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    terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

    [Catolicos a Caminho] Resumo 4612

    JESUS FALA ATRAVÉS DE SUA IGREJA

    Mensagens neste resumo (3 Mensagens)

    Mensagens

    1.

    Escuta da Palavra e Meditação - 7/2/2012 - Este povo com a sua bo

    Enviado por: "Família Arruda" xisto@xistonet.com   xisto_19982000

    Seg, 6 de Fev de 2012 4:54 pm





    VERDADE (VER)

    Evangelho:

    Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 7,1-13

    "Alguns fariseus e alguns mestres da Lei que tinham vindo de Jerusalém reuniram-se em volta de Jesus. Eles viram que alguns dos discípulos dele estavam comendo com mãos impuras, quer dizer, não tinham lavado as mãos como os fariseus mandavam o povo fazer. (Os judeus, e especialmente os fariseus, seguem os ensinamentos que receberam dos antigos: eles só comem depois de lavar as mãos com bastante cuidado. E, antes de comer, lavam tudo o que vem do mercado. Seguem ainda muitos outros costumes, como a maneira certa de lavar copos, jarros, vasilhas de metal e camas.)
    Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram a Jesus:
    - Por que é que os seus discípulos não obedecem aos ensinamentos dos antigos e comem sem lavar as mãos?
    Jesus respondeu:
    - Hipócritas! Como Isaías estava certo quando falou a respeito de vocês! Ele escreveu assim:
    "Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração
    está longe de mim.
    A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus."
    E continuou:
    - Vocês abandonam o mandamento de Deus e obedecem a ensinamentos humanos.
    E Jesus terminou, dizendo:
    - Vocês arranjam sempre um jeito de pôr de lado o mandamento de Deus, para seguir os seus próprios ensinamentos. Pois Moisés ordenou: "Respeite o seu pai e a sua mãe." E disse também: "Que seja morto aquele que amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe!" Mas vocês ensinam que, se alguém tem alguma coisa que poderia usar para ajudar os seus pais, mas diz: "Eu dediquei isto a Deus", então ele não precisa ajudar os seus pais. Assim vocês desprezam a palavra de Deus, trocando-a por ensinamentos que passam de pais para filhos. E vocês fazem muitas outras coisas como esta."

    CAMINHO (JULGAR)
    (O que o texto diz para mim, hoje?)

    Meditação:

    Temos aqui um longo texto de contestação das observâncias judaicas. O questionamento é sobre a lei de pureza no comer com mãos impuras. A resposta de Jesus é abrangente, removendo o mérito das leis de pureza e das demais tradições opressoras. Abandonam a lei de Deus, lei do amor, pelas tradições dos homens, isto é, tradições ideologizadas, criadas para garantir interesses pessoais.

    Hoje nos encontramos com duas classes de pessoas: Jesus, um homem livre e libertador, e alguns fariseus e mestres da lei que criticam a conduta dos discípulos de Jesus.

    Marcos nos apresenta o problema que alguns fariseus e mestres da Lei vindos de Jerusalém colocaram a Jesus. Estamos ante uma polêmica da época de Jesus, mas também de nossos dias.

    A intenção dos fariseus era descobrir se, na formação dada por Jesus a seus discípulos, ele os incitava à não-observância da Lei. A fama do Mestre havia chegado à capital onde se supunha que a prática da religião fosse irrepreensível. Pelo que se dizia dele, parecia que seu ensinamento não se enquadrasse nos padrões religiosos da época, e suas orientações rompiam com o sistema religioso estabelecido.

    Quem tinha se aproximado do Mestre com o intuito de desmascará-lo, acabou sendo desmascarado por ele. Tudo começou com a crítica feita aos discípulos: Por que se sentam à mesa sem antes terem lavado cuidadosamente as mãos?. Era um costume fundado numa série de preconceitos. Um deles é que o contato exterior com as coisas pode tornar impuro o coração humano. Outro era o medo de ter tido contato com algum pagão e, por isso, ter contraído alguma impureza. A impureza interior explicava-se, pois, por um gesto puramente exterior.

    Jesus pôs-se a demonstrar como a tradição considerada exemplar era, em última análise, caduca, e podia ser inescrupulosamente manipulada. Exemplo disso era a forma desumana como muitos mestres da Lei e fariseus "piedosos" tratavam seus pais, distorcendo a Lei, a ponto de interpretá-la a seu favor. A impiedade era, assim, acobertada por uma falsa piedade. O Mestre Jesus procurava evitar que seus discípulos fossem contaminados por esta mentalidade.

    É muito grave quando Deus não apenas faz advertências a respeito da conduta do seu povo, mas o acusa da gravidade de suas escolhas.

    Quando Jesus diz que 'vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens' está apontando o núcleo inspirador de atitudes comprometedoras de um povo que se apresenta como religioso, guardião da prática religiosa correta.

    No entanto, desloca, friamente, e com uma convicção inquestionável, a Deus do seu lugar insubstituível de centro da vida dos que crêem. Nada é tão grave. Nada é tão grave quando o coração humano e sua inteligência passam a ser a única medida correta de arbitragem do que é certo e do que é errado.

    Tudo é possível quando cada pessoa, ancorada em práticas religiosas, ritualmente obedecidas com rigor, se torna a medida única e última de tudo.

    Os resultados são arbitrariedades e insolências, impiedades e maldades que eliminam tudo e todos os que não se localizam no enquadramento estreito desta pretensão humana.

    O absurdo deste procedimento alcança o ápice de pretender envolver a Deus, colocando-se ao seu redor, como os conterrâneos religiosos de Jesus fizeram com Ele, certos de sua condição moral questionável, para apresentar questionamentos de tal modo a assumirem o próprio lugar de Deus quando o julga e aos seus como incorretos, desrespeitosos e sem autoridade.

    O centro da questão para a disputa estabelecida com Jesus Mestre, fruto da posição pretensiosa assumida pelos fariseus e mestres da lei, é o fato de os discípulos de Jesus comer sem lavar as mãos.

    A tradição incluía abluções rituais. Havia um escrúpulo de se ter tocado coisas impuras antes da refeição com o conseqüente risco de contaminação.

    É bom entender que a higiene focalizada não se refere àquela necessária para que não se corra o risco de comprometimentos sanitários.

    A preocupação e a ritualidade assumida se deve a uma concepção de puro e impuro, segundo critérios muito próprios que chegam às raias de doentios e até perversos, criando preconceitos e transformando a vivência religiosa em maldosa consideração dos outros para verificar a quem condenar ou criar condições de desmoralizações.

    Jesus reage à tentativa de desmoralização que buscar aplicar sobre ele. Na verdade, em Israel um Mestre não tinha autoridade se não conseguisse que os seus discípulos obedecessem à risca todos os preceitos e ritos previstos pela prática religiosa.

    Certamente, com satisfação, que é o sentimento dos perversos e dos convencidos de sua oca dignidade moral, os interlocutores de Jesus pensavam ter encontrado um meio de desmoralização do Mestre e condenação dos seus discípulos.

    Este é o único caminho comum e sempre muito explorado dos hipócritas. Buscam conquistar autoridade e validar suas posições com a desmoralização dos outros, ainda que seja fruto de suas perversas e obscuras pretensões.

    Os honestos, de verdade, não necessitam atacar, destruindo os outros, para encontrar o seu próprio lugar de autoridade e reconhecimento.

    Jesus chama todos estes de hipócritas. Não são poucos. A hipocrisia se vence com algo mais que ultrapassa o simples cumprimento de ritos e normas que encobrem mentiras e interesses pessoais.

    Hipócrita é, pois, uma condição que define aquele que é capaz de fazer e falar sem deixar transparecer os enganos, critérios perversos e mentiras que estão sempre guardadas com força de cálculo no fundo do coração.

    A hipocrisia é uma verdadeira cultura que muitos dela vivem sem perceber, outros a adotam como artimanha para conseguir seus propósitos e não poucos se gabam das práticas que engambelam os outros para se alcançar os próprios interesses, tantas vezes imorais, prejudiciais ao bem comum, perversos e maldosos para com os outros.

    Jesus contrapõe a proposta de prática religiosa dos seus conterrâneos. Não é uma simples contestação dos ritos, menos ainda um desleixo e ou uma atitude de simplesmente contestar e desconsiderar, como ato de insolência e de arbitrariedade.

    O coração de Deus é misericórdia, amor, sinceridade a toda prova. Deus não usa artimanhas. Quem usa artimanhas não é capaz de amar de verdade. Interessa alcançar os próprios propósitos, mesmo que estes sejam destrutivos e comprometedores do bem de instituições e de pessoas.

    Jesus reorienta o sentido da prática religiosa mostrando que sua essência, para dar vida aos ritos de não deixá-los cair numa complicada esterilidade, supõe um cuidado especial com o próprio coração.

    O discípulo, então, é aquele que nutre no coração uma experiência inspirada nos sentimentos do coração de Deus. A interioridade é, na verdade, a força sustentadora da autêntica experiência de fé, de culto a Deus e de sinceridade no relacionamento com os outros. Jesus pede dos seus discípulos esta construção e esta conquista.

    O de fora se sustenta autenticamente a partir do que está no fundo do coração. Manter as aparências e enganar é hipocrisia.

    O discípulo de Jesus não pode descambar na direção da hipocrisia. Isto só é possível na medida em que o discípulo compreende que o impuro não é o entra nele vindo de fora, explicou Jesus chamando para perto de si a multidão. Impuro é o que sai do interior.

    Ele recorda em linguagem bem direta que o que sai do interior é que é impuro: as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo.

    Jesus conclui: 'Todas estas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem'. É fácil colocar capaz, roupas e cores que indicam outras coisas, até nobres.

    O que vale é verificar o fundo do coração, diante de Deus e da própria consciência. Deus, não se engana. Ele, mais do que qualquer outro, mesmo a própria pessoa, conhece o mais escondido do coração. Ao discípulo só resta uma alternativa.

    Passar a limpo a própria interioridade, permanentemente, e escolher sempre o caminho do amor que resgata, nos recria, nos perdoa e nos reconcilia com Deus. Outra opção, de que devemos a todo custo fugir, é hipócrita. Isto é, a condição de um povo que 'louva com os lábios, mas o coração está longe de Deus'. O nosso coração como os Apóstolos deve ser verdadeiramente íntimo de Deus.

    Reflexão Apostólica:

    Quantas vezes lemos esse evangelho, mas como é interessante vê-lo ser novo todo dia.

    Vocês já repararam a quantidade de justificações que damos e temos dado sem ninguém ter pedido? Parece estranho, mas é uma coisa importante a ser observada hoje.

    Um irmão exclama: "você andou sumido"! Reparemos que não é uma pergunta que ele nos fez, mas rapidamente a justificamos: "Sim! Mas foi por causa disso e disso"…

    A justificativa parece brotar como um meio natural de se defender do que achamos que pensarão ou falarão de nós, mas viver se justificando pode parecer que somos inseguros, imaturos ou neuróticos.

    Um segundo exemplo: recebendo uma crítica construtiva!

    Esse mesmo irmão diz que ficou perfeito o que fizemos, mas deixamos passar despercebido um ou outro detalhe, que no fim, ninguém viu ou reparou.

    Nossa percepção imatura, insegura ou neurótica, esquece o elogio recebido primeiro passando a se defender do pequeno erro visto, pois é inadmissível que haja algo a melhorar.

    O padre, o pregador, o músico que não aceita um comentário relevante sobre seu trabalho; o chefe que se abraça ao orgulho para não reconhecer uma falha; uma mãe ou pai que descarrega o cansaço do dia nos filhos e mesmo assim orgulhosos não pede desculpas; o funcionário que se esqueceu de fazer uma tarefa; o troco dado errado; a trombada dentro do ônibus lotado; a batida por desatenção no trânsito…

    Jesus não incomodava a ninguém, mas era preciso encontrar defeitos para atacá-lo. As mãos sujas eram a justificativa que precisavam para ocultar de suas mentes os milagres, os prodígios, os ensinamentos. Para o medíocre não é preciso muito para tampar os olhos – um dedo basta.

    Um dedo era suficiente para ocultar toda a bondade realizada e operada naquele povo. Um grão de areia e suficiente para cegar um cético, um descrente, um invejoso que não precisa de muitos argumentos para difamar, caluniar… Basta um grão chamado QUERER para poder seu cérebro VER APENAS O QUE DESEJA VER.

    Os fariseus bordavam ou estampavam em suas vestes as leis que seguiam, mas o que estava escrito nem sempre era seguido.

    Vale aqui lembrar as pessoas que ainda hoje pegam a Bíblia e "sorteiam" palavras que lhes agradam. Retiram a mensagem que lhes convém ou agrada e que muitas vezes pode agredir aos irmãos.

    Quem não conhece alguém que parece conhecer a Bíblia de "trás pra frente" mas usa suas mensagens apenas para justificar seus atos, inclusive os errados?

