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O mundo visto de Roma
Portugues semanal - 25 de dezembro de 2011
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Santa Sé
- O Senhor se aproxima
- Expectativa no México e em Cuba pela visita do papa
- Recomeçar do início
- Um presente das crianças coreanas para Bento XVI
- A futura beata argentina Madre Crescencia
Deus chora na Terra
- Três pessoas foram detidas por matar catequista católico
- Ser bispo não é uma honra, mas uma missão
- Paquistão: saúde mental de Asia Bibi corre perigo
- Memorial dos Mártires é abençoado no Iraque
- Que o Natal traga o fim da violência no Oriente Médio
- Iraque: cancelada a missa da vigília em muitas cidades
Mundo
- Juramento de posse do primeiro-ministro da Espanha é feito novamente perante o crucifixo
- Células-tronco mesenquimais usadas para transportar fármacos
- A Igreja na Índia apoia novas medidas de lei
Entrevistas
Flash
Angelus
Audiência de quarta-feira
Documentação
Mensagem aos leitores
Testemunho
Santa Sé
O Senhor se aproxima
Padre Raniero Cantalamessa indica os leigos como novos evangelizadores
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 23 dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Em sua quarta pregação do Advento, pronunciada esta manhã, diante do Papa Bento XVI; Pe. Raniero Cantalamessa explicou como reacender a fé nos corações dos homens e indicou os leigos como protagonistas da Nova Evangelização.
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Diante do mundo ocidental secularizado e em alguns aspectos pós-cristão, o Pregador da Casa Pontifícia se questionou: “Quem sabe a fé cristã não deva voltar para a Europa, a partir dos países que foram por estes uma vez evangelizados; mas desta vez não a partir do Norte, como depois das invasões bárbaras, mas a partir do Sul.”
Ecoando as palavras que o Santo Padre falou sobre a fé encontrada na África, “mais vibrante e intensa do que aquela encontrada no Ocidente agora”, Pe. Cantalamessa indicou o surgimento de uma nova categoria de anunciantes: “os leigos”.
“Não se trata- ele explicou - da substituição de uma categoria por outra, mas de um novo componente do Povo de Deus que, vem somar aos outros, permanecendo sempre os Bispos, liderados pelo Papa, os guias competentes e responsáveis últimos pela tarefa missionária da Igreja.”
De acordo com o Pregador da Casa Pontifícia, a tarefa principal é ajudar “a humanidade a estabelecer um relacionamento com Jesus."
O Evangelho de Lucas relata que foram 72 os primeiros apóstolos que Jesus enviou em missão.
E São Leão Magno, comentando, escreve que “Jesus enviou os 72 ‘dois a dois’, porque em menos de dois não pode haver amor” e, é a partir do amor que os homens podem reconhecer que somos seus discípulos.
“Isso vale para todos - disse Cantalamessa - mas de maneira especial para os pais”, por isso são determinantes as famílias missionárias.
"A parábola da ovelha perdida - acrescentou – se apresenta atualmente invertida: 99 ovelhas estão longe e uma manteve-se à oliveira. O perigo é passarmos o tempo todo a cuidar daquela única que permaneceu, e não ter tempo, até mesmo pela escassez do clero, de ir à busca das perdidas. Isso revela a contribuição providencial dos leigos”.
E, ainda assim, "Jesus queria que seus apóstolos fossem pastores de ovelhas e pescadores de homens. Para nós, o clero, é mais fácil ser pastores que não pescadores, isto é, nutrir com a palavra e os sacramentos aqueles que vêm à igreja, do que não andar em busca dos distantes, nos mais diferentes ambientes da vida”.
Sobre as razões da eficácia dos leigos e dos movimentos eclesiais, o Pregador da Casa Pontifícia, citou um famoso canto espiritual dos negros, intitulado "There is a balm in Gilead”, que diz: "Se não sabe pregar como Pedro; não sabe pregar como Paulo, vai para sua casa e diga aos seus vizinhos: Jesus morreu por nós!”
“Em dois dias será Natal – comentou Pe. Cantalamessa - É reconfortante aos irmãos leigos, lembrar que ao redor do berço de Jesus, além de Maria e José, estavam seus representantes, os pastores e os reis magos”.
E concluiu – “tudo começou com aquele Menino na manjedoura” e “Cristo nasce hoje, porque ele realmente nasce para mim quando eu reconheço e acredito no mistério. (...) Vem, Senhor, e salva-nos!”
Por Antonio Gaspari
(Tradução:MEM)
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Expectativa no México e em Cuba pela visita do papa
Especulações e teorias políticas agitam os preparativos
Por Nieves San Martín
ROMA, sexta-feira, 23 de dezembro de 2012 (ZENIT.org) - A comissão organizadora da visita papal, com o delegado Alberto Gasbarri à frente, esteve no México e em Cuba recentemente. Segundo especulações, o papa chegaria ao México em 23 de março, para os atos dos dias 24 e 25, festividade da Encarnação, e no dia 26 partiria para Cuba.
Segundo a mídia mexicana, a visita se concentraria no Estado de Guanajuato, centro geográfico do país, o que facilitaria a participação de muitos mexicanos. Os eventos aconteceriam na cidade de Guanajuato, capital do Estado homônimo, e ainda em León e em Silao.
Por outro lado, bispos do México negaram que a visita de Bento XVI tenha relação com as próximas eleições presidenciais, que já agitam o país. A campanha política de 2012 poderá levar a históricas mudanças no país asteca.
Em entrevista à agência Notimex, o arcebispo de Puebla, Dom Víctor Sánchez, e o bispo auxiliar, Dom Eugenio Lira, reiteraram que as viagens do papa não são condicionadas por conjunturas eleitorais.
"Os tempos dos candidatos e das eleições não são os tempos do papa. O pontífice vem porque quer vir ao México. Se isso coincide com a campanha, é outra cosa. Alguns quererem se aproveitar é outra coisa ainda. Mas são tempos diferentes", afirmou Dom Sánchez.
O bispo lembra também que, desde o início do atual papado, Bento XVI estava convidado a visitar as terras mexicanas. Agora ele aceitou formalmente, o que "é uma grande notícia para um povo que ama o papa".
O bispo auxiliar de Puebla, Dom Eugenio Lira, descartou leituras inadequadas de uma visita pastoral cujo objetivo primordial é atender as necessidades espirituais dos católicos. "É muito importante levar em consideração que o papa vem até o México para nos confirmar na fé, como ele disse na missa de Nossa Senhora de Guadalupe, neste 12 de dezembro, na basílica de São Pedro do Vaticano. As outras leituras são totalmente arbitrárias, porque o papa não vem apoiar um partido, um candidato, nem fazer proselitismo de nenhum tipo. Se alguém se atrever a utilizar as palavras dele, vai ser totalmente fora de lugar".
Já existia no país muita expectativa antes da confirmação da notícia. Dom Eugenio revelou que os bispos já estabeleceram comissões que organizarão catequeses prévias, para os fiéis refletirem sobre a Igreja, o ministério do papa e especificamente sobre Bento XVI.
Em Cuba, o presidente Raúl Castro recebeu neste 18 de dezembro a mesma delegação da Santa Sé. Segundo a agência Fides, o encontro aconteceu no palácio do Conselho de Estado, na Praça da Revolução.
Em comunicado oficial, Castro mostrou plena disponibilidade para a visita papal. A notícia foi veiculada em meios oficiais cubanos e latino-americanos, ressaltando as "excelentes relações" entre Cuba e o Vaticano.
O jornal do partido comunista Granma publicou fotos de capa com Raúl Castro e o delegado do Vaticano Alberto Gasbarri. A reunião também teve a participação do cardeal arcebispo de Havana, Dom Jaime Ortega, o núncio apostólico em Cuba, Dom Bruno Musar, e o presidente da Conferência Episcopal Cubana, Dom Dionisio García, que é arcebispo de Santiago de Cuba.
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Recomeçar do início
A atual onda de evangelização
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 23 dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir a quarta e última pregação do Advento de 2011, pronunciada nesta manhã de sexta-feira no Vaticano pelo pregador da Casa Pontifícia, Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap.
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1. Um novo destinatário do anúncio
“Prope est iam Dominus: venite, adoremus”: O Senhor está próximo: venham, adoremos. Começamos essa meditação, como inicia a liturgia das horas nestes dias antes do Natal, para que também essa faça parte de nossa preparação para a solenidade..
Terminemos hoje as nossas reflexões sobre a evangelização.Tentei reconstruir, nas meditações anteriores, três grandes ondas de evangelização na história da Igreja. Certamente poderíamos ter lembrado de outros grandes empreendimentos missionários, como o que começou São Francisco Xavier no século XVI no Oriente - Índia, China e Japão – como também a evangelização do continente Africano no século XIX pelas mãos de Daniel Comboni, do cardeal Guglielmo Massaia e de tantos outros. No entanto, há uma razão pela escolha feita, que eu espero que tenha podido transparecer das reflexões realizadas.
Aquilo que muda e que distingue as várias ondas evangelizadoras lembradas, não é o objeto do anúncio - "a fé, transmitida aos santos uma vez por todas", como é chamada pela Carta de Judas -, mas os destinatários da mesma, respectivamente o mundo greco-romano, o mundo bárbaro e o novo mundo, ou seja, o continente americano.
Então nos perguntamos: quem é o novo destinatário, que nos permite falar da atual evangelização de hoje, da quarta onda de nova evangelização? A resposta é: o mundo ocidental secularizado e, em alguns aspectos, pós-cristão. Esta especificação que já aparecia nos documentos do Beato João Paulo II, tornou-se explícita no ensinamento do Santo Padre Bento XVI. No Motu Proprio com o qual ele criou o "Pontifício Conselho para a Promoção da nova evangelização", ele fala de "muitos países de antiga tradição cristã, que se tornaram refratários à mensagem do Evangelho (Bento XVI, Motu Proprio “Ubicunque et semper”).
No Advento do ano passado tentei caracterizar este novo destinatário do anúncio, resumindo-o em três pontos: cientificismo, secularismo e racionalismo. Três tendências que levam a um resultado comum, o relativismo.
E juntamente com a aparição no cenário de um novo mundo para evangelizar, vimos cada vez o surgimento de uma nova categoria de anunciadores: os bispos, nos primeiros três séculos (sobretudo no III), os monges na segunda onda e os frades na terceira. Também hoje testemunhamos o surgimento de uma nova categoria de protagonistas da evangelização: os leigos. Não se trata evidentemente da substituição de uma categoria pela outra, mas de uma nova parcela do Povo de Deus que se acrescenta às outras, permanecendo sempre os bispos, encabeçados pelo Papa, os guias oficiais e os responsáveis últimos pela tarefa missionária da Igreja.
2. Como o rastro deixado por um grande navio
Eu disse que ao longo dos séculos mudaram os destinatários do anúncio, mas não o anúncio em si. Porém, devo esclarecer esta última afirmação. É verdade que não pode mudar a essência do anúncio, mas pode e deve mudar a maneira de apresentá-lo, as prioridades, a partir de que ponto começar o anúncio.
Resumimos os progressos realizados pelo anúncio do Evangelho para chegar até nós. Há, antes de tudo, o anúncio feito por Jesus que tem por objeto central a notícia: "Já chegou a vós o Reino de Deus”. Depois desta fase única e irrepetível, que chamamos de "o tempo de Jesus", acontece, depois da Páscoa, "o tempo da Igreja". Nesse, Jesus não é mais o anunciador, mas o anunciado; a palavra "Evangelho" não significa mais "a boa nova de Jesus", mas a boa nova sobre Jesus, ou seja, que tem por objeto a Jesus e, em particular , sua morte e ressurreição. Isto é o que São Paulo entende sempre com a palavra "Evangelho".
É necessário, porém, estar atentos para não separar muito os dois tempos e os dois anúncios, aquele de Jesus e aquele da Igreja, ou, como se costuma dizer faz tempo, o “Jesus histórico” do “Cristo da fé”. Jesus não é somente o objeto do anúncio da Igreja, a coisa anunciada. Ai do reduzir apenas a isso! Seria esquecer a ressurreição. No anúncio da Igreja é o Cristo ressucitado que, com o seu Espírito, ainda fala; ele é também o sujeito que anuncia. Como diz um texto do Concílio: "Cristo está presente na sua palavra, pois é Ele quem fala quando lemos as Escrituras na Igreja." (Sacrosanctum concilium, n. 7).
Partindo do anúncio inicial da Igreja, o kerygma, podemos resumir com uma imagem o desenvolver-se sucessivo da pregação da Igreja. Pensemos no rastro deixado por um navio. Começa com uma ponta, que é a ponta do navio, mas vai se espalhando sempre mais, até perder-se no horizonte e tocar as duas margens opostas do mar. É o que aconteceu com o anúncio da Igreja; começou com uma ponta: o kerygma "Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação" (cf. Rm 4, 25, 1 Cor 15,1-3 ); de modo ainda mais significativo e sintético: "Jesus é o Senhor" (Atos 2, 36; Rm 10,9).
Uma primeira expansão deste ponto ocorreu com o nascimento dos quatro evangelhos, escritos para explicar aquele núcleo inicial, e com o resto do Novo Testamento; depois disso veio a tradição da Igreja, com seu ensinamento, a sua teologia, as suas instituições, as suas leis, a sua espiritualidade. O resultado final é uma imensa riqueza que nos faz imaginar precisamente o rastro do navio na sua expansão máxima.
Por tanto, neste ponto, caso queiramos reevangelizar o mundo secularizado, faz-se necessário uma escolha. Por onde começar? A partir de qualquer ponto do rastro deixado, ou pela ponta? A imensa riqueza de doutrina e de instituições podem se tornar uma desvantagem se queremos apresentar-nos assim ao homem que perdeu todo o contato com a Igreja e já não sabe quem é Jesus. Seria como colocar uma daquelas enormes e pesadas capas pluviais de brocado em cima de uma criança.
É necessário ajudar este homem a estabelecer uma relação com Jesus; fazer com ele o que Pedro fez no dia de Pentecostes com as três mil pessoas presentes: falar-lhes do Jesus que nós crucificamos e que Deus ressuscitou, levá-lo ao ponto no qual também ele, tocado no coração, peça: "O que devemos fazer, irmãos?" e nós responderemos, como disse Pedro: "Arrependei-vos, recebam o batismo, se ainda não o receberam, ou confessem-se se já são batizados”.
Aqueles que responderão ao anúncio se unirão, também hoje, como então, à comunidade dos crentes, escutarão o ensinamento dos apóstolos e tomarão parte na fração do pão; segundo o chamado e a resposta de cada um, poderão fazer próprio, aos poucos, todo este imenso patrimônio nascido do Kerygma. Nâo se aceita Jesus por causa da palavra da Igreja, mas se aceita a Igreja por causa da palavra de Jesus.
Temos um aliado neste esforço: o fracasso de todas as tentativas do mundo secular para substituir o Kerygma cristão por outros "gritos" e outros "slogans". Costumo usar o exemplo da famosa pintura do pintor norueguês Edvard Munch, intitulada "O Grito". Um homem encima duma ponte, sobre um fundo avermelhado, com as mãos ao redor de sua boca escancarada, emite um grito que, entende-se imediatamente, é um grito de angústia, um grito vazio, sem palavras, só o som. Parece-me a descrição mais eficaz da situação do homem moderno que, tendo esquecido o grito cheio de conteúdo que é o kerygma, se vê obrigado a gritar ao vazio da própria angústia existencial. Se, como alguém disse, "Deus é a direção à qual o homem lança seu próprio grito", então "O Grito" de Munch é, a seu modo, uma oração.
3. Cristo, nosso contemporâneo
Agora, deixe-me tentar explicar por que é possível, no Cristianismo, recomeçar, a qualquer momento, da ponta do navio, sem que isto seja um fingimento mental, ou uma simples tarefa de arqueologia. A razão é simples: aquele navio ainda navega o mar e o rastro deixado ainda começa por uma ponta!
Há um ponto onde eu não concordo com o filósofo Kierkegaard, que também disse coisas maravilhosas sobre a fé e sobre Jesus. Um dos seus temas favoritos é aquele da contemporaneidade de Cristo. Mas ele concebe tal contemporaneidade como um tornar-nos um contemporâneio de Cristo. "Aquele que crê em Cristo - escreve - é obrigado a fazer-se um contemporâneo seu no rebaixamento." (S. Kierkegaard, Exercício do cristianismo, I, E, in Opere, aos cuidades de C. Fabro, Florença 1972, p. 708) A idéia é que para acreditar realmente, com a mesma fé exigida aos apóstolos, é necessário prescindir dos dois mil anos de história e de confirmações sobre Cristo e colocar-se no lugar daqueles a quem Jesus dirigia sua palavra: "Vinde a mim, vós todos que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei "(Mateus 11, 28). Logo ele, um homem que não tinha uma pedra onde repousar a cabeça!
A verdadeira contemporaneidade de Cristo é outra coisa: é ele que se faz nosso contemporâneo, porque, tendo ressuscitado, vive no Espírito e na Igreja. Se nós nos fôssemos fazer contemporâneos de Cristo, seria uma contemporaneidade só intencional; mas, se é Cristo que se faz contemporâneio nosso, então é uma contemporaneidade real. De acordo com um pensamento arrojado da espiritualidade ortodoxa, "a anamnese é uma lembrança alegre que torna o passado ainda mais presente do que quando foi vivido."Não é um exagero. Na celebração litúrgica da Missa, o evento da morte e ressurreição de Cristo se torna mais real para mim do que era na verdade para aqueles que testemunharam materialmente o evento, porque então havia uma presença "segundo a carne", agora se trata de uma presença "segundo o Espírito".
O mesmo quando se proclama com fé: "Cristo morreu pelos meus pecados, ressuscitou para a minha justificação, ele é o Senhor". Um autor do século IV escreve: "Para cada homem, o princípio da vida é aquele, a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo foi imolado por ele no momento em que ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que lhe foi dada daquela imolação".( Homilia pasqual do ano 387 , SCh 36, p. 59 s.)
Percebo que não é fácil e talvez nem mesmo possível dizer essas coisas para as pessoas, muito menos ao mundo secularizado de hoje; mas é o que nós, evangelizadores, temos que ter bem claro para tirar coragem disso e crer na palavra do evangelista João que diz: "Aquele que está em vocês é mais forte do que aquele que está no mundo" (1 Jo 4, 4).
4. Os leigos, protagonistas da evangelização
Dizia no início que, do ponto de vista dos protagonistas, a novidade, na atual fase da evangelização, são os leigos. Do seu papel na evangelização trataram o concílio na "Apostolicam Actuositatem", Paulo VI na "Evangelii Nuntiandi", João Paulo II na "Christifideles laici."
As premissas desta chamada universal à missão já estão no Evangelho. Após o primeiro envio dos apóstolos em missão, Jesus, lê-se no Evangelho de Lucas, "designou outros setenta e dois, e os enviou dois a dois à sua frente a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir" (Lc 10, 1). Esses setenta e dois discípulos foram provavelmente todos aqueles que ele tinha reunido até aquele momento, ou ao menos todos aqueles que estavam dispostos a comprometer-se seriamente por ele. Jesus, portanto, envia todos os seus discípulos.
Conheci um leigo dos Estados Unidos, pai de família, que, ao lado da sua profissão, desempenha também uma evangelização intensa. É um sujeito bem-humorado e que evangeliza ao som de estrondosas gargalhadas, como só os americanos sabem fazer. Quando ele vai para um lugar novo, começa dizendo muito sério: "Dois mil e quinhentos bispos, reunidos no Vaticano, pediram-me para vir e anunciar-vos o evangelho". As pessoas ficam naturalmente curiosas. Ele então explica que os 2.500 bispos são aqueles que participaram no Concílio Vaticano II e escreveram o decreto sobre o apostolado dos leigos (Apostolicam Actuositatem), que convida todos os leigos cristãos a participarem na missão evangelizadora da Igreja. E estava absolutamente certo de dizer "me pediram." Essas palavras não são faladas ao vento, para todos e para ninguém; são dirigidas pessoalmente a cada leigo católico.
Hoje conhecemos a energia nuclear que se libera da "fissão" do átomo. Um átomo de urânio é bombardeado e "partido" em dois pelo impacto de uma partícula chamada nêutron, liberando energia neste processo. Começa daí uma reação em cadeia. Os dois novos elementos "fissionam", ou seja, partem-se por sua vez, dois outros átomos, estes outros quatro, e assim por bilhões de átomos, de modo que a energia "liberada" no final, é imensa. E não necessariamente energia destrutiva, porque a energia nuclear também pode ser usada para fins pacíficos, em favor do homem.
Neste sentido, podemos dizer que os leigos são um tipo de energia nuclear da Igreja no plano espiritual. Um leigo alcançado pelo Evangelho, vivendo ao lado de outros, pode "contagiar" outros dois, estes, outros quatro, e como os leigos cristãos não são só algumas dezenas de milhares como o clero, mas centenas de milhões, eles podem realmente desempenhar um papel decisivo na difusão, no mundo, da luz benéfica do Evangelho.
Do apostolado dos leigos não se começou a falar somente com o Concílio Vaticano II. Já se falava há tempo. O que, no entanto, o concílio contribuiu foi o título com o qual os leigos contribuem no apostalado da hierarquia. Eles não são meros colaboradores chamados a dar o seu contributo profissional, o seu tempo e os seus recursos; são portadores de carismas, com os quais, diz a Lumen Gentium, estão aptos e prontos para assumirem obras e ofícios, úteis na renovação e à maior expansão da Igreja". (L.G., 12)
Jesus quis que seus apóstolos fossem pastores de ovelhas e pescadores de homens. Para nós, do clero, é mais fácil ser pastores que pescadores; ou seja, alimentar com a palavra e com os sacramentos aqueles que veem à Igreja, e não ir em busca dos que estão distantes, nos ambientes mais diferentes da vida. A parábola da ovelha perdida se inverteu hoje em dia: noventa e nove ovelhas se distanciaram e uma só permaneceu no redil. O perigo que temos é de passarmos todo o tempo alimentando esta única que permaneceu e de não ter tempo, até mesmo pela falta de clero, para ir em busca das perdidas. Nisso a contribuição dos leigos se faz providencial.
A realização mais avançada neste sentido são os movimentos eclesiais. A sua contribuição específica para a evangelização é de oferecer aos adultos uma oportunidade de redescobrir o seu batismo e se tornarem membros ativos e engajados da Igreja. Muitas conversões de adultos e a volta à prática religiosa de “cristãos de nome” acontecem hoje dentro desses movimentos. Um dos propósitos do Congresso sobre a evangelização, ocorrido no passado mês de Outubro, foi justamente, eu acho, aquele de coletar as várias e originais formas de evangelização experimentadas por eles.
Recentemente, o Santo Padre Bento XVI voltou sobre a importância da família em vista da evangelização, falando de um "protagonismo" das famílias cristãs neste campo. "Como estão relacionados o eclipse de Deus e a crise da família, dizia, assim a nova evangelização é inseparável da família cristã". (Bento XVI, discurso à Plenária do Pontifício Conselho para a família, no “L’Osservatore Romano”, 2 Dezembro, p.8.)
Comentando o texto de Lucas, onde se diz que Jesus "designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois à sua frente a cada cidade e lugar aonde ele próprio devia ir " (Lc 10, 1), São Gregório Magno escreve que os envia dois a dois , “porque menos que entre dois não pode haver amor", e o amor é aquilo pelo qual os homens poderão reconhecer que somos discípulos de Cristo. Isso se aplica a todos, mas de uma maneira especial para dois: pai e mãe. Se eles já não podem fazer nada mais para ajudar seus filhos na fé, já fariam muito se, olhando para eles, seus filhos pudessem dizer entre si: “Vejam como papai e mamãe se amam ". "O amor é de Deus", diz a Escritura (1 Jo 4, 7) e isso explica por que onde quer que haja um pouco de amor "verdadeiro, ali, Deus é sempre anunciado.
A primeira evangelização começa dentro das paredes de casa. A um jovem que lhe perguntava o que deveria fazer para ser salvo, Jesus dizia: "Vai, vende o que tens e dá aos pobres ..., depois vem e segue-me" (Mc 10, 21); mas a outro jovem que queria deixar tudo e segui-lo, não o permitiu, mas lhe disse: "Vai para tua casa e para os teus e anuncia-lhes tudo o que fez por ti o Senhor na sua misericórdia” (Mc 5, 19).
Há um famoso canto espiritual negro intitulado "There is a balm in Gilead” "Há um bálsamo em Gilead" Algumas das suas palavras podem incentivar os leigos, e não somente eles, na tarefa da evangelização de pessoa a pessoa, de porta em porta. Diz:
"If you cannot preach like Peter, if you cannot preach like Paul, go home and tell your neighbor that Jesus died for all”.
"Se você não sabe pregar como Pedro, se você não sabe pregar como Paulo, vai para tua casa" e diga "a seus vizinhos: Jesus morreu por nós!"
Daqui a dois dias é Natal. É reconfortante para os irmãos leigos lembrar que ao redor da manjedoura de Jesus, além de Maria e José, estavam os seus representantes, os pastores e os magos.
O Natal no leva de volta à ponta da ponta do rastro do navio, porque tudo começou a partir daí, daquela criança na manjedoura. Na liturgia escutaremos proclamar "Hodie Christus Natus est, hodie Salvator apparuit”, "Hoje Cristo nasceu, hoje o Salvador apareceu". Ouvindo-os, repensamos aquilo que dissemos da anamnese que torna o evento mais presente do que quando aconteceu pela primeira vez". Sim, Cristo nasce hoje, porque ele realmente nasce para mim no momento que reconheço e creio no mistério. "O que me aproveita que Cristo tenha nascido uma vez em Belém, se não nascer de novo pela fé em meu coração?" São palavras pronunciadas por Orígenes e repetidas por Santo Agostinho e São Bernardo. (Orígenes, Comentário ao Evangelho de Lucas, 22,3 (SCh. 87, p. 302).
Façamos nossa a invocação escolhida pelo nosso Santo Padre para os seus votos natalícios desse ano e repitamos com todo o anseio do coração: fazemos nossa a invocação próprios escolhidos pelo nosso Santo Padre para o seu cartão de Natal deste ano e repeti-lo com todo o anseio do coração: “Veni ad salvandum nos”, Vem, Senhor, e salva-nos!
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Um presente das crianças coreanas para Bento XVI
Desenhos para comemorar 60 anos de sacerdócio do papa
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Sete crianças coreanas foram convidadas a participar da missa de Natal na Basílica de São Pedro. Cada uma terá um pequena missão litúrgica: uma vai ler a oração dos fiéis em sua própria língua, duas vão receber a comunhão das mãos do papa, duas vão participar do ofertório e as outras duas vão levar flores para o presépio.
Três dos pequenos coreanos, no final da audiência geral desta quarta-feira, encontraram o papa Bento XVI para lhe entregar um fascículo contendo cartas com desenhos feitos por 33 outras crianças. Elas são as vencedoras de um concurso que teve cerca de 1220 participantes, organizado pela Embaixada da República da Coreia junto à Santa Sé, em colaboração com o jornal católico coreano Pyeonghwa Shinmun (Jornal da Paz), da Arquidiocese de Seul, por ocasião do 60º aniversário de ordenação sacerdotal de Bento XVI.
“A Embaixada da República da Coreia junto à Santa Sé”, diz um comunicado da própria embaixada, “organizou este concurso para agradecer ao Santo Padre pelo incansável serviço à humanidade e pelo grande carinho que ele dedica ao povo da Coreia. A Embaixada está confiante de que este evento servirá significativamente para a Igreja e para a sociedade coreana promoverem a vocação católica, edificando o sensus fidei dos católicos da Coreia”.
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A futura beata argentina Madre Crescencia
Santa Sé reconhece um milagre atribuído à sua intercessão
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 21 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Entre os decretos aprovados nesta segunda-feira (19) pelo papa Bento XVI, está o que reconhece o milagre atribuído à intercessão da serva de Deus Maria Crescencia Pérez, religiosa argentina da congregação das Filhas de Maria Santíssima do Horto.
O milagre reconhecido, segundo a agência católica argentina AICA, aconteceu com uma jovem vítima de hepatite A fulminante, agravada por diabetes infanto-juvenil. A única solução possível teria sido um transplante de fígado, que não foi feito.
Cinco dias depois de invocada a intercessão da Irmã Crescencia, sobre uma relíquia da serva de Deus, a doença desapareceu sem explicação científica.
Em 1986, o então bispo de San Nicolás de los Arroyos, Domingo Salvador Castagna, iniciou o processo diocesano de beatificação da irmã Maria Crescencia Pérez. Em 1989, a documentação foi apresentada à Santa Sé, que iniciou o processo romano e a análise da vida e das virtudes de Maria Crescencia. João Paulo II a declarou venerável.
Recentemente, o bispo de San Nicolás de los Arroyos, Héctor Cardelli, que comanda os preparativos da beatificação junto com a superiora provincial das Filhas de Maria Santíssima do Horto, disse que a beatificação acontecerá possivelmente em 2012, na cidade de Pergamino, onde Maria Crescencia passou a infância e a adolescência.
