EM BUSCA DA VERDADE... QUE VERDADE ?
Queremos externar nosso profundo repúdio e decepção à matéria publicada na VEJA desta semana (edição 2090, em 10/12/2008) intitulada "A VIRGEM SOB SUSPEITA".
Como a Veja pode afirmar na reportagem fatos alheios ao conhecimento e a realidade, misturando coisas e inferindo desta mistura informação que não é pertinente? Os responsáveis pela matéria foram, por acaso, pessoalmente fazer a reportagem? Colheram informações na fonte? Ou publicaram à revelia e ao acaso, com informações de terceiros, que sabe lá Deus quais foram os reais motivos de terem informado erradamente? Nenhuma mentira se mantém por muito tempo, a história está aí para provar. Nem mesmo Hitler enganou a humanidade por tanto tempo. Começamos, pois, a replicar os pontos principais da reportagem.
A visão do Inferno e avisos sobre as obras de Satanás.
Com relação ao fato de que a Virgem não causa medo ao mostrar o Inferno, acho incrível os repórteres não conhecerem como se deu a visão mostrada aos três pastores de Fátima cujo relato segue abaixo:
Foto tirada antes da visão do inferno
Foto tirada logo após a visão do Inferno. Notam-se por acaso as feições de felicidade dos videntes ?
"Abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra, e vimos como que um mar de fogo. Mergulhados nesse fogo, os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor. (Devia ter sido ao deparar com esta vista, que dei esse "ai!", que dizem ter-me ouvido). Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Essa visão só durou um momento, graças à nossa bondosa Mãe do Céu, que na primeira aparição tinha prometido levar-nos para o Céu. Sem isso, acho que teriamos morrido de terror e de medo." Note que em Medjugorje aconteceu o mesmo aos videntes e a vidente Ivanka pediu para Nossa Senhora para não ver o inferno. O que foi aceito pela Santa.
Em muitas das aparições de Nossa Senhora, quando era necessário, houve de alguma forma uma visão da condenação eterna. Isto não é para causar medo, mas para lembrar às pessoas do mundo que se emendem, se arrependam e se convertam durante a vida. Note que isto está completamente de acordo com a tradição evangélica. Se as pessoas erram por cegueira (seja psíquica ou espiritual), Nossa Senhora, como Mãe Celestial, vem nos advertir. Um cego não pode guiar outro cego (a não ser para o precipício!), e Ela como toda mãe orienta e abre os olhos de seus filhos.
A proibição à Medjugorje.
Os papas João Paulo II [7, 8] e Bento XVI nunca foram contra a Medjugorje. Ao contrário, em notícia veiculada este ano pelo L´Osservatore Romano, o Papa Bento XVI tem visita marcada a diocese de Mostar, responsável pela paróquia de Medjugorje e o Papa João Paulo II já recebeu alguns dos videntes e conversou pessoalmente com o pároco de Medjgorje na época das aparições, o padre Jozo Zovko e não o padre Tomislav Vlasic, pelo que conta a VEJA tendo sido o responsável pela farsa, sendo o próprio padre Jozo condecorado pelo Papa João Paulo II pelos inúmeros serviços prestados a Igreja Católica.
Padre Jozo e os videntes de Medjugorje no início das aparições
Condcoração recebida por padre Jozo em 1992 pelos inúmeros serviços prestados à Igreja Católica
Matéria de capa do jornal croata VECERNJI sobre o encontro de padre Jozo com Papa João Paulo II. Na ocasião o Papa externou sua opinião sobre as aparições de Medjugorje dizendo: "Eu estou contigo, proteja Medjugorje! Proteja as mensagens de Nossa Senhora!"
João Paulo II e padre Jozo em outro encontro no Vaticano
Papa Bento XVI abençoa imagem de Nossa Senhora de Medjugorje no Vaticano
O jornal italiano "Il Messagero", 1º de junho de 2005, o Papa Bento XVI exprimiu um vivo interesse pela imagem de Nossa Senhora de Medjugorje, levada de Medjugorje para Civitavecchia, em 1995. (Essa imagem chorou lágrimas de sangue por 13 vezes em casa de Gregori em fevereiro de 1995, e uma 14ª vez em casa do bispo, em presença de várias testemunhas. Os exames realizados provam que se trata de sangue humano). O Papa disse: "Nossa Senhora de Civitavecchia vai fazer grandes coisas", ao saudar Dom Grillo, na Conferência episcopal italiana, em 30 de maio. De fato, Dom Grillo contou a Bento XVI que, numa tarde de fevereiro de 1995, levou a imagem milagrosa ao Vaticano, a João Paulo II, que a venerou e rezou junto dela. No fim, colocou na cabeça de Nossa Senhora uma coroa que ele mesmo levara.
