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Nova Délhi em alerta após morte de vítima de estupro
NOVA DÉLHI, Índia - A polícia indiana isolou grande parte da capital, Nova Délhi, neste sábado (29), e pediu calma à população, após a morte de uma jovem que foi estuprada na cidade. O pedido no governo, porém, não foi o sufuciente para conter os protestos, que tomaram diversas cidades do país. Milhares de pessoas foram às ruas da Índia para exigir maior proteção para as mulheres e punição para os estupradores.
A mulher de 23 anos, que não foi identificada, morreu na madrugada deste sábado (horário local) em um hospital em Cingapura, para onde foi levada para tratamento. Seu corpo, porém, voltará à Índia.
O ataque à estudante, no dia 16 de dezembro, desencadeou violentos protestos públicos na Índia, que deixaram um policial morto.
Seis homens ligados ao crime, incluindo um menor e um motorista de ônibus, foram presos, e dois policiais foram suspensos.
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Como a disseminação da notícia da morte da mulher, a polícia isolou grande parte do centro de Nova Délhi, fechou uma série de estações de metrô e pediu às pessoas para não viajarem para a cidade, temendo uma possível repetição das grandes manifestações que ocorreram na semana passada.
Centenas de policiais armados e tropas de choque estão de plantão, sendo que grande parte do efetivo é formado por mulheres. O comissário Neeraj Kumar, da polícia de Nova Délhi, pediu para que a população mantenha a calma.
Reuniões de mais de cinco pessoas foram proibidas no centro da cidade. Mas, no sábado de manhã, algumas centenas de pessoas se reuniram no observatório Jantar Mantar, uma das áreas da cidade onde os protestos são permitidos, segundo a rede BBC local.
Segundo a rede CNN, as autoridades indianas vão indiciar por assassinato os seis suspeitos do estupro brutal, que levou à morte da jovem. As acusações serão efetivadas na próxima quinta-feira, como contou o comissário de polícia Dharmendra Kumar, neste sábado. Se condenados, os estupradores podem pegar pena de morte, de acordo com o porta-voz da polícia local.
A mulher foi levada para Cingapura no início desta semana, depois que seus ferimentos foram tratados em um hospital de Nova Délhi. Os médicos de Cingapura disseram que ela morreu "pacificamente", na madrugada deste sábado, rodeada por sua família e funcionários da embaixada da Índia. Uma equipe médica está realizando uma autópsia.
A vítima estava em "estado extremamente crítico" desde a sua chegada no hospital de Cingapura, na quinta-feira, segundo o doutor Kelvin Loh, diretor executivo do hospital Mount Elizabeth. Ela sofreu uma parada cardíaca, uma infecção no pulmão e no abdômen, além de dano cerebral.
No dia do incidente, ela pegou um ônibus acompanhada de um amigo, na região de Dwarka, no sudoeste de Nova Délhi. Dentro do ônibus, a jovem foi violentada durante uma hora por diversos homens. Depois, ela e o amigo foram espancados com barras de ferro e lançados para fora do ônibus nus e com o veículo em movimento.
Somente este ano, mais de 630 casos de estupro já foram registrados na cidade.
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Que Deus te abençoe,
Gloria.tv
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