    Às vezes parece que estamos no caminho certo, mas Deus sempre nos convida a olhar novamente onde já havíamos procurado, lançar novamente as redes onde já havíamos jogado e nos surpreender com o resultado.

    Justificar é normal, mas é preciso ter disciplina também quanto a isso. Sejamos mais humildes às correções e menos "doutores" em algum assunto, ousemos a jogar novamente a rede.

    Não fechemos nossos olhos facilmente. Limpemos constantemente o que limita nosso olhar.

    Precisamos saber se somos cristãos de palavras ou de coração. O cristão de palavras é aquele que vive uma religiosidade de cumprimento de preceitos, normas e rituais, que em nada difere dos rituais de alquimia e bruxaria que existem por aí; o que muda é que no lugar de abracadabra, fala frases bonitas com efeitos especiais.

    O cristão de coração é aquele que ama a Deus, ama os seus irmãos que são templos dele e procura servir a Deus no serviço aos irmãos e irmãs, na valorização da pessoa humana e promoção da sua dignidade. O cristão de coração fala pouco e nem sempre sabe falar bonito, mas ama muito, é solidário, generoso e fraterno.

    VIDA (CELEBRAR)
    (O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)

    Oração: Senhor, te damos graças por tua palavra sincera e corajosa. Nós te damos graças porque preferes uma religião de amor e de liberdade e nos convidas a praticá-la.
    .

    VIDA e MISSÃO (AGIR)
    (Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)

    Propósito: Servir a Deus no serviço aos irmãos e irmãs, na valorização da pessoa humana e promoção da sua dignidade. Ser mais misericordioso (a) para com o meu semelhante, a partir da minha própria casa.
    2.

    LITURGIA DA PALAVRA 6o DOMINGO COMUM - B  Som !

    Enviado por: "John A. Nascimento" nascimentoja@shaw.ca   johnstarca03

    Seg, 6 de Fev de 2012 9:13 pm





    É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

    6º DOMINGO COMUM - ANO B !

    A Liturgia da Palavra deste 6º Domingo Comum – B, que nos fala da terrível doença da lepra, faz-nos reflectir sobre uma outra lepra ainda mais terrível que é a lepra do pecado que nos pode levar à condenação eterna.

    A mentalidade religiosa dos contemporâneos de Jesus considerava a alma humana mais intimamente unida ao corpo do que a mentalidade grega.

    Daí resultava que toda a enfermidade física devia ser reflexo e consequência de uma enfermidade moral.

    Entre todas as doenças, a lepra era considerada pelos judeus, a que tornava mais impuro o homem, porque, destruindo-o na sua integridade e vitalidade física, era, por excelência, sinal do pecado e da sua gravidade.

    A 1ª Leitura do Livro do Levítico diz-nos qual foi a palavra de Deus a Moisés sobre a lepra :

    - «Se um homem tiver, na pele do corpo, algum ponto inchado, um impigem, ou uma mancha esbranquiçada, pode manifestar-se-lhe na pele um caso de lepra. (1ª Leitura).

    A lepra, doença contagiosa e praticamente incurável, nos templos antigos, infundia horror aos contemporâneos de Jesus.

    Segundo a lei judaica, os leprosos eram excluídos da família e da sociedade e eram declarados «impuros».

    - "O leproso com doença declarada deve usar vestuário andrajoso e o cabelo em desalinho, cobrir-se até ao bigode e gritar : «Impuro, Impuro !».(1ª Leitura).

    Jesus curou vários leprosos, pelo que o Salmo Responsorial invoca a Sua misericórdia :

    - "Sois para mim refúgio, Vós me envolveis na alegria da salvação !".

    Na 2ª Leitura S. Paulo pretende dizer aos Coríntios, e hoje também a nós, que Jesus é o «homem para os outros».

    Paulo pretende também imitar a Jesus na sua vida e aconselha-nos a que façamos o mesmo :

    - "Tornai-vos meus imitadores, como eu também o sou de Cristo". (2ª Leitura).

    Esforçando-se por se adaptar a todos, e em tudo, o anseio de S. Paulo é o de colaborar na salvação de todos, para dar glória a Deus.

    O Evangelho de S. Marcos apresenta exactamente um caso da cura da lepra do corpo, como protótipo da cura da lepra da alma, que se deve aplicar segundo a letra da lei de Moisés :

    - "Vai mostrar-te ao sacerdote e oferecer pela tua cura, o que Moisés ordenou, para lhe servir de prova". (Evangelho).

    É exactamente assim que se deve proceder, em caso de pecado.

