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    domingo, 27 de julho de 2014

    [ZP140727] O mundo visto de Roma

    ZENIT

    O mundo visto de Roma

    Serviço semanal - 27 de Julho de 2014

    Papa Francisco

    Igreja e Religião

    Familia e Vida

    Mundo

    Entrevistas

    Análise

    Angelus



    Papa Francisco


    Dar primazia a Deus significa ter a coragem de dizer não para o mal
    Homilia do Papa durante a Missa em Caserta
    Por Redacao
    ROMA, 27 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Apresentamos a homilia do Papa Francisco pronunciada na missa celebrada em Caserta, Itália, durante viagem apostólica realizada neste sábado, 26 de julho.
    Jesus se dirigia aos seus ouvintes com palavras simples que todos pudessem entender. Esta noite também Ele nos fala por meio de breves parábolas, que se referem à vida cotidiana das pessoas daquela época. As semelhanças entre o tesouro escondido no campo e a pérola de grande valor veem como protagonistas um operário pobre e um rico comerciante. O comerciante buscou durante toda a sua vida algo de valor, que satisfizesse sua sede de beleza e viagem pelo mundo, sem trégua, na esperança de encontrar o que estava procurando. O outro, o agricultor, nunca se afastou de seu campo e realizava o trabalho de sempre, com a rotina diária habitual. No entanto, o resultado final é o mesmo: a descoberta de algo valioso. Para um, um tesouro, para o outro, uma pérola de grande valor. Ambos também estão unidos por um sentimento comum: a surpresa e alegria de ter encontrado o cumprimento de todos os desejos. Finalmente, os dois não hesitam em vender tudo para comprar o tesouro que encontraram. Através destas duas parábolas Jesus ensina o que é o reino dos céus, como podemos encontrá-lo e o que fazer para possuí-lo.
    O que é o reino dos céus? Jesus não se preocupa em explicar. Explica-o desde o início do seu Evangelho: "O reino dos céus está próximo". No entanto, não nos faz vê-lo diretamente, mas sempre numa reflexão, narrando um modo de agir de um patrão, um rei, as dez virgens… Ele prefere deixar-nos a intui-lo por meio de parábolas e comparações, sobretudo revelando os efeitos: o reino dos céus é capaz de mudar o mundo, como o fermento escondido na massa; é pequeno e humilde como um grão de mostarda que, no entanto, se tornará tão grande quanto uma árvore. As duas parábolas que queremos refletir nos fazem entender que o reino de Deus está presente na própria pessoa de Jesus. Ele é o tesouro escondido e a pérola de grande valor. É de se entender a alegria do agricultor e do comerciante: eles encontraram! É a alegria de todos nós quando encontramos a proximidade e a presença de Jesus em nossas vidas. Uma presença que transforma nossas vidas e nos torna sensíveis às necessidades dos irmãos; uma presença que nos convida a aceitar uns aos outros, incluindo os estrangeiros e imigrantes.
    Como se encontra o reino de Deus? Cada um de nós tem um caminho particular. Para alguns, o encontro com Jesus é esperado, desejado, procurado por muito tempo, como é mostrado na parábola do comerciante. Para outros, acontece de repente, quase por acaso, como na parábola do agricultor. Isso nos lembra que o próprio Deus se deixa encontrar, no entanto, porque é Ele que primeiro quer nos encontrar e busca nos encontrar: veio para ser o "Deus conosco". É Ele quem nos procura e se deixa encontrar também por aqueles que não o buscam. Às vezes, Ele se deixa encontrar em lugares incomuns e em momentos inesperados. Quando alguém encontra Jesus, fica fascinado, conquistado, e é uma alegria deixar o nosso modo habitual de vida, às vezes árido e apático para abraçar o Evangelho e deixar se guiar pela nova lógica do amor e do serviço humilde e desinteressado.
    O que fazer para possuir o reino de Deus? Sobre este ponto, Jesus é muito claro: não basta a emoção, a alegria da descoberta. Ele deve levar a pérola preciosa do reino a todos os outros terrenos bons; precisa colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas, preferi-Lo antes de tudo. Dar primazia a Deus significa ter a coragem de dizer não para o mal, a violência, a opressão. É viver uma vida de serviço aos outros e em favor da lei e do bem comum. Quando uma pessoa encontra Deus, o verdadeiro tesouro, abandona o estilo de vida egoísta e tentar compartilhar com os outros o amor que vem de Deus. Quem se torna amigo de Deus, ama seus irmãos, se empenha em proteger suas vidas e sua saúde, também respeitando o meio ambiente e a natureza. Isto é particularmente importante nessa bela terra de vocês que precisa ser protegida e preservada. Peço que tenham a coragem de dizer não a qualquer forma de corrupção e ilegalidade, que todos sejam servidores da verdade e assumam sempre um estilo de vida evangélico, que se manifesta no dom de si e na atenção aos pobres e excluídos.
    A Festa de Santa Ana, a padroeira de Caserta, reuniu nesta praça os vários membros da comunidade diocesana com o bispo e a presença de autoridades civis e dos representantes das várias realidades sociais. Gostaria de encorajá-los a viver a festa da padroeira livre de todos os preconceitos, expressão pura da fé de um povo que se reconhece como família de Deus e fortalece os laços de fraternidade e solidariedade. Santa Ana talvez tenha escutado sua filha Maria proclamar as palavras do Magnificat: "Ele derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes, saciou os indigentes de bens" (Lc 1, 51-53). Ela irá ajudá-los a procurar o único tesouro, Jesus, e ensiná-los a descobrir os critérios do agir de Deus. Ele inverte os conceitos do mundo, vem em socorro dos pobres e pequenos e cumula de bens os humildes, os que confiam a Ele sua existência.
    (Fonte: Canção Nova)
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    O Papa concedeu uma entrevista a uma revista Argentina
    'Viva' publica no domingo a conversa com Francisco no Vaticano
    Por Redacao
    ROMA, 25 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Pela primeira vez, uma mídia argentina publicará uma entrevista com o santo padre Francisco. Neste domingo a revista 'Viva' - distribuída todos os domingos com o jornal Clarín -  publica uma edição especial, comemorando os 500 dias do papado de Francisco. Além do mais, desde esse dia, clarin.com oferecerá vídeos "com os momentos principais desse bate papo com o homem mais influente do mundo".
    De acordo com a propaganda que a mesma revista está promovendo sobre esse diálogo, o Pontífice se mostra "comovido pelo aumento da violência, preocupado pelo desemprego juvenil" e "a ponto de redatar uma encíclica em defesa da natureza". Da mesma forma o Papa conta a emotiva história "da corrente que traz no pescoço, debaixo da batina, além da sua cruz". Finalmente, dizem que Francisco constrói "uma espécie de 'receita' da felicidade, com ênfase no cuidado da família".
    Ver comercial da entrevista aqui 
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    Francisco se solidariza com familiares das vítimas do acidente aéreo em Taiwan
    Desastre deixa 48 mortos e 10 feridos
    Por Redacao
    CIDADE DO VATICANO, 24 de Julho de 2014 (Zenit.org) - O papa Francisco enviou condolências ao arcebispo de Taipei, dom John Hung Shan-chuan, pelas vítimas do acidente aéreo ocorrido ontem no aeroporto de Magong, em Taiwan. O telegrama de Francisco foi assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolín.
    A mensagem informa que o Santo Padre recebeu com tristeza a notícia do acidente e transmite "as suas condolências de coração às famílias das vítimas, assegurando a sua oração por todos os atingidos por esta tragédia". O papa também invoca a bênção de Deus para lhes dar consolação, força e paz.
    O acidente aconteceu na tarde de ontem, pelo horário local (manhã no Brasil). O voo procedente de Kaohsiung tentou uma aterrissagem de emergência, por razões ainda não esclarecidas, e caiu próximo à pista do aeroporto de Magong, na ilha de Penghu, a oeste da ilha principal de Taiwan. O avião levava 54 passageiros e 4 tripulantes, dos quais 48 faleceram. Os outros 10 estão feridos.
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    Igreja e Religião