A irmã nasceu em San Martín, na província de Buenos Aires, no dia 17 de agosto de 1897. Pouco depois, a família se mudou para Pergamino.
Os primeiros anos de sua vida religiosa foram dedicados às crianças, como professora de trabalhos manuais e catequista, primeiro na casa provincial e depois no colégio Nossa Senhora do Horto, de Buenos Aires.
Em 1924, ela passou a se dedicar com o mesmo entusiasmo aos doentes, especialmente às crianças com tuberculose no hospital marítimo Solarium, de Mar del Plata. Permaneceu nesse trabalho durante três anos, expondo a própria saúde que começava a se deteriorar rapidamente. Em busca de um clima mais propício, foi enviada para Vallenar, no Chile, onde algumas das irmãs prestavam serviços no hospital local.
Foi lá que ela passou o último período de sua vida, dedicada totalmente ao serviço dos outros doentes, na alegria da vida comunitária, crescendo incessantemente no amor de Deus.
Morreu aos 35 anos, no dia 20 de maio de 1932, com grande pesar dos moradores do lugar, que a chamavam de “la santita”. Quando as irmãs do Horto partiram de Vallenar, a população impediu que elas levassem o corpo da Irmã Crescencia. O corpo, que em 1966 foi encontrado ainda incorrupto, está hoje na Capela do Colégio do Horto de Pergamino.
A causa de canonização da irmã Crescencia foi aberta em 27 de fevereiro de 1986, na diocese de San Nicolás de los Arroyos. Em 28 de outubro de 2010, em Roma, foi feita a consulta médica sobre o milagre completo da irmã Crescencia, aprovado por unanimidade.
Deus chora na Terra
Três pessoas foram detidas por matar catequista católico
Número de mortos em Kandhamal, na Índia, sobe para três em 2011
Kandhamal,Índia, sexta-feira, 23 de dezembro de 2011(ZENIT.org) -Três pessoas foram presas por ligação com a morte de um catequista católico e ativista dos direitos humanos, morto no estado de Orissa, na Índia, no início desta semana.
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O arcebispo John Barwa de Cuttack-Bhubaneswar, na Índia, disse à Ajuda à Igreja que Sofre, que a prisão foi feita pela ligação com a morte de Rabindra Parichha, cujo corpo foi encontrado em Parichha Bhanjanagar em no distrito de Kandhamal no domingo, 18 de Dezembro.
Rabindra Parichha, 47, foi o terceiro catequista morto este ano em Kandhamal, no estado de Orissa - que foi cenário de ataques contra cristãos em 2008, onde 54 mil fiéis ficaram desabrigadas após o incêndio de 4.640 casas.
O arcebispo Barwa disse: “A polícia prendeu três pessoas ligadas com o caso e radicais Hindus poderiam estar por trás do assassinato.”
O Arcebispo, que ensinou o Sr. Parichha quando estudante, prestou homenagem ao catequista assassinado.
Ele disse a AIS: “Pariccha era um excelente trabalhador no campo social, em favor dos direitos dos Dalit”; referindo-se ao trabalho de Parichha com o grupo social mais desfavorecido no país - que era conhecido como “Os intocáveis”. O Sr. Parichha trabalhou no Centro de Apoio Legal Orissa.
De acordo com a agência de notícias Fides, fontes locais informaram que o catequista deixou a casa da família depois de receber o telefonema de um vizinho.
Após uma busca infrutífera pelo mesmo, a família do Sr. Parichha avisou a polícia, que encontrou o corpo na manhã seguinte, pelas vias de Kabi Samrat Upendra Bhanja College.
A garganta do Sr. Parichha tinha sido cortada e havia ferimentos de faca nas mãos e no estômago.
Por John Newton e Javier Fariñas
(Tradução:MEM)
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Ser bispo não é uma honra, mas uma missão
Entrevista com Dom Cosme Hoang Van Dat, S.I., bispo no Vietnã
ROMA, sexta-feira, 23 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - O Vietnã é um país comunista de partido único. Cada religião é tratada como uma força social que pode e deve contribuir para o progresso do país, sob a liderança do Partido Comunista. Em colaboração com a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Marie-Pauline Meyer entrevistou Dom Cosme Hoang Van Dat, S.I., bispo de Bac Ninh, no norte do Vietnã. A entrevista foi feita para o programa de televisão Deus Chora na Terra.
É difícil ser bispo católico num estado comunista?
Dom Van Dat: Não é difícil, porque eu acho que um bispo é um sucessor dos apóstolos que Cristo enviou para o mundo todo. E os países comunistas fazem parte do mundo. Tem que ter discípulos nesta parte do mundo também. O Vietnã é um país comunista, e às vezes é difícil, mas é necessário que um bispo esteja presente.
O senhor tem a impressão de que o governo o controla o tempo todo?
Dom Van Dat: Eu tenho certeza de que o governo controla tudo o que faço.
O senhor diria que a Igreja Católica no Vietnã é uma igreja perseguida?
Dom Van Dat: Muitos anos atrás, sim, mas agora não. Anos atrás, a Igreja enfrentou tempos bem difíceis. Quase todos os padres e seminaristas foram presos. O meu vigário geral passou nove anos na cadeia quando era seminarista. Agora temos mais liberdade.
O senhor é jesuíta. O que o atraiu para a Companhia de Jesus?
Dom Van Dat: Eu entrei para os jesuítas em 1967, com 19 anos, durante a Guerra do Vietnã. Eu achava que a guerra e as armas não eram uma boa solução para o país. Duas figuras foram fundamentais na minha decisão de entrar nos jesuítas: São Francisco Xavier e o Pe. Alexandre de Rhodes, um dos primeiros missionários no Vietnã. Os dois jesuítas. Então eu pedi para entrar na Companhia e virar missionário. Naquele tempo eu imaginava a minha vida futura como missionário na África, para onde, até agora, eu nunca fui!
O que os seus pais disseram quando o senhor anunciou que queria ser padre?
Dom Van Dat: O meu pai morreu quando eu tinha seis anos. Eu cresci com a minha mãe, que é muito religiosa. Minha mãe pensava que eu era um jovem que só queria me divertir. Quando eu decidi entrar nos jesuítas, ela me disse que não podia negar nada a Deus, mas achava que eu nunca ia chegar mesmo a ser padre.
Em termos econômicos, o Vietnã está crescendo muito rapidamente. Esse progresso vai ter uma influência significativa na fé católica e nas outras religiões para os jovens?
Dom Van Dat: A situação econômica no Vietnã está progredindo e isso influencia muito as pessoas, sim, incluindo os católicos. Eu me conformaria com uma vida simples. Eu era feliz plantando flores. Não preciso de um monte de coisas modernas para tornar a minha vida confortável. Eu não sei nos outros lugares, mas existe uma tradição na minha diocese que é muito boa, e o povo vietnamita é apegado às tradições dos antepassados. Então, se os pais e os avós são piedosos, não tem perigo de virarmos ateus. Por exemplo, no Domingo de Ramos, eu convidei os jovens para virem até a casa do bispo. Eu esperava uns 2000, mas vieram 5000! Incrível!
E todos eles entraram na casa?
Dom Van Dat: Entraram! E nós oferecemos pão e um pouco de leite, que eles aceitaram felizes! Nada mais. Somos pobres e eles aceitaram tudo.
Mas como bispo, o senhor não precisa de coisas materiais?
Dom Van Dat: Como bispo, eu preciso de alguns bens como computador e carro, mas quando eu era só padre, andava de bicicleta. E antes da minha nomeação como bispo eu ia celebrar a missa em Hanói e fazia 15 quilômetros de pedalada só de ida. Eu era feliz com a bicicleta. Agora eu não posso mais me locomover desse jeito...
A sua diocese é Bac Ninh, norte do Vietnã. Pode nos descrever como ela é?
Dom Van Dat: Temos mais de oito milhões de habitantes e 125 mil católicos. A maioria são agricultores. Somos pobres, mais pobres do que em Hanói. Você não pode sequer fazer uma comparação com a Europa. Enfrentamos muitas dificuldades. Nós perdemos a maioria das nossas propriedades e 50% das nossas igrejas foram destruídas durante a guerra.
Como o senhor descreveria a fé na sua diocese, apesar do número pequeno de católicos?
Dom Van Dat: Os católicos na minha diocese têm uma fé forte, mas eles não têm uma boa formação intelectual e espiritual. É muito difícil, mas eu acho que a fé deles é muito boa. Eles vão à igreja todos os dias, ou duas a três vezes por semana em muitas aldeias, e eu acho que com essa fé nós temos futuro.
O senhor já trabalhou com leprosos durante um longo tempo. Qual foi a sua primeira reação?
Dom Van Dat: No começo eu tinha medo deles, mas depois de conhecê-los melhor, o meu coração superou aquele medo e eu aprendi a cuidar deles e amá-los. Foi difícil no começo comer junto com eles, mas depois de algum tempo eu não tinha mais qualquer problema.
Eles vivem fora da cidade?
Dom Van Dat: Eles são livres e podem viver em qualquer lugar, mas decidiram viver juntos para se ajudar mutuamente. Eles não costumam receber visitas quando vivem com a família, ou não recebem hospitalidade quando querem fazer visitas fora das famílias deles. Eu tenho muitos amigos leprosos.
O que podemos fazer pela Igreja Católica no Vietnã?
Dom Van Dat: Nós precisamos das orações de vocês e de ajuda material. Precisamos de dinheiro para a formação de padres, freiras e catequistas leigos. Precisamos também de igrejas para os agricultores, porque a Igreja Católica é muito importante na vida de um camponês católico. Precisamos de uma igreja pequena e simples para essas pessoas. É um sinal da fé deles e é muito necessário para a consolidação da fé e da educação religiosa das crianças.
Esta entrevista foi feita por Marie-Pauline Meyer para Deus Chora na Terra, programa semanal de televisão e rádio produzido pela Catholic Radio and Television Network, em colaboração com a organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre.
Na web (em inglês):
Ajuda à Igreja que Sofre: www.acn-intl.org
Deus Chora na Terra: www.wheregodweeps.org
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Paquistão: saúde mental de Asia Bibi corre perigo
Diretor da Fundação Masihi informa sobre a situação da acusada
LAHORE (Paquistão), quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Asia Bibi, uma mulher cristã acusada de blasfêmia contra Maomé e condenada à morte em novembro de 2010, precisa de cuidados médicos urgentes para não sucumbir a graves transtornos mentais.
O alarme sobre a situação foi lançado pela agência Fides (20 de dezembro), que coletou as últimas declarações do diretor da Fundação Masihi (MF), Haroon Barkat Masih, que presta assessoria jurídica e material para a mulher, presa desde 9 de junho de 2010. Conforme relatado pela Agência Fides, Asia Bibi precisa de "um completo exame médico".
Uma delegação internacional da fundação pôde atender Bibi nesta segunda-feira (19) na prisão de Sheikpura, para verificar suas condições, oferecer palavras de consolação e enviar saudações de Natal. Condenada à morte em primeira instância em 7 de novembro de 2010, o processo de recurso ainda está pendente na Alta Corte de Lahore.
No final da visita, a fundação divulgou uma declaração dramática. "Por causa do seu isolamento, Asia Bibi, 46 anos, parece consideravelmente mais velha, tem a pele pálida, se mostra muito frágil e até mesmo incapaz de continuar sozinha", diz o texto.
"No momento do encontro, os seus olhos vagavam no vazio, ela não conseguia entender o que estava acontecendo, revelava-se completamente confusa e espantada", disse o comunicado. "Durante toda a conversa, de mais de 2 horas e 20 minutos, seus pensamentos estavam à deriva".
O texto prossegue, informando que Bibi "respondeu a estímulos com emoções constrastantes, como rir, chorar e ficar em silêncio por longos períodos de tempo". "Nós oferecemos água, mas ela parecia com medo até da água". O comunicado também chama a atenção para as "terríveis" condições de higiene da mulher, que há mais de dois meses não toma banho.
No entanto, Bibi reiterou que "perdoou seus algozes" e que "só quer voltar para sua família".
"Se ela permanecer em isolamento, terá provavelmente uma doença mental que pode comprometer seriamente o seu equilíbrio psicológico. Exigimos que as autoridades permitam imediatamente que uma equipe de médicos a visite e lhe dê assistência", disse em entrevista à Fides o diretor da Fundação Masihi.
"Recentemente, o papa Bento XVI visitou um presídio italiano. Acreditamos que, em seu gesto, ele simbolicamente visitou todos os prisioneiros do mundo, inclusive Asia Bibi. Ela passará um Natal triste, na solidão de uma cela", disse Haroon Barkat Masih. "Apelamos a todos os cristãos do mundo para se lembrarem de Asia Bibi na noite de Natal e elevarem a Deus uma oração por ela", concluiu.
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Memorial dos Mártires é abençoado no Iraque
Celebração inaugura monumento aos cristãos mortos após a intervenção norte-americana
KIRKUK, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) – No quarto domingo do Advento, em 18 de dezembro, foi realizada a cerimônia em que o arcebispo de Kirkuk, no Iraque, Dom Louis Sako, abençoou o monumento que homenageia 36 mártires cristãos da cidade, no norte do país.
O memorial traz gravados os nomes de todos os cristãos que morreram durante os oito anos de guerra civil, após a intervenção dos Estados Unidos em março de 2003. A Operação Liberdade do Iraque derrubou o ditador Saddam Hussein e desencadeou um sangrento conflito interno, que custou a vida de 4.500 soldados americanos e de mais de cem mil iraquianos.
O monumento, definido pelo arcebispo como "testemunha do ecumenismo que distingue esta cidade multi-étnica que está no centro de lutas pelo poder", tem na sua parte superior uma estátua do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da catedral de Kirkuk, "de braços abertos" num gesto de acolhimento aos fiéis, a fim de "abençoar e dar coragem às famílias" das vítimas da guerra.
Durante a cerimônia, o arcebispo também destacou que "o sangue dos mártires é precioso" e significa um "convite à reconciliação para todos os iraquianos", especialmente nas últimas semanas, em que se completa a retirada das tropas dos Estados Unidos.
"Estamos vivendo a preparação para o Natal. Essa data anuncia a paz na Terra para todas as pessoas de boa vontade", prosseguiu Dom Louis. Para isso, "nós, cristãos, somos chamados a ser pontes" capazes de "unir todas as culturas".
Na celebração dos mártires cristãos estavam presentes cinco médicos italianos, chegados ao norte do Iraque em missão humanitária organizada pelo próprio arcebispo. A missão pretende cuidar de um grupo de pacientes sem distinções de religião professada, como sinal da "solidariedade cristã para com todos os cidadãos", declarou Dom Louis.
Fontes: Asia News e Rádio Vaticano
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Que o Natal traga o fim da violência no Oriente Médio
Apelo do patriarca latino de Jerusalém ao respeito pela liberdade religiosa
JERUSALÉM, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Todas as religiões devem trabalhar juntas para construir a paz. E o respeito pela liberdade de culto é o primeiro passo essencial nesta jornada.
Em sua mensagem de Natal, o patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, falou da primavera árabe e do respeito pela dignidade de todos os povos da região.
"As religiões são um fator de paz. Condenamos toda violência contra locais de culto e o desprezo pelos símbolos religiosos".
O patriarca lembrou dois momentos culminantes do ano que termina, em termos de diálogo inter-religioso: a Jornada da Paz, realizada em Assis em 27 de outubro, e o encontro de 10 de novembro entre o papa Bento XVI e todos os líderes religiosos do Oriente Médio, no Vaticano.
"O que esperamos dessas reuniões é uma superação de preconceitos e um crescimento do respeito mútuo, para aprendermos sobre os nossos valores comuns e construirmos pontes de bom senso e de boa vontade, sem nos esquecermos da importância do diálogo que ocorre na vida cotidiana, dentro das nossas escolas e das nossas várias instituições", escreveu Twal.
O patriarca menciona ainda a intenção de "unificar a data da Páscoa, conforme o desejo de Nosso Senhor e a vontade unânime do povo cristão da Terra Santa".
A respeito da primavera árabe, o líder religioso do Oriente Médio reiterou o seu apoio a todas "as mudanças que estão ocorrendo em favor da democracia e da liberdade" e fez votos de que "sejam sempre respeitados os direitos humanos e a dignidade de cada indivíduo".
Fouad Twal apelou às autoridades governamentais de vários países do Oriente Médio para que empreguem "todos os esforços a fim de acalmar os espíritos sem recorrer à violência, protegendo as minorias que fazem parte integrante desses povos. Precisamos aprender a aproveitar este momento para construir uma nova sociedade baseada na cidadania igual para todos".
O patriarca de Jerusalém também comentou sobre o pedido do reconhecimento da ONU de um Estado palestino, salientando que, a este respeito, a Santa Sé espera "dois Estados com fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas".
"Somos a favor do bem-estar do mundo inteiro: para a paz, a segurança, o respeito mútuo e a dignidade. A viagem já começou, mas a jornada ainda é longa", disse Twal, afirmando que "estar com uma das partes não significa ser contra a outra".
Falando à Rádio Vaticano, o patriarca latino de Jerusalém manifestou suas saudações de Natal para os ouvintes: "Desejo sempre o mesmo: que se realize o anúncio de Belém, um anúncio de paz. Precisamos alcançar a paz proclamada pelos anjos, a paz em nossos corações, antes mesmo de uma paz exterior, feita de reuniões e de acordos entre os povos".
"Peço também as suas orações, orações de todos aqueles que nos ouvem: eu preciso delas, como delas precisa a Terra Santa, como delas precisa Jerusalém: das suas orações, da sua peregrinação. Venham nos visitar e vamos rezar juntos pela paz!", concluiu Twal.
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Iraque: cancelada a missa da vigília em muitas cidades
Na proximidade do Natal se intensificam os ataques aos cristãos
ROMA, quinta-feira, 22 de dezembro, 2011 (ZENIT.org) - Monsenhor Louis Sako, Arcebispo católico-caldeu de Kirkuk, norte do Iraque, declarou à Ajuda à Igreja que Sofre que os cristãos estão assustados com os recentes ataques.
O bispo disse que não será possível celebrar a Missa da meia-noite por causa do alto risco para a segurança dos fiéis (todas as liturgias do tempo do Natal serão celebradas durante o dia) e que os cristãos não mostrarão decorações de Natal fora das suas casas.
"A Missa do Galo para a véspera de Natal - disse o arcebispo Sako – foi cancelada em Bagdá, Mosul e Kirkuk, devido aos contínuos ataques terroristas contra os cristãos e do ataque contra a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ocorrido dia 31 de outubro, em que 57 pessoas foram mortas".
De acordo com o arcebispo de Kirkuk, a segurança no país está se tornando cada vez mais precária, como resultado da retirada das tropas dos EUA no início deste mês.
Monsenhor Sako argumentou, no entanto, que a situação está dramaticamente marcada por contrastes de poder político entre sunitas e xiitas.
As declarações do arcebispo foram precedidas por um grande número de incidentes no norte da província do Curdistão, antes considerada "segura", tendo atraído muitos cristãos do Sul.
Em Erbil, a capital do Curdistão, um cristão de 29 anos, Sermat Patros, foi seqüestrado na tarde do passado 12 de dezembro.
Na semana anterior, entre 2 e 5 de Dezembro, mais ou menos 30 lojas de propriedade dos cristãos foram queimadas em Zakho, na província curda de Dohuk, perto da fronteira com a Turquia. Muitas das lojas assaltadas vendem álcool e foi relatado que as violências são consequência da condenação contra as vendas de licores, proclamada durante as orações da sexta-feira.
Além destes incidentes, destacamos o assassinato de dois esposos cristãos, Adnan Elia Jakmakji e Raghad al Tawil, ocorridas num tiroteio a bordo de seu carro em Mossul, norte do Iraque, no passado 13 de dezembro. Segundo o que foi relatado, o casal foi deliberadamente observado e assassinado.
Ajuda à Igreja que Sofre tem exortado os cristãos de todo o mundo para orarem pelos seus irmãos iraquianos, durante todo o tempo do Natal, um sinal de solidariedade.
Tradução TS
Mundo
Juramento de posse do primeiro-ministro da Espanha é feito novamente perante o crucifixo
Mariano Rajoy jura fidelidade ao cargo diante da bíblia e da constituição espanhola
Por Nieves San Martín
MADRI, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Se os símbolos falam, o juramento de posse do novo presidente do Conselho de Ministros da Espanha, Mariano Rajoy, é uma declaração de intenções: o crucifixo volta a presidir a vida pública espanhola.
Mariano Rajoy fez o seu juramento de posse nesta quarta-feira (21) no palácio da Zarzuela, residência dos reis da Espanha, com a mão direita sobre a bíblia e um exemplar da Constituição de 1978. Na mesa, bem visível diante das câmeras, uma testemunha muda, mas eloquente: um crucifixo.
“Juro fielmente cumprir as minhas obrigações como presidente do governo com lealdade ao rei e à Constituição”. Com a mão sobre a bíblia e perante o crucifixo, Rajoy pronunciou estas palavras na presença do rei Juan Carlos I, às 11h, numa breve cerimônia, segundo fontes da Casa Real. Ele passa a ser o sexto presidente da democracia do século XX na Espanha, depois do debate parlamentar de investidura desta terça-feira, em que apresentou o seu programa de governo para obter a confiança do Congresso dos Deputados. Contando com maioria absoluta, 185 votos, o candidato garantiu a confiança do seu próprio partido e o apoio de outros dois.
O juramento foi acompanhado ainda pela rainha Sofia, pelo ex-presidente do governo, José Luis Zapatero, e pelos representantes principais das instituições espanholas.
O rei Juan Carlos I e o presidente do Congresso assinaram nesta terça-feira o real decreto de nomeação do novo chefe do Executivo espanhol, já publicado ontem (quarta-feira) no Boletim Oficial do Estado (BOE), equivalente ao Diário Oficial.
O nomeado para chefiar o governo da Espanha escolhe entre as modalidades juramento ou promessa. Rajoy escolheu fazer seu juramento de posse diante de um crucifixo, de um exemplar da Constituição aberto no título IV, sobre o Governo e a Administração, e de uma bíblia de 1791, dedicada ao rei Carlos IV, aberta no livro dos Números, capítulo XXX, sobre voto e juramento.
A mesma modalidade foi utilizada pelos ex-presidentes do governo espanhol Adolfo Suárez, Leopoldo Calvo-Sotelo e José María Aznar. Felipe González e José Luis Rodríguez Zapatero optaram pela promessa.
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Células-tronco mesenquimais usadas para transportar fármacos
Um estudo italiano abre as portas para as novas formas de quimioterapias com dispositivo de célula/fármaco simples, baratas e promissoras
MILÃO, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Em um estudo conduzido por Augusto Pessina, do Departamento de Saúde Pública, Microbiologia, Virologia, da Universidade dos Estudos de Milão, em colaboração com Giulio Alessandri, do Laboratório de Neurobiologia, Fundação Instituto Carlo Besta de Milão, dirigido por Eugenio Parati, e da Universidade Católica do Sagrado Coração, publicado na revista PLoS ONE, foi demonstrado pela primeira vez, que células mesenquimais isoladas da medula óssea, podem ser "carregadas in vitro 'com fármacos quimioterápicos, e depois utilizadas de forma eficaz para o tratamento de tumores. Estas células podem assim tornar-se um novo dispositivo/fármaco (Cellpharm ®) na direção de uma cura sempre mais cuidadosa e capaz de reduzir/eliminar alguns efeitos colaterais.
O dispositivo pode ser preparado através de procedimentos simples e de baixo custo que não envolvem manipulações genéticas, e portanto evitam todos os riscos correlativos.
"O dispositivo - diz Giulio Alessandri, do Laboratório de Neurobiologia, Fundação Instituto Neurológico Carlo Besta de Milão - mantém a sua funcionalidade terapêutica ainda depois do congelamento em nitrogênio líquido, abrindo assim o caminho para a possibilidade de conservação destas células, que poderiam ser usadas, no mesmo paciente doador, mesmo muito tempo após a sua preparação, por exemplo em caso de reincidências."
"A possibilidade de usar células do próprio paciente, o tratamento autólogo, obtido da medula óssea, tecido adiposo e outros tecidos - acrescenta Augusto Pessina, Departamento de Saúde Pública, Microbiologia, Virologia da Universidade dos Estudos de Milão - elimina o risco imunológico e reduz também o risco de transmissão de agentes patógenos. A demonstração experimental da eficácia do método foi realizada em tumores, mas a aplicação poderá estar relacionada também com outras doenças onde seja pedido um potenciamento seja da especificidade que da atividade terapêutica ".
Um aspecto muito importante da descoberta, por fim, é que essa característica biológica, ou seja, de ser carregadas com fármacos, parece ser compartilhada também por outras populações celulares, como fibroblastos, células dendríticas, monócitos e macrófagos, que estão presentes no sangue e, portanto, facilmente isoladas pelos pacientes.
"Que as células-tronco mesenquimais - comenta Eugenio Parati, Director do Laboratório de Neurobiologia, do Instituto Neurológico Carlo Besta de Milão - presentes em muitos tecidos humanos adultos e em particular na medula óssea e no tecido adiposo, possam regenerar e reparar tecidos danificados já foi demonstrado. Com esta nova descoberta se demonstra que as mesmas células podem ser usadas como "veículos" para transportar fármacos que, atingindo exclusivamente as células do órgão doente, terão uma maior capacidade terapêutica. "
*
Para mais informações:
Secretaria de Imprensa Fundação IRCCS Instituto Neurológico "Carlo Besta '
Enrica Alessi (335 8023380) - Sergio Vigário (348 9895170)
Escritório de Imprensa da Universidade de Estudos de Milão
Simone Centanni (3488704541)
(Tradução TS)
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A Igreja na Índia apoia novas medidas de lei
Declaração de Dom Vincent Concessao
NOVA DÉLHI, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011(ZENIT.org) - Duas medidas de lei estão para ser aprovadas pelo parlamento na Índia e recebem total apoio da Igreja.
***
A primeira medida a ser aprovada é contra a corrupção no sistema público e a segunda visa garantir a segurança alimentar no país.
Em nota enviada à Agência Fides, o arcebispo de Déhli, Dom Vincent Concessao, elogiou o governo, e definiu as medidas de lei como “um passo na justa direção”, que gera “grande alivio para mim, pessoalmente, pela Igreja, as ONGs e todos os que trabalham para assegurar o sustento necessário a milhões de homens, mulheres e crianças indianas.”
A respeito do projeto de lei sobre a segurança alimentar o Bispo disse que “Deus quer que os recursos do mundo sejam adequadamente divididos por todos os habitantes do planeta” e o “passo do governo é uma tentativa de realizar o que Deus quer para todos" e prosseguiu, "a Bíblia diz claramente que a preferência de Deus é sempre para os pobres."
De acordo com a Fides, A Igreja indiana reitera “a transparência, a moralidade na vida pública e privada, a luta à corrupção, estão no DNA do compromisso social de todos os cristãos."
Maria Emília Marega
Entrevistas
"Aqui nasceu Jesus "
Entrevista com o superior do mosteiro da Basílica da Natividade em Belém.
Por Renzo Allegri
BELÉM, sábado, 24 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) – Em Belém o Natal tem o peso da história. É recordado onte realmente aconteceu. A terra, a paisagem, os lugares são os de 2000 anos atrás. As pessoas que celebram o Natal em Belém podem dizer para si mesmas: “Aqui nasceu Jesus”, experimentando, ao pronunciar aquela pequena palavra, “aqui”, uma grande comoção.
O Natal de Belém é um evento que faz manchetes. Dele falam os jornais e a televisão. A Missa de meia-noite celebrada no local onde Jesus nasceu, é transmitida a todo o mundo. Mas a informação que corre através da mídia é fria, sintética, desbotada. No emaranhado das notícias, torna-se um das muitas e perde o enorme significado que deveria ter.
Para saber realmente como se desenvolve e se "vive" o Natal no lugar onde Jesus nasceu, conversamos com uma pessoa que mora em Belém, um religioso franciscano francês, padre Stephane Milovitch, 45 anos, há 20 comprometidos em realizar o seu apostolado naquela terra que sete séculos foi confiada aos cuidados espirituais dos Frades de São Francisco, indicada com o nome de “Terra Santa”.
“Cheguei aqui no ano de 1992”, diz o padre Stephane “e, exceto por um período de quatro anos passados em Roma para estudar, eu sempre estive aqui. Por isso, posso dizer que "vivi" quinze Natais em Belém”.
Mestrado em teologia, poliglota, pessoa afável e grande organizador, Padre Stephane foi por seis anos secretário da Custódia da Terra Santa e desde 2010 é superior da comunidade religiosa franciscana de Belém que tem a sua sede no convento da Basílica da Natividade.