    Como prova da cura, depois da confissão dos pecados e do arrependimento, é a absolvição sacramental.

    No contacto com Jesus, com confiança e em aparente contradição com a lei, o leproso, repelido pelo seu povo, aproxima-se de Jesus e sente-se curado.

    A lepra de que fala o Evangelho, reveste-se de um carácter mais religioso do que humano em termos de uma saúde debilitada e doença contagiosa.

    Só assim se explicam as medidas severas e repulsivas da 1ª Leitura.

    Não se trata simplesmente de medidas profilácticas; tal isolamento visava preservar a "santidade do povo de Deus".

    A lepra, sinal do pecado, colocava o homem fora da comunidade do povo de Deus, fazia dele um "excomungado".

    Assim, as curas da lepra tornam-se símbolo da libertação do pecado, sinal e prova do poder de Jesus.

    Mas a cura operada por Jesus representa algo mais do que a simples libertação de uma moléstia e a readmissão no seio da comunidade.

    Ele torna-se partícipe da situação do leproso, tocando-o com a mão; de certo modo contrai a sua impureza...

    Neste gesto, Jesus mostra-se como aquele que "carregou sobre si os nossos sofrimentos"; contraiu o mal que desagrega as forças vivas do homem, e assim nos curou na raiz do nosso ser.

    Temos aqui uma primeira realização da profecia do Servo de Javé, que se apresenta com o aspecto de um leproso porque carregou os nossos pecado e, consequentemente o castigo deles.(cf. Is.53,3-12).

    Isto realizar-se-á literalmente na sua Paixão e Morte quando morrer entre dois malfeitores "fora do acampamento", fora dos muros da cidade.

    Sob os diversos elementos da narrativa evangélica, percebe-se nitidamente o dinamismo da confissão penitencial, ou Reconciliação, como se faz hoje na Igreja.

    A celebração da Reconciliação é um encontro com Jesus, que cura a lepra do pecado e reintroduz o penitente arrependido e perdoado, na comunidade eclesial.

    O relato desenrola-se de um modo quase litúrgico e não é difícil situar, nos gestos do leproso e nos de Jesus, um evidente simbolismo penitencial.

    Infelizmente, ainda existe a lepra nas nossas sociedasdes de hoje, que tem a mesma face desumana de sempre e, paradoxalmente, a condição do leproso de hoje, não é muito diferente da do tempo de Jesus.

    Mas a nossa consideração não pode deter-se unicamente sobre a lepra.

    Há muitas outras categorias de banidos nas nossas sociedades, pessoas marginalizadas e mantidas "fora do acampamento", isto é, fora de uma sociedade onde se decide por eles e sobre eles, mas sem os considerar e sem os interrogar.

    Todos eles são uma imagem dolorosa do homem pecador que se mantém à margem de Deus e da Igreja por falta de uma evangelização apropriada à sua cura espiritual, ao seu arrependimento, para que depois de curado proclame também que Jesus é o Salvador, que desse modo está a cumprir o plano da História da Salvação.

    ..............................

    Sobre o ministério da cura, diz o Catecismo da Igreja Católica :

    1506. – Cristo convida os discípulos a seguirem-n'O, tomando a sua cruz. Seguindo-O, eles adquirem uma visão diferente da doença e dos doentes. Jesus associa-os à Sua vida pobre e servidora. Fá-los participar no Seu mistério de compaixão e de cura : Eles «partiram a pregar que era preciso cada um arrepender-se. Expulsavam muitos demónios, ungiam com óleo numerosos doentes, e curavam-nos.(Mc.6,12-13).

    Se quiseres, podes curar-me... Quero !... Fica curado !....

    3.

    Dom Henrique Soares - sobre o BBB

    Enviado por: "Família Arruda" xisto@xistonet.com   xisto_19982000

    Ter, 7 de Fev de 2012 6:38 am





    Não deixem de ler! Vale a pena!!

    Mais uma vez o lixo: Big Brother!

    Por Dom Henrique Soares, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracajú-SE

    A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.

    Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…

    E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial… Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…

    Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: "Meus heróis! Meus guerreiros!" – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!

    Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus… Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas… Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua! Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado… Quanta gente deve ter ficado emocionada com os "heróis" do Pedro Bial cantando "Jesus Cristo, eu estou aqui!"

    Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura! Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa. Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos… E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!

    Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade. Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação…

    E se alguém não gostou do que leu, paciência!

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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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