MÊS DO ROSÁRIO
- OUTUBRO DE 2012-
Vamos celebrar este Mês do Rosário de 2012, a presentando diariamente textos publicados em "A VOZ DE FÁTIMA" e "FÁTIMA LUZ E PAZ" em diversas datas mais recentes.
(10)-MENSAGEM DE FÁTIMA NA HIISTÓRIA DO MUNDO !
O Ano de 1917 aparece na História da Humanidade marcado por diversas vicissitudes, tornando-o paradigma na cronologia da violência humana e da negação de Deus e do indiferentismo.
Reparemos como estava o ambiente internacional.
No dia 31 de Janeiro a declaração da Alemanha aos países neutrais anunciava uma política de guerra naval total e no dia 3 de Fevereiro, os EUA e a Alemanha rompiam as relações diplomáricas.
De 8 a 15 de Março concluiu-se na Rússia a chamada "Revolução de Fevereiro" e a 16 do mesmo mês, o Czar Nicolau II abdica e o príncipe Grigori Lvov, Paul Miliukov e Alexandre Kerensky formam governo na Rússia .
A 7 de Abril, Cuba declarava Guerra à Alemanha..
No dia 16 de Junho deu-se o Primeiro Congresso dos Sovietes russos, e no dia 26, A. Kerensky lançou um novo contra-ataque na Rússia.
No dia 20 de Julho, na Rússia o príncipe Lvov demite-se; sucede-lhe Kerensky.
Pacto de Corfu para a união dos Sérvios, Croatas e Eslovenos.
No dia 13 de Agosto dá-se a revolta em Espanha para a autonomia da Catalunha e a 14, a China declara Guerra à Alemanha e à Áustria.
Nessa ocasião, é apresentada a Nota de Paz do Papa Bento XV.
No dia 8 de Setembro L.Kornilov, o comandante-chefe russo demitido, marcha sobre Petrogrado como chefe do movimento contra-revolucionário, e, a 15, A. Kerensky proclama a República Russa e no dia 29 acontece o ataque aéreo alemão a Londres durante noites sucessivas.
Nos dias 6 a 8 de Novembro, Lenine assume a presidência do Conselho dos Comissários do Povo e L.Trotstky é nomeado comissário para os Negócios Estrangeiros.
É a consumação da "Revolução de Outubro"; a tomada do poder pelos "Bolcheviques".
No dia 7 de Dezembro, os EUA declaravam Guerra à Áustria-Hungria.
E na História de Portugal ?
Quanto a Portugal, depois da Alemanha ter declarado Guerra a Portugal a 9 de Março de 1916, devido à requisição dos navios mercantes alemães nos portos portugueses feita a pedido da Grã-Bretanha, no dia 30 de Janeiro, parte para França a 1a Brigada do Corpo Expedicionário Potuguês, sob o commando do coronel Gomes da Costa,
Até ao momento, o único contacto das tropas portuguesas com a Guerra limitara-se às colónias.
A partir de agora as duas condições impostas pelo clima e pela estratégia de combate em trincheiras, por um lado e o forte e bem preparado exército alemão, por outro, levaram à morte de inúmeros soldados portugueses.
No dua 23 de Fevereiro, parte para França o segundo contingente do Corpo Expedicionário Português e a 26 em resultado da falta de iluminação, imposta pelo Governo como forma de racionar de energia, a Guarda Nacional Republicana reforça o policiamento das ruas.
Nos dias 19, 20 e 21 de Maio, greves, motins e assaltos a mercearias e armazéns em Lisboa e arredores, e também no Porto.
Em Portugal, o esforço de Guerra e a conjuntura internacional trouxeram consequências internas desastrosas.
A escassês e consequente racionamento dos géneros e a repressão utilizaada, levaram à degradação da imagem do Governo (sobretudo de Afonso Costa) e à crescente agitação social.
Entre Maio e Setembro as sucessivas greves, conturbaram as cidades e a provincia, tendo o Governo adoptado algumas medidas repressivas.
O 3o Governo de Afonso Costa tinha colocado contra si todos os sectores da vida nacional.
No dia 22, nos tumultos do Porto, ascenderiam a vinte e duas as vítimas mortais.
No dia 12 de Julho, face às constantes greves e tumultos, nos vários sectores de actividade contra a subida do custo de vida, é publicado um Decreto que declara o estado de sítio em Lisboa e concelhos limítrofes, que vigorará até 28 de Julho.
No dia 5 de Dezembro, face ao evoluir da situação, algumas unidades de Lisboa e os cadetes da Escola de Guerra, apoiados por elementos populares, revoltaram-se sob a chefia do major e professor Sidónio Pais.
O Ministério da Guerra a que presidia Norton de Matos, demitiu-se; Afonso Costa que se encontrava fora, mas que entretanto entrara em Portugal, foi preso (8 de Dezembro) e Bernradino Machado foi intimado a deixar o país.
Sidónio Pais, que presidia a uma Junta Revolucionária, instaura uma ditadura militar com a participação do Partido Unionista.
É neste contexto de incertezas e de grande sofrimento que acontecem as Aparições em Fátima, de Maio a Outubro de 1917.
Três pequenos pastores afirmaram ter-lhes aparecido, mensalmente, Nossa Senhora, no sítio da Cova da Iria, transmitindo-lhes um conjunto de mensagens de carácter pessoal, nacional e internacional.
A I Guerra Mundial favorecera a intensificação da fé em geral e o culto mariano em particular, quer em Portugal, quer nos outros países católicos.
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Parece que os tempos de hoje não são muito diferentes dos de então, ainda que por razões algo distintas.
Em 1917, o Céu estava atento ao que se passava na Terra, num ambiente de Guerra e de perseguição religiosa, e Deus enviou, oportunamente, a sua mensagem de resposta e auxílio, através das Aparições de Fátima, cuja missão divina ainda não está completa.
Seria bom que a missão confiada aos Portugueses, e por eles a todo o mundo, continuasse a ser ouvida e cumprida num movimento consciente de conversão, para evitarmos uma nova Guerra – pior do que a primeira - e de perseguição religiosa e de descalabro politico e moral, a começar pelos nossos dirigentes e por todos os responsáveis politicos e religiosas, com o mesmo espírito de Fé que as Aparições de Fátima nos trouxeram.
VOZ DA FÁTIMA Julho de 2010
John
Nascimento
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