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    segunda-feira, 12 de novembro de 2012

    [Catolicos a Caminho] Escuta da Palavra e Meditação - 13/11/2012 - Servos inúteis...

     

    Leituras do dia:

    Tt 2,1-8.11-14
    Sl 37(36)
    ESCUTA DA PALAVRA - VER
    Evangelho:

    Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 17,7-10

     
    "Jesus disse:
    - Façam de conta que um de vocês tem um empregado que trabalha na lavoura ou cuida das ovelhas. Quando ele volta do campo, será que você vai dizer: "Venha depressa e sente-se à mesa"? Claro que não! Pelo contrário, você dirá: "Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como e bebo. Depois você pode comer e beber." Por acaso o empregado merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens? Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: "Somos empregados que não valem nada porque fizemos somente o nosso dever."
    " 

    MEDITAÇÃO - JULGAR
    (O que diz o texto para mim?)
     
    Meditação: 
     
    O evangelho de hoje narra a parábola que se encontra no evangelho de Lucas, sem paralelo nos outros evangelhos. A parábola quer ensinar que a nossa vida deve se caracterizar pela atitude de serviço.
     
    Esta parábola envolve o leitor, inserindo-o como um personagem da narrativa: ele é levado a identificar-se com um senhor dono de uma propriedade rural, que explora seu servo ou assalariado. E vai concluir que não há nada a agradecer ao servo que cumpriu seu papel social de escravo.

    Poder-se-ia salvar, talvez, apenas a conclusão final: os discípulos devem servir a Deus de maneira humilde e desinteressada.

    Pode-se, também, entender a parábola como uma crítica irônica de tal tipo de sociedade, e aplicada àqueles que estão atrelados às observâncias da Lei. Como escravos da Lei, obedecem cegamente, como simples servos, sem horizontes maiores, sem liberdade e sem amor.
     
    Hoje, Jesus conta uma parábola em que nos coloca no lugar de Deus, e pede que imaginemos a situação hipotética: você tem um empregado que trabalha o dia inteiro cuidando de animais no campo; no fim do dia, quando seu empregado chega, é claro que você não vai pedir que ele se sente à mesa com você para jantar, mas vai pedir que ele se arrume e lhe sirva a mesa; será que você vai agradecer a ele, ou ele não fez nada mais que sua obrigação?
     
    Depois, Jesus conclui dizendo: "Quando tiverdes feito o que vos mandaram, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.'"
    Jesus fala "empregado", e não "escravo". Caso isso não seja um erro de tradução, nós somos comparados a empregados de Deus, o que significa que temos direito a um "salário"! E que não merecemos sequer um "obrigado" de Deus, pois não fazemos nada além do que já somos "pagos" para fazer. No entanto, o nosso "emprego" é de tempo integral: 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, sem direito a férias... e fazendo tudo o que Eles (Pai, Filho e Espírito Santo) mandarem (veja que, no Evangelho, este verbo está no plural).
    Tudo bem, então qual é o nosso "salário"? O nosso "salário" são os nossos DONS. Ter um coração batendo no peito, impulsionando vida pelo nosso corpo, é o maior salário que poderíamos receber. E nós é quem deveríamos ser gratos a Deus! Pois nada que façamos por Ele, poderia retribuir o dom da vida. 
     
    Deus não é como nós e, mesmo que não mereçamos nem um "obrigado", Ele todos os dias nos dá novos dons, e nos pede que por favor, ajudemos a fazer o Reino dEle começar a acontecer aqui, no nosso mundo.
     
    Somos servos inúteis, mas Deus QUER precisar de nós, e fica muito agradecido quando obedecemos a sua vontade, por isso que Ele nos confia cada dia mais...

     
    Como você se sente depois de desempenhar com sucesso, a sua tarefa? Você espera ser reconhecido (a) pelas pessoas, ser incensado (a), servido (a), exaltado (a) pelo seu feito? Qual é o prêmio que você espera pelo seu serviço no reino de Deus? Você tem sido perseverante ao chamado de Deus, na sua casa e no mundo?
     
    Reflexão Apostólica:
     
    Temos só um dever na terra: "cumprir bem nossa obrigação". Apesar de ser uma simplificação muito fácil, esse modo de dizer ensina que temos de ser responsáveis por aquilo que somos e fazemos, assim como o empregado que sabe o que tem de fazer e faz. Faz porque tem de fazer e pronto. A cozinheira responsável faz bem a comida e não precisa ficar esperando elogios. Se os elogios vierem, graças a Deus! Mas se não vierem, ela já cumpriu sua obrigação.

