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15/06/2013 12h04
- Atualizado em
15/06/2013 16h17
Protestos no Mané Garrincha: 27 feridos e oito presos na abertura
Movimento contra os gastos da Copa das Confederações causou tumulto nos acessos ao estádio, com gás de pimenta, balas de borracha e bombas
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Com faixas com dizeres contra a corrupção e a favor da liberdade de expressão, os manifestantes fizeram questão de explicitar que o ato é pacífico, e muitos carregavam faixas com palavras como "sem violência".
Manifestante fica à frente do Batalhão de Choque da PM (Foto: Agência Estado)
Apesar de não haver violência por parte dos manifestantes, a Polícia
Militar fez uma barreira a uma certa distância do estádio Mané Garrincha
para que os protestos não prejudicassem a chegada dos torcedores que
irão acompanhar a estreia da seleção brasileira.O clima ficou tenso em três momentos. Primeiro, às 12h, um um grupo de estudantes rompeu uma segunda barreira e se aproximou do estádio. O batalhão de choque começou a negociar com manifestantes, e o clima ficou mais preocupante, com fumaças e estouros de bombas de efeito moral.
- Foram usados sprays de pimenta e bombas de efeito moral no início da manifestação. Mas não houve nenhum tipo de combate. E nenhum registro de feridos. Está tudo sob controle agora - disse o tenente-coronel da Polícia Militar, Zil Frank Antero, por volta das 13h.
Manifestantes questionam os investimentos na Copa (Foto: André Coelho / Agência O Globo)
Pouco depois, por volta das 13h30m, com a chegada da cavalaria da
polícia, a situação voltou a ficar nervosa. Alguns manifestantes se
aproximaram dos portões de acesso ao estádio, e a cavalaria se pôs entre
os protestantes e os torcedores que entravam. Não houve agressões.
Torcedor mostra marca do tiro de borracha que
recebeu na confusão (Foto: Fabricio Marques)
Cerca das 14h, a polícia conseguiu afastar o grupo do estádio Mané
Garrincha, facilitando a entrada dos torcedores. Alguns manifestantes
ainda tentaram dar a volta no local, mas foram cercados. Às 14h20m, os
policiais agiram de forma mais enérgica, com bombas de efeito moral,
para dispersar os protestantes. Alguns torcedores foram atingidos com o
gás de pimenta, e um corre-corre aconteceu perto da entrada do estádio.recebeu na confusão (Foto: Fabricio Marques)
Por volta das 14h40m, porém, os manifestantes voltaram a se juntar e ocupar a entrada do estádio, e a polícia utilizou novamente bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha. Dois dos ativistas presos foram imobilizados por policiais no chão do estacionamento do estádio. Um torcedor chegou a ser atingido por uma das balas de borracha.
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho esteve na manifestação para tentar dialogar com os protestantes e ouviu muitas reclamações por conta da ação da polícia.
- Nem entrei no jogo, fiquei aqui fora para observar. A orientação do Governo Federal é sempre para o diálogo. precisamos garantir o direito do povo de se manifestar. No entanto, teve um momento que não foi mais possível o diálogo e foi mesmo violência. Agora precisamos trabalhar para que isso não volte a acontecer, nem no fim desta partida nem nos outros jogos que virão."
Manifestação complica acesso de torcedores
Por conta do protesto, as entradas do estádio próximas ao local onde ficam os manifestantes ficaram confusas em alguns momentos. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento, e as pessoas que verão o jogo só passam por este cordão mediante apresentação de ingresso. Famílias, algumas com crianças, ficaram assustadas com a presença dos manifestantes.
- Eu até concordo com o protesto e os ideais dele, mas precisam manifestar de maneira cuidadosa, pois há crianças e idosos que não têm nada com isso - disse o funcionário público Marcos Lima.
Manifestantes ficam de frente para a cavalaria da PM (Foto: Getty Images)
Sequência de protestos no BrasilEsse é o segundo movimento de protesto direcionado para a Copa das Confederações. Nessa sexta-feira, também nas proximidades do estádio Mané Garrincha, manifestantes queimaram pneus como forma de protestar contra a organização da competição, que terá início neste sábado. Na quinta-feira, movimentos tumultados contra o aumento geral da passagem de ônibus terminaram em agressão da polícia militar em várias capitais do país, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.
saiba mais
A revolta se dá pelos gastos nas construções e reformas dos estádios, e
o não investimento em escolas e creches e outras instituições, conforme
escreveram manifestantes em faixas e cartazes.
Mulher sopra bolhas de sabão em direção dos policiais, que nada fazem (Foto: Gustavo Poli)
Polícia Militar forma barreira para impedir passagem dos manifestantes (Foto: Gustavo Poli)
Portões do Mané Garrincha já estão abertos para os primeiros torcedores (Foto: Marcelo Baltar)
Protestantes se aglomeram perto do estádio (Foto: Gustavo Poli)
Cavalaria da PM no Mané Garrincha (Foto: Getty Images)
Protesto de torcedor no Mané Garrincha (Foto: EFE)
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- Flabio Queiroz 55 segundos atrásCarla Fung se vcs não estão respeitando os nossos direitos de ver a copa de ir para casa depois do trabalho, vc quer que a gente respeitos vcs? são VA-GA-BUN-DOS
- Felipe Ferreira 3 minutos atrásestão vaiando a Dilma? HIPÓCRITAS A COPA ESTA SENDO FEITA PARA OS QUE COMPRAM INGRESSOS E AINDA VAIAM. ELES PODERIAM VAIAR SE AO INVÉS DE ESTAREM INDO PRO JOGO ESTIVESSEM PROTESTANDO
- Jacir Junior 4 minutos atrásnão sei de que lado fico,o povo tem que protestar contra esse governo mesmo. mas existem tantas formas de protesto,não pracisam vndalizar.assim vão acabar perdendo a razão,o melhor que se pode fazer é tentar concientizar as pessoas,e não é só durante essa "pré-copa" temos que nos importar com nosso país todos os dias,principalmente em época de eleições...
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