    Papa: o continente digital é lugar de encontro entre pessoas com desafios reais
    Mensagem do Santo Padre para o IV Congresso Nacional da Pastoral das Comunicações Sociais no Brasil
    Por Redacao
    ROMA, 25 de Julho de 2014 (Zenit.org) - "É necessário que, no mundo digital, o anúncio do Evangelho seja acompanhado pela oferta de um encontro pessoal com Cristo, um encontro real e transformador". São palavras do Santo Padre Francisco na mensagem – assinada pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin - enviada aos participantes do IV Congresso Nacional da Pastoral das Comunicações Sociais (Pascom) no Brasil. O congresso, que começou ontem, 24, no santuário mariano de Aparecida, traz o tema "Comunicação, desafios e oportunidades para evangelizar na era da cultura digital" e está ligado ao segundo seminário nacional de jovens comunicadores.
    Citando a homilia da Missa do dia 27 de julho de 2013 na Catedral do Rio de Janeiro, Francisco afirma que "não devemos ficar fechados na paróquia, nas nossas comunidades, nas nossas instituições paroquiais e na nossa instituição diocesana, quando tantas pessoas esperam o Evangelho! Sair enviados, não é somente abrir a porta para que venham, para acolher, mas sair da porta para buscar e encontrar".
    Por outro lado, o Santo Padre indica que "nenhum caminho pode, nem deve, ser limitado a quem, em nome de Cristo ressuscitado, se compromete a ser cada vez mais solidário com o homem; com o Evangelho em mãos e no coração, é preciso reafirmar que é tempo de continuar a preparar caminhos que levem à Palavra de Deus, não descuidando de dirigir uma atenção especial àqueles que ainda vivem na fase da busca".
    Portanto, diz o Papa, uma pastoral no mundo digital "está chamada a ter em conta aqueles que não acreditam, caíram no desespero e cultivam no coração o desejo absoluto e de verdade não efêmeros, dado que os novos meios permitem entrar em contato com seguidores de todas as religiões, com não-crentes e pessoas de todas as culturas".
    Se para o Papa os canais digitais são um campo fundamental na nova "saída missionária", quem trabalha no setor dos meios, particularmente na pastoral da comunicação, "é encorajado a participar, com confiança e com criatividade consciente e responsável, da rede de relações que a era digital tornou possível".
    Aos comunicadores brasileiros, em particular, o Papa dá algumas pistas: garantir "a aprendizagem da linguagem particular deste 'areópago' e reconhecendo a "primazia da pessoa", sem nunca esquecer que o "continente digital, ao invés de ser uma mera realidade tecnologica, é essencialmente todo um local de encontro entre homens e mulheres cujas aspirações e desafios não são virtuais, mas reais e precisam de uma resposta concreta".
    O objetivo de ambos encontros, que terminam no domingo, 27, é "a busca de novos caminhos para formar e motivar os agentes da pastoral das comunicações no Brasil". Participam do evento bispos, sacerdotes, religiosos e leigos comprometidos no setor.
    O Congresso conta com a participação de especialistas em comunicação como o jesuíta Antonio Spadaro, diretor da Civiltà Cattolica; Leticia Soberón, membro do grupo de peritos criado recentemente para estudar a organização dos meios de comunicação do Vaticano, e Cristiane Monteiro, da Rede de Informática da Igreja na América Latina (RIIAL), entre outros especialistas. (Trad.T.S.)
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    Os bispos dos Estados Unidos contra um decreto que impõe a teoria do gênero
    A medida da Casa Branca para proibir a discriminação com base na "identidade de gênero" é definida como "extrema e sem precedentes"
    Por Redacao
    ROMA, 24 de Julho de 2014 (Zenit.org) - O novo decreto presidencial dos Estados Unidos que proíbe as empresas que trabalham para o Estado a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero é "uma medida extrema e sem precedentes". Esta é a opinião dos bispos estadunidenses, que criticaram assim, por meio de um comunicado, a medida anunciada no mês passado pela Casa Branca e assinada nesta segunda-feira por Barack Obama.
    Embora a medida tenha sido apresentada como uma ferramenta para reduzir os casos de intolerância, de acordo com os presidentes da Comissão Episcopal para a liberdade religiosa e daquela para os leigos, o matrimônio, a família e os jovens, mons. William E. Lori. E mons. Richard J. Malon, "em vez de proibir a discriminação, as aumenta". Em particular - como observada a Rádio Vaticano – com relação à empreiteiros que se recusarão a aplicar as novas disposições por razões religiosas.
    O decreto faz referência à "identidade de gênero", um termo até agora desconhecido no âmbito federal e baseado na ideia de que o gênero sexual seja uma criação cultural e que pode ser escolhido pelo indivíduo, independentemente do seu sexo biológico. "Essas ambiguidades legais - destaca em conclusão a instrução - não são acompanhadas por nenhuma norma que proteja a liberdade de consciência dos empregadores que têm contratos de empreiteira com a administração federal. Uma falha inaceitável para os bispos". (Trad.T.S.)
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    O papa recebe Meriam na Casa Santa Marta
    A jovem sudanesa condenada à morte por apostasia chegou a Roma nesta manhã
    Por Redacao
    CIDADE DO VATICANO, 24 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Meriam Yahia Ibrahim Isha, a jovem mãe cristã condenada à morte no Sudão "por apostasia" e depois absolvida no Tribunal de Apelação, chegou na manhã de hoje ao aeroporto romano de Ciampino, por volta das 9h30 do horário italiano. Sua história comoveu pessoas do mundo inteiro, que, para conseguir a sua libertação, fizeram uma grande mobilização internacional.
    O papa Francisco a recebeu na Casa Santa Marta no final da manhã. Meriam, acusada de apostasia e de adultério por se casar com um cristão, agradeceu ao papa pelo apoio e pelos esforços da Igreja. O Santo Padre, por sua vez, agradeceu a ela pelo testemunho.
    Na conversa, "muito serena e afetuosa", o papa e Meriam também trataram do futuro. O porta-voz vaticano, pe. Federico Lombardi, afirmou que "o gesto de proximidade do papa" se estende a "todos os que sofrem por causa da sua fé, vivida em situações de dificuldade ou de restrição, e, por isso, este é um símbolo que vai além deste encontro tão bonito".
    Meriam desceu do avião acompanhada pelo marido e pelos dois filhos. O mais velho estava nos braços do vice-ministro italiano de Relações Exteriores, Lapo Pistelli. Para receber Meriam, estava presente no aeroporto o presidente do conselho italiano de ministros, Matteo Renzi, com a esposa Agnese e a ministra de Relações Exteriores, Federica Mogherini, que adiou uma viagem a Sarajevo.
    "Hoje é um dia de festa. Estamos felizes por nos chamarmos Europa", declarou Renzi. O presidente tinha afirmado recentemente que, "sem reação" no caso de Meriam, "não seríamos dignos de nos chamar de Europa".
    A Itália "acompanhou o caso desde que a condenação foi declarada", disse a ministra Mogherini, que agradeceu pelo "trabalho de tantos" que hoje nos permitem "acolher Meriam em Roma".
    O vice-ministro Pisteli, que esteve a bordo do avião com Meriam e sua família, declarou: "Eles estão bem e felizes por estarem aqui. Terão algum encontro importante nos próximos dias e depois iremos para Nova Iorque". Pistelli disse aos jornalistas que o papa Francisco, informado pelo presidente Renzi da chegada de Meriam a Roma, expressou o seu sentimento de gratidão à Itália pelo esforço realizado em prol da libertação da jovem mãe sudanesa.
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    Palestras do Conacat serão exibidas online
    Portal de notícias católicas vai exibir as palestras do evento em uma área exclusiva que funcionará durante sete dias
    Por Redacao
    SãO PAULO, 24 de Julho de 2014 (Zenit.org) - ACI Digital oficializou nessa quarta-feira (23) parceria com o Congresso Nacional Católicos Online (Conacat) - Todos pela Cultura do Encontro, informou à ZENIT os organizadores do evento. O portal dedicará uma área exclusiva para exibição simultânea das palestras do Conacat, durante o período de 11 a 17 de agosto. Pioneiro e inovador, o Conacat terá 42 palestras, totalmente online e gratuitas, e acontecerá no ciberespaço por meio do site www.catolicoemrede.com.br, de onde as apresentações serão transmitidas.
    Para acompanhar a programação do evento é necessário inscrever-se no site do Conacat.
    "O apoio da mídia católica tem sido muito importante para criar comunhão de todos que aderiram à evangelização pela internet. Acredito que a parceria com a ACI Digital demonstra a vivência prática da inculturação do Evangelho nas redes sociais digitais", ressalta Wagner
    Moura, idealizar e organizador do Conacat, ao agradecer a parceria feita com a ACI Digital.

    O Conacat ganha progressivo espaço nos principais sites de notícias católicos e a adesão de fiéis de expressões eclesiais, movimentos, pastorais e congregações diversos. Em menos de um mês de abertura das inscrições, o evento se aproxima da marca de 3.000 inscritos, de acordo com a organização. A proposta de um encontro totalmente online, sem custo de deslocamento, hospedagem ou mesmo inscrição atrai católicos e curiosos de todas as idades.
    As palestras do evento são dividias em quatro eixos temáticos: Comunicação, Arte & Design, Ação Política e Juventude. Na apresentação de cada palestra há padres e leigos, com experiência na evangelização pela internet e em boas práticas evangelizadoras em suas
    comunidades e apostolados.

