LIBERDADE RELIGIOSA VATICANO II
DECLARAÇÃO
Vamos continuar a celebrar o Ano da Fé, com a apresentação da Declaração do Concílio Vaticano II Dignitatis Humanæ.
DOUTRINA GERAL ACERCA DA LIBERDADE RELIGIOSA
(07).-A LIBERDADE RELIGIOSA À LUZ DA REVELAÇÃO !
9).- O que este Concílio Vaticano declara acerca do direito do homem à liberdade religiosa funda-se na dignidade da pessoa, cujas exigências foram aparecendo mais plenamente à razão humana com a experiência dos séculos.
Mais ainda : esta doutrina sobre a liberdade tem raízes na Revelação divina, e por isso tanto mais fielmente deve ser respeitada pelos cristãos.
Com efeito, embora a Revelação não afirme expressamente o direito à imunidade de coacção externa em matéria religiosa, no entanto ela manifesta em toda a sua amplitude a dignidade da pessoa humana, mostra o respeito de Cristo pela liberdade do homem no cumprimento do dever de crer na Palavra de Deus, e ensinar-nos qual o espírito que os discípulos de um tal mestre devem admitir e seguir em tudo.
Todas estas coisas iluminam os princípios gerais sobre que se funda a doutrina desta Declaração acerca da liberdade religiosa.
A liberdade religiosa na sociedade é de modo especial plenamente consentânea com a liberdade do acto de fé cristã.
10.- Um dos principais ensinamentos da doutrina católica, contido na Palavra de Deus e constantemente pregado pelos santos Padres é aquele que diz que o homem deve responder voluntariamente a Deus com a fé, e que, por isso, ninguém deve ser forçado a abraçar a fé contra vontade.
Com efeito, o acto de fé é, por sua própria natureza, voluntário, já que o homem, remido por Cristo Salvador e chamado à adopção filial por Jesus Cristo, não pode aderir a Deus que Se revela a não ser que, atraído pelo Pai, preste ao Senhor o obséquio racional e livre da fé.
Concorda, portanto, plenamente com a índole da fé que em matéria religiosa se exclua qualquer espécie de coacção humana.
E por isso o regime de liberdade religiosa contribui muito para promover aquele estado de coisas em que os homens podem sem impedimento ser convidados à fé cristã, abraçá-la livremente e confessá-la por obras em toda a sua vida.
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O livro do Deuteronómio, diz-nos que a fidelidade à Aliança com Deus, manifesta-se pelo cumprimento dos Seus Mandamentos, e não apenas pelas palavras.
Por isso, o Povo de Deus deve guardar a Lei no coração e pô-la em prática, em todas as circunstâncias da sua existência.
- "Moisés falou ao povo nestes termos : «As palavras que eu vos digo, gravai-as no vosso coração e na vossa alma, prendei-as à mão como um sinal e na fronte como um diadema. Olhai! Ponho hoje diante de vós a bênção e a maldição"..(Deut.11,18,26).
Só o caminho da fidelidade levar à verdadeira felicidade, a vida em plenitude de Deus, que é o nosso refúgio.
S. Paulo disse ao Romanos :
- "Foi sem a Lei de Moisés que se manifestou agora a justiça de Deus, atestada pela Lei e pelos Profetas. Essa justiça de Deus, vem pela fé em Jesus Cristo para todos os crentes sem distinção".(Rom.3,21)
A esta iniciativa salvífica, deve o homem responder com a sua conversão pessoal, com a sua confiante abertura, que salva em Jesus, no Seu Espírito, em resumo, com as suas acções.
Nascimento
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