MÊS DO ROSÁRIO
- OUTUBRO DE 2012-
Vamos celebrar este Mês do Rosário de 2012, apresentando diariamente textos publicados em "A VOZ DE FÁTIMA" e "FÁTIMA LUZ E PAZ" em diversas datas mais recentes.
(20)- JACINTA, MODELO DE FIDELIDADE À VERDADE
!
No dia 12 de Setembro de 1935, foram transladados os restos mortais da Jacinta Marto, do cemitério de Vila Nova de Ourém para Fátima.
Foi nesse contexto de contacto com os restos mortais da defunta Jacinta que se avivou em muitos a sua memória, inclusive na irmã Lúcia, que recebeu as fotografias da exumação da Jacinta, que o Sr, Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva (1920-1957), lhe enviou.
Este pediu à única vidente viva que registasse por escrito tudo o que recordava da sua prima Jacinta.
Prontamente, a irmã Lúcia, então Irmã Doroteia em Pontevedra, Espanha, cumpriu o que lhe pediu o Sr.Bispo.
Assim, da segunda semana de Dezembro, até ao dia de Natal de 1935, Lúcia redigiu o escrito que ficou conhecido por "Primeira Memória", o qual, "não é certamente o primeiro escrito de Lúcia, mas sim o seu primeiro escrito extenso".
Lúcia de Jesus dos Santos (Aljustrel, Fátima 23.03,1907-Coimbra 13.02.2005), foi dos três a única vidente viva após a morte do Francisco Marto, a 4 de Abril de 1919, e de Jacinta Marto, às 21.30 horas do dia 20 de Fevereiro de 1920.
Em 1921, Lúcia deixou de viver em Fátima, abraçando a vida religiosa, em 2 de Outubro de 1926, nas Irmãs Doroteias.
Viveu alguns anos na Galiza, Pontevedra e Tui, onde foi objecto de aparições (1925, 1926 e 1929).
A 25 de Março de 1948 tornou-se Carmelita Descalça, em Coimbra.
Na "Primeira Memória" encontramos o mais espontâneo retrato da Bem-aventurada Jacinta, do qual pretendemos apreender ensinamentos e exemplos da sua fidelidade à verdade.
Amor à Verdade
Ao falar das provações pelas quais tiveram que passar os pastorinhos na cadeia de Ourém, a Lúcia conta :
-Os presos que presenciaram esta cena quiseram consolar-nos.
-Mas vocês – diziam eles – digam ao Senhor Administrador lá o segredo. Que lhes importa que essa Senhora não queria ?
-Isso não – Respondeu Jacinta com vivacidade – Antes quero morrer"
O segredo da fidelidade à Verdade que Jacinta guardava, vinha-lhe da certeza fundamentada e experimentada de que "Não devemos ter medo de nada ! Aquela Senhora ajuda-nos sempre. É tão nossa amiga".
É necessário testemunhar
Viver na verdade exige de todos nós que adequemos a inteligência com a realidade.
Todo o ser humano sente apelos de viver em conformidade com o seu próprio princípio, isto é, com a inteligência Criadora.
A inteligência Divina é a Verdade em si mesma, e as coisas são verdadeiras na medida em que estão conformes com o que Deus quer que elas sejam; a inteligência criada é verdadeira na medida em que está conforme com o que as coisas são em si mesmas, segundo o Criador.
Na encíclica "Veritas Splendor" (O Esplendor da Verdade), 5 de Outubro de 1939), João Paulo II "fundamenta a moral católica a partir da única perspectiva válida para o crente : a experiência de Cristo Crucificado e Ressuscitado".
Apesar de todas as grandes mudanças históricas, no coração humano permanecerá sempre o desejo de mais verdade, mais bondade, mais beleza e só Cristo tem a chave do coração humano, para o saciar de Verdade, Amor e Beleza.
A verdade assumida pela coerência da vida será sempre a credibilidade de qualquer cristão e o primeiro passo para um diálogo autêntico com todos os que procuram Deus, mesmo sem o saber.
Assim foi com os pastorinhos na cadeia de Ourém.
Num mundo onde as técnicas de manipulação assumem por vezes foros de "ciência", importa perceber que só a Verdade edifica e liberta.
A Mensagem de Fátima interpela-nos a que vivamos na Verdade.
Eis o apelo à conversão.
VOZ DA FÁTIMA Setembro de 2010.
John
Nascimento
catolicosacaminho-unsubscribe@yahoogroups.com
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