Gloria Patri et Fílio et Spirítui Sancto. Sicut erat in principio et nunc et semper et in saecula saeculorum. Amen CONSAGRADO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
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sábado, 8 de outubro de 2011
Tão Sublime sacramento (Tantum ergo sacramentum)
Local: Teresópolis, Brasil
Teresópolis - RJ, Brasil
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
JESUS CRISTO – O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS
17. Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!
18. Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação.
19. Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação.
20. Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus! (2Cor 5,17-20).
5. Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem
6. que se entregou como resgate por todos. Tal é o fato, atestado em seu tempo;
7. e deste fato - digo a verdade, não minto - fui constituído pregador, apóstolo e doutor dos gentios, na fé e na verdade. (1Tm 2,5-7).
6. Ao nosso Sumo Sacerdote, entretanto, compete ministério tanto mais excelente quanto ele é mediador de uma aliança mais perfeita, selada por melhores promessas.
7. Porque, se a primeira tivesse sido sem defeito, certamente não haveria lugar para outra.
8. Ora, sem dúvida, há uma censura nestas palavras: Eis que virão dias - oráculo do Senhor - em que estabelecerei, com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova.
9. Não como a aliança que fiz com os seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito. Como eles não permaneceram fiéis ao pacto, eu me desinteressei deles - oráculo do Senhor.
10. Mas esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel depois daqueles dias: imprimirei as minhas leis no seu espírito e as gravarei no seu coração. Eu serei seu Deus, e eles serão meu povo.
11. Ninguém mais terá que ensinar a seu concidadão, ninguém a seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor’, porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior.
12. Eu lhes perdoarei as suas iniqüidades, e já não me lembrarei dos seus pecados (Jr 31,31-34).
13. Se Deus fala de uma aliança nova é que ele declara antiquada a precedente. Ora, o que é antiquado e envelhecido está certamente fadado a desaparecer. (Hb 8,6-13).
Faz-se necessário, aqui, estabelecer a razão pela qual Jesus é o único mediador entre Deus e os homens. Mediador é aquele que exerce a função de mediação.
“A mediação é o processo voluntário pelo qual um terceiro neutro, escolhido pelas partes, ajuda a recuperar o diálogo entre elas e facilita a negociação do conflito existente.
De modo que, a mediação pode ser conceituada como uma negociação facilitada por uma terceira pessoa neutra (mediador) escolhida pelas partes, que aproxima e restaura o diálogo entre elas e facilita a negociação do conflito com foco nos interesses verdadeiros, identificados, para reconhecimento e satisfação das suas necessidades.
‘Mediação é um método extrajudicial, não adversarial, de solução de conflitos através do diálogo. É um processo autocompositivo, isto é, as partes, com o auxílio do mediador, superam o conflito sem a necessidade de uma decisão externa, proferida por outrem que não as próprias partes envolvidas na controvérsia. Ou seja, na mediação, através do diálogo, o mediador auxilia os participantes a descobrir os verdadeiros conflitos, seus reais interesses e a trabalhar cooperativamente na busca das melhores soluções. A solução obtida culminará num acordo voluntário dos participantes. A mediação consegue, na maioria das vezes, restaurar a harmonia e a paz entre as partes envolvidas, pois o mediador trabalha especialmente nas inter-relações. Na mediação, as soluções surgem espontaneamente, reconhecendo-se que a melhor sentença é a vontade das partes’.
(EGGER, Ildemar. Justiça Privada: formas alternativas de resolução de conflitos. Brasília: Revista JUSTILEX, ano I, nº 12, Dez/2002, p.60).
Segundo COOLEY e LUBET, a mediação ‘pode ser definida como um processo no qual uma parte neutra ajuda os contendores a chegar a um acerto voluntário de suas diferenças mediante um acordo que define seu futuro comprometimento’. (COOLEY, John W. e LUBET, Steven. Advocacia de arbitragem. Brasília: UnB, 2001. 412p., p.23).
