HISTÓRIA DA IGREJA
Ano 1456.
Gutemberg imprimiu a primeira edição da Bíblia pelo sistema de tipos móveis, em Mainz, Alemanha.
(071) GUTEMBERG
Esta iluminura da Bíblia de Belém, ("do Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Lisboa), assinala uma obra em sete grossos volumes, comentada por Nicolau de Lyra, e oferecida a D. Manuel em 1494, quando ele era somente Duque de Beja.
A oferta partiu de dois mercadores italianos, Jerónimo e Marchioni Sernigi.
Começada em 1494, só ficou pronta em 1497, quando D. Manuel iniciava o seu reino.
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Chamava-se Johann Gensfleisch, mas tomou o nome de Gutemberg que era o nome da casa onde ele vivia. Era artesão e escritor, e foi também um inventor, natural de Mainz, na Alemanha.
Baseado no método mecânico de usar uma prensa para fazer o vinho ou para o fabrico de papel, Gutemberg aplicou o mesmo sistema para imprimir, com a revolucionária ideia de usar tipos móveis, metálicos que ele próprio fundia em moldes também feitos por ele.
A sua primeira publicação foi uma parte da Bíblia em 1455, com 42 linhas em cada página, num tipo de letra chamado "Gótico".
O uso da prensa para imprimir já não era de todo novo, mas fazer os tipos, recortados manualmente para cada impressão, levava tempos infinitos, porque eram feitas sobre madeira.
As versões da Bíblia que existiam naquele tempo, eram todas de textos escritos à mão.
O sistema de impressão com tipos móveis, dava uma nova facilidade de impressão e os tipos podiam ser usados de novo muitas vezes.
Gutemberg também desenvolveu uma tinta de imprensa para as suas máquinas, baseada na tinta a óleo de pintar :
IMPRESSÃO
Esta nova tecnologia difundiu-se rapidamente e foi muito bem recebida.
Houve um grande desenvolvimento técnico e estético.
Inicialmente fizeram-se tipos do género que usavam os Escribas, mas logo se começaram a fazer outros de estilo diferente, tal como o Romano em vez do tradicional Gótico.
Também se aperfeiçoou o sistema de prensa, de modo a exigir menos esforço humano e obter melhor trabalho.
Gutemberg teve dificuldades financeiras e viu-se obrigado a pedir dinheiro emprestado, especialmente a um ourives chamado Johaan Fust, mas como a nova indústria ia devagar, Fust tornou-se impaciente porque também estava a fazer gravuras sobre cobre com água forte, e levou Gutemberg a tribunal, depois expulsou-o da sua própria casa e, com os seus operários, acabou o trabalho da impressão da Bíblia em 1455, usufruindo ele os lucras enquanto Gutemberg morria na obscuridade em 1468.
Quinze anos depois da sua morte, já havia a imprensa de tipos móveis, cada vez mais aperfeiçoados, por toda a parte, desde a Suécia à Cicília; na Espanha, na Polónia e na Hungria.
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Desde Gutemberg até aos nossos dias, longa tem sido a caminhada da imprensa e a sua missão de receber e de transmitir a verdade, de ensinar, de educar e de engrandecer a Humanidade.
Pena é que alguém se tenha lembrado de profanar e conspurcar a sublime missão da imprensa, colocando-a ao serviço da depravação moral, física e humana, com a diabólica ideia de perverter.
O Livro, isto é, a imprensa, é uma espada com dois gumes muito afiados : com um propõe-se ensinar e enriquecer o espírito da Humanidade e chamar os homens à pratica do bem; com o outro, pretende abastardar os sentimentos mais nobres do homem, pelos caminhos de todo o mal, da violência, da guerra e da destruição completa do mundo maravilhoso que Deus criou para a felicidade do homem.
Nascimento
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