CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA
(07)-O NOVO TESTAMENTO !
EXCELÊNCIA DO NOVO TESTAMENTO
(17) – A palavra de Deus, que é virtude de Deus para a salvação de todos os crentes, apresenta-se e manifesta o seu poder dum modo eminente nos escritos do Novo Testamento.
- "Pois eu não me envergonho do Evangelho, o qual é poder de Deus para salveção de todo o crente, em primeiro lugar do judeu, e depois do grego".(Rom.1,16).
Com efeito, quando chegou a plenitude dos tempos, o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade.
Cristo estabeleceu o reino de Deus na terra, manifestou com obras e palavras o Pai e a Si mesmo, e leviou a cabo a Sua obra com a Sua morte, ressurreição, e glorioso Ascensão, e com o envio do Espírito Santo.
Sendo levantado da terra, atrai todos a si.
- "E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim".(Jo.12,32).
Ele que é o único que tem palavras de vida eterna.
Este mistério, porém, não foi descoberto a outras gerações como foi agora revelado aos seus santos Apóstolos e aos Profetas no Espírito Santo, para que pregassem o Evangelho, e despertassem a fé em Jesus Cristo e Senhor, e congregassem a Igreja.
Os escritos do Novo Testamento são um testemunho perene e divino de todas estas coisas.
ORIGEM APOSTÓLICA DOS EVANGELHOS
(18)- Ninguém ignora que entre todas as Escrituras, mesmo do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador.
A Igreja defendeu e defende sempre e em toda as parte a origem apostólica dos quatro Evangelhos.
Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram, foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.
CARÁCTER HISTÓRICO DOS EVANGELHOS
(19)- A santa mãe Igreja defendeu e defende firme e constantemente que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, durante a sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação dos homens até ao dia em que subiu ao céu.
- "No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei as obras e ensinamentos de Jesus, desde o princípio até ao dia em que, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera, foi arrebatado ao Céu".(Act.1,1-2).
Na verdade, após a ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles, instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade, gozavam, as coisas que Ele tinha dito e feito.
Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo algumas coisas entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das Igrejas, conservando, finalmente, o carácter de pragação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus.
Com efeito quer relatassem aquilo de que se lembravam e recordavam, quer se baseassem no testemunho daqueles "que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra", fizeram-no sempre com intenção de que conheçamos a "verdade" das coisas a respeito das quais fomos instruídos.
-"Já que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram, como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculars e se tornaram servidores da Palavra, resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expor-vos por escrito Teófilo, a fim de que reconheças a solidez da doutrina em que fostes instruído".(Lc.1,1-4).
OS RESTANTES ESCRITOS DO NOVO TESTAMENTO
(20)- O cânon do Novo Testamento contém Igualmente além dos quatro Evangelhos, as Epístolas de S. Paulo e outros escritos apostólicos redigidos por inspiração do Espírito Santo, com os quais, segundo o plano da sabedoria divina, é confirmado o que diz respeito a Cristo Senhor, é explicada mais e mais a sua genuína doutrina, é pregada a virtude salvadora da obra divina de Cristo, são narrados os começos da Igreja e a sua admirável difusão, e é anunciada a sua consumação gloriosa.
Com efeito, o Senhor Jesus assistiu os Seus Apóstolos como tinha prometido e enviou-lhes o Espírito Consolador que os devia introduzir na plenitude da verdade.
-"Quando vier o Espírito de Verdade, Ele guiar-vos-á para a verdade total, porque não falara de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e anunciar-vos-á o que há-de vir".(Jo.16,13).
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Em adição ao Credo, Bento XVI pede-nos que estudemos o Catecismo como "um instrumento que providencia uma ajuda real para a fé"
Para o Papa, o nosso Catecismo é nada menos que um guia para a vida que contém a verdade do ensinamento que a Igreja recebeu, a salvaguarda e a finalidade nos seus dois séculos de história.
Isto é um perfeito modelo para nós presentemente.
Que melhor ajuda poderíamos nós ter do que meditar no nosso Credo e estudar a nossa fé no que nos ensina o Catecismo ?
Estas duas autoridades da nossa fé podem-nos ensinar muito a respeito do Senhor, da Igreja e até das nossas próprias vidas à medida em que nós procurarmos estar mais perto do Senhor durante este Ano especial da Fé.
Tanto o Credo como o Catecismo, estão fundamentados na Sagrada Escritura, do Antigo e do Novo Testamento.
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