    Entre as palestras mais esperadas estão aquelas que devem ser apresentadas por referências da evangelização católica como padre Joãozinho, scj; professor Felipe Aquino (Canção Nova); Tiba Camargos (Canção Nova ); Carmadelio Souza (Comunidade Shalom); e o padre e professor da Universidade de Santa Cruz (Pontifícia Università della Santa Croce), uma das mais tradicionais de Roma (PUSC-Roma), John Wauck. O palestrante internacional é presidente do Comitê Organizador do Seminário "The Churck Up Close: Covering Catholicsm in the Age of Francis" ("A Igreja em foco: cobrindo o catolicismo na era de Francisco", em tradução livre), seminário que acontecerá em setembro desse ano, em Roma, voltado para jornalistas estrangeiros que cobrem a Igreja Católica.
    Para o jovem pároco da paróquia Santa Cruz, arquidiocese de Florianópolis, padre Kelvin Konz, o Conacat será uma oportunidade de formação para os participantes. "Aprofundarmos o caminho que temos trilhado de evangelização com as mídias sociais. Que [esse evento] possa ser bem proveitoso para todos nós". Declarou o padre em vídeo-mensagem publicado na página social do evento, fb.com/congressoonline.
    Além do cunho formativo, o evento tem um objetivo social: todas as palestras do Conacat poderão ser adquiridas por um valor simbólico e 50% da renda obtida será revertida para iniciativas que amparam mães em situação de vulnerabilidade social, como a Casa Pró-Vida São Frei Galvão (RJ) e a Associação Guadalupe (SP). As inscrições no evento podem ser feitas no site www.catolicoemrede.com.br
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    Schoenstatt reafirma no seu centenário o seu compromisso por uma 'cultura da Aliança'
    No dia 25 de outubro, o Papa Francisco vai receber membros do Movimento por ocasião do 100º aniversário da fundação
    Por Redacao
    ROMA, 23 de Julho de 2014 (Zenit.org) - O padre Heinrich Walter, presidente de Schoenstatt Internacional, enviou uma mensagem às comunidades do Movimento Apostólico de Schoenstatt estabelecido em vários países ao redor do mundo por ocasião do centenário de sua fundação. Uma data em que também poderão celebrar junto com o Papa Francisco, já que os receberá no dia 25 de Outubro na Sala Paulo VI.
    Na mensagem recorda que "somos testemunhas da presença atuante de Maria e dirigimos nosso olhar para 100 anos de história conduzidos pela Divina Providência. Agradecemos pela grande fecundidade daqueles pequenos começos".
    Por outro lado, quer fazer memória de que desde o momento da fundação "temos experimentado a guia do Deus da vida e da história. Ao longo das décadas tem-nos falado constantemente através da evolução dos tempos, dos acontecimentos na Igreja e das inspirações nos corações de muitas pessoas".
    Da mesma forma, no texto se destaca que "a Aliança de Amor é nossa maneira de viver a fé, a forma em que ouvimos a Deus e a forma como nos unimos a Maria e seguimos a Cristo. Através da Aliança configuramos a cultura da vida diária e nosso apostolado. Nos processos de mudança na Igreja e na sociedade percorremos o caminho das vinculações". E lembra que experimentam a vitalidade da Aliança em quatro vivências centrais que, como uma corrente de vida, fazem fecundo o Movimento: "Vivemos vinculados a esse lugar que chamamos Santuário", "confiamos na figura paterna do Pe. José Kentenich, homem de Deus", "cultivamos uma concepção missionária da vida e do atuar na Igreja e na sociedade" e "chamamos Família a face interna do nosso movimento. "
    Por outro lado, na mensagem indica que nesses 100 anos de história "reconhecemos a nossa própria fraqueza, nossas omissões e pecados".
    O presidente também expressou seu desejo de comprometer-se para criar uma cultura de Aliança, "a cultura de Aliança cultiva relações e vínculos em todos os níveis e assume responsabilidades." E acrescenta: "com a força desta cultura de Aliança dizemos concretamente sim aos cinco âmbitos em que se centram estrategicamente nosso compromisso atual: a juventude, a família, a pedagogia, a Igreja e a sociedade. A Cultura de Aliança é nossa forma de abordar a necessidade de relações e vínculos do mundo globalizado, mergulhado no individualismo".
    O padre Walter lembra, ao finaliza a carta, que no dia 18 de outubro a família de Schoenstatt atualizará a Aliança de Amor com a assinatura pessoal do documento histórico da Ata de Fundação. (Trad.T.S.) 
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    Os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos
    Dom Aldo di Cillo Pagotto, sss, arcebispo Metropolitano da Paraíba, emite Nota Normativa, reforçando o posicionamento da Igreja sobre a participação de padres e religiosos na política partidária.
    Por Redacao
    BRASíLIA, 22 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Dom Aldo di Cillo Pagotto, sss, arcebispo Metropolitano da Paraíba, reforçou o posicionamento da Igreja sobre a participação de padres e religiosos na política partidária. Leia o texto divulgado hoje e enviado à ZENIT:
    Portaria na forma de Nota Normativa da Arquidiocese da Paraíba sobre:
    a) Filiação de Clérigos em partidos políticos;
    b) Disputas de Clérigos a cargos eletivos;
    c) Participação de Clérigos em atividades político-partidárias, vinculados a cargos públicos remunerados, por identificação e por pertença partidária.

    1. Considerando os fatos - remotos e recentes - referentes à filiação de Clérigos e de Religiosos a partidos políticos; - Considerando o fato de Clérigos e Religiosos disporem seus nomes para a candidatura e disputa a cargos eletivos; - Considerando o fato da participação efetiva de Clérigos e Religiosos em atividades político-partidárias, vinculadas a cargos públicos remunerados;
    2. Considerando alguns Clérigos incardinados na Arquidiocese da Paraíba, ou que nela já exerceram seu ministério, embora hoje afastados, bem como a presença de Religiosos presbíteros que exercem na Arquidiocese da Paraíba o seu ministério, vinculados a Ordens Religiosas; - Considerando os rumores sobre Clérigos que se articulam com coligações partidárias para eventualmente se lançarem como candidatos, disputando cargos políticos na esfera federal, estadual ou municipal;
    3. Considerando que, de forma precoce, são lançadas as campanhas eleitorais na esfera federal, estadual ou municipal, provocando questionamentos por parte de políticos, jornalistas, radialistas e fiéis - veiculados e repercutidos pelos meios de comunicação, solicitando respostas do Arcebispo, dando margens a interpretações diversas na opinião pública;
    4. Considerando o que dispõe a Tradição e o que ordena o Magistério da Igreja a respeito da identidade sacerdotal, lavradas nas sábias e precisas Normas do Código de Direito Canônico; - Considerando as Diretrizes Pastorais emanadas pessoalmente pelo Papa emérito Bento XVI, por ocasião da "visita ad limina" dos Bispos do Regional NE 2 (Províncias Eclesiásticas de Natal, RN; Paraíba, PB; Olinda e Recife, PE e Maceió, AL) no dia 17 de setembro de 2009, bem como de Carta Normativa emanada aos 12 de dezembro de 2003 pelos Bispos das supracitadas Províncias Eclesiásticas (abaixo resumidas);
    5. Preposto à Arquidiocese da Paraíba, tenho conhecimentos sobre a militância direta de padres e religiosos em política partidária - independentemente das observações em tela, eles assumem por conta própria o seu percurso histórico político-partidário. Como parlamentares sufragados, eles se sentem representantes de projetos e bandeiras que correspondem às expectativas de lideranças de movimentos populares.
    6. Pela presente Nota Normativa, uma vez mais, de forma caridosa e fraterna, admoesto os Clérigos, esclarecendo o que a própria Igreja define, restringe e proíbe, conforme rezam os Cânones do Código de Direito Canônico:
    a) Cânon 285 § 1 do CDC: "Os clérigos se abstenham completamente de tudo o que não convém a seu estado, de acordo com as prescrições do direito particular".
    b) Cânon 285 § 3 do CDC: "Os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que implicam participação no exercício do poder civil".
    c) Cânon 287 § 1º do CDC: Os clérigos promovam sempre e o mais possível a manutenção, entre os homens, da paz e da concórdia fundamentada na justiça. - § 2º. Não tenham parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais (...).
    7. O Papa emérito Bento XVI, aos 17 de setembro de 2009, dirigiu-se aos Bispos do Regional NE 2 nos seguintes termos:
    "Na diversidade essencial entre sacerdócio ministerial e sacerdócio comum se entende a identidade específica - dos fiéis ordenados e dos leigos. Por essa razão é necessário evitar a secularização dos sacerdotes e a clericalização dos leigos. Nessa perspectiva, os fiéis leigos devem empenhar-se em exprimir nas realidades temporais - inclusive através do empenho político - a visão antropológica cristã e a doutrina social da Igreja. Diversamente, os sacerdotes devem permanecer afastados de um engajamento pessoal na política, a fim de favorecerem a unidade e a comunhão de todos os fiéis. Assim poderão ser uma referência para todos. É importante fazer crescer esta consciência nos sacerdotes, nos religiosos e nos fiéis leigos - encorajando e vigiando, para que cada um possa sentir-se motivado a agir segundo o seu próprio estado".
    8. Em comunhão com os Bispos do Regional NE 2, evoco a Norma emanada aos 12 de dezembro de 2003 (data anterior a minha chegada à Paraíba), tomando posição frontalmente contrária à participação de padres em disputas e cargos políticos e partidários: "Os ministros ordenados em todas as Dioceses do Regional NE 2 estão proibidos de se filiar a partidos políticos, bem como se candidatar a cargos políticos eletivos, e de assumir cargos públicos que implicam participação no poder civil".
    "Aquele que, por decisão pessoal, não aceitar as normas eclesiásticas e decidir pleitear função política ou assumir cargos executivos que implicam participação no poder civil, estará suspenso, por suspensão "latae sententiae", de acordo com o Cânon 1333 do CDC".
    "Ao se afastar do oficio eclesiástico, o ministro deve deixar em ordem a administração que lhe compete, ficando absolutamente vedado o uso dos meios dos quais a Paróquia ou a Diocese dispõe para atividades de propaganda ou de promoção da própria candidatura".
    "Esta determinação vigorará a partir do registro de sua candidatura na convenção do Partido e será válida em todas das Dioceses do Regional NE 2".
    9. Diante das determinações elencadas em caráter irreformável, na solicitude da missão de pastor, determino que:
    a) Por quaisquer razões pessoais ou por motivos particulares, os clérigos já envolvidos em política partidária e que persistem na intenção de disputar e/ ou exercer cargos políticos estarão - "ipso facto" - suspensos do uso de Ordens na Circunscrição Eclesiástica da Arquidiocese da Paraíba.
    b) É-lhes vedado o exercício do ministério presbiteral e quaisquer cargos eclesiásticos. São, portanto, impedidos de celebrar os Sacramentos - sobretudo a Celebração (ou a concelebração) da Eucaristia.
    c) Eventualmente eleito, o Clérigo (padre ou religioso) continuará suspenso do uso de Ordem e de quaisquer funções eclesiásticas durante todo o período de mandato para o qual tenha sido eleito.
    Constata-se que há pessoas ligadas tanto às pastorais quanto a movimentos populares, cuja tendência é agir como cabos eleitorais de alguns partidos políticos. Esses podem assumir projetos que por vezes são contrários aos valores e aos princípios defendidos pelo Direito natural e pela ética e moral cristã, por exemplo na questão do aborto, invasão de terra e casamento gay. Fica a orientação para que essas pessoas não tentem fazer da Igreja cabo eleitoral, confundindo os fieis.
    Em profunda comunhão na Caridade com o Santo Padre e com os Bispos do Regional NE 2 da CNBB, no acatamento incondicional ao que determinam as Diretrizes Universais da Igreja, peço a anuência e a compreensão sobre o dever de fazer cumprir o que está determinado na presente Portaria.

    João Pessoa, 21 de julho de 2014


    + Aldo di Cillo Pagotto, sss
    Arcebispo Metropolitano da Paraíba
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    Familia e Vida


    A encíclica Humanae Vitae cumpre 46 anos
    O presidente da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas reflete sobre a formação contínua dos médicos
    Por Redacao
    ROMA, 25 de Julho de 2014 (Zenit.org) - O Papa Paulo VI, em sua encíclica Humanae Vitae, "pedia aos médicos que considerássemos como próprio dever profissional adquirir toda ciência necessária sobre aqueles temas delicados para poder dar aos esposos que nos consultam bons conselhos e diretrizes claras, que eles esperam de nós com todo direito".
    Durante o quadragésimo sexto aniversário da encíclica, o dr. José María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC) escreveu uma reflexão sobre a importância da educação contínua na profissão médica.
    "Hoje, podemos perguntar-nos se as instituições e os meios que usamos para nos formar são razoáveis ​​e úteis. Uma das finalidades estatutárias da FIAMC é a de contribuir para o desenvolvimento da profissão médica em geral, também trabalhando com médicos não-católicos, que são iguais a nós", diz o dr. Castellví.
    Reconhecendo a importância das instituições educativas tanto da Igreja como da sociedade civil, o doutor se pergunta "o que acontece depois dos estudos regulamentados? Temos estruturas e sistemas realmente úteis para servir com dignidade nossos pacientes?"
    "Ao deixar a faculdade, os médicos apaixonados pela profissão podemos ficar um pouco órfãos. Certamente há estruturas úteis para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Entretanto, as lacunas são muitas e muitas instituições estão defasadas e não servem", diz o presidente de FIAMC.
    Assim, reconhece que "as associações de médicos católicos cumprem certamente um papel importante em muitos países. Isso não significa que não podem ampliar, desenvolver e oferecer mais. Algumas universidades oferecem cursos de pós-graduação, mas não chegam a todos".
    Por isso, o médico acredita que "as associações colegiais e muitas associações profissionais especializadas, não cumprem bem a sua missão". E também adverte que "os meios de comunicação estão rapidamente substituindo as instituições de ensino na formação-deformação de médicos e cidadãos". Assim como reconhece que a Internet "é útil com reservas no conhecimento sanitário" também está cheia de farsas e não substitui a relação médico-paciente.
    Por fim, salienta que muitos têm a certeza de que "é a indústria farmacêutica e de ferramenta sanitária a que constribui mais para a formação do médico". Embora o indivíduo não conheça uma técnica ou medicamento, - explica o doutor - virão amavelmente a apresentá-los, lhe darão publicações, serão inscritos em atualizações por email e se certificarão a tempo das novas terapias. Desta forma, o presidente de FIAMC reconhece que muitas empresas farmacêuticas formam muito bem seus vendedores e que é necessário aprender deles "mas com a cautela do profissional que serve os interesses dos seus pacientes. E talvez tenha que enterrar antigos modelos e refletir sobre a melhor e mais agradável maneira de forma-se". (Trad.T.S.)
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    João Paulo II e Gianna Beretta são os santos padroeiros do Encontro Mundial das Famílias de 2015
    Com o lema "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva", milhares de famílias se reunirão na Filadélfia em setembro de 2015
    Por Redacao
    ROMA, 23 de Julho de 2014 (Zenit.org) - O arcebispo da Filadélfia, dom Charles J. Chaput, anunciou oficialmente que São João Paulo II e Santa Gianna Beretta serão os padroeiros do Encontro Mundial das Famílias - Filadélfia 2015.
    O anúncio foi feito no último domingo, 20 de julho, durante a missa celebrada na Catedral de São Pedro e São Paulo, junto com a apresentação da relíquia de São João Paulo II para veneração pública.
    "São João Paulo II e Santa Gianna foram escolhidos como os dois dignos padroeiros na preparação e na participação deste evento internacional porque eles encarnam plenamente a história, a missão e o tema do Encontro Mundial das Famílias de 2015", disse Chaput, complementando que ambos "tinham um profundo e permanente compromisso com o fortalecimento da família e a sustentavam com o amor. Este acontecimento histórico dará a milhares de pessoas de todo o mundo a oportunidade de participar do mesmo compromisso dos nossos santos padroeiros".
    Em 1979, São João Paulo II foi o primeiro papa a visitar a cidade, celebrando a missa com quase um milhão de participantes. Quinze anos depois, em 1994, ele celebrou o primeiro Encontro Mundial das Famílias, com o objetivo de fortalecer os laços sagrados da família em todo o mundo. No dia da canonização de João Paulo II, o papa Francisco declarou que ele foi "o papa da família".
    Santa Gianna também foi escolhida porque o Encontro Mundial das Famílias de 2015, assim como ela, tem o lema "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva". Pediatra e mãe de quatro filhos, ela ficou mais conhecida em todo o mundo pelo extremo amor materno, já que deu a vida para garantir o nascimento do quarto filho, em 1962.  Foi beatificada por João Paulo II em 1994, ano do primeiro Encontro Mundial das Famílias, e canonizada em 2004. Santa Gianna é padroeira das mães, dos médicos e das crianças ainda não nascidas.
    Para comemorar o anúncio dos padroeiros, o arcebispo Chaput terminou a missa com a bênção de uma relíquia do papa São João Paulo II, pedindo a sua intercessão celestial. A relíquia é o sangue do santo, que permanece em estado líquido.
    Milhares de famílias de todo o mundo se reunirão de 22 a 27 de setembro de 2015 na Filadélfia, nos EUA, para o VIII Encontro Mundial da Família. Conforme explicado pelo arcebispo na apresentação do evento no Vaticano, em março, o encontro pretende ser um presente não apenas para os católicos da Filadélfia, mas para todas as pessoas de boa vontade que quiserem participar do evento. "Todo aquele que tiver um coração generoso será bem-vindo. Nos próximos meses, eu vou trabalhar em estreita colaboração com os meus irmãos no episcopado para animar as famílias de todo o mundo a virem à Filadélfia em 2015", afirmou o arcebispo.
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    Bispos do Chile pedem leis a serviço da linda aventura de ser família
    Uma declaração do Comitê Permanente da Conferência Episcopal do Chile reflete sobre a vida e a família
    Por Redacao
    ROMA, 23 de Julho de 2014 (Zenit.org) - "A humanidade passa por uma época de mudanças que traz consigo muitas esperanças e temores e que nos leva a perguntar quais são os fundamentos da nossa vida e das nossas opções. Se este discernimento é necessário para realidades como as novas formas de comunicação e os modelos sociais e econômicos, é ainda mais verdade quando nos referimos a realidades essenciais como a vida humana e a família, bem como o desenvolvimento do Chile". Assim começa a declaração publicada pelos bispos chilenos em uma mensagem que recorda que a vida e a família "são o nosso tesouro e comprometem a nossa maneira de existir, de amar, de servir".
    A Conferência Episcopal do Chile se manifesta sobre diversos assuntos, como o assim chamado "aborto terapêutico", o "acordo de vida em casal" e as "uniões homossexuais", denominadas por alguns setores da sociedade como "casamento igualitário". Os bispos, diz o texto, se manifestam com "clareza e firmeza e com profundo respeito", motivados pelo "bem da família e do Chile". Eles compartilham também o seu temor de que "a discussão destas realidades – que não são apenas 'temas'– seja feita a partir de perspectivas ideológicas ou populistas, sem contato com as realidades existenciais que estão em jogo".
    Desta forma, os prelados reafirmam a convicção absoluta "de que o direito à vida humana é o primeiro dos direitos humanos, que deve ser respeitado e defendido sempre, desde a concepção até a morte natural".
    Num primeiro ponto da declaração, os bispos abordam o "evangelho da vida", destacando que a criança gerada no ventre da mãe é uma vida humana e, portanto, "credora do primeiro dos direitos humanos: ser respeitada e bem cuidada".
    "A mãe que, lamentavelmente, aborta, pressionada muitas vezes por terceiros, costuma carregar um peso atroz pelo resto vida depois de ter dado fim à gestação do fruto do próprio ventre", dizem os bispos, complementando que, "longe de condená-la, queremos ajudá-la, apoiá-la".
    "Em vez de discutir uma lei para dar fim ao ser humano concebido, poderíamos discutir como o Estado pode acompanhar, aconselhar, abrir espaços na sociedade e até financiar tantas iniciativas em favor da vida que hoje são mantidas graças à generosidade de muitas pessoas", afirma o texto.
    O segundo ponto abordado pela declaração é "o evangelho do matrimônio e da família". "O trabalho educativo, mais o trabalho de pais e mães, e essa tripla função da mulher que é mãe, esposa e trabalhadora, é uma realidade que não escapa à bênção de Deus, desde o primeiro dia da criação", observam os bispos.  "A família é o verdadeiro valor constituinte da comunidade humana". Os bispos também reconhecem que, por diversas razões, há famílias monoparentais, o que é "mais uma razão para acompanhá-las". 
    E explicam: "Não condenamos, mas promovemos a estabilidade matrimonial e pedimos leis que facilitem e apoiem a vida de família". Ao mesmo tempo, os bispos chilenos afirmam que são necessárias "leis laborais e educacionais a serviço desta linda aventura de ser família". O episcopado observa, por outro lado, que "as uniões informais não podem ser equiparadas juridicamente à união estável e indissolúvel de um homem e de uma mulher para formar uma família e enfrentar juntos a vida, numa instituição que merece o apoio e a proteção do Estado porque dá origem à célula básica da sociedade".
    Os bispos também fazem referência aos que defendem a união entre pessoas do mesmo sexo. A este respeito, eles consideram "superficial falar de 'casamento igualitário', pelo simples fato de que não é o caso. Não é uma união entre homem e mulher e não tem a estabilidade própria do matrimônio, que, no ensinamento bíblico, possui dois traços característicos e inseparáveis: o aspecto da unidade (entre homem e mulher) e a vocação à procriação".
    "Ser uma pessoa com tendência homossexual não é um castigo de Deus, como muitos equivocadamente ainda pensam. E muitos perdões ainda temos que pedir como sociedade por tê-los discriminado injustamente", afirmam os bispos chilenos.
    Em um terceiro ponto da declaração, eles mostram "apoio às famílias e aos seus direitos". Refletindo sobre as famílias "perfeitas" da propaganda falaz e consumista, os prelados sugerem como modelo a Sagrada Família, "a família solidária, com todos os dramas que a vocação familiar tem que enfrentar". Desta perspectiva de fé, "expressamos que a família, fundamentada no matrimônio, é a célula básica da sociedade, como o nosso ordenamento constitucional e legal também reconhece".
    A Conferência Episcopal do Chile encerra a declaração convidando a orar pelo sínodo dos bispos que o papa Francisco convocou, levando em conta que é neste "patrimônio vivo da humanidade" que se baseia o futuro da nossa espécie.
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    Cristiano Ronaldo está vivo graças a um objetor de consciência
    Em uma autobiografia publicada nos últimos dias, a mãe do talentoso português disse que queria fazer um aborto, mas o médico se recusou a fazer a intervenção
    Por Federico Cenci
    ROMA, 21 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Setenta prêmios individuais, incluindo duas bolas de Ouro e um Fifa World Player, uma série de troféus levantados com as camisetas do Sporting Lisboa, Manchester United e Real Madrid. E, novamente, uma enorme quantidade de recordes que requer uma boa dose de paciência para aqueles que querem ler todos, assim como dois dos mais altos prêmios concedidos pelo Estado de Portugal. Porém, um pequeno grande mérito para estes prêmios é devido a um desconhecido médico Português. Pequeno como o corpinho ainda frágil e indefeso que cresce dia a dia no ventre de uma mulher, grande como o gesto nobre de quem realiza com profissionalismo e fé o próprio trabalho e consegue, assim, salvar uma vida humana do aborto.
    No já distante 1984, a vida que este homem salvou foi a de Cristiano Ronaldo, um dos jogadores mais fortes e prolíficos em termos de gols realizados nos últimos anos. Foi a própria mãe do eixo do Real Madrid e da Seleção portuguesa que revelou a história que está nos bastidores na autobiografia, Mãe Coragem, publicada sexta-feira passada em Portugal. A mulher, cujo nome é Dolores Aveiro, diz em uma das passagens mais comoventes do livro a sua situação, quando ela descobriu que estava grávida daquela criança que mais tarde se tornaria o famoso Cristiano Ronaldo.
    "Naquela época, eu já tinha 30 anos e três filhos, não parecia apropriado lidar com um novo nascimento e ampliar a família, então procurei um médico, que, porém, se recusou a fazer a cirurgia", explica. Passava por um tempo bem sombrio na sua casa, dar de comer aos filhos Hugo, Elma e Cátia Liliana, a cada dia, era um desafio cada vez mais difícil com um marido, José Diniz, desempregado (morreu em 2005 devido ao álcool) e com as poupanças reduzidas a nada.
    Mas a relutância e a tentativa de desencorajá-la do aborto, por parte do médico, não tiraram as suas intenções, que mesmo assim tentou interromper a gravidez com um "remédio caseiro" sugerido por uma amiga: "Me disse para beber cerveja escura e quente. Assim a criança teria morrido".
    A cerveja, no entanto, não conseguiu parar a energia vital daquele coração batendo no ventre de Dolores. Depois de algumas horas de tomar a bebida potencialmente assassina, na parte inferior do abdômen continuava a reinar a paz. Sinal da ineficácia do "remédio caseiro". Pouco a pouco, a mulher - já acostumada ao aleitamento, às fraldas e choros noturnos – decidiu ter também o quarto filho. "Se a vontade de Deus é que esta criança nasça, assim seja", foi o seu pensamento mais íntimo.
    No dia 5 de fevereiro de 1985 em uma cidade das Ilhas Selvagens, um pequeno arquipélago do Oceano Atlântico mais perto das costas africanas do que das portuguesas, nasceu Cristiano Ronaldo. Uma criança forte e saudável, veio à luz em uma cidade anônima e que teria se tornado famoso em todo o mundo devido ao seu talento futebolístico único.
    Um bastidor muito delicado, que a mãe decidiu publicar com a permissão prévia de seu filho Cristiano, o qual, hoje, ainda tem a força de fazer piada do tema: "Viu, mãe, você queria me abortar e agora sou eu que controlo as finanças em casa". E pensar que a tentação de interromper a gravidez surgiu das suas dificuldades econômicas. Se aquele médico não tivesse permanecido fiel ao seu juramento e, portanto, firme em sua oposição sobre o aborto, hoje o mundo do futebol teria uma grande estrela a menos no seu firmamento. E o firmamento – se sabe – para observá-lo temos que olhar para cima. É por isso que a objeção de consciência é sempre um gesto dirigido para cima. (Trad.T.S.)
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    Mundo


