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    quinta-feira, 5 de abril de 2012

    ACI Digital:Cardeal Scherer esclarece: os anencéfalos são seres humanos e seu direito à vida é intocável

    Documento sin título
       
    NOTÍCIAS DIÁRIAS · www.acidigital.com
     
      4 de abril de 2012  
    Diante da iminente votação do Supremo
    Cardeal Scherer esclarece: os anencéfalos são seres humanos e seu direito à vida é intocável
    SÃO PAULO, 03 Abr. 12 (ACI) .- Ante a iminente votação de 11 abril na qual os ministros do Supremo Tribunal Federal decidirão sobre a legalidade do aborto dos fetos diagnosticados com anencefalia, o cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, asseverou em um recente artigo que o anencéfalo, apesar de sua condição, é um ser humano vivo e por isso, merece todo o respeito devido a qualquer ser humano.
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    Santa Teresa de Lisieux
     
     

     

    VATICANO


    Bento XVI: No México e em Cuba alentou alegria de ser cristãos

    VATICANO, 04 Abr. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- Na audiência geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI recordou sua viagem ao México e a Cuba realizada do dia 23 ao 28 de março, na qual "não deixei de exortar a todos a crescer na alegria de ser cristãos e pertencer à Igreja".

    Na Praça de São Pedro e diante de milhares de fiéis que estavam presentes, o Santo Padre disse em espanhol que nesta histórica viagem fez "uma encarecida exortação a reconhecer e tutelar os direitos fundamentais da pessoa humana".

    "Exortei todos a confiar na bondade de Deus Onipotente que pode mudar a partir de dentro do coração, as situações insuportáveis e obscuras, alentando igualmente a viver no empenho concreto de caminhar unidos para um futuro melhor", adicionou.

    Em italiano, o Pontífice afirmou que com esta visita quis "abraçar ao continente inteiro, convidando a todos a viver juntos na esperança e no compromisso concreto de caminhar unidos para um futuro melhor".

    Para Bento XVI, uma das características desta visita foi a acolhida "extraordinária, festiva e vivaz" dos mexicanos, como sinal do "abraço caloroso de todo um povo". O Santo Padre falou da sua estadia em León, onde, ante as autoridades civis e religiosas, destacou "a necessidade do reconhecimento e a tutela dos direitos fundamentais da pessoa humana, entre os quais destaca a liberdade religiosa".

    Também assegurou a sua "proximidade a quantos sofrem por causa das chagas sociais, dos antigos e novos conflitos, da corrupção e da violência". O entusiasmo de quantos o escutavam testemunhou "firme esperança dos cristãos mexicanos, esperança que ficou acesa nos corações apesar dos momentos difíceis".

    Em León, o Pontífice encontrou a muitas crianças e adolescentes que com sua alegria expressavam "o forte desejo de todos os jovens do México, América Latina e do Caribe de viver em paz, serenidade e harmonia, em uma sociedade mais justa e reconciliada". "Os discípulos do Senhor devem fazer crescer a alegria do ser cristão, a alegria de pertencer à sua Igreja. Desta alegria nascem também as energias para servir Cristo nas situações difíceis e de sofrimento.".

    Por esse motivo, o Papa exortou aos milhares de participantes na Eucarística dominical do Parque do Bicentenário de Guanajuato a "a confiar na bondade de Deus Onipotente que pode mudar a partir de dentro do coração, as situações insuportáveis e obscuras". Também manifestou sua gratidão por aqueles que "semeiam o Evangelho em situações complexas e geralmente não privadas de limitações".

    Bento XVI se despediu do México insistindo ao povo "a permanecer fiel ao Senhor e à sua Igreja, firmemente ancorado às raízes cristãs".

    Continuando, o Papa recordou sua viagem a Cuba, onde foi "fui antes de tudo para sustentar a missão da Igreja Católica, empenhada em anunciar com alegria o Evangelho, apesar da pobreza de meios e as dificuldades ainda a serem superadas para que a religião possa desenvolver o próprio serviço espiritual e formativo no âmbito publico da sociedade".

