Bento XVI: A Reconciliação é a via mestra da Nova Evangelização VATICANO, 07 Out. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Na homilia da Missa celebrada na manhã deste domingo na ocasião em que o Papa Bento XVI, que inaugurou a XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, assegurou que “deixar-se reconciliar com Deus e com o próximo é a via mestra da nova evangelização”. O Sínodo dos Bispos deste ano tem como tema central “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. O Santo Padre precisou que “só purificados, os cristãos podem encontrar o legítimo orgulho da sua dignidade de filhos de Deus, criados à Sua imagem e redimidos pelo sangue precioso de Jesus Cristo, e podem experimentar a sua alegria, para compartilhá-la com todos, com os de perto e os de longe.”. Bento XVI expressou que ao olhar o ideal da vida cristã, “expressado na chamada à santidade”, vemos com humildade “a fragilidade de muitos cristãos, antes, o seu pecado, pessoal e comunitário, que se apresenta como um grande obstáculo para a evangelização; e nos encoraja a reconhecer a força de Deus que, na fé, vem ao encontro da fraqueza humana.”. “Portanto, não se pode falar da nova evangelização sem uma disposição sincera de conversão”, sublinhou. O Santo Padre pediu aos Bispos participantes no Sínodo, como início da Assembléia, “acolher o convite a fixar os olhos no Senhor Jesus, ‘coroado de glória e honra por sua paixão e morte’”. “A Palavra de Deus nos coloca diante do crucificado glorioso, de modo que toda a nossa vida e, em particular, o compromisso desta assembléia sinodal, se desenvolva na presença d’Ele e à luz do seu mistério. A evangelização, em todo tempo e lugar, teve sempre como ponto central e último Jesus, o Cristo, o Filho de Deus (cf. Mc 1,1); e o Crucificado é por excelência o sinal distintivo de quem anuncia o Evangelho: sinal de amor e de paz, chamada à conversão e à reconciliação. Sejamos nós, Venerados Irmãos, os primeiros a ter o olhar do coração dirigido a Ele, deixando-nos purificar pela sua graça”. Bento XVI assinalou que “o Crucificado é por excelência o sinal distintivo de quem anuncia o Evangelho: sinal de amor e de paz, chamada à conversão e à reconciliação”. “Sejamos nós, Venerados Irmãos, os primeiros a ter o olhar do coração dirigido a Ele, deixando-nos purificar pela sua graça”, alentou o Pontífice. O Papa refletiu brevemente, sobre a «nova evangelização», relacionando-a com a evangelização ordinária e com a missão ad gentes. “A Igreja existe para evangelizar. Fiéis ao mandamento do Senhor Jesus Cristo, seus discípulos partiram pelo mundo inteiro para anunciar a Boa Nova, fundando, por toda a parte, comunidades cristãs. Com o passar do tempo, essas comunidades tornaram-se Igrejas bem organizadas, com numerosos fiéis”, apontou o Santo Padre. O Santo Padre também sublinhou durante sua homilia de forma especial “o tema do matrimônio”, pois merece “uma atenção especial". “O matrimônio se constitui, em si mesmo, um Evangelho, uma Boa Nova para o mundo de hoje, em particular para o mundo descristianizado. A união do homem e da mulher, o ser «uma só carne» na caridade, no amor fecundo e indissolúvel, é um sinal que fala de Deus com força, com uma eloqüência que hoje se torna ainda maior porque, infelizmente, por diversas razões, o matrimônio, justamente nas regiões de antiga tradição cristã, está passando por uma profunda crise”. “O matrimônio se fundamenta, enquanto união do amor fiel e indissolúvel, na graça que vem do Deus Uno e Trino, que em Cristo nos amou com um amor fiel até a Cruz. Hoje, somos capazes de compreender toda a verdade desta afirmação, em contraste com a dolorosa realidade de muitos matrimônios que, infelizmente, acabam mal”. Bento XVI assinalou que existe uma “clara correspondência entre a crise da fé e a crise do matrimônio. E, como a Igreja afirma e testemunha há muito tempo, o matrimônio é chamado a ser não apenas objeto, mas o sujeito da nova evangelização. Isso já se vê em muitas experiências ligadas a comunidades e movimentos, mas também se observa, cada vez