    Mons. Shomali: a situação em Gaza "está literalmente se deteriorando"
    O bispo auxiliar de Jerusalém lança um apelo urgente à ONU e aos governos
    Por Deborah Castellano Lubov
    ROMA, 25 de Julho de 2014 (Zenit.org) - O bispo auxiliar do Patriarcado Latino de Jerusalém e vigário patriarcal para a Palestina, mons. William Shomali, disse que a situação em Gaza está "literalmente se deteriorando" e pediu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
    Entrevistado telefonicamente por Zenit, mons. Shomali explicou a situação tanto do ponto de vista palestino quanto israelense. O vigário para a Palestina falou dos desafios que afrontam os cristãos e, em particular, as dificuldades encontradas pelo pároco de Gaza, pe. Jorge Hernández, e pela Igreja da Sagrada Família.
    Mons. Shomali fala também sobre a situação dos jovens na Faixa – especialmente sobre o fenômeno do desemprego – e dos hospitais de Gaza. O prelado propõe algumas medidas para a paz e o desenvolvimento a serem adotadas pelo governo e pelas Nações Unidas.
    ***
    ZENIT: Mons. Shomali, você poderia descrever a situação atual em Gaza, além da guerra de propaganda de ambos os lados?
    Mons. Shomali: A situação literalmente está se deteriorando e existe uma verdadeira crise humanitária em Gaza. Vidas inocentes foram ceifadas. Até agora mais de 3.500 palestinos foram feridos, 650 mortos. Muitos deles são crianças e mulheres. Duas mil casas foram afetadas, algumas delas com civis palestinos dentro. Os hospitais estão superlotados e faltam medicamentos e suprimentos médicos. As consequências do conflito sobre as crianças são e serão dramáticas. Em todo o caso, não podemos quantificar o sofrimento das pessoas com números e cifras.
    Devemos acrescentar que do lado israelense, houve perdas dolorosas. Mais de 28 soldados foram mortos e um está desaparecido. Milhares de famílias israelenses vivem com medo por causa dos foguetes lançados pelo Hamas. O bloqueio temporário dos voos de Alitalia, Air France e Lufthansa em Tel Aviv está causando perdas econômicas para Israel.
    ZENIT: Qual é a situação da comunidade cristã?
    Mons. Shomali: A comunidade cristã em Gaza não chega a 1.500 membros. Entre eles, 200 são católicos. Os outros são na sua maioria ortodoxos e alguns anglicanos. Levamos adiante três escolas católicas e um hospital anglicano. A influência cristã em Gaza ultrapassa a sua realidade numérica.
    Por agora não temos informações precisas sobre a destruição e perdas sofridas pela comunidade cristã. Estamos em contato diário com o corajoso pároco, Pe. Jorge Hernández. Sabemos por ele que domingo passado os fieis não foram à Missa. Tinham medo. Muita gente está privada das necessidades básicas, tais como o sono noturno. A escola católica em Gaza, que faz parte da paróquia, tem recebido muitos desabrigados que fugiram do bombardeio do bairro de Al Shujaieh e Al Zaitouneh. Existem cerca de 600 pessoas que vivem e dormem na escola, desprovidas do necessário. Eles precisam de comida e de água. Graças à Caritas de Jerusalém, foi possível enviar-lhes uma ajuda urgente.
    As Irmãs argentinas deixaram Gaza. A situação era muito perigosa para eles. Mas as Missionárias da Caridade ficaram e continuam cuidando de 30 pessoas com deficiência.
    ZENIT: Quais são as necessidades da comunidade cristã?
    Mons. Shomali: Muitos dos jovens da comunidade estão sem trabalho, mais de 40%. Quem trabalha ainda precisa de ajuda, porque não ganha o suficiente para sobreviver. Os cristãos de Gaza precisam de mais liberdade sob o regime do Hamas. Sentem-se cidadãos de segunda classe. Quem pode ir embora fica tentado em fazê-lo. Não é fácil viver ali nestas condições particulares. As nossas três escolas católicas de Gaza atraem muitos estudantes, mas economicamente não são auto-suficientes. A maioria dos professores e dos alunos são muçulmanos. Muitos deles são pobres e precisam de bolsas de estudo.
    ZENIT: O que podem fazer Igreja, governo e organizações humanitárias?
    Mons. Shomali: No próximo domingo, haverá uma coleta e um dia de oração pela paz em todas as nossas igrejas na Terra Santa e Jordânia. Começamos a levantar fundos para enviá-los aos pobres. Mas o volume de destruição é grande e existe a necessidade de subsídios dos governos para a reconstrução das infra-estruturas.
    O que é mais urgente é um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas. O meu apelo a todos aqueles que têm poder de decisão é para um cessar-fogo imediato, porque as pessoas não podem viver constantemente sob os morteiros e bombas.
    ZENIT: Qualquer outra coisa que você gostaria de acrescentar? Algum outro apelo?
    Mons. Shomali: Apelamos à ONU para que intervenha e pare com este círculo vicioso de violência e derramamento de sangue, para tirar completamente o assédio de Gaza e impulsionar com urgência o processo de paz que deveria ser baseado no direito internacional. (Trad.T.S.)
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    Políticos italianos acolhem Meriam "com alegria"
    Os deputados Roccella, Binetti e Dellai esperam agora uma maior sensibilização com os cristãos perseguidos. Comentário do embaixador sudanês
    Por Redacao
    ROMA, 24 de Julho de 2014 (Zenit.org) - A notícia da chegada na Itália de Meriam, a jovem mãe cristã sudanesa condenada à morte por apostasia e depois liberada, corre entre as bancadas da Câmara dos Deputados e reúne mensagens de alegria de alguns deputados.
    Para a deputada Eugenia Roccella, a cargo do novo centro-direita, a liberdade de Meriam Ibrahim é uma "grande alegria". A chegada da jovem sudanesa à Itália atesta que "finalmente acabou um pesadelo para ela e para a sua família". A história de Meriam sugere à Roccella uma reflexão sobre o que está acontecendo no Iraque, especialmente em Mossul, "como em outras partes do mundo", onde "estão em vigor tremendas perseguições contra os cristãos, que devem ser reconhecidas pela comunidade internacional como verdadeiras emergências humanitárias".
    De acordo com a deputada de Ncd, "a feliz conclusão do caso de Meriam é a demonstração do papel decisivo que pode ter a opinião pública nestes casos". A perseguição dos cristãos – conclui – "é uma questão que envolve todos os países democráticos e, o meu apelo é que seja reconhecida como uma prioridade a nível internacional."
    A deputada Paola Binetti juntou-se ao apelo do Udc e espera que a libertação de Meriam seja "a aurora de um novo dia onde a atenção e a sensibilidade não somente do governo italiano, mas de toda a comunidade internacional, se dirija concretamente à proteção de todos os cristãos perseguidos no mundo por causa da sua fé". Paola Binetti foi a primeiro signatária da moção sobre a proteção da liberdade religiosa aprovada por unanimidade pela Câmara.
    Lorenzo Dellai, presidente do Grupo Parlamentar Pela Itália na Câmara, transmite os "parabéns para o vice-ministro das Relações Exteriores, Lapo Pistelli, e ao governo italiano por ter conduzido magistralmente a operação, além de todas as associações que souberam e quiseram manter alta a atenção ao caso por todo esse tempo". Também destaca que a alegria pelo dia de hoje "não pode ofuscar a angústia e a preocupação pela situação dramática e persecutória que milhares de cristãos estão sofrendo ao redor do mundo".
    Enquanto isso, o embaixador do Sudão na Itália, Amira Daoud Hassan Gornass, disse a Adnkronos que é mérito das "grandes relações de amizade entre a Itália e o Sudão" que "permitiram a colaboração com respeito mútuo" e se chegou à solução do caso. (Trad.T.S.)
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    Um grito de paz para Israel e Palestina também do Fiuggi Film Festival
    Dupla projeção do filme Jerusalem, Dreams and Reality
    Por Redacao
    ROMA, 23 de Julho de 2014 (Zenit.org) - No contexto da trágica atualidade do conflito em Israel e Palestina, o documentário Jerusalem, Dreams and Reality, já em programa para a sétima edição do Fiuggi Family Festival (19 a 26 de julho), será exibido duas vezes, em dois dias diferentes.
    O documentário, dirigido por Lia G. Beltrami e produzido por Aurora, ilustra o resultado, entre desejos e realidade, do revolucionário projeto Women of Faith for Peace: Jerusalem ativo há quatro anos com o objetivo de valorizar o papel das mulheres como promotoras de diálogo e da mensagem de paz.
    Presentes na primeira exibição, amanhã, às 19h, além da diretora, Daniela Poggi, por Aurora o produtor Andrea Morghen, o cineasta Emanuele Rainaldi, o diretor Michael Banzato, o compositor Alberto Beltrami. Convidados de honra o embaixador do Gana na Itália já presidente da agência Onu World Food Programme, Evelyn Anita Stokes-Hayford; juntamente com Nuha Farran (YMCA Jerusalém); o presidente da Fundação Ente dello Spettacolo, Ivan Maffeis; o Secretário-Geral de Religion For Peace da Itália, Luigi De Salvia; o produtor Mauro Castellini; o diretor Marco Pisano; o produtor de discos, Stefano Micocci.
    Como mais uma prova de como a união faz a força, também está presente no festival, para a ocasião, Nuha Farran, representante da sede em Israel de Young Men's Christian Association, uma organização cristã ecumênica que fornece suporte para meninos e meninas e às suas atividades. "Nós também temos o prazer de colocar à disposição a nossa mídia e nosso público para divulgar o urgente apelo de paz e a mensagem de esperança de um diálogo de amizade entre  israelenses e árabes - diz o diretor do Fiuggi Family Festival, Angel Astrei – O documentário de Lia Beltrami, junto com as personalidades que irão participar da projeção, é a prova tangível da existência de milhares de projetos bem-sucedidos, importantes e cheios de força pela paz nestas regiões atingidas por um conflito antigo, que parece não ter fim".
    A casa de produção Aurora, em seus dois setores Aurora Films e Aurora Network, nasce do encontre entre a comunidade Novo Horizonte, fundada por Chiara Almirante e Lia G. Beltrami. Também foi convidado à projeção o Sr. Franco Panizza. (Trad.T.S.)
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    O flagelo das drogas
    Combate à cultura generalizada da legalização
    Por John Flynn, LC
    ROMA, 22 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Em recente discurso o papa Francisco lamentou o consumo de drogas, definindo-o como um "mal social". O comentário foi dirigido aos participantes da 31° conferência do IDEC (International Drug Enforcement Conference), no dia 20 de junho.
    No entanto, existe uma tendência crescente a favor da legalização da maconha. Os eleitores dos estados do Colorado e Washington, nos EUA, aprovaram a venda de cannabis para uso recreativo. Outros 20 estados mais o Distrito de Washington DC permitem que as pessoas comprem maconha para fins medicinais, mas a lei federal continua a proibir a sua venda.
    Em dezembro do ano passado o Uruguai também legalizou a venda e o uso da maconha. De acordo com um artigo publicado pelo Daily Mail sobre a experiência no Colorado, mais de 200 pontos de venda de maconha foram abertos desde janeiro em Denver (capital do estado), e há mais de 100 espalhados em outras cidades. Enquanto no estado de Washington as primeiras licenças para lojas foram emitidas em 7 de julho.
    O artigo do Daily Mail destaca que os primeiros meses de regularização no Colorado provocou uma série de problemas. A proliferação de biscoitos, doces e refrigerantes junto com a maconha tem sido responsável por um número considerável de mortes, com vítimas que não estão cientes das consequências prejudiciais do que estavam consumindo.
    As autoridades, no entanto, parecem estar mais interessadas ​​nas receitas (como mostrado no caso dos jogos de azar), já que no Colorado os locais autorizados pagam 36,2% da renda em impostos. A liberalização das leis sobre a maconha leva a um aumento no consumo e nos problemas resultantes: é o caso da Inglaterra, onde o governo trabalhista reclassificou a maconha a um nível inferior de sanções penais de 2004 a 2009.
    Mais uso e mais criminalidade
    De acordo com um relatório de 5 de Abril do jornal Daily Telegraph, houve um aumento de 25% no uso da maconha, bem como um grande aumento na criminalidade. Um estudo realizado por acadêmicos da Universidade de Newcastle revela que atualmente o fumo ocasional de cannabis aumentou em 25%, e o consumo regular em 8%.
    Outra questão diz respeito aos efeitos sobre as crianças, que muitas vezes consomem sem saber produtos que contém marijuana. "De acordo com o National Poison Data – escreve David Sack em um artigo para o Los Angeles Times, de 26 de junho -  a ingestão acidental de maconha por crianças com idade inferior a 10 anos triplicou nos estados que descriminalizaram a maconha antes de 2005."
    David Sack, especialista em psiquiatria e toxicodependência, observou que nos estados que aprovaram a legalização no período entre 2005 e 2011, as denuncias aumentaram quase 11,5% ao ano. No mesmo período em estados sem leis de descriminalização, o número de chamadas continua o mesmo.
    Em 26 de junho, o UNODC (Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime) publicou o " 'World Drug Report" de 2014. "Em nível global – lê-se no documento - o consumo de cannabis parece ter diminuído, mas a percepção de menor risco para a saúde levou a um aumento no consumo na América do Norte."
    O relatório acrescenta que legalização provavelmente conduzirá a uma redução do custo da produção de cannabis. Por sua vez, este "provavelmente vai resultar em elevação no consumo". O relatório também aponta que "mais pessoas estão buscando tratamento para distúrbios relacionados com a maconha na maioria das regiões do mundo, incluindo a América do Norte."
    Os riscos para a saúde
    Os perigos para a saúde devido ao uso de maconha são bem conhecidos. No site americano de Controle Nacional de Drogas é possível obter a seguinte informação: "Sabemos que o uso da maconha, especialmente o uso a longo prazo, o uso crônico ou uso desde jovem pode levar ao vício. O uso da maconha a longo prazo é um prenúncio de uma busca compulsiva por drogas e isso pode levar ao abuso ".
    A maconha "coloca um peso significativo sobre nosso sistema de saúde e representa um perigo para a saúde e a segurança das vítimas, de suas famílias e da comunidade." Em relação ao uso da maconha para fins médicos, o escritório afirma que as plantas brutas utilizadas para fins medicinais podem conter cerca de 500 compostos químicos e isso não foi aprovado pela Food and Drug Administration. O site informa que "este rigoroso processo de aprovação do FDA, e não o voto popular, deve determinar o que é e o que não é medicina."
    "Eu gostaria de dizer isso da maneira mais clara possível: o problema do uso de drogas não pode ser resolvido com as drogas". Estas foram as palavras que o papa Francisco pronunciou em seu discurso de 20 de Junho. "A toxicodependência é um mal e com o mal, não pode haver qualquer concessão ou compromisso" - continuou o Papa -. E pensar que o dano poderia ser reduzido, permitindo que os toxicodependentes usem drogas não resolve o problema. "
    Uma declaração que não se refere apenas à legalização das drogas, mas também a utilização do SIS, que sempre foi criticado pela Igreja. Estes são os "safe injection sites", ou seja, locais onde a lei permite injeções de drogas, sob a supervisão de médicos.
    "Não a qualquer tipo de consumo de droga", disse o Papa. Uma mensagem que pode não ser popular, mas que é coerente com as evidências médicas e as experiências práticas sobre a questão das drogas.
    (Trad.:MEM)
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    Festival Halleluya une oração, diversão e muita música
    Rosa de Saron, Dunga, irmã Kelly Patrícia, Ziza Fernandes, Missionário Shalom integram o time das atrações
    Por Redacao
    FORTALEZA, 21 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Mais de seis mil voluntários se dedicam aos mais diversos serviços para a realização do Festival Halleluya, que começa na quarta-feira, 23 de julho, em Fortaleza.
    A primeira edição do evento, realizado pela Comunidade Católica Shalom, aconteceu em 1995, em uma praça da cidade de Fortaleza, como alternativa ao carnaval fora de época.
    Em 2005 o Halleluya ganhou uma arena com cerca de 20 mil m² no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU). Em 2006 o evento chegou à marca de 400 mil participantes. Em 2013, o número cresceu para 1 milhão de pessoas em cinco noites de realização.
    Conforme informações da assessoria de imprensa da Comunidade Shalom o evento nestas 16 edições não tem registro de ocorrência policial de ordem grave. "Essa estatística mostra que é possível cultivar a cultura de paz entre os jovens, público predominante do evento, um percentual de 75% dos participantes, segundo pesquisa interna".
    A arena montada especialmente para o evento conta com diversos espaços temáticos: o Halleluya Kids, que neste ano contará com a participação especial do Cantinho da Criança, programa infanto-religioso apresentado pela  TV Canção Nova; o Adventure, espaço que fomenta a prática de esportes. Pista com DJ, apresentação e competição de Skate e outros esportes radicais compõem a programação do espaço. Destaque para o "Espaço da Misericórdia", com a presença do Santíssimo Sacramento, aconselhamento, confissão, além de cursos relâmpagos e do Cine Halleluya.  Este "é lugar propício para uma experiência profunda com Deus. Ele é o coração do evento", afirmam os organizadores.
    Este ano mais de 20 artistas da música católica subirão ao palco do Festival Halleluya. Do forró de Batista Lima e Naldo José ao Rock do Rosa de Saron, passando pelo Soul Pop de Davidson Silva e o pop rock de Ana Gabriela e Missionário Shalom.
    Outros cantores como: Suely Façanha, Batista Lima, Naldo José, Cosme, Diego Fernandes, Eros Biondini, Dunga, Adriana Arydes, Ziza Fernandes, Irmã Kelly Patrícia e as bandas Comunidade Recado, Dominus e Adoração e Vida, integram o time das atrações.
    O cantor Tony Alysson, que tem mais de 5 milhões de visualizações em seu canal no  YouTube, quase 400 mil curtidas no facebook e 31 mil seguidores no Twitter também estará presente.
    Para quem está começando o evento apresenta o Festival de Artes Integradas, um espaço para revelar novos talentos.
    "Centenas de missionários da Comunidade Shalom acolhem os visitantes que podem ter sua primeira experiência pessoal com a alegria que não passa ou renovar sua fé".
    O Halleluya 2014 acontecerá nos dias 23 a 27 de julho no Condomínio Espiritual Uirapuru, em Fortaleza. A entrada é gratuita.
    (MEM)
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    Entrevistas


    Astrônomo pontifício: Ciência real não é o Reino dos ateus
    Premiado astrônomo jesuíta Frei Guy Consolmagno diz a ZENIT como e por que a religião e a ciência coexistem
    Por Deborah Castellano Lubov
    ROMA, 23 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Os católicos precisam ser mais corajosos para mostrar que a religião e a ciência coexistem diz o astrônomo papal que acaba de receber um dos prêmios mais prestigiados do mundo da ciência.
    O jesuíta Guy Consolmagno, que foi homenageado na semana passada com a Medalha Carl Sagan por sua "excepcional comunicação de um ativo cientista planetário"pela American Astronomical Society (AAS), conta a ZENIT que a Igreja não se opõe à ciência e considera o maior equívoco entre dois reinos.
    Consolmagno é conhecido como "porta voz de uma combinação perfeita entre a ciência planetária e a astronomia de um crente cristão" e uma "pessoa racional que consegue mostrar aos crentes de modo excepcional como a religião e a ciência podem coexistir".
    Renomado escritor e apresentador do programa de rádio da BBC "A brief history of the end of everything" ("Uma breve história sobre o fim de tudo"), Guy Consolmagno é reconhecido ainda pelas numerosas conferências realizadas na América do Norte e Europa, que ajudam a transmitir o entusiasmo pelo método científico a um público mais amplo. Este ano, ele fez uma apresentação na Universidade de Georgetown.
    Consolmagno tornou-se jesuíta com quase 40 anos, depois de trabalhar para o Harvard College Observatory, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e Peace Corps. Ele credita que sua formação jesuítica lhe permitiu falar sobre a fé mais abertamente.
    O prêmio será entregue na reunião anual da 46ª Divisão para as Ciências Planetárias em Tucson, no Arizona, em novembro.
    ZENIT: O senhor poderia falar um pouco sobre a sua vida, o seu trabalho, e explicar por que foi premiado com a Medalha Carl Sagan?
    Consolmagno: Eu sou de Detroit. Eu era um típico garoto baby boom, comecei o jardim de infância quando o Sputnik subiu, assisti o desembarque na lua no meu último ano de colégio. Meu amor pela astronomia vem desde muito cedo, quando fui para a escola jesuíta em Detroit, eu fiz as honras clássicas e escrevi para o jornal da escola. E acabei no MIT com o máximo de interesse em ler (e escrever!) ficção científica como na ciência. No entanto, descobri que fazer ciência era mais fácil do que escrever sobre isso, e então eu fiz um doutorado em astronomia planetária no Arizona e pós-doutorado em Harvard e no MIT.
    Mas eu continuei me questionando: "Por que ciência, enquanto as pessoas estão morrendo de fome no mundo?" - aqui a educação jesuíta entra forte -. Então parei com a ciência e fui para o Peace Corps. No Quênia as pessoas me mostraram por que estudamos ciência: a curiosidade deles pela astronomia reacendeu meu amor pela ciência; e a 'fome' deles para saber mais sobre o universo me fez lembrar que não vivemos só de pão.  
    Voltei para um emprego de professor, no Lafayette College, na Pensilvânia, e gostei muito, por isso,  decidi entrar para os jesuítas, para ensinar em uma universidade jesuíta. Em vez disso, eles me enviaram para o Observatório do Vaticano em Roma, onde, junto com a minha ciência, eu também faço várias apresentações públicas e trabalhos científicos. Então, meu antigo sonho de ser um escritor voltou depois de tudo.
    ZENIT: De acordo com você, como a Igreja pode mostrar que não se opõe à ciência?
    Consolmagno: Não é o que "a Igreja" deve fazer como uma instituição; apoiando-nos no Observatório, a Igreja já está fazendo sua parte. Agora cabe a nós, católicos, que somos também cientistas, fazer a nossa parte. Para começar, temos de ser corajosos o suficiente para falar em nossas paróquias e em outros ambientes católicos, de dizer aos nossos irmãos católicos (e cristãos) sobre como a ciência ou a engenharia nos aproxima do Criador.
    Eu descobri que não são os cientistas que precisam ouvir sobre religião. Na verdade, a maioria dos cientistas está muito familiarizada com a religião e a proporção de cientistas religiosos praticamente coincide com a proporção de pessoas religiosas na comunidade onde vivem. Mas muitas pessoas religiosas só vêem "cientistas de TV", que são uma representação da ciência como os "pregadores de TV" são para as pessoas religiosas. Eles precisam ver que a verdadeira ciência não é o reino de ateus ou quase, tolos egoístas.
    ZENIT: Você pode falar sobre como a religião e a ciência podem coexistir?
    Consolmagno: O que nos faz, como seres humanos, diferente dos macacos meramente inteligentes? A nossa capacidade de refletir sobre nós mesmos, o nosso ambiente, o nosso universo, e tomar decisões livres para amar e querer isso ou aquilo. Intelecto e livre arbítrio são atividades da alma; a ciência é o reino onde se manifestam.
    E por que nós, como cientistas, estudamos ciência? Se é por  fama e glória, ou por dinheiro e poder, então, estamos reduzindo nós mesmos. Mas, se é pelo simples prazer que sentimos quando vemos algo novo e belo no universo, a alegria da descoberta, o sentimento de admiração ... então eu afirmo que é o tipo de alegria que nos surpreende na presença de Deus. Deus se manifesta nas coisas que Ele criou: não sou eu que estou falando, mas é uma citação de São Paulo. (Carta aos Romanos)
    ZENIT: Você incentivou cientistas católicos a não hesitar em compartilhar o amor pela ciência com suas comunidades. O que exatamente você quer dizer com isso? Você poderia explicar dando um exemplo concreto?
    Consolmagno: A paróquia é um ótimo lugar para começar. Um cientista ou um engenheiro poderia trabalhar com programas para jovens ou clubes como os Cavaleiros de Colombo, ensinando astronomia, criando um telescópio no estacionamento da igreja; ou um clube de robô, falando sobre as implicações da inteligência artificial. A paróquia é uma oportunidade para ensinar; os cientistas devem aprender a compartilhar sua paixão e alegria. Até mesmo uma pequena nota sobre a flora e fauna local no boletim paroquial pode lembrar às pessoas que existem cientistas em sua paróquia.
    ZENIT: A sua educação jesuíta ajudou você a se sentir confortável para discutir publicamente sobre a fé. Certo? Houve certos momentos que você se sentiu desconfortável para fazer isso?
    Consolmagno: Eu sempre tive orgulho de minha educação jesuíta. Além do mais, acho que a reputação de jesuíta (que como a maioria das reputações é exagerado!) abriu muitas portas para mim entre os meus colegas cientistas. Nós somos conhecidos por sermos crentes que não têm medo do mundo; abraçamos o universo, porque encontramos Deus em todas as coisas.
    ZENIT: Qual é o maior equívoco que contribui para a noção de que a ciência e a religião não podem coexistir? E isso pode ser esclarecido de alguma forma?
    Consolmagno: A "eterna guerra entre ciência e religião" tornou-se um daqueles "todo mundo sabe" factoide – como "Cristóvão Colombo provou que o mundo era redondo" – e nós aprendemos quase por osmose quando crianças, mas que é obviamente falso. Acho que a única maneira de combater isso é dar muitos exemplos de cientistas de verdade, para que as pessoas encontrem por si mesmas, 'na carne', argumentos que contradigam a visão eternamente falsa do mundo que nós encontramos na TV e na Internet. 
    (Trad.:MEM)
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    Análise


