MÊS DO ROSÁRIO
- OUTUBRO DE 2012-
Vamos celebrar este Mês do Rosário de 2012, a presentando diariamente textos publicados em "A VOZ DE FÁTIMA" e "FÁTIMA LUZ E PAZ" em diversas datas mais recentes.
(14)-O AMOR DE JACINTA PELO SANTO PADRE !
A Beata Jacinta Marto viveu intensamente o amor.
Não apenas a Deus, a Jesus e à Virgem Maria, mas também às pessoas, tanto as conhecidas como as desconhecidas.
Amou a sua família e dedicava un afecto especial à sua prima Lúcia, companheira na mesma aventura espiritual das Aparições.
Exprimia tal afecto com várioos gestos de ternura, oferta de flores e oração.
Quando estava afastada dela, sofria com a ausência.
A despedida para Lisboa, que sabia ser definitiva, custou-lhe muito e fê-la chorar.
Só a certeza de estar a cumprir a palavra de Nossa Senhora e a oportunidade de oferecer mais um sacrifício por amor, atenuava a sua pena.
Ouviu um sacerdote falar do Santo Padre e a recomendar a oração por ele.
Associado a isso, teve uma visão em que ele estava em sofrimento, insultado por muitas pessoas.
A Jacinta adquiriu então um grande amor pelo Papa e desejava muito que viesse a Fátima.
O Papa João Paulo II, quando a proclamou beata, expressou-lhe publicamente a sua gratidão "pelos sacrifícios e orações oferecidas pelo Santo Padre".
Também os sacerdotes mereceram particular atenção e afecto da vidente.
Se é certo que os interrogatórios de alguns a incomodavam e deles fugia, encontrou outros que lhe deram conselhos e ensinamentos, que seguia com diligência.
Quando, em Lisboa, se foi confessor, saiu consolada do Sacramento e manifestava o seu contentamento, exclamando :
"Ai mãe, que Padre tão bom, que Padre tão bom".
Nessa ocasião, recomendava a oração pelos sacerdotes e dizia que eles "só deviam ocupar-se das coisas da Igreja, que deviam ser puros, muito puros" e que a sua desobediência aos seus superiores e ao Santo Padre ofendia muito a Nosso Senhor.
Ela, que se prendia às suas coisas e gostava de atrair a atenção sobre si mesma, após as Aparições, tornou-se desprendida e generosa.
Tomou a iniciativa e arrastou os companheiros para darem a própria merenda às outras crianças pobres.
E fazia-o "com tanta satisfação, como se não lhe fizesse falta".
Tomou tão a sério a prática do sacrifício para oferecer pela conversão dos pecadores que se tornou insaciável.
Não lhe bastavam os que a vida já lhe trazia, procurava outros modos de se sacrificar que, hoje podemos achar exagerados e mesmo perigosos para a saúde.
O seu amor apaixonado tornou-se desmedido para alcançar a salvação dos pecadores.
Mas manifestava-se também na compaixão com as pessoas em sofrimento e na oração com elas, obtendo-lhes as graças do Céu, pela sua intercessão.
Encarnou os sofrimentos como missão, oferecendo tudo a Jesus, por amor a Ele, em reparação pelos pecados contra o Imaculado Coração de Maria, pela conversão dos pecadores e pelo Santo Padre.
Na doença, recebeu de novo a visita da Virgem Maria, que lhe revelou o que ainda deveria passar e que a iria buscar para o Céu.
Assim encontrava consolação e coragem para tudo suportar.
Às vezes beijava um crucifixo e, abraçando-o, dizia :
"Ó meu Jesus, eu Vos amo e quero sofrer por Vosso amor".
Ao partir para Lisboa, na última fase da doença, sofreu imenso, tendo consciência da proximidade da morte.
Confortava-a a lembrança da promessa de Nossa Senhora de que a levaria para o Céu.
Ali teria ocasião de "amar muito a Jesus e ao Imaculado Coração de Maria" e de pedir muito pelas mesmas intenções que tinha em vida : os pecadores, o Sumo Pontífice, os seus familiares e as pessoas que a ela se encomendaram.
Consolava a mãe, dizendo-lhe :
"Não se aflija, minha mãe; vou par o Céu. Lá hei-de pedir muito por si".
Faleceu, tranquilamente, sozinha, como Nossa Senhora lhe tinha predito.
Sobre ela e seu irmão Francisco, João Paulo II, na referida homilia, formulou o voto de "que a mensagem das suas vidas permaneça sempre viva para iluminar o caminho da humanidade".
E disse que ambos se entregaram "com total generosidade à direcção de tão boa Mestra (a Virgem Maria) que subiram em pouco tempo aos cumes da perfeição".
Por isso, louvou a Deus, dizendo :
"Eu Te bendigo ó Pai, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos".
Bendito seja Deus por todos os seus "pequeninos", começando na Virgem Maria, sua humilde Serva, e continando nos pastorinhos e em quantos são como eles.
VOZ DA FÁTIMA Abril de 2010.
John
Nascimento