Imagem de Nossa Senhora de Medjugorje que chorou sangue por 13 vezes em Roma. Fato comprovado pela ciência e pela Igreja Católica. A imagem está exposta para veneração na paróquia de Civitavecchia, bairro de Roma
Outro grande fruto de Medjugorje é a Comunidade Mariana Oásis da Paz, presente em mais de 30 países e que iniciou-se após um pedido de Nossa Senhora através da vidente Marija Pavlovic ao padre italiano Gianni Sgreva, doutor em teologia da ordem dos passionistas a qual tem o reconhecimento do papa João Paulo II e de Bento XVI, primeiramente como família eclesial de vida consagrada com mais de cem religiosos e religiosas e agora com leigos e famílias que vivem os pedidos de Nossa Senhora de uma vida mais voltada para Deus.
Isto simplesmente demonstrou a má intenção da reportagem em tentar destruir um acontecimento que tanto bem vem fazendo a Igreja Católica e ao mundo. A Revista Veja muito embora não seja uma publicação de cunho 100% cristão, tenta apresentar os critérios para identificar se uma aparição é verdadeira ou não. O que é no mínimo leviano, visto que os repórteres não são especialistas em Direito Canônico para emitir opinião no caso. Nem tampouco, a meu ver, consultou um teólogo da Igreja Católica como o especialista Renée Laurentin ou outro especialista para obter alguma informação. Se a própria Santa Sé não emitiu sequer um parecer contra Medjugorje e contra os videntes nestes 27 anos, como a Veja o poderia fazer ?
A Igreja Católica Apostólica como sempre é prudente em atestar a veracidade de um fenômeno. E, embora ela não tenha se posicionado formalmente, i.e., o processo ainda está em andamento na Congregação para a Doutrina da Fé (CDF). Até o momento não há, repito, não há nenhuma proibição à Medjugorje. Nem tão pouco, suspeita de proibição. O que há é que, devido a própria prudência e por não se ter uma posição oficial, não são permitidas peregrinações oficiais, porém católicos e padres podem individualmente ou em grupos, com acompanhamento pastoral, ir à Medjugorje. Isto não se configura proibição [1, 2]. O que existiu, adicionalmente, é que o Bispo de Mostar, diocese de Medjugorje, emitiu uma nota pessoal (e negativa) sobre as aparições a qual não correspondia à posição oficial da Igreja [2]. Logo também isto não tem validade canonica, nem se configura proibição.
Adicionalmente, o referido grupo de estudos da Pontifícia Academia Mariana Internacional (PAMI) é acessório ao processo eclesial. O que existe de investigação eclesiástica oficial de fato – e isto a Veja deveria por questão de ética ter investigado – é que, em agosto de 2006 o Cardeal Puljic, de Saraievo, instituiu uma nova comissão para o processo de avaliação de Medjugorje. Esta comissão está subordinada à Conferência dos Bispos da Bósnia e não mais ao bispo local [5].
A sanção ao Padre Tomislav Vlasic.
Sim, ele está sob sanção. Porém, o fato de o padre Tomislav Vlasic ter sido afastado de suas funções eclesiais não implica de forma alguma em suspeição das aparições. Mais uma vez a Veja está ligando dois fatos desconexos. De fato, este acontecimento demonstra a seriedade e a boa-fé da Igreja e dos envolvidos ou indiretamente diretamente no fenômeno de evitar qualquer mínima interferência mal-vinda ou oportunista no fenômeno Medjugorje.
O caso do padre Vlasic já está sendo devidamente tratado. E a Veja deveria ser no mínimo equânime em evidenciar isso, ao invés de inferir informações completamente adversas aos fatos e à realidade (como a iminente proibição à Medjugorje devido a isso).
Vale esclarecer à Veja e aos seus repórteres que Padre Vlasic deixou a paróquia de Medjugorje em 1985, apenas 4 anos após o início das aparições. Ele foi pároco por poucos anos, período no qual o pároco de Medjugorje no início das aparições, Jozo Zovko, encontrava-se preso por dar seu testemunho favorável aos videntes. E, portanto, Vlasic não faz parte da província franciscana de Medjugorje. Ele foi transferido para Vitina e depois, em 1988, para a Itália onde fundou uma comunidade mariana. Os videntes não tem contato com padre Vlasic desde a década de 80. Portanto, a reportagem erra grosseiramente ao afirmar que ele, padre Vlasic, é o diretor espiritual dos videntes e ao ligar o seu atual status com o de Medjugorje.