    É hora de pensar bem sobre a importância do nobre exercício do direito de votar.
    Reflexões de dom Dom Wamor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte
    Por Dom Walmor Oliveira de Azevedo
    BELO HORIZONTE, 26 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Não é recomendável alimentar ilusões diante do jogo pesado que comanda o processo eleitoral. Entre outras perplexidades, sabe-se dos grupos, inclusive religiosos (ou supostamente religiosos), que negociam interesses. A partir de interesses nebulosos, alavancam candidaturas com o objetivo de constituir bancada própria. Essa postura, assim como as habituais negociatas que ocorrem após as eleições, com a distribuição de cargos segundo interesses partidários, incontestavelmente, está na contramão da envergadura moral que os cidadãos merecem. Obviamente, são posturas que prejudicam a governabilidade e comprometem a própria democracia. É hora de pensar bem sobre a importância do nobre exercício do direito de votar. Também é preciso refletir a respeito da presença dos cristãos na política.
    Essa participação é autêntica e balizada pela moralidade quando, efetivamente, busca a escolha de representantes à altura dos postos de responsabilidade do Legislativo e Executivo.  Não é submissa às trocas de favores ou negociações. Quando uma experiência de fé é madura, tem força para enfrentar a realidade e lutar por sua transformação. Nunca se coloca a serviço de um propósito egoísta, reduzido ao território dos interesses de poucos. Lembra-nos o Papa Francisco que "devemos envolver-nos na política, porque a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum". À luz dos valores do Evangelho de Jesus e em diálogo com todos os segmentos da sociedade pluralista, o cristão precisa participar das eleições deste ano. Não por interesse seu, nem mesmo por objetivos específicos de determinado grupo ou instituição, mas orientado pela nobre tarefa de ajudar a construir uma sociedade melhor.
    É hora de pensar bem a respeito do que precisa mudar. E não é pouca coisa. Os cenários políticos e a atuação de lideranças não podem ser avaliados de modo ingênuo. Também é preciso refletir sobre benefícios que não possuem caráter emancipatório para avançar o quanto se pode na economia, na cultura, na educação e nos serviços que são direito do povo. Por isso mesmo, é hora de "passar um pente fino" nos nomes daqueles que disputarão as eleições , mesmo diante do atual jogo eleitoral, que precisa mudar a partir de uma profunda reforma política. Os eleitores devem avaliar seriamente todos os candidatos. É importante votar em quem pauta sua vida e suas ações nos valores cristãos, embora não seja a única condição de adequada participação cidadã.
    Os que submetem seus nomes ao sufrágio dos votos devem determinantemente ter o gosto pelo diálogo. Não se pode governar adequadamente quando não se tem competência e abertura para ouvir, condição indispensável para promover as mudanças necessárias a partir da participação dos diversos setores da sociedade.  É hora de pensar bem na lista de candidatos. Apresentar-se como "salvador da pátria", adotar a tática dos ataques para afirmar-se pela destruição dos outros ou, simplesmente, exaltar as próprias qualidades não podem constituir estratégia para fortalecer nomes. A crise de liderança na sociedade brasileira, em diferentes âmbitos, políticos e institucionais, não dispensa o despertar de uma grande rede de instituições, inclusive as religiosas, para cultivar o exercício cidadão de votar e escolher bem.
    Seguir no caminho oposto inviabiliza a superação dos gargalos que prejudicam o crescimento e contribui para o fortalecimento da política imoral, que permite apropriação das instâncias governamentais, a perpetuação no poder.  Consequentemente, compromete-se o contexto cultural e educativo. Convive-se com os riscos de retrocessos políticos, principalmente quando são exaltados modelos que não se ajustam à realidade brasileira, com sua história e conquistas.  É hora de pensar sobre quem tem condições de ser eleito, de representar o povo. A partir do voto, é possível demonstrar a insatisfação com os políticos que exercerem seus mandatos distanciados das necessidades da população, que fazem da política um "balcão de negócios". É hora de pensar bem!
    Dom Walmor Oliveira de Azevedo
    Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
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    Angelus


