho e de carinho e se sentiam criadores com o Pai a quem louvavam, porque, como a obra toda da criação, sua obra também era boa.
Tudo o que lá acontecia era maravilhoso.
Deus, por quem e em quem tudo foi criado, Deus, que com uma palavra criara o universo, fatiga-se agora ao vai-e-vém da serra para dar forma e sentido à madeira resistente.
Maravilhoso contraste capaz de enlouquecer a qualquer Teresa de Jesus ou João da Cruz.
Havia ainda entre Jesus e a madeira um relacionamento especial, uma espécie de namoro, que iria terminar em esponsais no dia do calvário.
"Graças ao seu banco de trabalho, junto do qual exercitava o próprio ofício, juntamente com Jesus, José aproximou o trabalho humano do mistério da redenção" (João Paulo II).
No ano de 1999, a Campanha da Fraternidade reflectiu sobre o tema do desemprego e rezou a São José para que governos e sociedades se empenhem em resolver esse problema que atinge tão duramente de maneira especial os trabalhadores assalariados".
Nascimento
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