As suspeitas de veracidade, de cunho político, de histeria coletiva e de aproveitamento ilícito
Argumentar que as aparições tiveram oportunismo político (queda do comunismo e dissolução das repúblicas socialistas adjacentes) é no mínimo fantasioso, para não dizer leviano. De fato, um factóide que, ao meu ver, a Veja tenta colocar. Quando começaram as aparições, Nossa Senhora não falou (de fato, Ela nunca falou) que ela estaria ali para reconstruir as repúblicas separadas da então extinta Ioguslávia. Em verdade, ela deu um aviso 10 anos antes que a guerra da Bósnia, com seus massacres e crimes contra a humanidade, poderia acontecer se as pessoas não se convertessem e colocassem amor no coração. O que de fato não ocorreu e veio a guerra. Note que à época (década de 1980), ninguém poderia imaginar que 10 anos depois os Balcãs entrariam em guerra.
Quanto ao aproveitamento "ilícito" dos videntes que, segundo a Veja, "engordam a renda familiar", gostaria de dizer que isso é um julgamenteo sumário que os responsáveis pela reportagem fazem, novamente sem irem à fonte da informação. Este julgamento é por si só preconceituoso e inverdadeiro. Todos os videntes nas aparições de Nossa Senhora foram acusados de todas as formas. Na aparição de La Salette, reconhecida pela Igreja, os videntes não levavam (e mesmo depois não levaram) uma vida "recatada", segundo o julgamento da Veja. E, ainda assim, as aparições foram aceitas oficialmente como sendo da Mãe de Deus ("dignas de crença"). Em Lourdes, Fátima e em Rue de Bac, Paris (Medalha Milagrosa), os videntes sofreram o mesmo tipo de acusação e outras ainda piores (seja por leigos ou por membros da própria Igreja), e as aparições foram consideradas verdadeiras. Outro caso de acusações infundadas que posso citar é o do Santo Padre Pio de Pietrelcina (1887-1968), estigmatizado, que recebeu durante toda a sua vida acusações de charlatanismo e enriquecimento, de pessoas de dentro e de fora da Igreja. Todas as acusações foram reconhecidas como falsas e a Igreja o canonizou como um dos poucos santos que receberam os estigmas de Cristo.
Nossa Senhora, seguindo Cristo e seu evangelho, toma os humildes (os mais esquecidos do mundo e da sociedade) para mostrar ao mundo o grande amor de Deus pelos seus filhos e para confundir os que se dizem sábios, quando estes se enchem de soberba e preconceito.
Os videntes ao longo dos acontecimentos foram submetidos aos mais diversos testes físicos, psicológicos e parapsicológicos, sejam por médicos da antiga Ioguslávia, sejam por médicos ocidentais. Em nenhum dos laudos, repito, em nenhum dos laudos, constatou-se que eles eram desorientados psíquica e emocionalmente. Pelo contrário, muitos dos laudos, mesmo sem poder atestar o tipo de fenômeno, indicaram que eles eram normais e que falavam a verdade de terem visto a aparição.
Inúmeras foram as investigações sobre o fenômeno Medjugorje feitas pelos mais diversos especialistas do mundo in loco. Em todos estes testes, não se constatou nenhuma fraude, nenhuma mágica e nenhum ilusionismo por trás do fenômeno. Maiores informações sobre a VERACIDADE dos êxtases dos jovens de Medjugorje podem ser encontrados por especialistas mundiais no assunto [3, 4] e/ou através dos seguinte livros, dentre outros:
· Luigi Frigerio - Giacomo Mattalia - Luigi Bianchi, Dossier scientifico su Medjugorje, Presentazione di Flaminio Piccoli, 1986 (prima ediz.)
· Henry Joyeux, Etudes médicales et scientifiques sur les apparitions de Medjugorje, François-Xavier de Guibert, 1984 (1e Édition), 1999 (2e Édition), tr. it. 'Studi medici e scientifici sulle apparizioni di Medjugorje', Queriniana, Brescia, 1985.
