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    segunda-feira, 23 de julho de 2012

    [Catolicos a Caminho] LITURGIA DA PALAVRA - 17o DOMINGO COMUM - B Som !

     

     

       

                    É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

                                        17º DOMINGO  COMUM - ANO  B !

                                     

                 A Liturgia da Palavra deste 17º Domingo Comum – B, leva-nos a reflectir sobre o significado do Pão dos Pobres, que é o fruto da Abundância na Pobreza, e o Pão da Eucaristia que é o nosso alimento espiritual.

                Muitas vezes a nossa forma de oração é exclusivamente um gesto de pedir.

                Hoje em dia, é necessário ultrapassar este estádio de religiosidade, nem sempre bem esclarecido.

                A oração, sem deixar de ser um pedido, deve ser essencialmente  uma acção de graças.

                Mas, na justa medida em que é um pedido, é um compromisso, sem a dimensão de uma espécie de negócio entre nós e Deus.

                Comprometemo-nos a repartir o pão, a perdoar as ofensas de que porventura fomos vítimas, a respeitar a dignidade humana...

                Contribuimos assim para a realização do nosso desejo que no fundo é a vontade do próprio Deus.

                A 1ª Leitura do 2º Livro dos Reis, diz que os profetas realizam milagres com a finalidade de se fazerem acreditar, junto do povo, como mensageiros de Deus.

                  - «Dá-os a comer a toda essa gente, pois o Senhor afirmou : "Hão-de comer e há-de sobejar"».(1ª Leitura).

                Eliseu com poucos pães sacia a fome a uma centena de homens e mostra que a Palavra, por ele proclamada, é alimento espiritual, não para um grupo de homens, mas para todo o povo que tem fome e sede de Deus.

                 É a mão de Deus que sacia a nossa fome como proclama o Salmo Responsorial :

                -"Vós abris, Senhor, a Vossa mão e saciais a nossa fome".

                 Na 2ª Leitura, S. Paulo, prisioneiro em Roma, fala aos Efésios, e hoje também a todos nós, com muita insistência, sobre a unidade da Igreja.

                Esta unidade realiza-se no amor dos homens, uns pelos outros, sob a dependência do único Senhor em quem os cristãos depositam toda a sua fé e toda a sua esperança.

                - "Suportai-vos uns aos outros com caridade. Empenhai-vos em manter a unidade de espírito, pela paz, que a todos mantém unidos".(2ª Leitura).

                A  unidade da Igreja é resultado da colaboração de todos os homens que na humildade e na oração procuram construir a paz.

                O Evangelho, é de S. João e apresenta-nos o prodigioso milagre da multiplicação dos cinco pães de cevada  e dos dois peixes, que alimentaram mais de cinco mil pessoas e ainda sobraram doze cestos.

                - "Jesus, então, tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos convivas". (Evangelho).

                Com este milagre da multiplicação dos pães, Jesus anuncia a Eucaristia.

                Os Apóstolos são convidados a distribuir o alimento aos homens presentes.

                A Igreja de Cristo distribui hoje o pão da vida na celebração eucarística.

                E algo se exige ao homem como resposta à acção da Igreja : o esforço em ordem a uma participação completa na Eucaristia, ouvindo a Palavra de Deus e tomando o Corpo e o Sangue do Senhor com a devida preparação e com todo o respeito e amor.

                 Este respeito e este amor ao Corpo e Sangue de Cristo, não se pode separar do amor que cada um de nós deve ter pelo seu Corpo Místico, que é a Igreja, que é cada um dos nossos irmãos, que somos todos nós os que nos aproximamos da mesma mesa.

                 Jesus foi outra vez a Cafarnaum e entrou na Sinagoga,  que estava cheia de pessoas, algumas das quais tinham comido dos cinco pães. 

                Estas pessoas queriam que Jesus as alimentasse outra vez da mesma maneira, mas Jesus disse-lhes,

                - "Vós   procurais-me não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e  ficastes saciados. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará, pois a Este é que o Pai, o próprio Deus, marcou com  o Seu selo". (Jo. 6,26-27).

                E depois de dialogar com os presentes e de lhes falar do maná, que seus pais tinham comido no deserto e morreram, Jesus continuou :

                -"Eu sou o Pão da Vida ; o que vem a Mim jamais terá fome e o que acredita em Mim jamais terá sede. Eu já vos disse : Vós vedes-Me e não Me acreditais. Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim ; e não repelirei aquele que vem a Mim, porque desci do Céu, não para fazer a Minha vontade, mas a d'Aquele que Me enviou".(Jo.6,35-38).

                Esta linguagem era muito estranha para os que ouviam Jesus e todos começaram a murmurar, de modo que Jesus falou assim :

                - "Eu sou o Pão vivo que desceu do Céu. Se alguém comer deste Pão viverá eternamente ; e o Pão que Eu hei-de dar é a Minha carne  para a vida do Mundo". (Jo.6,51).

                 Mais se acendeu a discussão entre todos, porque não podiam compreender como é que podiam comer a Sua carne, e Jesus voltou a dizer com mais insistência :

                - "Em verdade, em verdade vos digo :  Se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós.. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna e Eu  ressuscitá-lo-ei no último dia. Porque a Minha carne é, em verdade, uma comida e o Meu sangue é, em verdade, uma bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica em Mim e Eu nele". (Jo.6,53-56).

                 Como todos se afastavam por "acharem duras estas palavras", Jesus perguntou aos seus discípulos :

                - "Também vós quereis retirar-vos ? Pedro respondeu : Senhor, para quem havemos nós de ir ? Tu tens palavras  de vida eterna".(Jo-6,67-68).

                 Estava assim prometida a Eucaristia, que Jesus viria a instituir na Última Ceia.

                 A Eucaristia como alimento espiritual ajuda-nos a viver segundo o plano da História da Salvação.

                          ..........................................

                Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica :

                1335. – O milagre da multiplicação dos pães – quando o Senhor disse a bênção, partiu e  distribuiu  os  pães pelos seus discípulos para alimentar a multidão -, prefigura a superabundância deste pão único da Sua Eucaristia(...). E manifesta o cumprimento do banquete das núpcias no Reino do Pai, onde os fiéis beberão do vinho novo tornado Sangue de Cristo.

                1336. – O primeiro anúncio da Eucaristia dividiu os discípulos, tal como o anúncio da Paixão os escandalizou : «Estas palavras são insuportáveis ! Quem as pode escutar ?»(Jo.6,60). A Eucaristia e a Cruz são pedras de tropeço. É o mesmo mistério e continua a ser motivo de divisão. «Também vos quereis ir embora ?» (Jo.6,67). Esta pergunta do Senhor ecoa através dos tempos, como convite do seu amor a que descubramos que só Ele tem «palavras de vida eterna» (Jo.6,68) e que acolher na fé o dom da sua Eucaristia é acolhê-l'O  a Ele mesmo.

     

                              

                                  Então Jesus tomou os pães e deu graças  e distribuiu-os aos convivas.

           

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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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