    O Santo Padre evidenciou as boas relações existentes entre o Estado e a Santa Sé, encaminhadas "ao serviço da presença viva e construtiva da Igreja local". "Também assegurei que o Papa leva no coração, as preocupações e as aspirações de todos os cubanos, especialmente daqueles que sofrem pela limitação da liberdade".

    "Um momento de grande intensidade espiritual" foi a primeira Missa celebrada em terra cubana com motivo do quarto centenário do descobrimento da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba. As milhares de pessoas que assistiram a missa foram  "sinal de uma Igreja que vem de situações não fáceis, mas com um testemunho vivaz de caridade e de presença ativa na vida do povo".

    "Aos católicos cubanos que, juntos a toda população, esperam um futuro sempre melhor, dirigi o convite de dar um novo vigor à sua fé e a contribuir, com a coragem do perdão e da compreensão, à construção de uma sociedade aberta e renovada, onde exista sempre mais espaço para Deus, porque quando Deus é descartado, o mundo se transforma em um lugar sem habitação para o homem.", disse o Papa.

    Na segunda etapa cubana, Havana, "Os jovens, em particular, foram os principais protagonistas da exuberante acolhida no percurso em direção a Nunciatura, onde tive a oportunidade de estar com os bispos do País para falar dos desafios que a Igreja cubana é chamada a enfrentar, na consciência que o povo olha para ela com crescente confiança".

    Na Missa do domingo, disse o Santo Padre, "a todos recordei que Cuba e o mundo têm necessidade de mudanças, mas estas só acontecerão se cada um se abre à verdade integral sobre o homem, pressuposto  imprescindível para atingir a liberdade, e decide semear ao redor de si reconciliação e fraternidade".

    "Quis, ainda, reforçar que a Igreja não pede privilégios, mas pede de poder proclamar e celebrar também publicamente a fé, levando a mensagem de esperança e de paz do Evangelho em todos os ambientes da sociedad".

    Neste sentido, Bento XVI manifestou seu apreço pelos passos dados pelas autoridades cubanas, e destacou a necessidade de prosseguir por este caminho para a plena liberdade religiosa.

    Do momento da partida, o Santo Padre conserva a lembrança das dezenas de milhares de cubanos que, apesar da chuva, foram saudar-lhe ao longo do caminho para o aeroporto. No discurso de despedida assinalou que chegou a hora de que os diversos componentes da sociedade cubana realizem "um esforço de sincera colaboração e de diálogo paciente para o bem da pátria".

    Desde esta perspectiva, sua presença na ilha quis ser "um encorajamento a abrir as portas do coração a Ele, que é fonte de esperança e de força para fazer crescer o bem".

    Bento XVI afirmou que sua viagem pastoral ao México e Cuba deu um bom resultado pastoral, e manifestou sua esperança de que ambos os países possam obter frutos abundantes para construir um futuro de paz e fraternidade.

    O Papa recordou os motivos de sua viagem: o bicentenário da Independência do México e outros países da América Latina; as duas décadas de relações diplomáticas entre o México e a Santa Sé; e o quarto centenário do descobrimento da imagem da Virgem da Caridade do Cobre em Cuba.

    Finalmente o Santo Padre se referiu ao Tríduo Pascal que começa amanhã com a Santa Missa da Última Ceia e convidou aos fiéis a vivê-la com intensidade: "Cada um de nós foi amado por Jesus até o fim, isto é, até o dom total de si na cruz, quando gritou: "Está consumado!". Deixemo-nos alcançar por este amor, deixando-nos transformar, para que verdadeiramente se realize em nós ressurreição".

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    Vaticano cancela congresso que ia promover células estaminais embrionárias

    VATICANO, 04 Abr. 12 (ACI/EWTN Noticias) .- O Vaticano cancelou um controvertido congresso, promovido pela Pontifícia Academia para a Vida, que ia permitir a apresentação em Roma de pesquisadores que apóiam o uso de embriões humanos para a obtenção de células estaminais, algo que é rechaçado pela doutrina católica.

    O Terceiro Encontro Internacional para Responsáveis de Pesquisas com Células Estaminais estava programado para realizar-se entre o dia 25 e 28 de abril no Vaticano.

    A palestra principal ia dar George Daley do Harvard Stem Cell Institute, um pesquisador que utiliza embriões humanos para obter células estaminais, uma prática condenada pela Igreja por atentar contra a vida humana que já está presente no embrião ou zigoto.

    Um membro da Pontifícia Academia para a Vida que preferiu não ser identificado, disse ao grupo ACI que "estou imensamente aliviado pelo fato que a Igreja impediu que se realizasse um erro grave que teria confundido aos fiéis por várias décadas".

    "O Espírito Santo certamente mostrou estar presente através dos membros fiéis que alertaram sobre a ambigüidade da eleição dos palestrantes. Espero e rezo para que se avaliem as bases sobre as que se planejou este congresso", acrescentou.

    Outros dois participantes do evento eram Alan Trounson do Califórnia Institute for Regenerative Medicine e John Wagner do Instituto de Pesquisa de Células Estaminais da Universidade de Minnesota. Ambos apóiam claramente a investigação com células estaminais embrionárias.

    Outro membro da Pontifícia Academia para a Vida, que também solicitou não ser identificado, disse ao grupo ACI que "a notícia do cancelamento do congresso é um grande alívio para muitos membros da Pontifícia Academia para a Vida, que viam que a presença no programa de muitos palestrantes, incluindo os principais que estão comprometidos com a investigação das células estaminais embrionárias, era uma traição à missão da Academia e um escândalo público".

    Funcionários da Pontifícia Academia para a Vida defenderam previamente a inclusão dos pesquisadores de células estaminais embrionárias para o congresso deste mês. Afirmaram que estes cientistas eram também peritos em células estaminais adultas e não usariam o evento para promover perspectivas contrárias aos ensinamentos da Igreja Católica.

    "Dado que os superiores da Academia durante meses resistiram a que estes palestrantes sejam removidos do programa, assumo que foram obrigados a tomar essa decisão de cancelar em virtude às diretivas que chegaram de um nível mais alto da Cúria", disse o segundo membro da Pontifícia Academia.

    A doutrina católica alenta a pesquisa com células estaminais obtidas de pessoas adultas ou de outras fontes que não suponham a eliminação de um ser humano, como as que se obtêm, por exemplo, de cordões umbilicais de recém-nascidos. Entretanto condena a pesquisa com as células estaminais que provêm de embriões humanos porque implicam sua eliminação, quer dizer, um aborto. Além disso, o uso de células não embrionárias mostrou importantes resultados científicos e as que supõem o aborto fracassaram repetidamente.

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    BRASIL


    Cardeal Scherer esclarece: os anencéfalos são seres humanos e seu direito à vida é intocável

    SÃO PAULO, 03 Abr. 12 (ACI) .- Ante a iminente votação de 11 abril na qual os ministros do Supremo Tribunal Federal decidirão sobre a legalidade do aborto dos fetos diagnosticados com anencefalia, o cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, asseverou em um recente artigo que o anencéfalo, apesar de sua condição, é um ser humano vivo e por isso, merece todo o respeito devido a qualquer ser humano.

    No seu artigo "Bebês anencefálicos podem ser abortados?", aparecido também na página web da Arquidiocese paulistana, Dom Odilo explica os argumentos a favor da vida dos bebês anencefálos sublinhando que "o ser humano é respeitável sempre, por ele mesmo; por isso, sua dignidade (a dos anencéfalos) e seu direito à vida é intocável".

    Abaixo reproduzimos na íntegra a mensagem do Prelado Presidente do Regional Sul I, Cardeal Scherer, sobre o projeto de lei que poderia legalizar o aborto de bebês anencéfalos.

    Bebês anencefálicos podem ser abortados?

    O tema representa um sério desafio atual, a ser abordado com serenidade e objetividade, tendo em conta critérios antropológicos e éticos gerais, e também os referenciais do ordenamento jurídico brasileiro, a começar da própria Constituição Nacional. O Supremo Tribunal Federal deverá pronunciar-se sobre a "legalidade" do abortamento de fetos, ou bebês acometidos por essa grave deficiência, que não lhes permitirá viver por muito tempo fora do seio materno, se chegarem a nascer.

    A partir da minha missão de bispo da Igreja e cidadão brasileiro, sinto-me no dever de manifestar minha posição e de dizer uma palavra que possa ajudar no discernimento diante da questão. A decisão tem evidentes implicações éticas e morais; desejo concentrar minha reflexão sobre alguns desafios muito específicos, que se referem à dignidade da pessoa e da vida humana.

    Em relação aos anencéfalos, existe o pedido da Confederação dos Trabalhadores da Área da Saúde para que o Supremo Tribunal Federal reconheça e estabeleça a legalidade da "antecipação terapêutica do parto" desses bebês, com forte pressão de grupos favoráveis ao aborto. No calor de muita emoção, podem não ser adequadamente percebidos os examinados argumentos falaciosos, que acabam por se tornar deecisivos.

    Os principais argumentos alegados a favor do aborto, nesse caso, são os seguintes:
    a )  Tratar-se-ia de "vidas inviáveis" fora do útero materno; uma vez que os anencéfalos não sobrevivem por muito tempo fora do seio materno, para que manter semelhante gravidez e levá-la até o fim?
    b)    A gravidez de um anencéfalo representaria, para a mãe, um sofrimento insuportável, uma verdadeira "tortura", que degradaria a dignidade da mulher;
    c)    Tratando-se de uma "anomalia", o ser daí resultante seria indefinível, um "não-ser", um "não-humano"; portanto, em relação a ele não entrariam em questão os argumentos do respeito à vida e à  dignidade humana;
    d)    Toda a atenção deveria ser dada à mãe, nesses casos, o único sujeito de direitos e de dignidade, a ser tutelado e protegido pela lei;
    e)    Os bebês anencéfalos seriam "natimortos", pois a ausência parcial ou total do cérebro equivaleria à morte cerebral; para que manter tal gravidez? Por isso mesmo, os bebês acometidos por essa anomalia,  que chegam a nascer, podem ser colocados na mesma condição dos adultos que estão com "morte cerebral" e seus órgãos poderiam ser retirados e doados.
    f)    O Brasil é um dos países que têm a maior incidência de anencefalia; seria necessário baixar este triste quadro.

    Como se pode perceber facilmente, esses argumentos mereceriam ser examinados profundamente por peritos da área médica, do direito e da ética. De qualquer modo, as implicações morais são graves e não podem ser simplesmente resolvidas na emoção de um debate na opinião pública, ou a partir dos resultados de pesquisas de opinião, o que pode ser uma fácil tentação.

    Os principais argumentos empregados pela CNBB são os seguintes:

    a)    O anencéfalo, malgrado a sua condição, é um ser humano vivo; por isso, ele merece todo o respeito devido a qualquer ser humano; ainda mais, por se tratar de um ser humano extremamente fragilizado; a sociedade, por meio de suas Instituições, deve tutelar o respeito pleno à sua frágil vida e à sua dignidade.
    b)    O sofrimento da mãe é compreensível e deve ser levado plenamente a sério; mas não pode ser argumento suficiente para suprimir a vida de um bebê com anomalia. Se o sofrimento da mãe, ainda que grande, fosse considerado argumento válido para provocar um aborto, estaria sendo aprovado o princípio segundo o qual pode ser tirada a vida de um ser humano que causa sofrimento grave a um outro ser humano. Não só em caso de aborto...
    c)    O sofrimento da mãe, que é pessoa adulta, pode e deve ser mitigado de muitas maneiras, quer pela medicina, pela psicologia, pela religião e pela solidariedade social; além disso, trata-se de um sofrimento circunscrito no tempo, que pode mesmo dignificar a mulher que o aceita, em vista do filho; mas a vida de um bebê, uma vez suprimida, não pode ser recuperada; e o sofrimento moral decorrente de um aborto provocado pode durar uma vida inteira. Além do mais, o sofrimento da mãe e o respeito à vida e à dignidade do filho são duas realidades de grandezas e pesos muito diversos e não podem ser, simplesmente, colocados no mesmo nível; o benefício do alívio de um sofrimento não pode ser equiparado ao dano de uma vida humana suprimida.
    d)    É preconceituoso e fora de propósito afirmar que a dignidade da mãe é aviltada pela geração de um filho com anomalia; tal argumentação pode suscitar, ou aprofundar um preconceito cultural contra mulheres que geram um filho com alguma anomalia ou deficiência; isso sim, seria uma verdadeira agressão à dignidade da mulher.
    e)    O valor da vida humana não decorre da duração dessa mesma vida, ou do grau de satisfação que ela possa trazer aos outros, ou a ela própria. O ser humano é respeitável sempre, por ele mesmo; por isso, sua dignidade e seu direito à vida é intocável.
    f)    O cerne de toda a questão está nisso: os anencéfalos são "seres humanos"? São "seres humanos vivos"? Apesar dos argumentos contrários, não há como colocar em dúvida a resposta afirmativa às duas perguntas. Portanto, daí decorre, como conseqüência, que ele deve ser tratado como "ser humano vivo".
    g)    Permanece, de toda maneira, válido que só Deus é senhor da vida e não cabe ao homem eliminar seu semelhante, dando-lhe a morte; nem mesmo aqueles seres humanos que não satisfazem aos padrões estéticos, culturais, ou de "qualidade de vida" estabelecidos pela sociedade ou pelas ideologias. A vida humana deve ser acolhida, sem pré-condições; não somos nós que damos origem a ela, mas ela é sempre um dom gratuito. Não é belo, não é digno, não é ético, diante da vida humana frágil, fazer recurso à violência, ou valer-se do poder dos fortes e  saudáveis para dar-lhe o fim, negando-lhe aquele pouco de vida que a natureza lhe concedeu. Digno da condição humana, nesses casos, é desdobrar-se em cuidados e dar largas à solidariedade e à compaixão, para acolhê-la e tratá-la com cuidado, até que seu fim natural aconteça.

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    Líder pró-vida brasileiro afirma: rezar pela Vida Nascente é um chamado a afirmar o valor integral da vida humana

    REDAÇÃO CENTRAL, 03 Abr. 12 (ACI) .- Em entrevista exclusiva a ACI Digital, o Prof. Hermes Rodrigues Nery, pós-graduado em bioética pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), diretor da Associação Nacional providafamília, do Movimento Brasil Sem Aborto e membro da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, explica a transcendência da votação a ser realizada no dia 11 de abril pelo Supremo Tribunal Federal que julgará a ADPF-54, uma proposta de lei que visa autorizar o aborto em casos de anencefalia.

    Diante disso, o Movimento Legislação e Vida da Diocese de Taubaté, que é outra das iniciativas que o Prof. Hermes lidera, fez uma convocação a uma Vigília de Oração pela Vida Nascente.

    Qual o significado e a importância desta iniciativa que está por ser submetida a votação?

    Se aprovar a ADPF-54, o Supremo Tribunal Federal poderá estar decretando em nosso País, uma nova "matança dos inocentes", na medida em que colabora com os organismos internacionais e agências da ONU, que há anos vem pressionando para impor a legalização do aborto no Brasil e em toda a América Latina. Querem transformar o crime do aborto em direito humano. Na Evangelium Vitae (n. 11), o beato João Paulo II, profeticamente denunciou esta perversa situação, ao chamar a atenção, "de modo particular, sobre outro gênero de atentados, relativos à vida nascente e terminal, que apresentam novas características em relação ao passado e levantam problemas de singular gravidade: é que na consciência coletiva, aqueles tendem a perder o caráter de 'crimes' para assumir paradoxalmente, o caráter de 'direitos', a ponto de se pretender um verdadeiro e próprio reconhecimento legal da parte do Estado e a consequente execução gratuita por intermédio dos profissionais da saúde.

     Tais atentados ferem a vida humana em situações de máxima fragilidade, quando se acha privada de qualquer capacidade de defesa. Mais grave ainda é o fato de serem consumados, em grande parte, mesmo no seio e por obra da família que está, pelo contrário, chamada constitutivamente a ser 'santuário da vida'".

    O que foi diagnosticado por João Paulo II está hoje ocorrendo, de forma célere e de modo sofisticado, de diversos meios, num processo de crescentes ameaças contra a dignidade da pessoa humana, sem precedentes na História. Ideologias anárquicas, de corrosão do próprio conceito de humanidade, atuam de modo sistêmico, no afã de pulverizar o que de melhor a civilização cristã edificou em tantos séculos. Como bem expressou o papa Bento XVI, "há uma ideologia que, no fundo, reduz tudo o que existe a um comportamento de poder. E essa ideologia destrói a humanidade e também a Igreja". E diante disso, a Igreja tem de ser resistência, "sinal de contradição", de modo sempre propositivo, afirmando a cultura da vida, pois cremos que "a glória de Deus é o homem vivo".

    No Brasil, a votação da ADPF-54 é decisiva nesse processo. Esta é uma batalha que não pode ser perdida, e temos agora, enquanto cristãos que nos posicionar em favor da vida e da Igreja. Daí o chamado à oração diante do STF. Os argumentos intelectuais (científicos, filosóficos, jurídicos, antropológicos, políticos, econômicos, demograficos, etc.) em favor da proteção da vida nascente, não tocam mais o coração e a consciência dos ministros. Muitos deles sentem-se olímpicos.

    Celso de Mello, por exemplo, foi implacável contra a Igreja quando votou a favor do uso de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa científica. Com a força da oração podemos vencer esta batalha, pela graça de Deus, como se estivéssemos diante de uma nova Poitiers. "Só a ação e só a construção intelectual não são suficientes", afirma Bento XVI.

    Daí a Vigília de Oração pela Vida Nascente?

    Sim. A oração é tudo na vida da Igreja. Com a oração, "algo de novo acontece", salienta Ratzinger, em sua obra Jesus de Nazaré (v. 1, p. 58) e somos capazes de nos maravilhar com o dom da vida, e encontrar a motivação interior que vem do Altíssimo, a convicção do verdadeiro para defender a vida e o bem de toda pessoa humana. Pois podemos muito pouco (hoje sei muito bem disso!), e com a oração nos abrimos Àquele que tudo pode.

    A Vigília de Oração pela Vida Nascente foi proposta em 2010, pelo Papa Bento XVI, por ocasião do Advento. Um chamamento para que a Igreja toda unida "à semelhança de Maria Santíssima" a abraçar "o amor que salva e consola", na defesa do ser humano fragilizado, conforme o papa explicitou. E explicou naquela ocasião que "há tendências culturais que buscam anestesiar as consciências com motivações espúrias. Com relação ao embrião no ventre materno, a própria ciência coloca em evidência a autonomia capaz de interação com a mãe, a coordenação dos processos biológicos, a continuidade do desenvolvimento, a crescente complexidade do organismo. Não se trata de um acúmulo de material biológico, mas de um novo ser vivente, dinâmico e maravilhosamente ordenado, um novo indivíduo da espécie humana. Assim aconteceu com Jesus no seio de Maria; assim foi com cada um de nós, no ventre de nossa mãe."

    E acrescentou, ressaltando que "a pessoa é um bem em si mesma e é preciso buscar sempre o seu desenvolvimento integral. O amor por todos, portanto, se é sincero, tende espontaneamente a dar atenção preferencial aos mais débeis e pobres. Sobre essa linha, coloca-se a solicitude da Igreja pela vida nascente, a mais frágil, a mais ameaçada pelo egoísmo dos adultos e do obscurecimento de consciência. A Igreja continuamente reafirma aquilo que declarou o Concílio Vaticano II contra o aborto e toda a violação da vida nascente: 'A vida, uma vez concebida, deve ser protegida com o máximo cuidado'"

    Diante da iminência do STF em aprovar a ADPF-54, com as sérias e graves conseqüências decorrentes disso (inclusive na vida da Igreja), temos que nos posicionar, "para que o que é cristão possa voltar a ser compreendido", como disse Ratzinger, em seu livro "O Sal da Terra" (Ed. Imago, p. 185) Em vez de um ato público (como o que fizemos recentemente em São Paulo), optamos pela Vigília, pois as circunstâncias exigem que o povo cristão, especialmente o católico, se manifeste, para evitar primeiramente a gravidade da omissão.
     
    E os que dirão que o estado é laico e que a Igreja deve se restringir à sacristia? O que dizer a respeito disso?

    Presenciamos muito tristemente, especialmente entre católicos, um sentimento de recuo pusilânime na manifestação da fé, utilizando o pretexto do laicismo como argumento. Desconhecendo o sentido e o conceito de estado laico, acabam aceitando à entrega e ao desânimo, dizendo que é melhor não nos apresentarmos mais como católicos, porque os laicistas irão disparar rótulos reducionistas que poderão comprometer muitas vezes posições cômodas de um catolicismo que vai perdendo vigor e identidade. O estado laico reconhece e garante a liberdade de expressão de todos os credos religiosos. Não assume nenhum credo como oficial, deixando portanto de ser um estado confessional. A neutralidade é do Estado e não do povo, que tem garantia constitucional da livre expressão e da liberdade religiosa. Há que se distinguir portanto laicidade de "ideologia laicista". Laicidade não quer dizer irreligiosidade, como leigo não quer dizer incrédulo. É salutar que o estado seja laico (o próprio Jesus in! dicou esta distinção entre César e Deus), mas distinção que não nega influência entre ambos, e até mesmo na sociedade democrática, tal influência não pode ser impedida, pois contrariaria o próprio princípio da democracia. E ainda neste princípio, faz-se necessário compreender também os conceitos de povo e Estado, pois o Estado existe por causa do povo e para o povo, e o estado laico não quer significar povo ateu. No estado laico, até o ateísmo tem garantia de livre expressão, mas inibir ou rechaçar qualquer que seja a manifestação religiosa não é da laicidade, mas da sua deturpação enquanto ideologia laicista.

    A laicidade (e não o laicismo como entendem equivocadamente alguns teóricos da Filosofia Política) "aceita a influência das igrejas  na vida pública, contando que esta influência seja decorrente de seu autônomo peso social e não de privilégios concedidos pelo Estado", como explicita o verbete "Laicismo", do Dicionário de Política, organizado por Norberto Bobbio e Gianfranco Pasquino, v. 2, p. 673, publicado pela Editora Universidade de Brasília, em 1992.

    Não havendo a clara distinção de um e outro âmbito (o espiritual e o secular), bem como a tentação de banir uma e outra influência, temos então não um Estado como representante e guardião do povo, mas de uma caricatura de Estado, esvaziado de seu sentido, e então, como descreveu Max Weber, no mesm verbete "Laicismo", "ao mesmo tempo, justamente nas sociedades mais secularizadas, como se fosse para compensar os valores sociais perdidos, surgem ideologias totalitárias que se caracterizam como novos atentados à concepção propriamente leiga da política e da cultura". O ativismo judicial, portanto, exercido hoje pelo Supremo Tribunal Federal, especialmente em questões do campo moral, traduzem estes "novos atentados" a preparar as condições políticas para novas "ideologias totalitárias". Daí o imperativo de afirmamos a cultura da vida.

    Se o senhor estivesse hoje com um ministro do STF, que mensagem deixaria a ele, diante desta situação?

    Eu diria franca e abertamente que se eles têm tanto poder, como salientou o Ministro Marco Aurélio Mello (relator da ADPF-54), dizendo que o STF é "a última instância do cidadão"; pois bem, diante de tanto poder olímpico, eu falaria claramente que se há algo que tenho profunda convicção é a de que os senhores ministros não têm o poder de banir Deus do coração do povo. 

    Vale lembrar que todos os brasileiros estão convocados a participar no dia 10 de abril em Brasília de uma grande Vigília pela Vida organizada pelo Movimento Pró-Vida e Família e o Movimento Legislação e Vida a partir das 18h em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal para rezar pela vida nascente e representar os mais de 80% dos brasileiros que são contrários à legalização do aborto. 

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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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