    Papa Franciso reflete sobre o Reino de Deus e pede o fim da Guerra
    As palavras do Santo Padre pronunciadas no Angelus
    Por Redacao
    ROMA, 27 de Julho de 2014 (Zenit.org) - Apresentamos as palavras pronunciadas pelo Santo Padre neste domingo, 27 de julho, diante dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para rezar a oração mariana do Angelus. 
    Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
    As semelhanças propostas pela liturgia de hoje são a conclusão do capítulo do Evangelho de Mateus dedicado às parábolas do Reino de Deus (13, 44-52). Entre estas há duas pequenas obras-primas: as parábolas do tesouro escondido no campo e da pérola de grande valor. Elas nos dizem que a descoberta do Reino de Deus pode acontecer de repente como para o agricultor que arando encontra o tesouro inesperado, ou após uma longa busca, como para o comerciante de pérolas, que finalmente encontra a pérola preciosíssima, há muito tempo sonhada. Mas em ambos os casos o fato principal  é que o tesouro e a pérola valem mais do que todos os outros bens, portanto, o agricultor e o comerciante, quando o encontram, renunciam a tudo para adquiri-lo. Eles não precisam raciocinar, pensar ou refletir: eles percebem imediatamente o valor incomparável do que descobriram, e estão dispostos a perder tudo para adquiri-lo.
    Assim é o reino de Deus: quem o encontra não tem dúvidas, sente que é aquilo que estava procurando, esperando, e que responde às suas aspirações mais autênticas. E é realmente assim: quem conhece Jesus, quem o encontra pessoalmente, permanece fascinado, atraído por tanta bondade, tanta verdade, tanta beleza, e tudo numa grande humildade e simplicidade. Procurar Jesus, encontrar Jesus: este é o grande tesouro!
    Quantas pessoas, quantos santos e santas ao ler de coração aberto o Evangelho, ficaram tão impressionados com Jesus, a ponto de ser converter.  Pensemos em São Francisco de Assis: ele já era um cristão, mas um cristão "água de rosa". Quando leu o Evangelho, em um momento decisivo de sua juventude, encontrou Jesus e descobriu o Reino de Deus e então todos os seus sonhos de glória terrena desapareceram. O Evangelho de Jesus faz você conhecer Jesus verdadeiro, Jesus vivo; fala ao coração e transforma a vida. E assim, deixa tudo. Você pode efetivamente mudar o estilo de vida, ou continuar a fazer o que fazia antes, mas você é outra pessoa, você renasceu: encontrou aquilo que dá sentido, sabor, que ilumina tudo, até mesmo as dificuldades, os sofrimentos e até a morte.
    Ler o Evangelho. Ler o Evangelho. Nós conversamos sobre isso, lembra? Todos os dias ler um trecho do Evangelho; e também levar conosco um pequeno evangelho, no bolso, na bolsa, ter à mão. E assim, lendo uma passagem, encontraremos Jesus. Tudo adquire sentido quando no Evangelho encontramos este tesouro, que Jesus chama 'o reino de Deus', aquele Deus que reina em sua vida, em nossas vidas; Deus que é amor, paz e alegria em cada homem e em todos os homens. Isto é o que Deus quer, é o motivo pelo qual Jesus se entregou para morrer na cruz, para nos libertar do poder das trevas e nos levar para o reino da vida, da beleza, da bondade, da alegria. Ler o Evangelho é encontrar Jesus e ter esta alegria cristã, que é um dom do Espírito Santo.
    Queridos irmãos e irmãs, a alegria de ter encontrado o tesouro do Reino de Deus transparece, é visível. O cristão não pode esconder a sua fé, porque ela transparece em cada palavra, em cada gesto, mesmo nos mais simples e cotidianos: transparece o amor que Deus nos deu mediante Jesus. Rezemos por intercessão da Virgem Maria, que venha a nós e em todo o mundo o seu Reino de amor, de justiça e de paz.
    (Depois do Angelus)
    Queridos irmãos e irmãs,
    Amanhã ocorre o centésimo aniversário da eclosão da Primeira Guerra Mundial, que causou milhões de mortes e imensa destruição. Este conflito, que o Papa Bento XVI definiu como "massacre inútil", resultou, após quatro longos anos, em uma paz mais frágil. Amanhã será um dia de luto em memória desta tragédia. Enquanto lembramos este trágico acontecimento, espero que não se repitam os erros do passado, mas se leve em conta as lições da história, fazendo prevalecer as razões da paz através do diálogo paciente e corajoso.
    Em particular, hoje meus pensamentos vão para três 'zonas críticas': a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Vos peço que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às pessoas e às autoridades daquelas regiões a sabedoria e a força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a tenacidade do diálogo e da negociação com a força da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa. Lembremo-nos que tudo está perdido com a guerra e nada se perde com a paz.
    Irmãos e irmãs, nunca a guerra! A guerra nunca! Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorrir. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!
    Dirijo uma cordial saudação a todos vós, peregrinos da Itália e de outros países.
    Saúdo o grupo de brasileiros, as paróquias da Diocese de Cartagena (Espanha), os escoteiros de Gavião (Portugal), os jovens de Madrid, Asidonia-Jerez (Espanha), e os de Monteolimpino (Como), os professores de Conselve e Ronchi Casalserugo, os escoteiros de Catania e os fiéis de Acerra.
    Desejo a todos um bom domingo. E não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço. Adeus!
    (Trad.:MEM)
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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo