NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS
(021) COMER E BEBER NÃO É TUDO NA VIDA !
"Olhai, guardai-vos de toda a cobiça, porque mesmo que um homem viva
na abundância, a sua vida não depende dos seus bens".(Lc.12,15).
Depois de termos falado em banquetes, agora surge uma nova mensagem que se prende com as riquezas sobre as quais possam assentar a segurança e o bem-estar na vida.
O homem rico, depois de fazer as suas abundantes colheitas, resolveu :
- "Depois direi à minha alma : Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te". (Lc.12,19).
Pode ser esta uma das muitas tentações de quem possui muitos bens, como se tudo se resumisse nisso. Mas podem vir os abusos e os excessos que estão na base de muitas doenças, algumas das quais não têm remédio na medicina e, por fim, há-de vir a morte, que nunca é o fim de tudo mas sim uma transição e o princípio de uma vida nova que se deve preparar nesta vida, por isso Deus disse àquele homem insensato :
- "Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma; e o que acumulaste para quem será ? Assim acontecerá ao que entesoira para si e não é rico em relação a Deus".(Lc.12,20-21).
Quando o Novo Testamento fala de ricos e de pobres, sempre evoca os que vivem na abundância e nos que vivem em necessidade para recomendar a uns que ajudem os outros, num espírito de amor a Deus e ao próximo.
Sempre assim foi e sempre assim continuará a ser.
A má nutrição é uma das causas das doenças em muitas nações, ainda hoje, causada pela falta de recursos humanos, por causa da cobiça de muitos responsáveis e por situações agravantes das leis da natueza, com inundações, tremores de terra, fogos e tantos outros desastres que agravam as situações de pobreza já existentes.
Qual a lição que podemos colher deste homem insansato ?
Não é certamente a de armazenarmos riquezas que nos garantam uma vida longa e saudável e uma velhice descansada, bens que possam substituir a Deus.
Muito mais do que isso, Jesus recomendou a seguir :
- "É por isso que vos digo : não vos preocupeis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer; nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir, pois a vida é mais do que um alimento e o corpo mais que o vestuário".(Lc.12,22-23).
Depois da parábola do rico insansato, é-nos apresentada a atitude ideal dos discípulos de Cristo, no que toca aos bens da terra. Não é o homem que deve servir os bens terrenos, são estes que devem servir o homem.
Os mais ricos, em vez de se orgulharem pelos bens que possuem, deviam sentir-se muito felizes por poderem ajudar de alguma maneira os que mais precisam e sentir verdadeiramente que a grande felicidade não está naquilo que se recebe, mas sobretudo naquilo que se pode dar em espírito de caridade e ajuda.
É verdade que temos obrigação de pensar no nosso futuro e na nossa velhice, mas não o devemos fazer com usura e cobiça e muito menos com mau uso dos nossos bens e com um revoltante despreso pelos mais pobres, porque, no fim da nossa vida Deus nos vai pedir conta e premiar ou castigar, pelo que fizemos de bem ou de mal e o que deixamos de fazer, em esmolas e orações pelos mais necessitados e em sufrágio pelas almas do Purgatório.
Nascimento
catolicosacaminho-unsubscribe@yahoogroups.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário