NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS
(014) COMO USAR OS NOSSOS BENS !
"Pobres, sempre os tereis convosco; mas a Mim, nem sempre Me tereis". (Jo.12,8). Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o Reino de Deus".(Lc.6,20).
No princípio deste capítulo do Evangelho de João, ele apresenta-nos a chamada "Unção de Betânia" em que uma mulher, com um perfume de alto preço unge os pés de Jesus, e Judas então comentou :
- "Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?". (Jo.125).
Uma boa sugestão para um melhor usos dos bens, embora dada, não por um sentimento de caridade mas por outros sentimentos diferentes.
Mas, de qualquer modo, uma sugestão em que os discípulos de Jesus são convidados também a pensaren no uso que devem dar aos seus bens.
Como vimos antes, Lucas diz-nos que algumas mulheres acompanhavam Jesus e serviam-no, usando para isso dos seus bens :
- "Acompanhavam-n'O os doze e algumas mulheres(...)Madalena...Joana, e Susana e muitas outras que os serviam com os seus bens".(Lc.8,1-3).
Aqueles que deixavam tudo para seguirem a Jesus ficavam assim também a viver de esmolas.
E os que não deixavam tudo, ficavam assim pelo menos a suportar os outros que precisavam.
João diz que os discípulos de Jesus tinham uma bolsa comum e que Judas era o tesoureiro mas, bem entendido, era para suportar os que acompanhavam Jesus e também para dar esmolas aos pobres.
E Jesus recomendava aos seus discípulos que tivessem também os bens em comum (a mesma bolsa) para que pudessem também dar esmolas aos pobres.
Quando Jesus fazia referência aos pobres que sempre haviam de existir, estava em ressonância com o que nos diz o Deuteronómio :
- "Ora, nunca faltarão pobres na terra; por isso faço esta recomendação : abre, abre a mão ao teu irmão, ao pobre e ao necessitado que estiver na tua terra".(Deut.157).
Na nossa vida, talvez não tenhamos a preocupação de não gastar mal gasto os nossos bens, e talvez os gastemos sem a devida conta e, quem sabe, nem sempre temos o hábito de dar uma esmola a quem mais precisa.
Talvez haja em nossa casa algumas coisas que, embora ainda boas, nós já não vamos usar mais ; porque não as dar a quem precise delas, a quem façam muito jeito ?
É uma maneira de fazer boas obras e de ajudar os que mais precisam, que assim havemos também de ter merecimentos para nós e que podemos usar em sufrágio das almas do Purgatório.
John 
Nascimento
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