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• MÊS DO ROSÁRIO

(03) ENCÍCLICAS SOBRE O ROSÁRIO

O sucessor imediato de S. Pio V, Gregório XIII (1572-1585), quis, no entanto, que se chamasse Nossa Senhora do Rosário.

Foi neste tempo também que se acrescentou à Ladainha de Nossa Senhora a invocação de Auxilium Christianorum (Auxílio dos Cristãos).

Em todo este tempo proliferaram muitas denominações da devoção do Rosário : Rosário da Aurora; Rosário em Família; Rosário Perpétuo; Rosário dos Enfermos; Rosário Vivo; Equipas do Rosário; Confrarias do Rosário.

Quando os Bolandistas Jesuítas do século XVIII se dirigiram a Bento XIV (1740-1758) para lhe perguntar se era lícito continuar a atribuir a S. Domingos a honra de fundador do Rosário, já que os documentos da época não lha atribuem, nem os relacionam entre si, o papa respondeu-lhes :

"Vós perguntais-me se foi S. Domingos realmente o fundador do Rosário.

Dizeis-vos perplexos e cheios de dúvidas sobre este ponto.

Mas que fazeis de tantos oráculos de soberanos pontífices como Leão X, Pio V, Gregório XIII, Sisto V, Clemente VIII, Alexandre VIII, Inocência XI, Bento XIII e outros vários, todos unânimes em atribuir a S. Domingos a instituição do Rosário?"

Até ao presente já foram escritas 14 Encíclicas Papais sobre a devoção do Rosário :

1. Supremi Apostolatus Officio. De 8 de Dezembro de 1883, de Leão XIII sobre a devoção do Rosário.

2. Superiore Anno. De 30 de Agosto de 1884, de Leão XIII, sobre a recitação do Rosário.

3. Vi e bene noto. De 20 de Setembro de 1887, de Leão XIII aos bispos de Itália sobre o Rosário e a vida pública.

4. Octobri Mense. De 22 de Setembro de 1891, de Leão XIII, sobre o Rosário.

5. Magna Dei Matris. De 8 de Setembro de 1892, de Leão XIII sobre o Rosário.

6. Laetitiæ Sanctae. De 8 de Setembro de 1893, de Leão XIII. recomendando a devoção do Rosário.

7. lucunda Semper Expectatione. De 8 de Setembro de 1894, de Leão XIII sobre o Rosário.

8. Adiutricem. De 5 de Setembro de 1895, de Leão XIII sobre o Rosário.

9. Fidentem Piumque Animum. De 20 de Setembro de 1896, de Leão XIII sobre o Rosário.

10. Augustissimæ Virginis Mariæ. De 12 de Setembro de 1897 de Leão XIII sobre a Confraria do Santo Rosário.

11. Diutumi Temporis. De 5 de Setembro de 1898, de Leão XIII sobre o Rosário.

12. Ingravescentibus Malis. De 29 de Setembro de 1937, de Pio XI, sobre o Rosário.

13. Ingruentium Malorum. De 15 de Setembro de 1951, de Pio XII sobre a recitação do Rosário.

14. Grata Recordatio. De 26 de Setembro de 1958, de João XXIII sobre o Rosário.

15. Redemptoris Mater. De 25 de Março de 987 de João Paulo II. É um texto que deve ser lido com calma : o pensamento é claro, especialmente depois de uma leitura amena; mas deve-se evitar parar sobre um único texto, esquecendo ou ignorando todo o contexto.

O Papa João Paulo II no 25º Aniversário do seu pontificado, resolveu escrever também um Resumo da História do Rosário da Virgem Maria, que termina assim :

"Vinte e quatro anos atrás, no dia 29 de Outubro de 1978, apenas duas semanas depois da minha eleição para a Sé de Pedro, quase numa confidência, assim me exprimia :

O Rosário é a minha oração predilecta. Oração maravilhosa ! Maravilhosa na simplicidade e na profundida !

Nas 6 Aparições de Nossa Senhora em Fátima, incluindo a de Agosto que, pelos motivos conhecidos, foi nos Valinhos, Nossa Senhora pediu a reza diária do Terço do Rosário.

- Rezem o Terço todos os dias, para alcançar a Paz do Mundo e o fim da guerra. (13 de Maio).

- Quero que rezeis o Terço todos os dias.(13 de Junho).

- Quero que continuem a rezar o Terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a Paz para o Mundo e o fim da guerra. Porque só Ela lhes pode valer. (l 3 de Julho).

- Quero que continueis a rezar o Terço todos os dias.(19 de Agosto).

- Continuem a rezar o Terço para alcançar o fim da guerra. (13 de Setembro).

- Quero dizer-te que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. (13 de Outubro).

Portanto, na última Aparição, a de 13 de Outubro, Nossa Senhora identificou-se como Senhora do Rosário.

Apesar da desorientação dos espíritos no imediato pós-Concílio; apesar da renovação litúrgica com insistência especial sobre a celebração e vivência da Eucaristia, possivelmente em aparente detrimento das devoções populares, substituídas pelas Missas Vespertinas; apesar da forte impressão dos programas de rádio e sobretudo da TV e seus derivados, num patente desafio aos princípios da fé cristã do povo e das camadas jovens, tanto a nível paroquial como familiar, todavia, a recitação e meditação do Rosário, continua viva e actuante no espírito da Igreja e na mais profunda prática do povo cristão, que urge não perder e incentivar.

O Catecismo da Igreja Católica lembra :

1674. - Fora da liturgia dos sacramentos e dos sacramentais, a catequese deve ter em consideração as formas de piedade dos fiéis e a religiosidade popular. O sentimento religioso do povo cristão desde sempre encontrou a sua expressão em várias formas de piedade, que rodeiam a vida sacramental da Igreja, tais como a veneração das relíquias, as visitas aos santuários, as peregrinações, as procissões, a Via-Sacra, as danças religiosas, o Rosário, as medalhas, etc.

2678. - A piedade medieval do Ocidente propagou a oração do Rosário como substituto popular da Liturgia das Hortas [...].

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