mais, no tecido das dioceses e paróquias, como demonstrou o recente Encontro Mundial das Famílias”. O Papa destacou que “a chamada universal à santidade é uma das idéias chave do renovado impulso que o Concílio Vaticano II deu à evangelização que, como tal, aplica-se a todos os cristãos. Os santos são os verdadeiros protagonistas da evangelização em todas as suas expressões”. “Com sua intercessão e o exemplo de suas vidas, aberta à fantasia do Espírito Santo, mostram a beleza do Evangelho e da comunhão com Cristo às pessoas indiferentes ou inclusive hostis, e convidam aos crentes mornos, por dizê-lo assim, a que com alegria vivam de fé, esperança e caridade”, assinalou. “Eles são, em particular, também os pioneiros e os impulsionadores da nova evangelização: pela sua intercessão e exemplo de vida, atentos à criatividade que vem do Espírito Santo, eles mostram às pessoas, indiferentes ou mesmo hostis, a beleza do Evangelho e da comunhão em Cristo; e convidam os fiéis, por assim dizer, tíbios, a viverem a alegria da fé, da esperança e da caridade; a redescobrirem o «gosto» da Palavra de Deus e dos Sacramentos, especialmente do Pão da Vida, a Eucaristia”, destacou também o Papa. Ao finalizar sua homilia, Bento XVI encomendou a Deus os trabalhos da Assembléia sinodal, e invocou a intercessão dos grandes evangelizadores, entre os quais queremos contar com grande afeto o beato João Paulo II, cujo longo pontificado “foi também exemplo de nova evangelização”. “Queridos irmãos e irmãs, confiamos a Deus o trabalho da Assembléia sinodal com o sentimento vivo da comunhão dos santos invocando, em particular, a intercessão dos grandes evangelizadores, dentre os quais queremos incluir com grande afeto, o Beato Papa João Paulo II, cujo longo pontificado foi também um exemplo da nova evangelização”. “Colocamo-nos sob a proteção da Virgem Maria, Estrela da nova evangelização. Com ela, invocamos uma especial efusão do Espírito Santo, que ilumine do alto a Assembléia sinodal e torne-a fecunda para o caminho da Igreja, hoje no nosso tempo”, concluiu. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo “Ambiente tenso” na Venezuela às vésperas das eleições presidenciais CARACAS, 06 Out. 12 (ACI) .- Faltando pouco menos de 24 horas para as eleições presidenciais na Venezuela, o reitor da Universidade Católica “Cecilio Acosta” da cidade de Maracaibo (Venezuela), Dr. Angel Lombardi, assegurou que “o ambiente é tenso, embora até o momento não tenha havida situações lamentáveis”. Em declarações recolhidas pela agência católica de ajuda internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o Dr. Lombardi indicou que “muitos prognósticos apontam que nas próximas semanas, especialmente a partir de 7 de Outubro, poderia haver uma verdadeira crise política se o governo manipular ou ignorar os resultados eleitorais”. Na Venezuela dois grupos políticos pugnam por triunfar neste 7 de outubro nas urnas, o Grande Polo Patriótico (GPP), que apoia a reeleição do presidente Hugo Chávez, e a Mesa da Unidade Democrática (MUD), cujo candidato é Henrique Capriles Radonski, vencedor das eleições primárias de 12 de fevereiro de 2012. Entretanto, no país desatou-se também uma guerra de pesquisas, algumas que apontam Chávez vencendo com uma pequena margem de superioridade, e outras que mostram que Radonski venceria com a maioria simples dos votos, o que segundo as leis eleitorais da Venezuela é o bastante para eleger um presidente. O Dr. Lombardi destacou ainda o positivo papel desempenhado pela Igreja em meio à situação, trabalhando pela criação de um clima de participação eleitoral pacífica. “A Igreja, através da Conferência Episcopal, enfrentou esta tendência, e insistiu desde todos os pontos de vista sobre o fato de que somos uma só nação e assim como compartilhamos um passado e um presente precisamos compartilhar um futuro” disse o reitor. Por sua parte, o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa, disse à AIS que os problemas da Venezuela “não são recentes” e “têm causas estruturais muito fortes e muito profundas que