É urgente educar os jovens
para a justiça e a paz
Na mensagem para o Dia mundial da paz - que se celebra a 1 de Janeiro de 2012 - Bento XVI olha com atenção para as "preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo". Por isso, a "escolha da "perspectiva educativa" que caracteriza a mensagem, centrada no tema "Educar os jovens para a justiça e a paz", assim como o apelo a todos os componentes da sociedade, para que considerem devidamente "estes fermentos e o estímulo ideal" que eles encerram.
Na mensagem sobressai a preocupação do Pontífice em relação às apreensões que caracterizam o mundo juvenil, a centralidade da questão educativa e o dever dos Estados de "ajudar as famílias e as instituições a exercer o direito-dever de educar", através de medidas concretas. Aos políticos o Papa pede que ofereçam aos jovens "uma imagem límpida da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos". Bento XVI ressalta ainda a "tendência difundida de recorrer exclusivamente à utilidade, ao proveito e à posse". E recorda que para se educar para "a compaixão, a solidariedade, a colaboração e a fraternidade" é necessário "ser activo no interior das comunidades e vigilante no despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar modalidades adequadas de distribuição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos".
(©L'Osservatore Romano - 17 de Dezembro de 2011)
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A confiança realista do Papa Bento
GIOVANNI MARIA VIAN Como sempre o Papa Bento XVI vai à raiz das questões. Conservando, com clareza amável e firme, um olhar de confiança realista. De facto, este é o tom geral da mensagem para o dia mundial da paz, publicada poucas horas depois da celebração das vésperas com os estudantes universitários romanos aos quais falou sobre a expectativa de Deus com o mesmo realismo confiante.
Bento XVI não podia omitir a crise global que oprime muitas sociedades e descreve-a com eficácia singular: "Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo - lê-se no início da mensagem - impedindo de ver com clareza a luz do dia". Sobretudo os jovens sentem-se angustiados por isto, e não são necessárias demasiadas análises para constatar esta realidade inquietadora, emersa no ano que se conclui também com manifestações e sintomas visíveis em diversos países.
Por isso, pela responsabilidade em relação às gerações mais jovens - confusas e amedrontadas face a um futuro que se apresenta incerto e sem perspectivas sob todos os pontos de vista - o Papa aponta para a necessidade da educação, que define "a aventura mais fascinante e difícil da vida". Em razão da longuíssima experiência pessoal de professor e de pastor que sempre esteve em contacto com os jovens, Bento XVI bem sabe que não basta ser mestre mas é preciso sobretudo ser testemunha, como repetia Paulo VI, e por isso dirige-se aos educadores e aos pais.
Impressiona sobretudo no texto papal o apelo aos responsáveis pela vida pública: para que se questionem sobre as decisões a tomar neste tempo de crise, certamente, mas acima de tudo para que ofereçam aos jovens "uma imagem transparente da política". Com uma exortação implícita a um novo compromisso num âmbito, como o da política, que em muitos países parece cada vez mais distante das preocupações reais dos cidadãos e não atrai, ou afasta, as gerações mais jovens. E é forte também o apelo ao mundo dos mass media, que com demasiada frequência esquecem a própria função, não só informativa.
O Papa bem sabe - e repete-o mais uma vez - que a educação para a justiça e a paz passa pela educação para a verdade e a liberdade. Eis porque na mensagem volta a insistir sobre a questão de Deus, com a crítica ao relativismo contemporâneo, que nada reconhece como definitivo e com o nó da lei moral natural, base de toda a convivência justa e pacífica.
Com efeito, não são "as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo" repete Bento XVI. E o voltar-se significa e exige o empenho livre do ser humano na busca não de um deus qualquer - os ídolos certamente não desapareceram nas sociedades contemporâneas - mas do Deus criador que falou a Moisés e revelou a sua face em Jesus. Não, não é anacronista meditar sobre as palavras do apóstolo Tiago que exorta a esperar a vinda de Cristo com a constância do agricultor, disse o Papa aos universitários. Uma constância que corresponde à paciência do próprio Deus, fiel na expectativa da resposta livre do ser humano, Deus próximo que é sobretudo amigo do homem, de cada ser humano.
(©L'Osservatore Romano - 17 de Dezembro de 2011)
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1. | Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. | |
2. | Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: | |
3. | Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! | |
4. | Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! | |
5. | Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! | |
6. | Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! | |
7. | Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! | |
8. | Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! | |
9. | Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! | |
10. | Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! | |
11. | Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. | |
12. | Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. |
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