Para LEMOS, ‘a mediação, embora não disciplinada na legislação brasileira, envolve a tentativa das partes em litígio para resolver suas pendências com o auxilio de um terceiro, necessariamente neutro e imparcial, que desenvolve uma atividade consultiva, procurando quebrar o gelo entre as partes que, permanecem com o poder de pôr fim à querela mediante propostas e soluções próprias’. (LEMOS, Manoel Eduardo, Arbitragem & Conciliação, reflexões jurídicas. Brasília: Consulex, 2001. 233p., p.81).
Nos dizeres de HAYNES e MARODIN, a ‘mediação é um processo no qual uma terceira pessoa - o mediador - auxilia os participantes na resolução de uma disputa. O acordo final resolve o problema com uma solução mutuamente aceitável e será estruturado de modo a manter a continuidade das relações das pessoas envolvidas no conflito’ (HAYNES, John M., MARODIN, Marilene. Fundamentos da Mediação Familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p.11).
Consoante WARAT, ‘a mediação seria uma proposta transformadora do conflito porque não busca a sua decisão por um terceiro, mas, sim, a sua resolução pelas próprias partes, que recebem auxílio do mediador para administrá-lo. A mediação não se preocupa com o litígio, ou seja, com a verdade formal contida nos autos. Tampouco, tem como única finalidade a obtenção de um acordo.’ (WARAT, Luis Alberto. O Ofício do Mediador, Habitus, 2001)
‘‘A mediação tem como principal característica propiciar oportunidades para a tomada de decisões pelas partes em conflito, utilizando técnicas que auxiliam a comunicação no tratamento das diferenças de forma construtiva e interativa.
O mediador (ou mediadores, se mais de um), quando atua utilizando as técnicas da mediação transformativa, tem a função de aproximar as partes para que elas negociem diretamente a solução desejada de sua divergência.
A mediação constitui um recurso eficaz na solução de conflitos originados de situações que envolvam diversos tipos de interesses. É processo confidencial e voluntário, em que a responsabilidade pela construção das decisões cabe às partes envolvidas. Diferente da arbitragem e da jurisdição, em que a decisão caberá sempre a um terceiro’’.
Sua aplicabilidade abrange todo e qualquer contexto de convivência capaz de produzir conflitos, sendo utilizada, inclusive, como técnica em impasses políticos e étnicos, nacionais ou internacionais, em questões trabalhistas e comerciais, locais ou dos mercados comuns, em empresas, conflitos familiares e educacionais, meio ambiente e relações internacionais.
Entre os principais benefícios desse recurso, destacam-se a rapidez e efetividade de seus resultados, a redução do desgaste emocional e do custo financeiro, a garantia de privacidade e de sigilo, a facilitação da comunicação e promoção de ambientes cooperativos, a transformação das relações e a melhoria dos relacionamentos’.
(Wanderley, Waldo. Mediação. Brasília: MSD, 2004. 108p. – p.19)
Em síntese, podemos dizer que, a mediação é um processo de resolução de um conflito existente ou emergente mediante a composição dos interesses das partes, conseguida pelas próprias partes com o auxílio de um terceiro neutro e imparcial”.
Dessa forma, mediação é o mesmo que reconciliação. Mediador é reconciliador.
O Medianeiro é uma terceira pessoa, neutra e imparcial, que não decide, não sugere soluções e não presta assessoria jurídica nem técnica.
O Mediador tem como principal função a facilitação da comunicação entre os mediados. Esta facilitação é feita através de formas próprias da mediação.
O Medianeiro é uma terceira pessoa, neutra e imparcial, que não decide, não sugere soluções e não presta assessoria jurídica nem técnica.
O Mediador tem como principal função a facilitação da comunicação entre os mediados. Esta facilitação é feita através de formas próprias da mediação.
Pela Morte de Cruz, Jesus nos reconcilia com Deus. Pôs o homem em sintonia com Deus, como aquele que coloca de acordo duas pessoas ou grupos desavindos. Restabeleceu a confiança, a estima após um afrouxamento de relações: esta boa ação, o Sacrifício do Calvário, me reconcilia com o Pai.