deveriam ser resolvidas”. “Precisamente por isso, nossos documentos foram na linha de assinalar os problemas, as causas e as soluções e convidar todos os líderes dos setores político, econômico, cultural, mediático, etc., a trabalharem juntos para resolver esses problemas”, assegurou o purpurado. O Arcebispo de capital venezuelana esclareceu também que com estas indicações a Igreja não se opõe ao regime de Hugo Chávez, pois “não é de hoje que os bispos venezuelanos expressamos nossas preocupações, inquietudes, opiniões e ensinamentos sobre os deveres sócio-políticos do país. Temos feito isto há muitíssimo tempo”. O Cardeal Urosa explicou que este trabalho é realizado pelos bispos “em cumprimento do nosso dever pastoral, como pastores do povo de Deus que devemos velar pelo bem-estar, pela paz, pela convivência do povo de Deus”. No último 19 de setembro, a Arquidiocese de Caracas exortou o Conselho Nacional Eleitoral a tomar as medidas necessárias “para que as eleições ocorram com todas as garantias de imparcialidade e transparência”. “Em especial exortamos a Força Armada Nacional Bolivariana a que, cumprindo seu dever constitucional, executem com imparcialidade o Plano República, garantam o respeito aos resultados, e impeçam qualquer transgressão da ordem pública”, pediu a Arquidiocese. A Conferência Episcopal Venezuelana também realizou um convite aos fiéis a orar pela paz no país, de forma particular através de uma Novena do Terço, realizada entre os dias 28 de setembro até o 6 de outubro, em preparação ao dia de Nossa Senhora do Rosário, 7 de outubro, a mesma data das eleições no país. Ajuda à Igreja que Sofre apóia ao trabalho pastoral da Igreja na Venezuela e em outros países da América Latina há 50 anos, durante os quais foram realizados dezenas de projetos. Entre eles, constam programas de pastoral familiar, apoio a seminaristas e noviças, bolsas de estudos e ajudas financeiras a sacerdotes e agentes pastorais em todo o território latinoamericano. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo Empresário protesta contra crise na Europa amarrando-se à Cúpula de São Pedro ROMA, 06 Out. 12 (ACI) .- Ante a grande afluência de turistas no Vaticano, Marcello Di Finizio, um empresário e ativista italiano de 47 anos de idade, ocupou a Cúpula de São Pedro do Vaticano em protesta contra o governo da Itália e a crise da união européia. Di Finizio chegou ao monumento fazendo-se passar por turista, e posteriormente amarrou-se na cúpula e pendurou um pôster de protesta contra o sistema econômico europeu. O ativista passou a noite ao ar livre, apesar de que as temperaturas em Roma começam a cair pela chegada da estação fria, e continuou seu protesto durante a Audiência das quartas-feiras celebrada na Praça de São Pedro pelo Papa Bento XVI. Em um pôster de grandes dimensiões e que fixou perfeitamente com cabos, dizia: “Basta de Monti, basta da Europa, basta de multinacionais”. A Delegacia do Vaticano interveio para convencê-lo de desistir mas as negociações não tiveram êxito. Não é a primeira vez que Di Finizio, empresário de profissão, escala pelas paredes do Vaticano. No último 30 de julho, protestou durante quatro horas também na cúpula, para denunciar a diretiva européia Bolkestein, que regula os serviços no mercado interno da União Européia. Conforme informou o jornal Republica, no dia 26 de março, Di Finizio, atou-se ao Ursus, símbolo da cidade de Trieste, a 80 metros de altura, e só desceu quatro dias depois, com a condição de ter um encontro com o Ministro dos assuntos europeus italiano, Enzo Moavero Milanesi. O encontro não teve êxito, e o ativista decidiu então fazer sua protesta a 135 metros de altura no Vaticano. “Não sou um louco suicida, só estou desesperado. Descerei sozinho se o governo se comprometer a convocar o quanto antes uma mesa com os representantes dos balneários. Esta história tem que acabar, e a Itália deve começar de novo”, explicou o empresário em declarações telefônicas ao canal Sky Tg24. voltar ao início | comentar a notícia | arquivo |
Nenhum comentário:
Postar um comentário