    Os elogios, quando sinceros, têm a vantagem de mostrar que acertamos. Podem ser elogios diretos ou indiretos. Elogio direto vem com palavras de aprovação; e os elogios indiretos podem vir com gestos de aprovação, como é o caso da comida da cozinheira; se todos comem e repetem, é um sinal de que a comida estava boa.
     
    Como nossa vida é bastante complexa, como somos seres superiores, temos também, por natureza, muitas obrigações; não apenas obrigações de trabalho.

    Temos obrigações de religião; por isso, se somos cristãos , precisamos respeitar as exigências inerentes a nossa fé. Temos obrigações sociais; por isso, se queremos conviver bem com as pessoas, precisamos descobrir quais são nossas obrigações para com elas e tentar uma convivência responsável. Temos obrigações para conosco; por isso precisamos cuidar de nossa saúde, da saúde do corpo e da saúde da alma. E assim por diante.

    Mesmo se estivéssemos sozinhos no mundo, ainda assim não estaríamos livres de obrigações. Mas quem entende a si mesmo e percebe suas relações com o mundo e com as pessoas, não encara as obrigações como um peso e sim como uma realidade da vida, que pode nos fazer felizes.

    Temos a impressão nesse evangelho que nosso trabalho, nossa labuta e esforço não são reconhecidos por esse Senhor que chega, come, não agradece e vai embora sem se despedir, mas reparem que o servo que esta servindo é aquele que irá em breve lavar os pés dos seus e mesmo assim irá terminar numa cruz.
     
    Já notaram como tratamos Jesus? Parecemos esse senhor que se aproxima, exige milagres, favores, olhares, mas ao fim não agradece, não permanece fiel, não muda! Na primeira vez que lemos temos o olhar de Deus como mestre, mas o que vemos hoje é um mundo preso a religiões e praticas que serão populares se Deus for funcionário dos seus seguidores…
     
    É triste, mas é verdade!
     
    Desde aquela época Jesus era amado e idolatrado, pois trazia não somente a Boa Nova, mas por trazer alivio as dores e mazelas daqueles que o cercavam.
     
    Seu manto era tocado, sua sombra era disputada, sua atenção era preciosa… Mas quando teve que ir para cruz teve que enfrentar a solidão, o descaso e a ingratidão até mesmo dos seus. O engraçado é o gesto nobre do Senhor, que mesmo prevendo tudo isso diz: "(…) Por acaso o empregado merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens"?
     
    Se voltarmos o nosso olhar para muitas (e nossas também) comunidades veremos o que? Ministros de música que querem receber pagamento pra tocar nas missas; veremos alguns pregadores profissionais que esquecem que o Apóstolo Paulo tecia tendas para se sustentar e defendia que as pessoas deveriam somente comer se trabalhassem.
     
    Acho estranha essa inversão de valores que meio nos assola e atormenta. Ministros, padres, lideranças que se acham mais importantes que o próprio Deus que se faz pão; Quando minha vaidade é tão grande que o microfone não abaixa do 12; quando minhas homilias mais são ataques e desabafos a aqueles que não gosto ou aturo… E no meio disso um povo sem saber o que esta acontecendo…
     
    Chato ver pessoas que acreditam em Deus brigar, sendo elas da mesma ou de outra religião. Será quem é o Senhor? Quem é o servo? Estamos confundindo?
     
    Pastores enriquecendo e pedindo que as "ovelhas" abdiquem do dinheiro, do que é material, (…) é meio contra-senso, não acham? Ver pessoas saindo da comunidade por dificuldade com os irmãos também é. Qual é nossa função então?
     
    "(…) Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como e bebo. Depois você pode comer e beber".
     
    Façamos nossa função. Exerçamos nosso ministério com respeito e afinco. Não percamos ninguém por nossas diferenças. Façamos realmente o que Deus quer.
     
    ORAÇÃO
    (O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
     
    Oração: Pai, reconhecendo-me servo inútil, quero esforçar-me para ser justo e misericordioso. Somente assim serei agradável a ti.
     

    REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
    (Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
     
    Propósito: Servir melhor aos que me cercam.             
     
    RETIRO - CONTEMPLAÇÃO
    (Para onde Deus quer me conduzir?)
     
    - Mergulhar no mistério de Deus.
    - Passar da cabeça para o coração (Silêncio).
    - Saborear Deus. Repousar em Deus.
    - Ver a realidade com os olhos de Deus.

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    Atividade nos últimos dias:
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    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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