Cristo é o único que tem tal poder. Somente pelo Sacrifício vicário. Nem sempre queremos brigar com as pessoas que mais amamos, principalmente quando se trata de Deus. Nós O desrespeitamos demais com o nosso pecado. Dói muito saber que alguns desentendimentos poderiam ter sido evitados se agíssemos de outras maneiras. No entanto, após termos nos afastado de quem nos era muito importante, precisamos encontrar uma forma de saber como reconciliar a nossa vida à dessas pessoas novamente. E essa forma só pode ser a obediência de Cristo, que Se fez homem como nós, Ele que é Deus mesmo, sendo a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
Ninguém mais tem esse poder de mediação entre o homem e Deus. Não se trata de uma simples intercessão. Não se trata apenas de uma oração pedindo por alguém – se assim o fosse, Cristo não precisaria ter sofrido tudo o que sofreu.
Interceder é colocar-se no lugar de outro, compadecer-se do outro, e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. Pleitear, pedir. Litigar, demandar, contestar, defender a própria causa ou a de uma outra parte. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.
Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (Tg 5,16). Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão. O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa.
E não para decidir. Não para pôr um termo à total contenda entre Deus e os homens. “Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida. (Romanos 5,10). Quem decide a causa, portanto, é Deus mesmo, na Pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, pagando o preço pelo pecado. “O salário do pecado é a morte”, e salário é o mesmo que “pagamento em retribuição”. E somente Cristo pode pagar tal preço, porque é o Cordeiro sem mancha e nem mácula.
A confusão entre “mediador” e “intercessor” tem confundido a cabeça de muitos. “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isto fosse possível, até mesmo os escolhidos”. (São Mateus 24,24). E não são poucos os que sucumbem às seduções.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Liturgia :: A Palavra de Deus na Vida :: CNBB
Liturgia :: A Palavra de Deus na Vida :: CNBB
Reflexão - Lc 11, 5-13
A oração é uma busca constante de viver na presença de Deus e procurar estar em diálogo com ele para que ele nos ajude em nossas necessidades, mas devemos nos lembrar das palavras de são Tiago: pedis sim, mas pedis mal, pois não sabeis o que pedir. Muitas vezes pedimos, e pedimos muito, mas não pedimos o que deveríamos, nossos pedidos são mesquinhos, materialistas e visam simplesmente a satisfação de interesses pessoais e imediatos, não sabemos pedir os verdadeiros valores, que são eternos, não pedimos a salvação, o perdão dos pecados nossos e dos outros, não pedimos pela ação evangelizadora da Igreja, pela superação das injustiças que causam guerras e tantos sofrimentos, mas principalmente, não pedimos a ação do Espírito Santo em nossas vidas.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Padre Leo - Programa do Jo
Em
Padre Léo
Local: Teresópolis, Brasil
Teresópolis - RJ, Brasil
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
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O CULTO DAS IMAGENS
Filed under: Diversos — escoladafe at 12:45 pm on sexta-feira, maio 15, 2009
Neste mês de maio estamos estudando sobre imagens devido ao grande número de perguntas que nos chegam sobre este assunto. Segue abaixo a matéria:
Dulia: significa homenagem, veneração. São dignas de veneração, no campo religioso, os santos e todas as criaturas que, neste mundo, fizeram e fazem a vontade do Pai, por se tornarem nossos modelos de fé e caridade.
“Uma imagem vale mais do que mil palavras”.
As Santas Imagens: §1159 – “A imagem sacra, o ícone litúrgico, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova “economia” das imagens”.
§1160 – “A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente: Para proferir sucintamente nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não-escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade e não na aparência, o Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco”.
§1161 – “Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam “a nuvem de testemunhas” (Hb 12,1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado “à imagem de Deus” e transfigurado “à sua semelhança”, assim como os anjos, também recapitulados em Cristo”.
O que é uma imagem?
A imagem não é só uma escultura; é qualquer coisa que permite excitar a nossa vista: uma escultura, um desenho, uma pintura, um objeto, diz o dicionário.
São Basílio, doutor a Igreja, bispo de Cesaréia, que dizia que a veneração prestada à imagem se refere `aquele que é representado na imagem e a partir do qual esta tira a sua forma.
Ressaltava a importância sobretudo do Crucifixo:
“Muitas vezes, sem dúvida, quando não temos a paixão do Senhor no espírito e vemos a imagem da crucificação de Cristo, lembramo-nos dessa mesma paixão e prostramo-nos em adoração, não ao material, mas àquilo de que ele é imagem; da mesma maneira também não prestamos culto ao material do Evangelho nem ao da Cruz, mas ao que por eles é expresso”.
A proibição da fabricação de ídolos
No livro do Êxodo, como no do Deuteronômio (Ex 20,4; Dt 7,5) a proibição de imagens se refere à representação dos falsos deuses, ídolos .
Ex 20,1-5 - “Então Deus pronunciou todas estas palavras:
“Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto”.
Dt 7,5 – “Mas eis como procedereis a seu respeito: destruireis seus altares, quebrareis suas estelas, cortareis suas asserás de madeira e queimareis suas imagens de escultura”.
Deus mandou fazer imagens
Deus mandou Moisés providenciar a imagem de uma serpente de bronze à qual o próprio Jesus se referiu como símbolo do Filho do Homem levantado na cruz (Jo 3,145 ss).
Mandou Moisés fazer dois querubins para cobrirem o propiciatório (Ex 25,18 ss) e Salomão ordenou fizesse querubins e outras figuras como leões e bois no templo de Jerusalém:
1 Reis 7,29 – “Nos painéis enquadrados de molduras, havia leões, bois e querubins, assim como nas travessas igualmente. Por cima e por baixo dos leões e dos bois pendiam grinaldas em forma de festões”.
Ex 25, 16-18 - “Porás na arca o testemunho que eu te der. Farás também uma tampa de ouro puro, cujo comprimento será de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio. Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro”.
1Rs, 6,23-29 – “Fez no santuário dois querubins de madeira de oliveira, que tinham dez côvados de altura… O segundo querubim tinha também dez côvados; os dois tinham a mesma forma e as mesmas dimensões. Um e outro tinham dez côvados de altura. Salomão pô-los no fundo do templo, no Santuário. Tinham as asas estendidas, de sorte que uma asa do primeiro tocava uma das paredes e uma asa do segundo tocava a outra parede, enquanto as outras duas asas se encontravam no meio do santuário. Revestiu também de ouro os querubins.” E ainda: as paredes do Templo foram todas revestidas de imagens de querubins… Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins, palmas e flores abertas”.
Mandamento contra a idolatria
Israel estava cercada de nações pagãs, politeístas e idólatras; cultuava-se o sol, os astros, os crocodilos, os reis, os gatos, etc. O verdadeiro povo de Deus devia se afastar de tudo isso pois era monoteísta!
Diferença entre ídolo e imagem
Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro (ex. Bezerro de ouro – (Ex 32,1-2.4.6) a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta:
Habacuc (2, 18) – “De que serve a imagem esculpida para que o escultor a talhe? E o ídolo fundido, que só ensina mentiras, para que o artífice nele ponha a sua confiança, fabricando divindades mudas?”. Eis o que claramente mostra Habacuc, dizendo: “Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta” (Hab 2, 19).
2Rs 18,4 - mostra que essa serpente foi depois destruída por Ezequias e que esse gesto agradou a Deus; porque o povo a quis adorar como a deusa de nome de Noestã. A imagem da serpente (símbolo da compaixão de Deus Salvador para com seu povo) virara ídolo, substituindo o verdadeiro Deus Javé pela nova deusa “salvadora” Noestã.
Judeus usaram imagens:
Também famosa foi a sinagoga de Dura-Eurôpos, na Babilônia, cujo interior apresentava imagens de Moisés e a sarça ardente, candelabro (Minorá), a saída do Egito, o sacrifício de Abraão e a visão de Ezequiel.
As catacumbas cristãs também apresentam, nas mais diversas formas (esculturas, pinturas e desenhos) imagens bíblicas como a multiplicação dos pães, o Bom Pastor, Noé e o dilúvio, a Virgem Maria, o Peixe (Ichthys), que simbolizava o Cristo, etc.
Os cristãos orientais (ortodoxos) também devotam grande respeito às imagens, as quais chamam de ícones. Os ícones gregos e russos são tidos como os mais belos da iconografia cristã.
Característica do ídolo
1 – Confunde-se com o verdadeiro e único Deus.
2 – São-lhe atribuídos poderes exclusivamente divinos.
3 – São-lhe oferecidos sacrifícios devidos ao verdadeiro Deus.
A imagem é um objeto que lembra algo fora dele; o ídolo é o ser em si mesmo. A quebra de uma imagem não destrói o ser que representa; já a destruição de um ídolo implica da destruição da falsa divindade.
A Bíblia narra no livro de Josué: “Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel” (Jos 7, 6).
Dulia e latria
Latria: significa adoração e é o culto devido exclusivamente ao verdadeiro e único Deus, nosso Criador e Salvador. Na adoração, reconhecemos Deus como Todo-Poderoso e Senhor do universo.
Dulia: significa homenagem, veneração. São dignas de veneração, no campo religioso, os santos e todas as criaturas que, neste mundo, fizeram e fazem a vontade do Pai, por se tornarem nossos modelos de fé e caridade.
A palavra “dulia” vem do grego “doulos” que significa “servidor”. Dulia em português quer dizer reverência, veneração. Latria é adoração; vem do grego “latreia” que significa serviço ou culto prestados a um soberano senhor.
Aristóteles, sábio filósofo grego, já dizia: “Nada está na mente que não tenha passado pelos sentidos”. A visão de uma imagem desperta na alma pensamentos salutares, o anseio de imitar o santo de sua devoção, a se sacrificar por Jesus crucificado.
Entre os orientais as imagens possuem também grande importância. A grade que fecha o santuário tornou-se uma iconostese, ornada de imagens. Os concílios ecumênicos sempre censuram a exclusão sistemática de imagens como contrária á tradição cristã.
Imagens na Patrística
São Gregório de Nissa, em 394, escreveu:
“A figura muda sabe falar nas paredes das igrejas e muito ajuda” (Panegírico de São Tenório).
O papa São Gregório Magno, (†604) escreveu o seguinte ao bispo de Marselha:
“Vós não devíeis quebrar o que foi posto nas igrejas, não para ser adorado, mas simplesmente venerado. Uma coisa é adorar uma imagem e outra coisa é aprender, através dessa imagem, a quem as tuas orações são dirigidas. O que as Escrituras representam para os letrados, a imagem o é para os iletrados: são por essas imagens que aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro dos que não sabem ler” (Epístola XI,13).
São João Damasceno (749) também defendia o uso didático das imagens.
“Antigamente Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (…) Com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor”.
“Como fazer a imagem do invisível? … Na medida em que Deus é invisível, não o represento por imagens; mas, desde que viste o incorpóreo feito homem, fazes a imagem da forma humana: já que o inviável se tornou visível na carne, pinta a semelhança do invisível” (I 8 PG 94, 1237-1240).
“Outrora Deus, o Incorpóreo e invisível, nunca era representado. Mas agora que Deus se manifestou na carne e habitou entre os homens, eu represento o “visível” de Deus. Não adoro a matéria, mas o Criador da matéria” (Ibid. I 16 PG 94, 1245s).
“A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus.” A contemplação dos ícones santos, associada à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis.
Santa Teresa de Ávila († 1582), ao ensinar as vias da oração às suas Religiosas, dizia :
“Eis um meio que vos poderá ajudar… Cuidai de ter uma imagem ou uma pintura de Nosso Senhor que esteja de acordo com o vosso gosto. Não vos contenteis com trazê-las sobre o vosso coração sem jamais a olhar, mas servi-vos da mesma para vos entreterdes muitas vezes com Ele” (Caminho de Perfeição, cap. 43,1).
Concilio de Nicéia II, em 787
Com a eclosão da iconoclastia (isto é, a destruição das imagens sagradas) nos séculos VIII e IX, o II Concílio de Nicéia, em 787, reafirmou solenemente a validade da veneração das imagens. Assim se definiram os padres conciliares na Sessão de 13 de outubro de 787:
“Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos”.
O que disseram os líderes protestantes:
Lutero foi tolerante com as imagens, como se pode ver no texto abaixo, de 1528. Ele rejeitou os iconoclastas e considerava as imagens edificantes:
“Tenho como algo deixado à livre escolha as imagens, os sinos, as vestes litúrgicas… e coisas semelhantes. Quem não os quer, deixe-os de lado, embora as imagens inspiradas pela Escritura e por histórias edificantes me pareçam muito úteis… Nada tenho em comum com os Iconoclastas” (Da Ceia de Cristo).
O teólogo e historiador luterano Martin N. Dreher, em sua obra “A Crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma” sustenta uma posição favorável ao uso das imagens. Seguem alguns trechos dessa sua obra, em especial do capítulo 5, intitulado “Palavra e Imagem”:
“Na primavera de 1522 aconteceu, em Wittenberg, o início de uma das maiores catástrofes na história da humanidade. O conselho da cidade determinara a retirada das imagens das igrejas. Quando se começou a executar a decisão dos conselheiros municipais, a multidão reunida na frente da igreja da cidade invadiu o templo, arrancou as imagens das paredes, quebrou-as e terminou por queimar tudo do lado de fora. Em questão de minutos, uma paixão brutal destruiu o que para gerações de cristãos fora objeto de veneração religiosa”.
No Código de Direito Canônico
O Código de Direito de Direito Canônico da Igreja também dá orientações importantes sobre o uso das imagens:
Cân. 1188 – Mantenha-se a praxe de propor imagens sagradas nas igrejas, para a veneração dos fiéis; entretanto, sejam expostas em número moderado e na devida ordem, a fim de que não se desperte a admiração no povo cristão, nem se dê motivo a uma devoção menos correta.
Cân. 1189 – Imagens preciosas, isto é, que sobressaem por antiguidade, arte ou culto, expostas à veneração dos fiéis, em igrejas e oratórios, se precisarem de reparação, nunca sejam restauradas sem a licença escrita do Ordinário; este, antes de concedê-la, consulte os peritos.
Cân. 1190 – § 1. Não é lícito vender relíquias sagradas.
§ 2. As relíquias insignes, bem como outras de grande veneração do povo, não podem de modo algum ser alienadas nem definitivamente transferidas, sem a licença da Sé Apostólica.
§ 3. A prescrição do § 2 vale também para as imagens que são objeto de grande veneração do povo em alguma igreja.
Cân. 1237 §2. Conserve-se a antiga tradição de colocar debaixo do altar fixo relíquias de mártires ou de outros santos, de acordo com as normas prescritas nos livros litúrgicos.
No Concílio Vaticano II
O Concílio Vaticano II muito valorizou a arte sacra e as imagens, como podemos ver: nas e “Lúmen Gentium”.
O capítulo VII da Constituição “Sacrossantum Concilium”
“Entre as mais nobres atividades do espírito humano contam-se com todo o direito as belas-artes, principalmente a arte religiosa e a sua melhor expressão, a arte sacra. Por sua própria natureza estão relacionados com a infinita beleza de Deus a ser expressa de certa forma pelas obras humanas. Tanto mais podem dedicar-se a Deus, a seu louvor e a exaltação de sua glória, quanto mais distantes estiverem de todo propósito que não seja o de contribuir poderosamente na sincera conversão dos corações humanos a Deus.
Por isso a Santa Mãe Igreja sempre foi amiga das belas artes. Procurou continuamente o seu nobre ministério e instruiu os artífices, principalmente para que os objetos pertencentes ao culto divino fossem dignos, decentes e belos, sinais e símbolos das coisas do alto. Até a Igreja se considerou, com razão, juiz sobre elas, julgando entre as obras de arte quais convinham a fé, a piedade, as leis religiosamente estabelecidas e quais eram consentâneas ao uso sagrado.
Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria ou na forma, ou na ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos.
Por isso acerca destas coisas os Padres acharam por bem estabelecer o seguinte.” (SC, 122)
“Cuidem os Ordinários que, promovendo e incentivando a arte verdadeiramente sacra, visem antes a nobre beleza que a mera suntuosidade. O que se há de entender também das vestes sacras e dos ornamentos.
Tomem providências os Bispos que as obras de arte, que repugnam a fé e aos costumes, a piedade cristã e ofendem o verdadeiro senso religioso quer pela deturpação das formas, quer pela insuficiência, mediocridade e simulação da arte, sejam cuidadosamente retiradas das casas de Deus e dos demais lugares sagrados.
Ao se construírem igrejas, cuide-se, diligentemente, que sejam funcionais, tanto para a celebração ativa dos fiéis.” (n. 124)
“Firme permaneça a costume de propor nas igrejas as sagradas imagens a veneração dos fiéis; contudo, sejam expostas com moderação quanto ao número, com conveniência quanto a ordem, para que não causem admiração ao povo cristão nem favoreçam devoções menos corretas.” (n.125)
“Os Bispos, por si ou por sacerdotes idôneos dotados de competência e amor a arte, interessem-se pelos artistas, para imbuí-los do espírito da Arte Sacra e da Sagrada Liturgia.
Os artistas todos, que, levados por seu gênio, querem servir na Santa Igreja a glória de Deus, sempre se lembrem de que se trata de certa forma da sagrada imitação de Deus Criador, e que suas obras se destinam ao culto católico, a edificação dos fiéis, bem como a piedade e a instrução religiosa deles”. (n. 127)
“Os Clérigos, enquanto estudam Filosofia e Teologia, sejam também instruídos na história da Arte Sacra e de sua evolução, bem como acerca dos sãos princípios por que se devem reger as obras de arte de tal forma que apreciam e conservem os veneráveis monumentos da Igreja e possam orientar os artistas na produção de suas obras”. (n. 129)
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Padre Fábio de Melo critica a reportagem da Revista Veja
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| Música Cantar com fé O sucesso do padre-cantor Fábio de Melo, o artista que mais vende discos no país atualmente, reafirma a força da música religiosa – católica e evangélica. Um mercado que não conhece crise Marcelo Marthe e Sérgio Martins
Semanas atrás, uma plateia composta na maioria por mulheres lotou por duas noites o Canecão, a casa de shows mais tradicional do Rio de Janeiro. Elas estavam ali para assistir à gravação de um DVD do maior fenômeno musical surgido no Brasil ultimamente: o padre-cantor Fábio de Melo. Lançado no fim do ano passado, seu CD Vida bateu nas 542 000 unidades comercializadas em menos de 100 dias (agora, já está perto das 600 000). Com isso, Melo tornou-se o número 1 em vendagem de discos no país em 2008. Ficou à frente do padre Marcelo Rossi, que ocupou o topo do ranking em 2006 e 2007 e caminhava para repetir o feito com os volumes 1 e 2 de seu álbum ao vivo Paz Sim, Violência Não – até ser atropelado pelo colega de batina. Enquanto a indústria fonográfica laica se encontra estagnada, esse mercado – tanto em sua vertente católica quanto na evangélica – desconhece a crise. E, aos poucos, demole o muro que o separa das paradas. Esse processo começou com a ascensão do padre Marcelo, há coisa de dez anos. E teve outro lance importante em 2007, quando a cantora Aline Barros – o maior fenômeno da música evangélica, com 3 milhões de CDs e DVDs vendidos – emplacou uma faixa numa novela das 8 da Globo. A canção Recomeçar serviria apenas de tema do núcleo evangélico do folhetim Duas Caras. Mas repercutiu tanto que passou a ser tocada até em emissoras de rádio nada religiosas. A Globo agora vai atacar na outra frente: já anunciou que o próximo folhetim das 7, Caras & Bocas, de Walcyr Carrasco, terá na trilha uma música do padre Fábio de Melo (o noveleiro, aliás, é grande amigo do religioso).
No lado evangélico, há mais dois artistas que atravessaram fronteiras: Regis Danese e Soraya Moraes. Ex-vocalista de apoio do grupo de pagode Só pra Contrariar, Danese é autor de Faz um Milagre em Mim, canção que está tocando em rádios populares e até foi incorporada ao repertório de artistas católicos. "Gosto de levar a palavra de Cristo a quem ainda não se converteu", diz ele. Soraya, por sua vez, foi o destaque brasileiro do Grammy Latino, no ano passado. Ganhou em categorias específicas de seu mercado, como na de melhor álbum de música cristã – mas também bateu concorrentes seculares como Vanessa da Mata, Jorge Vercilo e Djavan na de melhor canção brasileira, com a faixa Som da Chuva (em que roga: "Deixa Tua glória encher este lugar / Deixa o céu descer sobre nós"). O fenômeno Fábio Melo leva essa aproximação com o universo mundano a um extremo inédito. Marcelo Rossi, o fenômeno da cantoria católica que o Brasil conhecia até então, só sobe ao palco de batina e usa a música e a dança para dar colorido às suas missas. "Não me exponho sem batina. Se o assédio com ela já é grande, imagine sem", diz. Melo vai na direção contrária: não gosta de parecer padre, na acepção tradicional. Bem-apessoado e vaidoso, só usa roupas de grife e cuida da beleza. Cultiva, enfim, uma imagem de homem atraente. Musicalmente, também está a anos-luz da "aeróbica de Jesus" do padre Marcelo, pois tem a pretensão de fazer MPB refinada. O espetáculo no Canecão contou com uma banda de vinte músicos e teve cenografia de superprodução. Na casa de shows carioca, boa parte das fãs recitava de cor suas letras poético-religiosas e entoava com ele covers de artistas conhecidos – como Pai, de Fábio Jr. Algumas, mais atiradas, lançavam ao padre gracejos como "olha para mim" e "gostoso".
Seria injusto, contudo, creditar o sucesso do padre apenas à sua imagem de bonitão ou à embalagem moderna de sua música. Melo é um religioso articulado, que cativa os fiéis com sermões que traduzem conceitos teológicos e filosóficos em imagens simples. Ele também faz sucesso como autor de livros de autoajuda. Um de seus títulos, Quem Me Roubou de Mim?, totaliza 250 000 exemplares comercializados e tem frequentado a lista dos mais vendidos de VEJA. Outro deles, Mulheres de Aço e de Flores – em que lança um olhar delicado sobre as aflições femininas – já passou dos 80 000. "Estudei muito, pois não queria virar um padre de mídia banal", afirma. Melo estourou agora graças a um acordo de distribuição de sua gravadora, a LGK, com a Som Livre, braço musical da Globo – o que lhe proporciona spots publicitários na emissora. Mas ele é prova de que um artista religioso pode sobreviver mesmo se entrincheirado em seu meio. O padre está na estrada lá se vão treze anos, sempre com vendagens acima dos 25 000 discos. Isso porque o mercado católico – e mais ainda o evangélico – se autossustenta. A Paulinas-Comep, a maior gravadora católica do país, lançou 28 títulos e cresceu 10% em 2008. Os selos evangélicos também seguem com ótima saúde. O circuito de shows é intenso. Os católicos têm os Hallels, encontros que mesclam catequese e música e atraem mais de 100 000 jovens, em cidades como Franca e Brasília. Em Fortaleza, há o Halleluyah, realizado nas mesmas datas da maior micareta da capital cearense, que tem alcançado público comparável ao dela. Há, ainda, as "cristotecas", raves de música eletrônica católica. No lado evangélico, não faltam eventos de grande porte. Festivais como o Louvorzão, realizado no Rio de Janeiro, chegam a reunir 150 000 jovens.
Cientes de que a música é uma ferramenta crucial para agregar novas almas a seus rebanhos, não é de hoje que os dois lados travam uma disputa peculiar nesse campo. Isso levou a uma maior profissionalização e à diversificação de estilos – do pop ao heavy metal, do axé ao rap. Mirando-se no mercado de música gospel americano, os evangélicos se destacaram antes nisso. A principal banda de rock dessa área, o Oficina G3, já tem vinte anos de carreira. A produção musical católica é antiga, mas demorou mais a se diversificar. O primeiro sacerdote a se aventurar numa carreira musical foi o padre Zezinho – aquele que cantava em missas munido de violão e pandeiro, para estranheza dos fiéis da década de 70. "Todas as religiões devem investir pesado na música. Ela é o chantilly do bolo da vida", diz o padre, hoje com 67 anos e 118 discos gravados. Só nos anos 80 o pop chegou à Igreja. O ritmo se acelerou para valer na década seguinte, com a ascensão do movimento carismático e suas missas festivas – de que os padres-cantores e demais artistas atuais são tributários diretos. Mas, mesmo para um estudioso como Samuel Araújo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a intensidade que o flerte dos católicos com o profano vem atingindo impressiona. "Um padre com imagem sexualizada é algo espantoso. O que virá a seguir?", pergunta Araújo. Nem Deus sabe.
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In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.
Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim
“Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”
(Diário de Santa Faustina, n. 1037)