lucianohenrique publicou: " Ao que parece, os esquerdistas encontraram sua Rhonda Byrne. Seu nome é Thomas Piketty, mas podemos claramente chamá-lo de Thomas Pikaretty (agradeço ao Rodrigo Constantino pela dica). Para quem não se lembra, Rhonda lançou o livro "O Segredo", que de"
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Thomas Pikaretty OU Por que o socialismo deu mais certo do que muitos pensam
by lucianohenrique
Ao que parece, os esquerdistas encontraram sua Rhonda Byrne. Seu nome é Thomas Piketty, mas podemos claramente chamá-lo de Thomas Pikaretty (agradeço ao Rodrigo Constantino pela dica). Para quem não se lembra, Rhonda lançou o livro "O Segredo", que deu um alento aos misticóides de plantão com uma tentativa de vender pseudo-ciência e validar diversas alegações fantásticas. A mistura de misticismo com física quântica ajudou médiuns a tentarem se vender como "validados". O filme "Quem Somos Nós?" seguia a mesma linha (e foi publicado um pouco antes do livro de Rhonda) e já foi devidamente refutado por céticos quanto ao paranormal. O livro de Rhonda teve o mesmo destino.
Pikaretty, autor de "O Capital no Século 21", faz exatamente o mesmo que Rhonda Byrne, só que com o marxismo. Qualquer pessoa intelectualmente honesta e em sã consciência sabe que o marxismo sempre foi uma picaretagem do início ao fim (por isso a nova alcunha que podemos atribuir a Thomas). A diferença é que Pikaretty tenta atribuir ares mais sérios à sua tese de que "a desigualdade cresce no mundo Ocidental", tudo para continuar vendendo o conto da carochinha marxista. O livro se tornou o novo best seller da extrema-esquerda.
Rodrigo Constantino nos lembrou que o livro de Pikaretty estaria repleto de erros estatísticos, conforme apontou matéria do Financial Times. Não vou entrar nesses detalhes, pois não li o livro, mas com certeza o farei. Porém, algumas das alegações de Pikaretty já podem ser tratadas como fraudes intelectuais claras, independentemente dos dados estatísticos dele estarem corretos ou não. Por exemplo, ele defende a taxação de fortunas, e até mesmo um fundo global para que os países mais ricos sejam obrigados a dar renda aos países mais pobres. Tudo isso demonstra que de novo Pikaretty não traz absolutamente nada. Assim como Rhonda Byrne só tem roupagem nova, mas conteúdo que é bom...
Ressalto que mesmo sem ter lido o livro de Pikaretty, podemos fazer a acusação de que o autor traz "mais do mesmo", pois se ele tivesse realmente trazido alguma evidência que validasse suas alegações, a extrema-esquerda já teria traduzido essas evidências de forma que o cidadão comum pudesse acessá-las. Ao contrário, o que se vê é apenas o uso de técnicas de propaganda, como quando eles afirmam: "O livro de Thomas Piketty está vendendo muito. Viva. O marxismo vai vencer!". Ou seja, falamos de propaganda, mas não de argumentação propriamente dita. Mais uma vez, nada que já não tenhamos visto no comportamento de médiuns diante do livro de Rhonda Byrne ou mesmo do filme "Quem Somos Nós?".
Todavia, vejo que alguns erram ao tratar Pikaretty como "autor enganado", mesmo rótulo dado a Karl Marx. Errado: falamos de fraudadores intelectuais. Nenhum dos dois jamais pensou em "superar" o capitalismo, mas em aproveitá-lo da melhor maneira possível com um embuste: fingir que a luta por desigualdade deve validar o inchamento do estado para que isto desse poder para os donos deste estado inchado. Claro que marxistas não se esqueceram de dizer que o estado "é a coletividade", o que não pode ser qualificado nem sequer como erro cognitivo, mas como safadeza. O livro "Por que o Brasil cresce pouco?", do economista Marcos Mendes, mostra o quanto o esquerdismo pode prejudicar o crescimento econômico, o que afeta a vida dos cidadãos pobres.
Por isso mesmo, a melhor forma de tratar a obra de Pikaretty é como se fosse uma nova formatação de um embuste já conhecido, com vistas a se tornar um grande negócio. Partindo desse princípio, não tratamos mais do socialismo como um experimento que deu errado, mas como algo que funcionou sob medida para dar poder a burocratas, o que ocorreu com maior plenitude em países como Coréia do Norte, China, Cambodja, Cuba e Rússia. Mas também ocorreu em menor escala em outros países, incluindo várias nações da Europa e os Estados Unidos.
O que temos hoje no mundo não é ausência de esquerdismo, mas excesso dele. A coisa se torna ainda mais grave na América do Sul e África, onde o esquerdismo caminha de vento em popa, com a diferença de que nós não tivemos por aqui sequer tempo de ver riqueza ser produzida. Pikaretty já tem sua resposta pronta: basta aumentar o nível de esquerdismo, taxando as fortunas em 80% e até fazendo com que países mais pobres "cobrem a conta" de países mais ricos. Quer dizer, o remédio que não tem funcionado (e nem ajudado a reduzir a desigualdade) tem que ser aplicado com ainda mais força. É preciso de muita cegueira ou desonestidade para não constatar que estamos diante de um truque.
Altas taxações só servem para espantar investidores de um país. A pergunta padrão é: de que adianta produzir riqueza (para inclusive transmitir à sua prole, após sua morte) se ela será usurpada por burocratas mal intencionados? Como vemos, o socialista francês François Hollande (com suas taxações de 80% em fortunas) só conseguiu espantar empreendedores. Com isso, alcançou uma das popularidades mais baixas da história. Na ótica de Pikaretty, a taxação inter-países seria uma forma de evitar essa "fuga" de empreendedores, com a criação de um fundo mundial para gerenciar toda essa verba. A pergunta: essa fundo mundial seria administrado por anjos ou seres humanos?
Basta vermos o que a história tem a nos contar sobre o socialismo para saber que este sistema sempre deu certo em relação à sua única proposta: dar poder a burocratas. No mundo moderno, há várias formas de alguém conseguir sucesso a ponto de viver uma vida nababesca. Construir um negócio, se tornar um alto executivo, virar um craque de futebol ou se tornar um artista de sucesso. Essas são algumas das opções para a construção de valor. Outra forma é herdar uma fortuna, por que seus pais ou antepassados conseguiram criar todo esse valor. Essas todas são formas legítimas. Roubar uma fortuna ou viver do tráfico de crianças e escravas brancas com certeza são maneiras nitidamente ilegítimas. Viver como burocrata aproveitando-se de um estado inchado é quase tão ilegítimo quanto essas formas criminosas. O discurso socialista serve para sustentar essa maneira de obtenção de verba (a partir do estado) e nada mais.
Como historicamente o socialismo sempre atingiu esse objetivo (dar poder ilegítimo a burocratas, que vivem do esforço legítimo dos outros), é claro que esse sistema não pode ser definido como algo que não obteve sucesso. A quantidade de pessoas que vivem como sultões, a partir da usurpação do esforço alheio, é uma prova do sucesso socialista neste objetivo. E quanto ao objetivo de "redistribuição"? Ninguém é ingênuo para cair nessa conversa. Na ânsia de dar ainda mais poder a burocratas, Pikaretty quer aumentar a fortuna deste pessoal, a partir de aumento do inchaço estatal.
Também acho provável que ele esteja usando a conhecida técnica de persuasão conhecida como "porta na cara". Com esse método alguém faz um pedido ultrajante, a ser descartado no ato pelas pessoas. Em seguida, é feito um pedido mais realista, que agora parece ser mais sensato, mas apenas pela comparação com o pedido anterior. O que importa é que Pikaretty quer mais poder para os donos do estado inchado, aumentando ainda mais a desigualdade e eliminando potencial para criação de riqueza. Mas se os poderosos que dependem do dinheiro conquistado legitimamente pelos outros conseguem se dar bem, gente como Pikaretty já terá conseguido seu objetivo.
A "injustiça" social nossa sociedade não é fruto do fracasso do capitalismo (o qual sempre será inevitável, até mesmo nos países "ditos" socialistas), mas uma consequência do sucesso de implementações socialistas. É por isso que digo que todo e qualquer material escrito por socialistas deve ter o mesmo tom do vídeo abaixo:
lucianohenrique | 7 de junho de 2014 às 11:57 pm | Tags: aparelhamento estatal, burocratas, esquerdismo, estado inchado, picaretagem, socialismo, thomas pikaretty, thomas piketty | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-8dD
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