Esta basílica, de aspecto imponente e severo, é o principal objetivo de peregrinos e turistas de todo o mundo. A sua origem remonta ao 326. Foi a rainha Helena,mãe do Imperador Constantino, que a mandou construir, no mesmo local onde, segundo a tradição, aconteceu o nascimento de Jesus. Ao longo dos séculos, a Basílica tem sofrido dificuldades, destruições, reconstruções várias, mas ainda está ali para testemunhar o grande acontecimento.
A partir do seu interior, duas escadas levam a uma cripta, onde se encontra a "Gruta da Natividade", que foi a gruta-estábulo onde, como está escrito no Evangelho, Maria e José se refugiaram porque "não havia lugar para eles na hospedaria”. E enquanto estavam ali, se cumpriram os dias para Maria, o dia do parto, “e deu à luz seu filho primogênito, e envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura."
Na gruta há três lugares distintos de oração: o local do parto, indicado por uma estrela de prata de 14 pontas; alguns metros adiante, o presépio, ou seja, a manjedoura onde Maria colocou Jesus; e, diante, o altar dos Magos, o lugar onde pararam alguns personagens famosos, estudiosos de astrologia, que vieram do distante Oriente para adorar o Rei-criança cujo nascimento foi anunciado a eles por sinais celestes.
“É necessário esclarecer”, disse o padre Stephane “ que em Belém todos os dias é Natal. Os peregrinos, sejam os que chegam em fevereiro, julho ou agosto, veem aqui para celebrar o Natal. E nós sacerdotes, acolhendo-os, cada dia vivemos com eles o Natal. Na Basílica e na gruta, celebramos a liturgia do Natal, onde se diz "Hoje Jesus nasceu." Mas isso não tira, porém, que 25 de dezembro seja um dia completamente diferente também para nós. As emoções, os sentimentos, a alegria, naquele dia, aqui, onde há muitos anos atrás aconteceu o evento, é indescritível”.
Como se desenvolve o grande dia?
“É caracterizado pela oração. Uma imensa e contínua oração coral. A partir da tarde do 24 de dezembro até a tarde do dia 25, Belém se torna uma grande igreja onde a oração, especialmente aquela litúrgica e eucarística, é contínua. Chegam peregrinos de todo o mundo. Não só católicos, mas também de outros ritos e de outras religiões. Os sacerdotes, os bispos e todos os frades presentes na "Terra Santa" se transferem para Belém. Vem o Patriarca de Jerusalém, que é a mais alta autoridade católica na Terra Santa, e preside as cerimônias religiosas. Aí vêm as autoridades civis: o prefeito de Belém que, por lei, deve ser um cristão; o presidente da Palestina, Abu Mazen, com os seus ministros, que são muçulmanos; chegam os cônsules católicos presentes na Palestina, também o cônsul da Itália, França, Bélgica e Espanha, e chegam outros políticos, diplomatas de outros países do Oriente Médio, da Europa e de outros continentes. Belém se torna um grande centro ecumênico, preenchido por uma incrível atmosfera mística. Tudo acontece com o sinal da serenidade, da cordialidade como se o mundo se tornasse de repente uma grande família unida”.
Quando começam as cerimônias solenes?
“No início da tarde do 24 de dezembro, com a chegada do Patriarca. Uma chegada que se realiza segundo um cerimonail muito antigo”.
“O Patriarca parte da sua sede de Jerusalém acompanhado por uma procissão de carros. A polícia hebraica colabora, fecha as estradas laterais, assegura que os semáforos estejam no verde. Ao longo do caminho muitas pessoas aparecem na estrada para aplaudir calorosamente.
“A procissão de carros pára no mosteiro de Santo Elias, que está na entrada da cidade de Belém, onde o Patriarca é recebido pelas autoridades civis e religiosas da cidade. Como é sabido, Belém está cercada pelo "muro de separação" entre Israel e a Cisjordânia. A procissão do patriarca deve passar por uma porta que é aberta somente em raras ocasiões para as autoridades de grande peso. De acordo com uma antiga tradição, que remonta ao Império Otomano, o Patriarca, nesta sua viagem é também acompanhado por cinco cavalos. E, por motivos políticos, antes de atravessar o muro, os cavalos israelenses são substituídos por cavalos palestinenses.
“Tendo entrado em Belém, a procissão pára diante do túmulo de Raquel, onde o Patriarca recebe a saudação dos párocos da cidade. Em seguida, a procissão passa através da cidade habitada e chega à Basílica. Eu, como superior da comunidade, espero o Patriarca diante da porta da Humildade, dou-lhe as boas vindas e o acompanho à Igreja, onde preside a primeira função religiosa, o canto solene das Vésperas. No final, sempre em procissão, é acompanhado ao seu quarto para um breve descanso.
“Às 16hs tem-se a procissão que nós frades da comunidade fazemos todos os dias à gruta e nesta ocasião toma um aspecto de solenidade porque à ela participa também o Patriarca. Descemos à gruta, cantamos os hinos e recitamos as orações tradicionais. Neste caso sou eu que celebro e o patriarca assiste.
Terminada a função, o patriarca se retira mas nós continuamos a preparar”
O quê?
“A Igreja, em primeiro lugar. Para a missa da meia-noite há pedidos de todo o mundo. Nem mesmo a Basílica de São Pedro poderia satisfazer todas as petições. Então, somos forçados a remover os bancos. A nossa Basílica pode acomodar 500 pessoas sentadas. Ao remover os bancos, podemos dar espaço para 2000 pessoas. Claro que, para regular a presença de tanta gente somos forçados a distribuir bilhetes, que são totalmente gratuitos. São dados aos peregrinos vindos de todos os lados, enquanto que se exclui os habitantes de Belém.
“Depois praparamos a ceia da noite de Natal. A preparamos na "Casa Nova", uma estrutura que usamos para acomodar os peregrinos. A ceia frugal, franciscana, com a presença de todos os frades presentes na Terra Santa, que naquela ocasião vão todos para Belém. É uma ceia que faz parte do cerimonial e com os frades cenam as autoridades de Belém, o Patriarca, os bispos, o presidente Abu Mazen com os seus ministros, os cônsules. É uma ceia em sinal da fraternidade, da amizade e da paz.
“A cerca das 21hs nós abrimos a porta de entrada da Basílica e começamos a deixar entrar os peregrinos que tem o bilhete. Por razões de segurança, a entrada é muito lenta. Cada pessoa deve passar por um detector de metais de segurança”.
E se chega à Missa da Meia-Noite
“Às 23h e 30min começa a cerimônia principal, aquela que está intimamente relacionada ao nascimento de Jesus. É naturalmente presedida pelo patriarca e concelebrada por bispos e sacerdotes, no geral 150. Começa-se com o canto das laudes, segundo o cerimonial. Cinco minutos antes da meia-noite, chega o presidente Abu Mazen com a sua comitiva. É recebido pelo Patriarca que o cumprimenta brevemente. No curso da meia-noite, os sinos da Basílica começam a tocar, o coral entoa o "glória". Um sacristão tira o pano que envolve a parte inferior do altar, feita um berço, e na qual foi colocada a estátua do menino Jesus. É o momento mais emocionante. Lembra o nascimento do Salvador. O canto de glória, realizado naquele lugar, tem um significado especial, porque lembra o que os anjos ouviram dos pastores. Como relatado no Evangelho, "uma multidão dos exércitos celestiais, louvava a Deus e dizia: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre aqueles a quem Deus ama".
“O patriarca homenageia ao Menino Jesus com incenso e depois começa a Missa, que acontece regularmente celebrada em latim, com leituras que são lidas em oito idiomas.
“Abu Mazen e seus seguidores são de religião muçulmana. De acordo com uma antiga tradição, os muçulmanos podem estar presentes na Missa, mas não no momento da comunhão. Então, após a recitação do Agnus Dei, o patriarca cumprimenta o presidente Abu Mazen, que se retira com todo o seu séquito. A missa continua com grande quantidade de pessoas que recebem a Sagrada Comunhão, enquanto o coro canta canções tradicionais do Natal.
“No final do rito eucarístico, há a cerimônia de transferência da estátua do Menino à cuna do altar no presépio. Nâo se trata de um presépio construído para a ocasião, como acontece em todas as igrejas do mundo. Aqui nós temos o verdadeiro, permanente, localizado no local onde Jesus foi colocado na manjedoura por Maria, como lemos no evangelho.
“O patriarca pega a criança e em procissão chega à gruta da natividade. A procissão é limitada aos concelebrantes e algumas outras pessoas porque na gruta o espaço é limitado. Aqui acontece uma cerimônia muito comovente. Uma espécie de sagrada representação, explicada por antigos cantos gregorianos com textos em latim que são do IV-V séculos.
A primeira etapa é o lugar onde se encontra a estrela de prata de 14 pontas que, segundo a tradição está no lugar do nascimento de Jesus. O cantor declama os passos dos Evangelhos que contam a história, mas também acrescenta os detalhes que o atualizam. Diz, por exemplo, que chegado o tempo a Virgem Maria deu à luz seu filho. E ao texto histórico acrescenta "hic" "aqui" porque ali, naquele exato lugar aconteceu o nascimento. Depois diz que Nossa Senhora envolveu o bebê em panos, e o patriarca, com gestos, como uma mãe amorosa, envolve a estátua de Jesus com panos brancos. O cantor continua dizendo que o bebê será colocado numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria e também a esta frase acrescenta "hic" "aqui", pois a manjedoura, que está ali diante dos olhos dos presentes, na qual o patriarca coloca agora a estátua, é justo aquela onde a Virgem Maria colocou o menino Jesus. Os detalhes do canto e os gestos do patriarca recordam o evento mais importante ocorrido na face da terra e as emoções nos corações dos presentes são indescritíveis.
“Acabada a cerimônia, o patriarca volta à basílica, cumprimenta as autoridades e os fiéis e volta para o seu quarto para descansar.
“Geralmente, naquela hora já são as três da manhã. Mas, como eu disse, o Natal em Belém é caracterizada por uma oração contínua. Na gruta iniciam as Missas, que acontecerão uma após a outra durante todo o dia 25 de dezembro. Outras missas serão celebradas continuamente em outras igrejas em Belém. Onde não se reza, se canta a céu aberto. Vários coros locais, ou de turistas, realizam canções de Natal acompanhados por grupos de pessoas vindos de fora. Estas músicas, que no silêncio da noite sobem ao céu de várias partes da cidade, e que são cantos de coros, melódicos, pungentes, criam uma atmosfera de encanto e serenidade>>.
Tradução do original italiano por Thácio Siqueira
Flash
Exposição do Sudário no Ateneu Regina Apostolorum faz cinco anos
Visitas são gratuitas mediante agendamento
ROMA, sexta-feira, 22 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) – Está completando cinco anos a exposição permanente Quem é o homem do Sudário?, do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em Roma, organizada no âmbito das atividades do Mestrado em Ciência e Fé.
Pessoas do mundo inteiro já visitaram a mostra, muitas delas jovens.
A exposição inclui uma cópia do Santo Sudário de Turim, um holograma e uma escultura, que procuram reconstruir em três dimensões o corpo do homem do sudário, além de uma réplica da coroa de espinhos, bem como pregos eflagelos, que teriam sido usados de acordo com os estudos feitos a partir da imagem.
Grandes painéis contam a história do Sudário e ilustram as principais pesquisas científicas feitas a seu respeito nos últimos anos, com ênfase nos estudos mais recentes da área botânica.
A visitação é gratuita, mas requer agendamento prévio. Basta enviar um e-mail para uomosindone@upra.org.
Angelus
"Cristo nasceu por nós"
A mensagem natalícia "Urbi et Orbi" e as saudações de natal do Papa Bento XVI
CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de dezembro de 2011 (Zenit.org) – Publicamos o texto da tradicional mensagem natalina, “Urbi et Orbi”, dirigida hoje por Bento XVI aos fiéis presentes na praça de São Pedro e a todo o mundo por meio da radio e da televisão. Colocamos também algumas saudações do Pontífice nas 65 línguas do globo.
***
Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro!
Cristo nasceu para nós! Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado: a todos chegue o eco deste anúncio de Belém, que a Igreja Católica faz ressoar por todos os continentes, sem olhar a fronteiras nacionais, linguísticas e culturais. O Filho de Maria Virgem nasceu para todos; é o Salvador de todos.
Numa antífona litúrgica antiga, Ele é invocado assim: «Ó Emanuel, nosso rei e legislador, esperança e salvação dos povos! Vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus». Veni ad salvandum nos! Vinde salvar-nos! Tal é o grito do homem de todo e qualquer tempo que, sozinho, se sente incapaz de superar dificuldades e perigos. Precisa de colocar a sua mão numa mão maior e mais forte, uma mão do Alto que se estenda para ele. Amados irmãos e irmãs, esta mão é Cristo, nascido em Belém da Virgem Maria. Ele é a mão que Deus estendeu à humanidade, para fazê-la sair das areias movediças do pecado e segurá-la de pé sobre a rocha, a rocha firme da sua Verdade e do seu Amor (cf. Sal 40, 3).
E é isto mesmo o que significa o nome daquele Menino (o nome que, por vontade de Deus, Lhe deram Maria e José): chama-se Jesus, que significa «Salvador» (cf. Mt 1, 21; Lc 1, 31). Ele foi enviado por Deus Pai, para nos salvar sobretudo do mal mais profundo que está radicado no homem e na história: o mal que é a separação de Deus, o orgulho presunçoso do homem fazer como lhe apetece, de fazer concorrência a Deus e substituir-se a Ele, de decidir o que é bem e o que é mal, de ser o senhor da vida e da morte (cf. Gn 3, 1-7). Este é o grande mal, o grande pecado, do qual nós, homens, não nos podemos salvar senão confiando-nos à ajuda de Deus, senão gritando por Ele: «Veni ad salvadum nos – Vinde salvar-nos!»
O próprio facto de elevarmos ao Céu esta imploração já nos coloca na justa condição, já nos coloca na verdade do que somos nós mesmos: realmente nós somos aqueles que gritaram por Deus e foram salvos (cf. Est (em grego) 10, 3f). Deus é o Salvador, nós aqueles que se encontram em perigo. Ele é o médico, nós os doentes. O facto de reconhecer isto mesmo é o primeiro passo para a salvação, para a saída do labirinto onde nós mesmos, com o nosso orgulho, nos encerramos. Levantar os olhos para o Céu, estender as mãos e implorar ajuda é o caminho de saída, contanto que haja Alguém que escute e possa vir em nosso socorro.
Jesus Cristo é a prova de que Deus escutou o nosso grito. E não só! Deus nutre por nós um amor tão forte que não pôde permanecer em Si mesmo, mas teve de sair de Si mesmo e vir ter connosco, partilhando até ao fundo a nossa condição (cf. Ex 3, 7-12). A resposta que Deus deu, em Cristo, ao grito do homem, supera infinitamente as nossas expectativas, chegando a uma solidariedade tal que não pode ser simplesmente humana, mas divina. Só o Deus que é amor e o amor que é Deus podia escolher salvar-nos através deste caminho, que é certamente o mais longo, mas é aquele que respeita a verdade d’Ele e nossa: o caminho da reconciliação, do diálogo e da colaboração.
Por isso, amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, neste Natal de 2011, dirijamo-nos ao Menino de Belém, ao Filho da Virgem Maria e digamos: «Vinde salvar-nos»! Repitamo-lo em união espiritual com tantas pessoas que atravessam situações particularmente difíceis, fazendo-nos voz de quem a não tem.
Juntos, invoquemos o socorro divino para as populações do Nordeste da África, que padecem fome por causa das carestias, por vezes ainda agravadas por um estado persistente de insegurança. A comunidade internacional não deixe faltar a sua ajuda aos numerosos refugiados vindos daquela Região, duramente provados na sua dignidade.
O Senhor dê conforto às populações do Sudeste asiático, particularmente da Tailândia e das Filipinas, que se encontram ainda em graves situações de emergência devido às recentes inundações.
O Senhor socorra a humanidade ferida por tantos conflitos, que ainda hoje ensanguentam o Planeta. Ele, que é o Príncipe da Paz, dê paz e estabilidade à Terra onde escolheu vir ao mundo, encorajando a retoma do diálogo entre israelitas e palestinianos. Faça cessar as violências na Síria, onde já foi derramado tanto sangue. Favoreça a plena reconciliação e a estabilidade no Iraque e no Afeganistão. Dê um renovado vigor, na edificação do bem comum, a todos os componentes da sociedade nos países do Norte da África e do Médio Oriente.
O nascimento do Salvador sustente as perspectivas de diálogo e colaboração no Myanmar à procura de soluções compartilhadas. O Natal do Redentor garanta a estabilidade política nos países da região africana dos Grande Lagos e assista o empenho dos habitantes do Sudão do Sul na tutela dos direitos de todos os cidadãos.
Amados irmãos e irmãs, dirijamos o olhar para a Gruta de Belém: o Menino que contemplamos é a nossa salvação. Ele trouxe ao mundo uma mensagem universal de reconciliação e de paz. Abramos- Lhe o nosso coração, acolhamo-Lo na nossa vida. Repitamos-Lhe com confiada esperança: «Veni ad salvandum nos».
Depois da sua mensagem, o Papa enviou a saudação natalícia em 65 línguas, entre as quais:
A todos os que me escutam, envio-lhes uma cordial saudação nas diversas expressões linguísticas:
italiano:
Buon Natale ai romani e agli italiani! La nascita di Cristo Salvatore e l’accoglienza gioiosa del suo Vangelo di salvezza rinnovino i cuori dei credenti, portino pace nelle famiglie, consolazione ai sofferenti e aiutino gli abitanti dell’intero Paese a crescere nella reciproca fiducia per costruire insieme un futuro di speranza, più fraterno e solidale.
francese:
Heureuse et sainte fête de Noël ! Que le Christ Sauveur vous garde dans l’espérance et qu’il vous fasse le don de la paix profonde !
inglese:
May the birth of the Prince of Peace remind the world where its true happiness lies; and may your hearts be filled with hope and joy, for the Saviour has been born for us.
tedesco:
Die Geburt Jesu Christi, des Erlösers der Menschen, erfülle Euer Leben mit tiefer Freude und reicher Gnade; sein Friede möge in Euren Herzen wohnen. Gesegnete und frohe Weihnachten!
spagnolo:
¡Feliz Navidad! Que la Paz de Cristo reine en vuestros corazones, en la familias y en todos los pueblos.
portoghese:
Feliz Natal para todos, e que a Luz de Cristo Salvador ilumine os vossos corações de paz e de esperança!
neerlandese:
Zalig en gelukkig Kerstmis.
lussemburghese:
Schéin Chreschtdag.
albanese:
Per shum vjet Krishtlindjen.
romeno:
Sărbători Fericite de Crăciun si Anul Nou.
ungherese:
Àldott Karácsonyt.
polacco:
Błogosławionych świąt Bożego Narodzenia.
ceco:
Narodil se vám Spasitel. Radujte se!
slovacco:
Milostiplné a radostné Viacočné Sviatky.
croato:
Sretan Boić, Isusovo Porođenje!
sloveno:
Boje Dete, naj vam podeli svoj blagoslov.
serbo:
Среħан Божиħ - Христос се роди!
serbo-lusazio:
Zohnowane hody! A zboowne Nowe lěto!
bulgaro:
Честито Рождество Христово
macedone:
Нека ви е честит Божиу н Нова Година
bielorusso:
iasíòłych kalàdnych Sviàtaû!
russo:
Сердечно поздравляю всех с Праздником
Рождества Христова
kazako:
Родecтвo мepeкeci ктты болсын!
ucraino:
Веселих Свят з Різдвом
Христовим і Новим Роком!
lituano:
Linksmų šwentų Kaledų.
lettone:
Priecīgus Ziemsvētkus!
estone:
Häid joulupühi.
finlandese:
Hyvää Joulua.
svedese:
God Jul, Gott Nytt Àr.
islandese:
Gleðileg jól!
irlandese:
Nollaig shona dhaoibh go léir.
romanès:
Baxtalò Krečùno! Thaj Nevo berš!
maltese:
Il-Milied it tajjeb lill-poplu kollu ta' Malta u ta' Għawdex.
turco:
Noel bayramı kutlu olsun.
suahili:
Heri kwa noeli na baraka nyingi kwa mwaka mpya.
kirundi e kinyarwanda:
Gumya umutima mu mahoro! Noeli nziza!
malgascio:
Arahaba tratrin'i Noely.
vietnamita:
Chúc mùng giáng sinh.
indonesiano:
Selamat Hari Natal.
filippino:
Malygayang pasko at manigong bagong taon.
maori:
Meri Kirihimete.
samoano:
Ia manuia le Kirisimasi.
esperanto:
Dibenitan Kristnaskon kaj prosperan novjaron.
guaraní:
Ko navidad árape che maitei ame'ê peême.
latino:
Christe! Veni ad salvandum nos!
[© Copyright 2011 - Libreria Editrice Vaticana]
Audiência de quarta-feira
O Filho de Deus nasce ainda "hoje"
Bento XVI reflete sobre o mistério do Natal durante a Audiência Geral desta quarta-feira
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 21 de dezembro de 2011(ZENIT.org) - Apresentamos as palavras pronunciadas pelo Santo Padre Bento XVI aos fiéis e peregrinos presentes na Aula Paulo VI, durante a Audiência Geral nesta manhã. No final da Catequese em italiano o Papa pronunciou um resumo da mesma em diversas línguas e saudou os presentes.
***
Queridos irmãos e irmãs,
Tenho o prazer de recebê-los nessa Audiência Geral a poucos dias da celebração do Natal do Senhor. A saudação frequente na boca de todos nesses dias é “Feliz Natal! Boas festas natalícias!”. Façamos isso de modo que, mesmo na sociedade de hoje, a troca de saudações não perca seu profundo significado religioso, e a festa não seja absorvida pelos aspectos exteriores, que essas toquem as cordas do coração. Certamente, os sinais externos são bonitos e importantes, desde que não nos afastem, mas ajudem-nos a viver o Natal no seu sentido verdadeiro, sagrado e cristão, de modo que também nossa alegria não seja superficial, mas profunda.
Com a liturgia do Natal, a Igreja apresenta-nos o grande mistério da Encarnação. O Natal, de fato, não é simplesmente o aniversário do nascimento de Jesus, é isso também, e é mais do que isso, é a celebração de um Mistério que marcou e continua a marcar a história do homem - Deus veio habitar em meio a nós (cf. Jo 1,14), tornou-se um de nós; um mistério que afeta a nossa fé e a nossa existência, um Mistério que vivemos concretamente nas celebrações litúrgicas, sobretudo na Santa Missa.
Qualquer um poderia se questionar: como poderia viver agora, este evento que aconteceu há tanto tempo? Como posso participar ativamente no nascimento do Filho de Deus que aconteceu há mais de mil anos atrás? Na Santa Missa de Natal, repetiremos no salmo responsorial: “Hoje nasceu para nós o Salvador”. Esse advérbio de tempo “hoje”, usado repetidamente em todas as celebrações de Natal, se refere ao evento do nascimento de Jesus e a salvação que a Encarnação do Filho de Deus traz.
Na Liturgia, este evento ulrapassa os limites de espaço e de tempo e torna-se atual, presente e seu efeito é contínuo, mesmo com o passar dos dias, dos anos e dos séculos. Indicando que Jesus nasce "hoje", a Liturgia não usa uma frase sem sentido, mas destaca que este Nascimento entra e permeia toda a história, e continua ainda hoje, a ser uma realidade na qual podemos alcançar justamente pela liturgia. Para nós que acreditamos, a acelebração do Natal renova a certeza de que Deus está verdadeiramente presente em meio a nós, ainda "carne" e não distante: mesmo estando com o Pai, está perto de nós. Deus, naquele Menino nascido em Belém, se aproximou do homem: podemos encontrá-lo agora, em um "hoje" que não acabou.
Gostaria de enfatizar esse ponto, porque o homem contemporâneo, o homem do "sensível", que experimenta empiricamente, tem cada vez mais dificuldade de abrir seus horizontes e entrar no mundo de Deus.
A redenção da humanidade ocorre em um momento específico e identificado na história: no evento de Jesus de Nazaré, mas Jesus é o Filho de Deus, é o próprio Deus que não apenas falou ao homem, mostrou-o sinais admiráveis e guiou-o durante toda a história de salvação, mas se fez homem e permaneceu homem. O Eterno entrou nos limites de tempo e espaço, para permitir “hoje” o encontro com Ele.
Os textos litúrgicos natalinos nos ajudam a compreender que os acontecimentos de salvação realizados por Cristo são sempre atuais, interessa a cada homem e a todos os homens.
Quando ouvimos ou pronunciamos, nas celebrações litúrgicas que “Hoje nasceu para nós o Salvador”, não estamos usando uma expressão convencional vazia, mas entendemos que Deus nos oferece "hoje", agora, para mim, para cada um de nós a oportunidade de reconhecê-lo e acolhê-lo, como fizeram os pastores em Belém, para que Ele possa nascer em nossas próprias vidas e as renove, ilumine, transforme-as com a sua Graça, com a sua Presença.
O Natal portanto, comemora o nascimento de Jesus em carne, da Virgem Maria - e inúmeros textos litúrgicos fazem reviver aos nossos olhos este ou aquele episódio - é um evento eficaz para nós.
O Papa São Leão Magno, demonstrando o profundo significado da festa do Natal, convidava seus fiéis com estas palavras: "Alegrai-vos no Senhor, meus queridos, e abramos nossos corações para a mais pura alegria, porque raiou o dia para nós e isso significa a nova redenção, a antiga preparação, a felicidade eterna. É renovada para nós o ciclo anual do alto mistério de nossa salvação, que, prometido no início e no final dos tempos, é destinado a não ter fim"(Sermão 22, In Nativitate Domini, 2.1:PL 54,193). E, ainda São Leão Magno, em outra grande homilia natalina, afirmava: “Hoje, o autor do mundo foi gerado do ventre de uma virgem: aquele que fez todas as coisas se fez filho de uma mulher que ele mesmo criou. Hoje, o Verbo de Deus apareceu revestido de carne, enquanto jamais foi visível ao olho humano, tornou-se também visível e palpável. Hoje, os pastores escutaram das vozes dos anjos que nasceu o Salvador, na substância do nosso corpo e da nossa alma "(Sermão 26, In Nativitate Domini, 6,1: Pl 54,213).
Há outro aspecto que gostaria de mencionar brevemente: o evento de Belém deve ser considerado à luz do Mistério Pascal: um e o outro são partes da obra redentora de Cristo. A encarnação e o nascimento de Jesus nos convidam a voltar o olhar para a sua morte e ressurreição: o Natal e a Páscoa são da mesma maneira festas de redenção. A Páscoa celebra-a como vitória sobre o pecado e sobre a morte: marca o momento final, quando a glória do Homem-Deus brilha como a luz do dia. O Natal celebra-a como a entrada de Deus na história fazendo-se homem para levar o homem a Deus: marca, por assim dizer, o momento inicial, quando se pode vislumbrar a luz da aurora. Mas, assim como a aurora precede a luz do dia, assim o Natal já anuncia a Cruz e a glória da Ressurreição. Assim como os dois períodos do ano no qual são colocados as duas grandes festas, pelo menos em algumas áreas do mundo, pode ajudar a compreender este aspecto. De fato, enquanto a Páscoa acontece no início da primavera, quando o sol vence o denso e frio nevoeiro e renova a face da terra, o Natal cai logo no início do inverno,quando a luz e o calor do sol não podem despertar a natureza; as vezes, cercado pelo frio, sob a coberta, mas a vida pulsa e começa novamente a vitória do sol e do calor.
Os Padres da Igreja ligavam sempre o nascimento de Cristo à luz de toda a obra redentora, que encontra seu ponto mais alto no mistério Pascal. A Encarnação do Filho de Deus aparece não somente como princípio e condição da salvação, mas como a própria presença do Mistério da nossa salvação: Deus torna-se homem, nasce menino como nós, assume a nossa carne para vencer a morte e o pecado.
Dois textos significativos de São Basílio ilustram-no bem. São Basílio dizia aos fiéis: "Deus assumiu a carne justamente para destruir a morte escondida nela. Assim como os antídotos de um veneno quando ingeridos eliminam seus efeitos, como a escuridão de uma casa se desfaz à luz do sol, assim a morte que dominava sobre a natureza humana foi destruída pela presença de Deus. Como o gelo, que permanece sólido na água durante a noite e reina a escuridão, logo se derrete ao calor do sol, assim a morte que reinou até a vinda de Cristo, apenas surge a graça de Deus Salvador, e levanta o sol da justiça, “foi tragada pela vitória”(1 Cor 15,54), não podendo coexistir com a Vida" (Homilia sobre o nascimento de Cristo, 2: Pg 31,1461). E ainda São Basílio, em outro texto, convida : "Celebramos a salvação do mundo, o natal do gênero humano. Hoje foi apagada a culpa de Adão. Agora, já não devemos dizer: "és pó em pó te tornarás" (Gen 3,19), mas: unido àquele que veio do céu, será admitido no Céu "(Homilia sobre o nascimento de Cristo, 6: Pg 31,1473).
No natal encontramos a ternura e o amor de Deus que se inclina sobre os nossos limites, sobre as nossas fraquezas, sobre os nossos pecados e se abaixa até nós. São Paulo afirma que Jesus Cristo “mesmo sendo homem na condição de Deus... esvaziou-se, assumindo a condição de servo, tornando-se semelhante ao homem” (Fil 2, 6-7).
Olhemos a gruta de Belém: Deus se abaixa até ser colocado em uma manjedoura, que é já o prelúdio do abaixamento na hora de sua paixão. O ápice da história de amor entre Deus e o homem, passa pela manjedoura de Belém e o sepulcro de Jerusalém.
Queridos irmãos e irmãs, vivamos com alegria o natal que se aproxima. Vivamos este maravilhoso evento: o Filho de Deus nasce ainda “hoje”, Deus está realmente próximo a cada um de nós e quer nos encontrar, quer nos conduzir a Ele. Ele é a verdadeira luz que remove e dissolve as trevas que envolvem nossa vida e a vida da humanidade. Vivamos o Natal do Senhor contemplando o caminho do amor imenso de Deus que nos eleva a Ele por meio do Mistério da Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Seu Filho, pois – como afirma Santo Agostinho – “em [Cristo] a divindade do Unigênito participa da nossa mortalidade, a fim que nós possamos participar de Sua imortalidade” (Epistola 187,6,20: PL 33,839-840).
Sobretudo, contemplemos e vivamos este Mistério na celebração da Eucaristia, centro do Santo Natal; ali está presente de maneira real Jesus, verdadeiro Pão que desceu do Céu, verdadeiro Cordeiro sacrificado para nossa salvação.
Desejo a todos vocês e as vossas famílias uma celebração de Natal realmente cristã, de modo que também todas as felicitações deste dia sejam expressões da alegria por saber que Deus está próximo a nós e quer percorrer conosco o caminho da vida. Obrigado.
(Resumo em português)
"Amados irmãos e irmãs,
A celebração do Natal recorda-nos que, naquele Menino nascido em Belém, Deus Se aproximou de todos e cada um dos homens; e nós podemos encontrá-Lo agora, num «hoje» sem ocaso. É verdade que a redenção do homem se deu num período concreto da história, ou seja, na vida de Jesus de Nazaré. Mas, Jesus é o Filho eterno de Deus; o Eterno entrou no tempo e no espaço, para tornar possível o encontro com Ele «hoje». De fato, na liturgia, aquele acontecimento ultrapassa os confins do tempo e do espaço e torna-se presente hoje; o seu efeito perdura no decorrer dos dias, dos anos, dos séculos. Quando dizemos, na celebração litúrgica, «hoje nasceu o nosso Salvador», este termo «hoje» não é uma palavra vazia, mas significa que Deus nos dá a possibilidade de O reconhecer e acolher agora – como fizeram outrora os pastores em Belém –, para que nasça também na nossa vida e a renove, ilumine e transforme com a graça da sua presença.
(Saudação em Portugês)
Queridos peregrinos de língua portuguesa, desejo a todos vós e às vossas famílias um Natal verdadeiramente cristão, de tal modo que os votos de «Boas Festas», que ides trocar uns com os outros, sejam expressão da alegria que sentis por saber que Deus está no meio de nós e deseja percorrer conosco o caminho da vida. Para todos, um santo Natal e um bom Ano Novo, repleto das bênçãos do Deus Menino!"
(Tradução:MEM)
Documentação
"Onde está a força que sublima a nossa vontade?"
A saudação de Natal do Papa à Cúria Romana
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011(ZENIT.org) - Apresentamos o discurso do Papa realizado hoje na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano. O Santo Padre Bento XVI recebeu em audiência os Cardeais, membros da Cúria Romana e do Governo para as saudações de Natal.
***
Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Presbiterado,
Amados irmãos e irmãs!
Um momento como este que vivemos hoje reveste-se sempre de particular intensidade. O Santo Natal já está perto e a grande família da Cúria Romana sente-se impelida a reunir-se para trocar entre si venturosos votos que encerram o desejo de viver, com alegria e verdadeiro fruto espiritual, a festa de Deus que encarnou e pôs a sua tenda no meio de nós (cf. Jo 1, 14). Esta ocasião permite-me não só apresentar-vos os meus votos pessoais, mas também exprimir a cada um de vós o agradecimento, meu e da Igreja, pelo vosso generoso serviço; peço-vos que o façais chegar também a todos os colaboradores que formam a nossa grande família. Um obrigado particular ao Cardeal Decano Ângelo Sodano, que se fez intérprete dos sentimentos dos presentes e de quantos trabalham nos diversos Departamentos da Cúria, do Governatorado, incluindo aqueles que realizam o seu ministério nas Representações Pontifícias espalhadas por todo o mundo. Todos nós estamos empenhados em fazer com que o pregão que os Anjos proclamaram na noite de Belém – «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14) – ressoe por toda a terra levando alegria e esperança.
No fim deste ano, a Europa encontra-se no meio duma crise econômica e financeira que, em última análise, se fundamenta na crise ética que ameaça o Velho Continente. Embora certos valores como a solidariedade, o serviço aos outros, a responsabilidade pelos pobres e atribulados sejam em grande parte compartilhados, todavia falta muitas vezes a força capaz de motivar e induzir o indivíduo e os grandes grupos sociais a abraçarem renúncias e sacrifícios. O conhecimento e a vontade caminham, necessariamente, lado a lado. A vontade de preservar o lucro pessoal obscurece o conhecimento e este, enfraquecido, é incapaz de revigorar a vontade. Por isso, desta crise surgem interrogações fundamentais: Onde está a luz que possa iluminar o nosso conhecimento não apenas com ideias gerais, mas também com imperativos concretos? Onde está a força que sublime a nossa vontade? São questões às quais o nosso anúncio do Evangelho, a nova evangelização, deve dar resposta, para que a mensagem se torne acontecimento, o anúncio se torne vida.
Com efeito, a grande temática tanto deste ano como dos anos futuros gira à volta disto: Como anunciar hoje o Evangelho? Como pode a fé, enquanto força viva e vital, tornar-se realidade hoje? Os acontecimentos eclesiais deste ano que está a terminar referiam-se todos, em última análise, a este tema. Entre eles contam-se as minhas viagens à Croácia, a Espanha para a Jornada Mundial da Juventude, à minha pátria da Alemanha e, por fim, à África – ao Benim – para a entrega da Exortação pós-sinodal sobre justiça, paz e reconciliação; documento este, que se deve traduzir em realidade concreta nas diversas Igrejas particulares. Não posso esquecer também as viagens a Veneza, a São Marino, a Ancona para o Congresso Eucarístico e à Calábria. E tivemos, enfim, a significativa jornada de Assis, com o encontro entre as religiões e entre as pessoas em busca de verdade e de paz; jornada concebida como um novo impulso na peregrinação para a verdade e a paz. A instituição do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização constitui, simultaneamente, um prenúncio do Sínodo sobre o mesmo tema que terá lugar no próximo ano. E entra também neste contexto o Ano da Fé, na comemoração da abertura do Concílio há cinquenta anos. Cada um destes acontecimentos revestiu-se de acentuações próprias. Na Alemanha, país onde teve origem a Reforma, naturalmente teve uma importância particular a questão ecumênica com todas as suas fadigas e esperanças. Indivisivelmente associada com ela, levanta-se sempre de novo, no centro da disputa, a questão: O que é uma reforma da Igreja? Como se realiza? Quais são os seus caminhos e os seus objetivos? É com preocupação que fiéis crentes, e não só, notam como as pessoas que frequentam regularmente a Igreja se vão tornando sempre mais idosas e o seu número diminui continuamente; notam como se verifica uma estagnação nas vocações ao sacerdócio; como crescem o cepticismo e a descrença. Então que devemos fazer? Existem discussões sem fim a propósito do que se deve fazer para haver uma inversão de tendência. E certamente é preciso fazer tantas coisas; mas o fazer, por si só, não resolve o problema. O cerne da crise da Igreja na Europa é a crise da fé. Se não encontrarmos uma resposta para esta crise, ou seja, se a fé não ganhar de novo vitalidade, tornando-se um convicção profunda e uma força real graças ao encontro com Jesus Cristo, permanecerão ineficazes todas as outras reformas.
Neste sentido, o encontro com a jubilosa paixão pela fé, na África, foi um grande encorajamento. Lá não se sentia qualquer indício desta lassidão da fé, tão difusa entre nós, não havia nada deste tédio de ser cristão que se constata sempre de novo no meio de nós. Apesar de todos os problemas, de todos os sofrimentos e penas que existem, sem dúvida, precisamente na África, sempre se palpava a alegria de ser cristão, o ser sustentado pela felicidade interior de conhecer Cristo e pertencer à sua Igreja. E desta alegria nascem também as energias para servir Cristo nas situações opressivas de sofrimento humano, para se colocar à sua disposição em vez de acomodar-se no próprio bem-estar. Encontrar esta fé disposta ao sacrifício e, mesmo no meio deste, jubilosa é um grande remédio contra a lassidão de ser cristão que experimentamos na Europa.
E um remédio contra a lassidão do crer foi também a magnífica experiência da Jornada Mundial da Juventude,em Madrid. Estafoi uma nova evangelização ao vivo. De forma cada vez mais clara vai-se delineando, nas Jornadas Mundiais da Juventude, um modo novo e rejuvenescido de ser cristão, que poder-se-ia caracterizar em cinco pontos.
1. Em primeiro lugar, há uma nova experiência da catolicidade, da universalidade da Igreja. Foi isto que impressionou, de forma muito viva e imediata, os jovens e todos os presentes: Vimos de todos os continentes e, apesar de nunca nos termos visto antes, conhecemo-nos. Falamos línguas diferentes e possuímos costumes de vida diversos e formas culturais diversas; e no entanto sentimo-nos imediatamente unidos como uma grande família. Separação e diversidade exteriores ficaram relativizadas. Todos somos tocados pelo mesmo e único Senhor Jesus Cristo, no qual se nos manifestou o verdadeiro ser do homem e, conjuntamente, o próprio Rosto de Deus. As nossas orações são as mesmas. Em virtude do mesmo encontro interior com Jesus Cristo, recebemos no mais íntimo de nós mesmos a mesma formação da razão, da vontade e do coração. E, por fim, a liturgia comum constitui uma espécie de pátria do coração e une-nos numa grande família. Aqui o facto de todos os seres humanos serem irmãos e irmãs não é apenas uma ideia mas torna-se uma experiência comum real, que gera alegria. E assim compreendemos também de maneira muito concreta que, apesar de todas as fadigas e obscuridades, é bom pertencer à Igreja universal, à Igreja Católica, que o Senhor nos deu.
2. E disto nasce, depois, um novo modo de viver o ser homem, o ser cristão. Para mim, uma das experiências mais importantes daqueles dias foi o encontro com os voluntários da Jornada Mundial da Juventude: eram cerca de 20.000 jovens, tendo todos, sem excepção, disponibilizado semanas ou meses da sua vida para colaborar na preparação técnica, organizativa e temática das actividades da Jornada Mundial da Juventude, e tornando, precisamente assim, possível o desenvolvimento regular de tudo. Com o próprio tempo, o homem oferece sempre uma parte da sua própria vida. No fim, estes jovens estavam, visível e «palpavelmente», inundados duma grande sensação de felicidade: o tempo dado tinha um sentido; precisamente no dom do seu tempo e da sua força laboral, encontraram o tempo, a vida. E então tornou-se-me evidente uma coisa fundamental: estes jovens ofereceram, na fé, um pedaço de vida, e não porque isso lhes fora mandado, nem porque se ganha o céu com isso, nem mesmo porque assim se escapa ao perigo do inferno. Não o fizeram, porque queriam ser perfeitos. Não olhavam para trás, para si mesmos. Passou-me pela mente a imagem da mulher de Lot, que, olhando para trás, se transformou numa estátua de sal. Quantas vezes a vida dos cristãos se caracteriza pelo facto de olharem sobretudo para si mesmos; por assim dizer, fazem o bem para si mesmos. E como é grande, para todos os homens, a tentação de se preocuparem antes de mais nada consigo mesmos, de olharem para trás para si mesmos, tornando-se assim interiormente vazios, «estátuas de sal»! Em Madrid, ao contrário, não se tratava de aperfeiçoar-se a si mesmo ou de querer conservar a própria vida para si mesmo. Estes jovens fizeram o bem – sem olhar ao peso e aos sacrifícios que o mesmo exigia – simplesmente porque é bom fazer o bem, é bom servir os outros. É preciso apenas ousar o salto. Tudo isto é antecedido pelo encontro com Jesus Cristo, um encontro que acende em nós o amor a Deus e aos outros e nos liberta da busca do nosso próprio «eu». Assim recita uma oração atribuída a São Francisco Xavier: Faço o bem, não porque em troca entrarei no céu, nem porque de contrário me poderíeis mandar para o inferno. Faço-o por Vós, que sois o meu Rei e meu Senhor. Este mesmo comportamento fui encontrá-lo também na África, por exemplo nas Irmãs de Madre Teresa que se prodigalizam pelas crianças abandonadas, doentes, pobres e atribuladas, sem se importarem consigo mesmas, tornando-se, precisamente assim, interiormente ricas e livres. Tal é o comportamento propriamente cristão. Para mim, ficou memorável também o encontro com os jovens deficientes na fundação de São José, em Madrid, onde voltei a encontrar a mesma generosidade de colocar-se à disposição dos outros; uma generosidade de se dar, que, em última análise, nasce do encontro com Cristo que Se deu a Si mesmo por nós.
3. Um terceiro elemento que vai, de forma cada vez mais natural e central, fazendo parte das Jornadas Mundiais da Juventude e da espiritualidade que delas deriva, é a adoração. Restam inesquecíveis em mim aqueles momentos no Hydepark, durante a minha viagem à Inglaterra, quando dezenas de milhares de pessoas, na sua maioria jovens, responderam à presença do Senhor no Santíssimo Sacramento com um profundo silêncio, adorando-O. E sucedeu o mesmo, embora em medida menor, em Zagreb e de novo em Madrid depois do temporal que ameaçava arruinar todo o encontro nocturno por causa dos microfones que não funcionavam. Deus é, sem dúvida, omnipresente; mas a presença corpórea de Cristo ressuscitado constitui algo mais, constitui algo de novo. O Ressuscitado entra no meio de nós. E então não podemos senão dizer como o apóstolo Tomé: Meu Senhor e meu Deus! A adoração é, antes de mais nada, um acto de fé; o acto de fé como tal. Deus não é uma hipótese qualquer, possível ou impossível, sobre a origem do universo. Ele está ali. E se Ele está presente, prostro-me diante d’Ele. Então a razão, a vontade e o coração abrem-se para Ele, a partir d’Ele. Em Cristo ressuscitado, está presente Deus feito homem, que sofreu por nós porque nos ama. Entramos nesta certeza do amor corpóreo de Deus por nós, e fazemo-lo amando com Ele. Isto é adoração, e isto confere depois um cunho próprio à minha vida. E só assim posso celebrar convenientemente a Eucaristia e receber devidamente o Corpo do Senhor.
4. Outro elemento importante das Jornadas Mundiais da Juventude é a presença do sacramento da Penitência, que tem vindo, com naturalidade sempre maior, a fazer parte do conjunto. Deste modo, reconhecemos que necessitamos continuamente de perdão e que perdão significa responsabilidade. Proveniente do Criador, existe no homem a disponibilidade para amar e a capacidade de responder a Deus na fé. Mas, proveniente da história pecaminosa do homem (a doutrina da Igreja fala do pecado original), existe também a tendência contrária ao amor: a tendência para o egoísmo, para se fechar em si mesmo, ou melhor, no mal. Incessantemente a minha alma fica manchada por esta força de gravidade em mim, que me atrai para baixo. Por isso, temos necessidade da humildade que sempre de novo pede perdão a Deus, que se deixa purificar e que desperta em nós a força contrária, a força positiva do Criador, que nos atrai para o alto.
5. Por fim, como última característica, que não se deve descurar na espiritualidade das Jornadas Mundiais da juventude, quero mencionar a alegria. Donde brota? Como se explica? Seguramente são muitos os fatores que interagem; mas, a meu ver, o fator decisivo é esta certeza que deriva da fé: Eu sou desejado; tenho uma missão na história; sou aceito, sou amado. Josef Pieper mostrou, no seu livro sobre o amor, que o homem só se pode aceitar a si mesmo, se for aceito por outra pessoa qualquer. Precisa que haja outra pessoa que lhe diga, e não só por palavras: É bom que tu existas. Somente a partir de um «tu» é que o «eu» pode encontrar-se si mesmo. Só se for aceito, é que o «eu» se pode aceitar a si mesmo. Quem não é amado, também não se pode amar a si mesmo. Este saber-se acolhido provém, antes de tudo, doutra pessoa. Entretanto todo o acolhimento humano é frágil; no fim de contas, precisamos de um acolhimento incondicional; somente se Deus me acolher e eu estiver seguro disso mesmo é que sei definitivamente: É bom que eu exista; é bom ser uma pessoa humana. Quando falta ao homem a percepção de ser acolhido por Deus, de ser amado por Ele, a pergunta sobre se existir como pessoa humana seja verdadeiramente coisa boa, deixa de encontrar qualquer resposta; torna-se cada vez mais insuperável a dúvida acerca da existência humana. Onde se torna predominante a dúvida sobre Deus, acaba inevitavelmente por seguir-se a dúvida acerca do meu ser homem. Hoje vemos quão difusa é esta dúvida! Vemo-lo na falta de alegria, na tristeza interior que se pode ler em muitos rostos humanos. Só a fé me dá esta certeza: É bom que eu exista; é bom existir como pessoa humana, mesmo em tempos difíceis. A fé faz-nos felizes a partir de dentro. Esta é uma das maravilhosas experiências das Jornadas Mundiais da Juventude.
Alongaria demasiado o nosso encontro falar agora também, de modo detalhado, do encontro de Assis, como a importância do acontecimento mereceria. Limitamo-nos a agradecer a Deus, porque nós – os representantes das religiões do mundo e também os representantes do pensamento em busca da verdade – pudemos, naquele dia, encontrar-nos num clima de amizade e de respeito mútuo, no amor à verdade e na responsabilidade comum pela paz. Por isso podemos esperar que, daquele encontro, tenha nascido uma disponibilidade nova para servir a paz, a reconciliação e a justiça.
Queria enfim agradecer do íntimo do coração a todos vós pelo apoio que prestais para levar por diante a missão que o Senhor nos confiou como testemunhas da sua verdade, e desejo a todos vós a alegria que Deus nos quis dar na encarnação do seu Filho. Um santo Natal para todos vós! Obrigado!
Mensagem aos leitores
Um Santo Natal e um Ano Novo repleto de graças aos leitores do ZENIT
Mensagem do Staff e da Redação
Caros leitores de ZENIT: FELIZ NATAL!
Ele era o filho de Deus e tinha o universo como morada, mas decidiu nascer em uma manjedoura.
Ser supremo e perfeitíssimo decidiu nascer pequeno e limitado no ventre de Maria.
Os homens viraram-se e invocaram os deuses pagãos, por isso, quando Ele revelou-se e revelou o motivo pelo qual tinha sido enviado entre o povo, não acreditaram nele.
Nunca se tinha ouvido falar de um Deus, que buscava os homens para tentar recordá-los de que foram feitos por amor e para amar.
Poderia aniquilar seus inimigos, mas ao invés disso, ensinou a perdoar até mesmo aqueles que queriam matá-lo.
Era um Deus tão bom que não tinha sofredor, pobre, doente, de quem não se aprossimava. Para todos havia palavras de amor e de conforto.
Foi assim, tão apaixonado pela humanidade, que sofreu todas as dores da Paixão, a fim de lavar os nossos pecados. Salvando dessa maneira, mesmo aqueles que queriam crucifica-lo.
Seu Nascimento e Ressurreição revolucionaram a história e são as razões da nossa esperança infinita.
E é este sentimento de gratidão e amor que temos a intenção de espalhar pelo mundo.
Desejamos a você, sua família e seus entes queridos um Santo Natal e um Ano Novo repleto de graças.
Contem sobretudo com as nossas orações.
Staff e Redação de ZENIT.
Testemunho
Zenit: A Boa Nova de difunde no mundo
Testemunhos e comentários sobre a obra evangelizadora de uma agência de notícias
Por Antonio Gaspari
ROMA, sexta-feira, 23 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Junto com as saudações de Natal e as contribuições que permitirão ao ZENIT continuar o trabalho de difusão da Boa Nova no mundo, na redação estão chegando centenas de testemunhos preciosos.
O decano dos missionários italianos, padre Piero Gheddo escreveu: "Eu gosto muito do ZENIT, porque é uma" boa notícia "que dá otimismo e esperança e faz encontrar o Evangelho encarnado na vida cotidiana. Na manhã, depois das orações, leio o ZENIT daquele dia e agradeço a Deus e aos amigos jornalistas que me dão uma visão da realidade segundo os olhos do Papa e da Igreja. É uma vitamina intelectual e espiritual para começar bem o meu dia" e acrescentou: "Nos queixamos pela poluição do ar ", perigo do qual estamos bem advertidos, mas muitas vezes ignoramos a "poluição do espirito” que provém do excesso de “notícias negativas” que nos intoxicam. Cada história de pessoas ou países, é uma história sagrada, porque Deus está presente. O importante para mim, pequeno homem, é ver em profundidade a história humana, lá onde há Deus. E eis que o ZENIT realiza esta missão".
Pe. Mario Piatti, icms, Diretor do mensal Maria de Fátima, observou: "ZENIT já é agora uma companhia indispensável, um canal de informação e formação que permite manter-se diariamente atualizado sobre os eventos mais significativos da Igreja, em Roma e no mundo. Em uma época agitada, em que os tempos são sempre mais rápidos, uma agência concreta como ZENIT deve ser certamente agradecida, incentivada e apoiada, também com a nossa oração. O Senhor abençoe o trabalho duro daqueles que se dedicam a oferecer-nos um "produto" cultural e espiritual tão valioso. "
Padre Benjamin Ramaroson, Bispo de Farafangana (Madagascar) agradeceu ao ZENIT pelo trabalho que desenvolve explicando que não pode ajudar-nos economicamente, mas que está rezando e pedindo orações a Maria Mãe de Deus. "Encorajo-vos", escreveu ele. "Sei que é dura e difícil, mas é a missão que o Senhor deu a vocês. E por isso lhes dará também a força e a perseverança e sabedoria. Bom trabalho".
O prof. Rafael Navarro-Valls, irmão do famoso Joaquin, descreveu ZENIT como uma agência "equilibrada, pluralista, serena, detalhada nas suas opiniões e informações sobre a Igreja Católica, com as suas implicações teológicas e sociológicas”.
"É sintomático - acrescentou - que os serviços do ZENIT são muitas vezes reproduzidos por outras agências, jornais e publicações (eletrônicas ou não) em todo o mundo. Este fenômeno ocorre no cenário da mídia quando a fonte é muito confiável e de prestígio".
Monsenhor Felipe Arizmendi Esquivel, Bispo de São Cristobal, explicou: "Para mim o ZENIT é um dom de comunhão eclesial. Me permite estar em comunhão com o Papa e seus colaboradores, com a Igreja universal com a alegria e a tristeza dos irmãos e das irmãs de todo o mundo."
"Agradeço a Deus por este dom - disse - e o recomendo muito. Espero que muitos possam contribuir financeiramente para apoiar o serviço completo. Que o Espírito do Senhor encha-vos dos seus dons e àqueles que fazem possível este serviço".
O excelentíssimo Sr. Georges El Khoury, Embaixador do Líbano junto à Santa Sé, enviou uma carta na qual escreveu: "Gostaria de começar agradecendo-vos o serviço que estão levando adiante com fidelidade e dedicação por mais de cinco anos. Eu sigo a edição árabe do Zenit diariamente porque seus serviços são uma fonte confiável de notícias sobre a Igreja e, especialmente, sobre a atividade do Papa".
"A nossa língua árabe é pobre em recursos sobre a Igreja. Zenit sanou essa séria deficiência, contribuindo ativamente para colmar o abismo cultural entre o Oriente e o Ocidente. A benemérita natureza única do serviço é enriquecida pela sua qualidade e pontualidade. Sempre admirei a cobertura oportuna e em tempo real das notícias e dos discursos do santo Padre, especialmente nas suas visitas ao exterior. Mérito similar vai também à fiél cobertura semanal da audiência e da oração do Angelus".
"Dada a minha condição política, não posso mais que agradecer e testemunhar a importância do positivo efeito político do ZENIT. Até poucos anos atrás, as declarações do Santo Padre e as iniciativas da Igreja estavam à mercê de interpretações arbitrárias, que infelizmente levavam a confrontos ideológicos causados por má interpretações, mas sem fundamentos na realidade. Com o serviço do Zenit em árabe, o rosto da Igreja manifesta-se claramente como um arauto de paz e de mensagem de fraternidade no mundo. Ofereço o meu sincero agradecimento a toda a equipe do Zenit, e meu especial apoio à edição Árabe".
Do Egito, o Cardeal Antonios Naguib, Patriarca de Alexandria dos católicos coptos, escreveu uma mensagem na qual manifestou "a grande estima pela edição árabe do Zenit, da qual ouvimos a grande importância e utilidade, para o Clero, os Religiosos e as religiosas, e para numerosos fiéis das nossas Igrejas Católicas do Egito.”
"Muitos- disse o Patriarca – o seguem com grande atenção, e encontram as palavras do Santo Padre, os documentos da Santa Sé, e as notícias de toda a Igreja Católica no mundo. Assim nos sentimos unidos e próximos desta grande Família de Jesus. Sabemos que eles pensam em nós e oram por nós, e nós fazemos o mesmo por eles".
"Eu posso dizer - está escrito na carta – que ZENIT se tornou o nosso portal para nos atualizar sobre o estado da Igreja Católica no mundo e, portanto, um ponto de referência seguro. Seguimos com atenção a tradução árabe dos discursos do Papa, e os comunicados das diversas Congregações e dos Conselhos Pontifícios, e os interessantes artigos espirituais e litúrgicos. Posso dizer que Zenit é um canal de formação permanente para as nossas Igrejas ".O Patriarca Antonios Naguib concluiu dizendo: "Agradecendo-vos pela vossa bonita e importante missão, desejo-vos uma continuação frutífera, para o bem de toda Santa Igreja Católica, especialmente em nossos países".
Da Polônio o padre Mariusz Frukacz sacerdote da Czestochowa, disse ser um leitor do ZENIT desde o 2000. "Eu acho e tenho certeza – escreveu padre Frukacz – que com a atividade do ZENIT a Igreja pode ser melhor conhecida e a Boa Nova se realiza concretamente por meio da evangelização dos meios de comunicação de massa. ZENIT desempenha o papel importante na evangelização também dos meios de comunicação".
Padre Salvatore Vitiello, professor da Pontifícia Universidade Lateranense, Universidade Católica do Sagrado Coração, e do Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, queria salientar que "a agência de notícias" ZENIT "é uma competente "voz" que dilata a janela web para a vastidão do horizonte Católico, em toda a sua amplitude e beleza, trazendo a Igreja para o mundo de cada um".
De acordo com padre Vitiello, "os numerosos relatórios e aprofundamentos em campo teologico, ético, bioético, filosófico, jurídico e político mostram o quanto seja amplo e sempre atual o olhar cristão sobre a realidade, porque estruturalmente enraizado na encarnação do Logos divino que a ilumina totalmente”.
O conhecido professor concluiu: "A eficácia deste objetivo é evidente, sobretudo porque cada argumento particular é tratado com competência e objetividade, mantendo firme o único método realmente convincente: a humildade e a obediência ao Magistério. Obrigado ao Diretor e a todos os amigos das redações do ZENIT”.
O carmelita Padre Angelo del Favero nos escreveu: "ZENIT me chega como uma graça de Deus. Abro sempre com alegria, porque sei que vou ler a Verdade e será como encontrar a Jesus em pessoa. Lamento somente o não poder acompanhar tudo, também porque a minha memória é limitada. No entanto, vejo que Deus me faz ler cada vez aquilo que eu preciso. Por isso permaneço na paz, matando a sede com aquele pouco de água que é necessário para mim. Estou cheio de gratidão por este serviço, que aumenta o meu amor pelo Senhor, pela sua Igreja, pelo Santo Padre, e por todo o mundo. "
Um comentário especial e sentido nos foi enviado por Chiara Amirante, fundadora da comunidade Novos Horizontes. Chiara: "Um obrigado de coração ao ZENIT e a todos os colaboradores que com amor, dedicação e profissionalismo se dedicam a este valioso serviço. Obrigado porque é um grande presente a todos nós, poder receber em tempo real as palavras do Santo Padre e a tantas boas notícias que caracterizam a grande família da Igreja e da Humanidade. Um cumprimento especial, portanto, a todos os colaboradores e a todos os leitores".
(Tradução Thácio Siqueira)
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