- HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(169)-22º DOMINGO COMUM – C
CONVERTER AS NOSSAS AMBIÇÕES!...
- A corrida aos primeiros lugares......
Olhando à nossa volta temos de reconhecer que a nossa civilização assenta no princípio da competição.
Desde pequenos somos treinados para competir com base em ambições que a sociedade de consumo nos vai propondo.
Tal atitude acaba por invadir o estilo das nossas relações e torna impraticável o modelo cristão de fraternidade...
Quando temos uma pausa para fazermos uma reflexão, já estamos a competir :
- Com um irmão.
- Com o cônjuge.
- Com o colega da mesma profissão.
- Com o amigo mais próximo.
- Com o partner do jogo...
E que significa competir em casos como estes ?
Significa simplesmente :
- Ambicionar sem escrúpulos.
- Passar à fente do outro por qualquer preço.
- Ocupar o primeiro lugar, passando por cima de quem tem mais aptidões.
- Dominar o outro sem espírito de fraternidade, esmagando-o.
Jesus questiona as nossas ambições, mas não as interdita; convida-nos a convertê-las, para que elas não inviabilizem o projecto cristão de convivência.
Convida-nos por isso, a começar por olhar.
Em vez de olharmos para cima, para aquele que julgamos estar melhor do que nós, olhemos também para baixo, para o fraco, para o que não tem recursos, para aquele que ficou à margem.
Depois convida-nos a mudar o sentido das nossas ambições.
Em vez de nos concentrarmos na nossa pessoa e em tudo aquilo que queremos possuir e dominar, voltar-nos para fora, para aqueles a quem nos propomos acolher e servir.
Assim nos tornaremos dicípolos d'Aquele que "não veio para ser servido mas para servir e dar a vida" e filhos d'Aquele Pai que nos enviou seu Filho despojado da sua "condição divina", para se tornar mais próximo de nós, nos libertar e nos encaminhar.
Com as nossas ambições desmedidas corremos o risco de "ter a mania das grandezas":
- Desde a corrida aos primeiros lugares até ao desejo de possuir fortunas por todos os meios.
- Desde a ostentação de conquistas até à sede de poder..
- Desde a acumulação de títulos e de pensões até à busca de medalhs e de condecorações.
A isso o Senhor responde com a "loucura dum amor humilde e crucificado".
Uma Cruz, sempre como um sinal de "mais", que se atinge :
- Pela gratuidade do serviço.
- Pela generosidade do desprendimento.
- Pela sólida alegria da entrega.
- Pela apagada discrição da presença.
- Pelo alerta e pela atenção da escuta.
- Pela sensibilidade e delicadeza da gratidão.
- Pela grandeza e a plenitude do dom.
Nada podemos reclamar, como se alguma coisa nos fosse devida, e tudo devemos agradecer como fruto da benevolência divina.
Aos que aceitam a lógica da Cruz, o Senhor exalta-os, salva-os e desposa-os pela comunicação do seu Espírito criador, abrindo assim caminho a uma aliança de amor por toda a vida, que lhes garanta a felicidade de serem acolhidos pelo plano da História da Salvação.
John
Nascimento
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