Os responsáveis pela reportagem deveriam ter viajado para verificar todos os fatos e não emitir juízos sem fundamentação. O jornalista das revistas americanas Rolling Stones e Men´s Health, Randall Sullivan, antes ateu, realizou uma extensa pesquisa que resultou em um livro de 600 páginas, best-seller americano chamado Detetive de Milagres, editado no Brasil pela editora Objetiva (2004). Neste livro após algumas viagens e entrevistas, todas fartamente documentadas, além de sua experiência pessoal ocorrida em Medjugorje, convence-se da veracidade do fenômeno.
Jornalista americano Randall Sullivan
Best-Seller americano O DETETIVE DE MILAGRES - Edição em português pela Editora Objetiva - 2004
Da longa duracao da Aparições.
Embora seja inusitada a longa duração das aparições, isto não é elemento de desconfiança. De fato, em nossa humilde opinião, Nossa Senhora, como mãe, está a alertar seus filhos do perigo iminente. E quanto maior o perigo maior o alerta. Como uma mãe não poderia deixar de salvar seus filhos sabendo de um grande perigo se aproxima (causado, em muito, por eles mesmos). Isto está também de acordo com os evangelhos (leia Apocalipse, a mulher vestida de sol e sua grande batalha contra a Besta). Assim como uma batalha não se faz em um dia, as aparições são longas de forma a poder salvar (converter) o maior número possível de pessoas. Infelizmente, sabemos que o homem tem o livre arbítrio, a liberdade de até mesmo negar a Deus e dizer não a Ele. E, por isso, nem todos serão salvos (porque não querem, se recusaram a aceitar o convite de Deus à conversão). Mas, também de acordo com o Evangelho, o bom pastor (e os bons pastores, incluso aí Maria) vai buscar a ovelha perdida, mesmo que seja uma dentre cem. Note que o aviso e a obra de Maria não são apenas para os leigos, mas também para os pastores da Igreja.
Como para fortalecer a argumentação, citamos casos concretos da história da Igreja. Santo Padre Pio de Pietrelcina (1887-1968) que por mais de 50 anos teve extases místicos e mensagens de Jesus e de Nossa Senhora. Santa Lúcia de Fátima (1908-2005), uma das três videntes em Fátima, continuou recebendo mensagens durante toda a vida depois das aparições em Portugal, inclusive indicando com precisão a data de sua própria morte. Santa Gertrudes (-1302) também recebeu mensagens por mais de 10 anos. Santa Brígida da Suécia (-1373) recebeu mensagens por mais de um quarto de século (mais de 25 anos!). Por fim, Santa Hildegarda (-1179) teve visões e mensagens divinas por 68 anos. As aparições de Fátima foram reconhecidas apenas depois de 20 anos de seu término em 1917 e os videntes só beatificados somente no ano 2000.
Portanto, não é incomum na história da Igreja longas aparições. O fator tempo, então, mostra-se de menor importancia na observação dos eventos e numa possível posição final da Igreja.
Só se conhece uma árvore pelos frutos. Provai e vede como o Senhor é bom.
Peço exibam esta carta-resposta na revista como réplica da reportagem e que guardem também esta carta para que seja utilizada nos próximos anos quando souberem do que ainda acontecerá em Medjugorje brevemente e terão consciência do erro cometido.
Através de Medjugorje, Nossa Senhora terminará os seus planos iniciados em Fátima. Já estudamos e acompanhamos o fenômeno Medjugorje por 12 anos e uma reportagem semanal da Veja não poderia ter cometido tantos e graves erros. Só gostaría de saber se a Veja está em busca da verdade ou apenas de gerar polêmica.
Em nossa humilde opinião, se a reportagem visava macular alguma coisa do fenômeno Medjugorje, o tiro saiu pela culatra. Acho que a reportagem só fará que mais pessoas busquem saber o que está acontecendo naquela cidade de tão especial para atrair milhões de pessoas todos os anos.
Aproveito, em benefício da ética e da justiça, para conclamar a Veja e os repórteres que fizeram esta matéria a irem ao Vaticano e à Medjugorje verificando in loco o local das aparições, falando com os videntes e os peregrinos, observando e relatando as conversões de corpo e alma acontecidos e que ainda acontecem, e, por fim, sentindo a atmosfera de Medjugorje. Talvez, depois disso, a Veja possa fazer uma reportagem séria sobre Medjugorje dentro da ética jornalística que infelizmente ela, Veja, mesmo parece ter abandonado neste assunto.
REFERENCIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário