Banner

Jesus Início

Início


Visitas



addthis

Addrhis

Canal de Videos



    •  


    • http://deiustitia-etfides.blogspot.com.br/


    • -


    Rio de Janeiro

    Santa Sé






    domingo, 1 de abril de 2012

    [ZP120401] O mundo visto de Roma

    Campanha de doações 2012: Necessita-se de AÇÃO URGENTE!

    Pedimos à generosidade de todos os leitores que ainda não puderam responder com sua contribuição.

    ZENIT verdadeiramente é uma agência conduzida por seus leitores. Não tem nenhuma outra fonte substancial de recursos para cobrir os gastos anuais: o único meio com que contamos é a generosidade dos leitores que possam nos apoiar.
    Se não conseguirmos nos aproximar da meta de 90.000 dólares, ou seja, 160.000 Reais aproximadamente (70.000 Euros) para a edição em português, não poderemos garantir a continuidade do serviço.

    Por favor, se você tem condições, não deixe de participar desta campanha de doações!
    Se está pensando ou em algum momento pensou em sustentar ZENIT, este é o momento: envie sua doação agora mesmo!

    É possível enviar sua doação com cartão de crédito, cheque ou transferência bancária.
    Todas as informações para enviar uma doação se encontram em: http://zenit.org/portuguese/doacao.html
    Agradecemos de coração pela ajuda que cada um possa nos dar!


    ZENIT

    O mundo visto de Roma

    Portugues semanal - 1 de abril de 2012

    Viagem de Bento XVI: México e Cuba

    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013

    Familia e Vida

    Santa Sé

    Espiritualidade

    Documentação

    Errata


    ANÙNCIOS


    Viagem de Bento XVI: México e Cuba


    " A verdade é um anseio do ser humano"
    Homilia de Bento XVI na praça da Revolução José Martí em Cuba

    ROMA, sábado, 31 de março de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos a homilia de Bento XVI realizada em Havana, dia 28 de março, durante sua viagem apostólica.

    Amados irmãos e irmãs!

    «Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais (...). Bendito o vosso nome glorioso e santo» (Dn 3, 52). Este hino de bênção do livro de Daniel ressoa hoje na nossa liturgia, convidando-nos repetidamente a bendizer e louvar a Deus. Somos parte da multidão daquele coro que celebra o Senhor sem cessar. Unimo-nos a este concerto de ação de graças, oferecendo a nossa voz jubilosa e confiante, que procura fundar no amor e na verdade o caminho da fé.

    «Bendito seja Deus» que nos reúne nesta praça emblemática, para mergulharmos mais profundamente na sua vida. Sinto uma grande alegria por estar hoje no vosso meio e presidir a Santa Missa no coração deste Ano Jubilar dedicado à Virgem da Caridade do Cobre.

    Saúdo cordialmente o Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana, e agradeço-lhe as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos. Estendo a minha saudação aos Senhores Cardeais, aos meus irmãos Bispos de Cuba e doutros países que quiseram participar nesta solene celebração. Saúdo também os sacerdotes, os seminaristas, os religiosos e todos os fiéis aqui reunidos, bem como as autoridades que nos acompanham.

    Na primeira leitura que foi proclamada, os três jovens, perseguidos pelo soberano babilonense, antes preferem morrer queimados pelo fogo que trair a sua consciência e a sua fé. Eles encontraram a força de «louvar, glorificar e bendizer a Deus» na convicção de que o Senhor do universo e da história não os abandonaria à morte e ao nada. De fato, Deus nunca abandona os seus filhos, nunca os esquece. Está acima de nós e é capaz de nos salvar com o seu poder; ao mesmo tempo, está perto do seu povo e, por meio do seu Filho Jesus Cristo, quis habitar entre nós.

    «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará» (Jo 8, 31). No texto do Evangelho que foi proclamado, Jesus revela-Se como o Filho de Deus Pai, o Salvador, o único que pode mostrar a verdade e dar a verdadeira liberdade. Mas o seu ensinamento gera resistência e inquietação entre os seus interlocutores, e Ele acusa-os de procurarem a sua morte, aludindo ao supremo sacrifício da Cruz, já próximo. Ainda assim, exorta-os a acreditar, a permanecer na sua Palavra para conhecerem a verdade que redime e dignifica.

    Com efeito, a verdade é um anseio do ser humano, e procurá-la supõe sempre um exercício de liberdade autêntica. Muitos, todavia, preferem os atalhos e procuram evitar essa tarefa. Alguns, como Pôncio Pilatos, ironizam sobre a possibilidade de conhecer a verdade (cf. Jo 18, 38), proclamando a incapacidade do homem de alcançá-la ou negando que exista uma verdade para todos. Esta atitude, como no caso do ceticismo e do relativismo, produz uma transformação no coração, tornando as pessoas frias, vacilantes, distantes dos demais e fechadas em si mesmas. São pessoas que lavam as mãos, como o governador romano, e deixam correr o rio da história sem se comprometer.

    Entretanto há outros que interpretam mal esta busca da verdade, levando-os à irracionalidade e ao fanatismo, pelo que se fecham na «sua verdade» e tentam impô-la aos outros. São como aqueles legalistas obcecados que, ao verem Jesus ferido e ensanguentado, exclamam enfurecidos: «Crucifica-o!» (cf. Jo 19, 6). Na realidade, quem age irracionalmente não pode chegar a ser discípulo de Jesus. Fé e razão são necessárias e complementares na busca da verdade. Deus criou o homem com uma vocação inata para a verdade e, por isso, dotou-o de razão. Certamente não é a irracionalidade que promove a fé cristã, mas a ânsia da verdade. Todo o ser humano deve perscrutar a verdade e optar por ela quando a encontra, mesmo correndo o risco de enfrentar sacrifícios.

    Além disso, a verdade sobre o homem é um pressuposto imprescindível para alcançar a liberdade, porque nela descobrimos os fundamentos duma ética com que todos se podem confrontar, e que contém formulações claras e precisas sobre a vida e a morte, os deveres e direitos, o matrimônio, a família e a sociedade, enfim sobre a dignidade inviolável do ser humano. É este patrimônio ético que pode aproximar todas as culturas, povos e religiões, as autoridades e os cidadãos, os cidadãos entre si, os crentes em Cristo com aqueles que não crêem n’Ele.

    Ao ressaltar os valores que sustentam a ética, o cristianismo não impõe mas propõe o convite de Cristo para conhecer a verdade que nos torna livres. O fiel é chamado a dirigir este convite aos seus contemporâneos, como fez o Senhor, mesmo perante o sombrio presságio da rejeição e da Cruz. O encontro pessoal com Aquele que é a verdade em pessoa impele-nos a partilhar este tesouro com os outros, especialmente através do testemunho.

    Queridos amigos, não hesiteis em seguir Jesus Cristo. N’Ele encontramos a verdade sobre Deus e sobre o homem. Ajuda-nos a superar os nossos egoísmos, a sair das nossas ambições e a vencer o que nos oprime. Aquele que pratica o mal, aquele que comete pecado é escravo do pecado e nunca alcançará a liberdade (cf. Jo 8, 34). Somente renunciando ao ódio e ao nosso coração endurecido e cego é que seremos livres, e uma vida nova germinará em nós.

    Com a firme convicção de que a verdadeira medida do homem é Cristo e sabendo que n’Ele se encontra a força necessária para enfrentar toda a provação, desejo anunciar-vos abertamente o Senhor Jesus como Caminho, Verdade e Vida. N’Ele todos encontrarão a liberdade plena, a luz para compreender profundamente a realidade e transformá-la com o poder renovador do amor.

    A Igreja vive para partilhar com os outros a única coisa que possui: o próprio Cristo, esperança da glória (cf. Col 1, 27). Para realizar esta tarefa, é essencial que ela possa contar com a liberdade religiosa, que consiste em poder proclamar e celebrar mesmo publicamente a fé, comunicando a mensagem de amor, reconciliação e paz que Jesus trouxe ao mundo. Há que reconhecer, com alegria, os passos que se têm realizado em Cuba para que a Igreja cumpra a sua irrenunciável missão de anunciar, publica e abertamente, a sua fé. Mas é preciso avançar ulteriormente. E desejo encorajar as instâncias governamentais da Nação a reforçarem aquilo que já foi alcançado e a prosseguirem por este caminho de genuíno serviço ao bem comum de toda a sociedade cubana.

    O direito à liberdade religiosa, tanto na sua dimensão individual como comunitária, manifesta a unidade da pessoa humana, que é simultaneamente cidadão e crente, e legitima também que os crentes prestem a sua contribuição para a construção da sociedade. O seu reforço consolida a convivência, alimenta a esperança de um mundo melhor, cria condições favoráveis para a paz e o desenvolvimento harmonioso, e ao mesmo tempo estabelece bases firmes para garantir os direitos das gerações futuras.

    Quando a Igreja põe em relevo este direito, não está a reclamar qualquer privilégio. Pretende apenas ser fiel ao mandato do seu Fundador divino, consciente de que, onde se torna presente Cristo, o homem cresce em humanidade e encontra a sua consistência. Por isso, a Igreja procura dar este testemunho na sua pregação e no seu ensino, tanto na catequese como nos ambientes formativos e universitários. Esperemos que também aqui chegue brevemente o momento em que a Igreja possa levar aos diversos campos do saber os benefícios da missão que o seu Senhor lhe confiou e que ela não pode jamais negligenciar.

    Ínclito exemplo deste trabalho foi o insigne sacerdote Félix Varela, educador e professor, filho ilustre desta cidade de Havana, que passou à história de Cuba como o primeiro que ensinou o seu povo a pensar. O padre Varela indica-nos o caminho para uma verdadeira transformação social: formar homens virtuosos para forjar uma nação digna e livre, já que esta transformação dependerá da vida espiritual do homem; de fato, «não há pátria sem virtude» (Cartas a Elpídio, carta sexta, Madrid 1836, 220). Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas estas só terão lugar se cada um estiver em condições de se interrogar acerca da verdade e se decidir a enveredar pelo caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade.

    Invocando a proteção maternal de Maria Santíssima, peçamos que, participando regularmente na Eucaristia, nos tornemos também testemunhas da caridade que responde ao mal com o bem (cf.Rm 12, 21), oferecendo-nos como hóstia viva a Quem amorosamente Se entregou por nós. Caminhemos na luz de Cristo, que pode dissipar as trevas do erro. Supliquemos-Lhe que, com o valor e o vigor dos santos, cheguemos a dar uma resposta livre, generosa e coerente a Deus, sem medos nem rancores. Amém.

    © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Retalhações econômicas a Cuba pesam muito
    Discurso de despedida de Bento XVI no aeroporto da Havana

    HAVANA, quinta-feira, 29 de março de 2012 (ZENIT.org) - Às 16:00 da quarta-feira, 28 de março, o Papa Bento XVI se despediu da Nunciatura Apostólica da Havana, Cuba, e foi para o aeroporto internacional José Martí onde, às 16:30, houve a cerimônia de despedida com a assistência do presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros da República Raúl Modesto Castro Ruz, de autoridades políticas e civís, do corpo diplomático, dos bispos do país e de um grupo de fiéis. Depois do discurso do presidente Castro, o Papa pronunciou as palavras que publicamos a seguir.

    *****

    Senhor Presidente,

    Senhores Cardeais e amados Irmãos no Episcopado,
    Distintas autoridades,
    Senhoras e Senhores,
    Amigos todos!

    Dou graças a Deus por me ter permitido visitar esta linda Ilha, que deixou uma marca tão profunda no coração do meu amado predecessor, o Beato João Paulo II, quando veio a estas terras como mensageiro da verdade e da esperança. Ardente era também o meu desejo de poder vir estar convosco como peregrino da caridade, para agradecer à Virgem Maria a presença da sua veneranda imagem do Santuário d’El Cobre. De lá há quatro séculos que acompanha o caminho da Igreja nesta Nação e infunde coragem em todos os cubanos, para que descubram, da mão de Cristo, o verdadeiro sentido das ansiedades e desejos que incubam no coração humano e tenham a força necessária para construir uma sociedade solidária, onde ninguém se sinta excluído. «Cristo, que ressuscitou dos mortos, brilha neste mundo, e fá-lo de modo mais claro precisamente onde tudo, segundo o juízo humano, parece lúgubre e sem esperança. Ele venceu a morte – Ele vive – e a fé n’Ele penetra, como uma pequena luz, tudo o que é escuro e ameaçador» (Vigília de Oração com os jovens, Feira de Friburgo de Brisgovia, 24 de setembro de 2011).

    Agradeço ao Senhor Presidente e demais autoridades do País a solicitude e generosa colaboração prestada para o bom andamento desta viagem. Exprimo a minha viva gratidão também aos membros da Conferência dos Bispos Católicos de Cuba, que não pouparam esforços nem sacrifícios para o mesmo fim, e a quantos de variados modos deram a sua contribuição, especialmente com a oração.

    Levo no mais íntimo do coração todos e cada um dos cubanos, que me envolveram com a sua oração e carinho, reservando-me uma cordial hospitalidade e partilhando comigo as suas mais profundas e justas aspirações.

    Vim aqui como testemunha de Jesus Cristo, firmemente convicto de que onde Ele chega, o desânimo dá lugar à esperança, a bondade afasta incertezas e uma força vigorosa abre o horizonte a perspectivas inusitadas e benéficas. Em nome de Cristo, e como Sucessor do Apóstolo Pedro, quis lembrar a sua mensagem de salvação, para que fortaleça o entusiasmo e a solicitude dos Bispos cubanos, bem como dos seus sacerdotes, dos religiosos e daqueles que generosamente se preparam para o sacerdócio e a vida consagrada; e sirva de novo impulso também para quantos colaboram, com constância e abnegação, na obra de evangelização, especialmente os fiéis leigos, a fim de que, intensificando a sua entrega a Deus nos respectivos ambientes de vida e no trabalho, não se cansem de oferecer, responsavelmente, a sua contribuição para o bem e o progresso integral da pátria.

    O caminho que Cristo propõe à humanidade – e a cada pessoa e povo, em particular – em nada a tolhe, antes pelo contrário, é o fator primeiro e principal do seu verdadeiro progresso. Que a luz do Senhor, que brilhou fulgurantemente nestes dias, não se apague naqueles que a acolheram e ajude a todos a reforçarem a concórdia e a fazerem frutificar o melhor da alma cubana, os seus valores mais nobres, sobre os quais é possível fundar uma sociedade de largos horizontes, renovada e reconciliada. Que ninguém se veja impedido de tomar parte nesta tarefa apaixonante pela limitação das suas liberdades fundamentais, nem eximido dela por negligência ou carência de recursos materiais; situação esta, que fica agravada quando medidas econômicas restritivas impostas de fora ao País pesam negativamente sobre a população.

    Concluo aqui a minha peregrinação, mas continuarei a rezar fervorosamente para que sigais em frente e Cuba seja a casa de todos e para todos os cubanos, onde convivam a justiça e a liberdade, num clima de serena fraternidade. O respeito e a promoção da liberdade que vive no coração de cada homem são imprescindíveis para responder adequadamente às exigências fundamentais da sua dignidade e, assim, construir uma sociedade onde cada um se sinta protagonista indispensável do futuro da sua vida, da sua família e da sua pátria.

    A hora atual exige de modo urgente que se eliminem na convivência humana, nacional e internacional, posições inamovíveis e perspectivas unilaterais, que tendem a tornar mais árduo o entendimento e ineficaz o esforço de colaboração. Eventuais discrepâncias e dificuldades hão de solucionar-se procurando incansavelmente aquilo que une a todos, com diálogo paciente e sincero, compreensão mútua e uma leal vontade de escuta que acolha metas portadoras de novas esperanças.

    Cuba, reaviva em ti a fé dos teus maiores, extrai dela a força para edificar um futuro melhor, confia nas promessas do Senhor, abre o teu coração ao seu Evangelho para renovar autenticamente a vida pessoal e social.

    Ao mesmo tempo que vos digo o meu sentido adeus, peço a Nossa Senhora da Caridade do Cobre que proteja com o seu manto todos os cubanos, os ampare no meio das provações e lhes obtenha do Todo-Poderoso a graça que mais anseiam.

    Até sempre, Cuba, terra embelezada pela presença materna de Maria! Que Deus abençoe o teu futuro. Muito obrigado!

    © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    O quarto do papa em El Cobre: exemplo de simplicidade
    Bento XVI hospedou-se na Casa do Sacerdote

    Por Araceli Cantero Guibert

    EL COBRE, quinta-feira, 29 de março de 2012 (ZENIT.org) - Uma cama sem cabeceira, com um cobertor bege, um crucifixo na parede, uma cômoda com uma lâmpada e uma mesinha para o telefone. Este é o mobiliário do quarto em que o papa Bento XVI dormiu durante sua estada na Casa do Sacerdote, adjunta ao Santuário do Cobre, em Cuba. O cômodo climatizado e com uma janela com cortinas verde e bege.

    Saindo do quarto, Bento XVI encontrava um corredor com acesso a um pequeno pátio interior, iluminado de cima por uma grande janela que recebe a luz natural, dando-lhe tons esverdeados.

    À direita do corredor, a entrada principal se abre para uma pequena sala com um sofá e três poltronas de cor clara. À direita da entrada, a sala de jantar para os hóspedes, que acomoda até vinte pessoas.

    Na parte posterior da casa está situada a sala de jantar privada, outros quatro quartos e uma cozinha. Dois dias antes da chegada do papa, freiras canadenses revisaram os utensílios da cozinha.

    A Irmã Patricia já cozinhou para João Paulo II durante sua visita histórica a Cuba em 1998. Ela preparou também o jantar de despedida para 85 pessoas. Diz que a sua experiência na nunciatura ajuda na tarefa: ela dirigiu a cozinha durante o Encontro Nacional Eclesial de Cuba em 1986, do qual participaram representantes de toda a ilha naquela que atualmente é a Casa do Sacerdote "Félix Varela", em Havana.

    Quem a auxilia na cozinha é a Irmã Rodrigue Colette. A capela usada pelo Santo Padre é a mesma da Casa de Reuniões, o antigo seminário de São Basílio. Foram restauradas as estações da via-crúcis, as janelas e o teto, pintados os bancos e polido o chão da capela. Os quartos também foram renovados.

    Toda vez que vai do quarto à capela, o papa pode contemplar ao fundo o Santuário de El Cobre, onde rezou a sós na manhã do dia 27.

    A casa que hospedou o Santo Padre faz parte da reestruturação do Santuário e dos seus anexos, incluindo esse edifício destinado aos padres anciãos.

    O projeto foi realizado como parte das celebrações que marcam os 400 anos da descoberta da imagem da Virgem da Caridade, e é anterior ao anúncio da visita do papa ao santuário como Peregrino da Caridade.

    Fausto Veloz García é o responsável pelo investimento da Arquidiocese de Santiago de Cuba e liderou os trabalhos. "Para mim é uma honra e um orgulho, e me dá muita alegria ter trabalhado no prédio que ofereceu ao papa uma estada feliz aqui em El Cobre", disse ele, enquanto mostrava as unidades em construção.

    Julio César, um dos trabalhadores do projeto, manifestou satisfação por ter participado nos trabalhos "para acolher o papa Bento XVI e deixar mais bonito o santuário de El Cobre". Seu companheiro de equipe, Danny, espera ver o papa durante a visita.

    Além da Casa do Sacerdote, já concluída, o projeto inclui uma série de mais onze casas, um centro multicultural e uma capela, todos com capacidade para 120 pessoas. Também foi construído um edifício que servirá como base logística. Os trabalhos devem ser concluídos antes do final do Ano Jubilar Mariano.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Bento XVI: Em Cuba deram-se passos para que a Igreja cumpra a sua Missão
    Homilia na Missa na Praça da Revolução José Martí da Havana

    HAVANA, quarta-feira, 28 de março de 2012 (ZENIT.org) – O Papa Bento XVI presidiu a última celebração da sua visita de três dias em Cuba com uma missa que teve a participação de milhares de pessoas.

    O Papa chegou na praça da Revolução José Martí da Havana no papamóvel e passou recebendo aplausos, aclamações e cânticos dos presentes. Os assistentes diziam em coro: “Benedicto, Benedicto confírmanos en Cristo” ou “Viva el Papa”.

    Participou da missa o presidente Raúl Castro com uma guayabera branca.

    O cardeal Jaime Ortega Alamino, no discurso de boas-vindas disse que o povo cubano espera “a benção” do pontífice, “um papa que traz a ternura, a doçura, a misericórdia de Deus e promove a reconciliação entre todos”. Oferecemos o texto da homilia do Papa na missa.

    ****

    Amados irmãos e irmãs!

    «Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais (...). Bendito o vosso nome glorioso e santo» (Dn 3, 52). Este hino de bênção do livro de Daniel ressoa hoje na nossa liturgia, convidando-nos repetidamente a bendizer e louvar a Deus. Somos parte da multidão daquele coro que celebra o Senhor sem cessar. Unimo-nos a este concerto de ação de graças, oferecendo a nossa voz jubilosa e confiante, que procura fundar no amor e na verdade o caminho da fé.

    «Bendito seja Deus» que nos reúne nesta praça emblemática, para mergulharmos mais profundamente na sua vida. Sinto uma grande alegria por estar hoje no vosso meio e presidir a Santa Missa no coração deste Ano Jubilar dedicado à Virgem da Caridade do Cobre.

    Saúdo cordialmente o Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana, e agradeço-lhe as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos. Estendo a minha saudação aos Senhores Cardeais, aos meus irmãos Bispos de Cuba e doutros países que quiseram participar nesta solene celebração. Saúdo também os sacerdotes, os seminaristas, os religiosos e todos os fiéis aqui reunidos, bem como as autoridades que nos acompanham.

    Na primeira leitura que foi proclamada, os três jovens, perseguidos pelo soberano babilonense, antes preferem morrer queimados pelo fogo que trair a sua consciência e a sua fé. Eles encontraram a força de «louvar, glorificar e bendizer a Deus» na convicção de que o Senhor do universo e da história não os abandonaria à morte e ao nada. De fato, Deus nunca abandona os seus filhos, nunca os esquece. Está acima de nós e é capaz de nos salvar com o seu poder; ao mesmo tempo, está perto do seu povo e, por meio do seu Filho Jesus Cristo, quis habitar entre nós.

    «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará» (Jo 8, 31). No texto do Evangelho que foi proclamado, Jesus revela-Se como o Filho de Deus Pai, o Salvador, o único que pode mostrar a verdade e dar a verdadeira liberdade. Mas o seu ensinamento gera resistência e inquietação entre os seus interlocutores, e Ele acusa-os de procurarem a sua morte, aludindo ao supremo sacrifício da Cruz, já próximo. Ainda assim, exorta-os a acreditar, a permanecer na sua Palavra para conhecerem a verdade que redime e dignifica.

    Com efeito, a verdade é um anseio do ser humano, e procurá-la supõe sempre um exercício de liberdade autêntica. Muitos, todavia, preferem os atalhos e procuram evitar essa tarefa. Alguns, como Pôncio Pilatos, ironizam sobre a possibilidade de conhecer a verdade (cf. Jo18, 38), proclamando a incapacidade do homem de alcançá-la ou negando que exista uma verdade para todos. Esta atitude, como no caso do ceticismo e do relativismo, produz uma transformação no coração, tornando as pessoas frias, vacilantes, distantes dos demais e fechadas em si mesmas. São pessoas que lavam as mãos, como o governador romano, e deixam correr o rio da história sem se comprometer.

    Entretanto há outros que interpretam mal esta busca da verdade, levando-os à irracionalidade e ao fanatismo, pelo que se fecham na «sua verdade» e tentam impô-la aos outros. São como aqueles legalistas obcecados que, ao verem Jesus ferido e ensanguentado, exclamam enfurecidos: «Crucifica-o!» (cf. Jo 19, 6). Na realidade, quem age irracionalmente não pode chegar a ser discípulo de Jesus. Fé e razão são necessárias e complementares na busca da verdade. Deus criou o homem com uma vocação inata para a verdade e, por isso, dotou-o de razão. Certamente não é a irracionalidade que promove a fé cristã, mas a ânsia da verdade. Todo o ser humano deve perscrutar a verdade e optar por ela quando a encontra, mesmo correndo o risco de enfrentar sacrifícios.

    Além disso, a verdade sobre o homem é um pressuposto imprescindível para alcançar a liberdade, porque nela descobrimos os fundamentos duma ética com que todos se podem confrontar, e que contém formulações claras e precisas sobre a vida e a morte, os deveres e direitos, o matrimônio, a família e a sociedade, enfim sobre a dignidade inviolável do ser humano. É este patrimônio ético que pode aproximar todas as culturas, povos e religiões, as autoridades e os cidadãos, os cidadãos entre si, os crentes em Cristo com aqueles que não crêem n’Ele.

    Ao ressaltar os valores que sustentam a ética, o cristianismo não impõe mas propõe o convite de Cristo para conhecer a verdade que nos torna livres. O fiel é chamado a dirigir este convite aos seus contemporâneos, como fez o Senhor, mesmo perante o sombrio presságio da rejeição e da Cruz. O encontro pessoal com Aquele que é a verdade em pessoa impele-nos a partilhar este tesouro com os outros, especialmente através do testemunho.

    Queridos amigos, não hesiteis em seguir Jesus Cristo. N’Ele encontramos a verdade sobre Deus e sobre o homem. Ajuda-nos a superar os nossos egoísmos, a sair das nossas ambições e a vencer o que nos oprime. Aquele que pratica o mal, aquele que comete pecado é escravo do pecado e nunca alcançará a liberdade (cf. Jo 8, 34). Somente renunciando ao ódio e ao nosso coração endurecido e cego é que seremos livres, e uma vida nova germinará em nós.

    Com a firme convicção de que a verdadeira medida do homem é Cristo e sabendo que n’Ele se encontra a força necessária para enfrentar toda a provação, desejo anunciar-vos abertamente o Senhor Jesus como Caminho, Verdade e Vida. N’Ele todos encontrarão a liberdade plena, a luz para compreender profundamente a realidade e transformá-la com o poder renovador do amor.

    A Igreja vive para partilhar com os outros a única coisa que possui: o próprio Cristo, esperança da glória (cf. Col 1, 27). Para realizar esta tarefa, é essencial que ela possa contar com a liberdade religiosa, que consiste em poder proclamar e celebrar mesmo publicamente a fé, comunicando a mensagem de amor, reconciliação e paz que Jesus trouxe ao mundo. Há que reconhecer, com alegria, os passos que se têm realizado em Cuba para que a Igreja cumpra a sua irrenunciável missão de anunciar, publica e abertamente, a sua fé. Mas é preciso avançar ulteriormente. E desejo encorajar as instâncias governamentais da Nação a reforçarem aquilo que já foi alcançado e a prosseguirem por este caminho de genuíno serviço ao bem comum de toda a sociedade cubana.

    O direito à liberdade religiosa, tanto na sua dimensão individual como comunitária, manifesta a unidade da pessoa humana, que é simultaneamente cidadão e crente, e legitima também que os crentes prestem a sua contribuição para a construção da sociedade. O seu reforço consolida a convivência, alimenta a esperança de um mundo melhor, cria condições favoráveis para a paz e o desenvolvimento harmonioso, e ao mesmo tempo estabelece bases firmes para garantir os direitos das gerações futuras.

    Quando a Igreja põe em relevo este direito, não está a reclamar qualquer privilégio. Pretende apenas ser fiel ao mandato do seu Fundador divino, consciente de que, onde se torna presente Cristo, o homem cresce em humanidade e encontra a sua consistência. Por isso, a Igreja procura dar este testemunho na sua pregação e no seu ensino, tanto na catequese como nos ambientes formativos e universitários. Esperemos que também aqui chegue brevemente o momento em que a Igreja possa levar aos diversos campos do saber os benefícios da missão que o seu Senhor lhe confiou e que ela não pode jamais negligenciar.

    Ínclito exemplo deste trabalho foi o insigne sacerdote Félix Varela, educador e professor, filho ilustre desta cidade de Havana, que passou à história de Cuba como o primeiro que ensinou o seu povo a pensar. O padre Varela indica-nos o caminho para uma verdadeira transformação social: formar homens virtuosos para forjar uma nação digna e livre, já que esta transformação dependerá da vida espiritual do homem; de fato, «não há pátria sem virtude» (Cartas a Elpídio, carta sexta, Madrid 1836, 220). Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas estas só terão lugar se cada um estiver em condições de se interrogar acerca da verdade e se decidir a enveredar pelo caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade.

    Invocando a proteção maternal de Maria Santíssima, peçamos que, participando regularmente na Eucaristia, nos tornemos também testemunhas da caridade que responde ao mal com o bem (cf. Rm 12, 21), oferecendo-nos como hóstia viva a Quem amorosamente Se entregou por nós. Caminhemos na luz de Cristo, que pode dissipar as trevas do erro. Supliquemos-Lhe que, com o valor e o vigor dos santos, cheguemos a dar uma resposta livre, generosa e coerente a Deus, sem medos nem rancores. Amém.

    © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Fidel Castro: Desejei a beatificação de João Paulo II
    O encontro com o ex-presidente cubano fechou a visita pastoral do Papa Bento XVI

    HAVANA, quarta-feira, 28 de março de 2012 (ZENIT.org) - Incerto até o último momento, em determinados momentos dado por excluído, o encontro entre o Papa Bento XVI e o ex-líder cubano Fidel Castro, por fim, aconteceu. Os dois se encontraram por volta das 12:30, hora de Cuba, na Nunciatura Apostólica da Havana e sua conversa durou por volta de meia hora. O colóquio foi definido pelo porta-voz Vaticano, padre Federico Lombardi, "cordial, animado, alegre e intenso”.

    Quase da mesma idade (85 anos do Papa e 86 do ex-líder máximo), ironizaram sobre a idade avançada. O Santo Padre, em particular, disse: "Sou ancião, mas ainda posso fazer o meu dever".

    Bento XVI expressou ao seu interlocutor a própria alegria pela recepção calorosa no solo cubano, e à pergunta: "O que faz um Papa?", respondeu: "Está ao serviço da Igreja universal". Fidel disse ter seguido todos os momentos da visita pastoral na televisão.

    Castro dirigiu ao Pontífice algumas perguntas sobre mudanças na liturgia da Igreja e lhe expressou a sua própria preocupação sobre os problemas da humanidade. O ex-presidente cubano também afirmou ter desejado de coração as beatificações de Madre Teresa de Calcutá - grande benfeitora de Cuba - e de João Paulo II, que ele conheceu, em 1996 no Vaticano e em 1998 na Havana.

    Diante dos discursos de Bento XVI sobre o problema da “essência de Deus” e sobre a relação entre ciência e fé, Castro pediu ao Santo Padre para envir-lhe alguns livros sobre o tema. “Tenho que pensar em quais títulos enviar-lhe”, respondeu o Papa. Durante a conversa estava presente a mulher do ex-líder cubano, Dalia. Na conclusão do encontro Castro apresentou ao Papa dois dos seus filhos.

    O encontro entre Bento XVI e Fidel Castro foi a última etapa da visita pastoral do Papa a Cuba, antes do transferimento para o aeroporto "José Martí" da Havana. O retorno a Roma do vôo Alitalia levando a bordo o Santo Padre está previsto para as 10 da manhã, do dia 29 de março, quinta-feira.

    [Tradução Thácio Siqueira]

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    250.000 terços para Cuba
    Uma oferta da Ajuda à Igreja que Sofre

    ROMA, quarta-feira, 28 de março de 2012 (ZENIT.org) – A Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) doou 250.000 terços ao povo de Cuba durante a visita do papa Bento XVI à ilha, que começou ontem, 26 de março.

    A organização caritativa baseada em Königstein, na Alemanha, distribuiu também 250.000 panfletos que explicam como rezar o terço, 15.000 cartilhas sobre o terço para crianças e 10.000 “caixas de oração”, kits com rosário de anel, um pequeno recipiente com água benta, um crucifixo e o texto com as orações básicas.

    Reafirmando a importância de apoiar a evangelização católica na ilha, o coordenador da AIS para a América Latina, Ulrich Kny, disse que a Igreja ainda se recupera das décadas em que os cidadãos cubanos não eram livres para praticar a fé.

    Kny lembrou que, em 1960 o regime de Fidel Castro confiscou igrejas católicas, escolas, hospitais e outros edifícios, e centenas de sacerdotes e religiosos foram expulsos. "A Igreja em Cuba ainda está sofrendo as conseqüências dessa experiência dolorosa. Por esta razão, Cuba continua a ser uma prioridade para a AIS", disse ele.

    A visita de Bento XVI coincide com as celebrações dos 400 anos do achado da imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre. A imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços foi encontrada em 1612 por três mineradores do sal na baía de Nipe, no extremo nordeste da ilha, e trazida para El Cobre, de onde a devoção se espalhou por toda a ilha. A Virgen de la Caridad del Cobre é venerada hoje como a padroeira do país caribenho.

    Dos 250.000 terços doados pela AIS, todos com a imagem de Nossa Senhora do Cobre, 100.000 foram para a arquidiocese de Santiago de Cuba, que abriga o santuário de El Cobre. Outros 60.000 rosários foram dados à arquidiocese de Havana, onde o Santo Padre celebrará a missa de encerramento da visita-peregrinação. Os restantes 90.000 foram distribuídos em nove outras dioceses cubanas.

    Os terços são vendidos a um preço simbólico, tanto no santuário quanto nas paróquias. O dinheiro arrecadado será usado na reestruturação e na ampliação do centro de peregrinação e do santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre.

    Todos os anos, cerca de 500.000 pessoas visitam o centro de peregrinação de El Cobre. Cuba tem uma população de 11,2 milhões de habitantes, dos quais mais de 60% são católicos, embora sejam praticantes irregulares.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Que a Sexta-feira Santa seja feriado em Cuba
    Pedido do Papa Bento XVI durante o encontro com Raul Castro

    HAVANA, quarta-feira 28 de março de 2012 (ZENIT.org) - Pela segunda vez na história um Papa reuniu-se com a mais alta autoridade constitucional de Cuba. Durou mais ou menos uns 45 min o encontro entre o Papa Bento XVI e o presidente cubano Raúl Castro, realizado ontem no Palácio da Revolução.

    O encontro, disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, foi "cordial e sereno" e a sua extensão "testemunha a importância dessa conversa sobre a situação de Cuba e as expectativas da Igreja local, que deseja dar uma contribuição sempre maior ao bem comum, desenvolvendo a sua presença nos campos da educação e da assistência”.

    Os dois chefes de estado discutiram problemáticas de forte atualidade na ilha do Caribe e sobre a evolução das relações entre Igreja e governo. O passo mais importante da entrevista foi, no entanto, a proposta do Santo Padre para Castro de reconhecer a Sexta-feira Santa como um dia festivo.

    O pedido do Papa ainda não recebeu uma resposta oficial do governo da Havana. Se for acolhido, representará mais um passo para a liberdade da Igreja em Cuba, depois que, em 1998, o Beato João Paulo II conseguiu convencer o líder máximo Fidel Castro a restaurar o Natal como festividade civil.

    No final do encontro teve-se a tradicional troca de presentes: Castro presenteou Bento XVI com uma reprodução em bronze da Nossa Senhora do Cobre, enquanto que o Papa presenteou entregando um fac-símile da Geographia de Ptolomeu (século XV).

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Fidel Castro pediu um encontro com o Papa
    Revelou o ex-mandatário cubano num artigo de opinião

    HAVANA, quarta-feira, 28 março de 2012 (ZENIT.org) - O ex-mandatário Cubano, Fidel Castro, pediu para se encontrar com Bento XVI, como revelou em um artigo de opinião.

    No artigo de opinião, assinado por Fidel Castro, publicado no site oficial Cubabebate, com o título “Os tempos difíceis da humanidade”, Fidel anuncia seu próximo encontro com o Papa sobre o qual tinha-se feito todo tipo de especulações.

    No final do seu artigo afirma: "Com muito prazer amanhã, quarta-feira, cumprimentarei Sua Excelência o Papa Bento XVI, como o fiz com João Paulo II, um homem a quem o contato com as crianças e os cidadãos humildes do povo suscitava, invariavelmente, sentimentos de afeto ".

    "Por isso , decidi – acrescenta – pedir-lhe uns minutos do seu ocupado tempo quando soube por boca do nosso chanceler Bruno Rodríguez que ele ficaria contente com esse modesto e simples contato”.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Visita de cortesia de Bento XVI ao Presidente Raul Castro
    Jantar com os bispos cubanos na Nunciatura

    HAVANA, terça-feira 27 de março de 2012 (ZENIT.org) – No final da sua visita ao Santuário de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre, o Papa Bento XVI viajou para o aeroporto de Santiago de Cuba, de onde, às 10h e 30min, partiu em avião para a Havana. Chegou ao aeroporto internacional José Martí às 12hs e foi para a Nunciatura Apostólica da Havana.

    Às 17h30min estava planejado fazer uma visita de cortesia ao Presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros da República Raúl Modesto Castro Ruz, no Palácio da Revolução da Havana.

    Após a apresentação das delegações, estava previsto um encontro privado e depois a apresentação dos familiares e uma troca de presentes.

    No final, estava previsto que o papa e o presidente se aproximassem da entrada principal para cumprimentar aos representantes da mídia.

    Em seu retorno à Nunciatura Apostólica, depois da visita de cortesia ao presidente, o santo padre tinha agendado encontrar-se com os bispos cubanos e jantar com eles.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Cerimônia de Boas-Vindas em Cuba
    Discurso do Papa Bento XVI

    ROMA, terça-feira, 27 de março de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos o discurso do Santo Padre Bento XVI no Aeroporto Internacional Antonio Maceo, em Santiago de Cuba, durante a cerimônia de Boas-Vindas, ontem, segunda-feira, dia 26 de março de 2012.

    ***

    Senhor Presidente,
    Senhores Cardeais e Irmãos no Episcopado,
    Distintas Autoridades,
    Membros do Corpo Diplomático,
    Senhores e senhoras,
    Queridos amigos cubanos!

    Agradeço-lhe, Senhor Presidente, o acolhimento dispensado e as amáveis palavras de boas-vindas com que quis transmitir, da sua parte e também do governo e do povo cubano, os sentimentos de respeito pelo Sucessor de Pedro. Saúdo as Autoridades que nos acompanham, assim como os Membros do Corpo Diplomático aqui presentes. Dirijo uma cordial saudação a D. Dionisio Guillermo García Ibáñez, Arcebispo de Santiago de Cuba e Presidente da Conferência Episcopal, ao Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana, e aos restantes Bispos de Cuba, a todos certificando da minha solidariedade espiritual. E por fim saúdo, com todo o carinho do meu coração, os fiéis da Igreja Católica em Cuba, os amados habitantes desta linda Ilha e todos os cubanos onde quer que se encontrem. Tenho-vos sempre muito presente no coração e na minha oração, e ainda mais nos últimos dias quando o momento tão desejado de vos visitar se ia aproximando e que, graças à bondade divina, chegou.

    Encontrando-me agora no vosso meio, não posso deixar de lembrar a histórica visita a Cuba do meu predecessor, o Beato João Paulo II, que deixou uma marca indelével na alma dos cubanos. O seu exemplo e os seus ensinamentos constituem uma guia luminosa para muitos, crentes ou não, que os orienta tanto na vida pessoal como na atuação pública ao serviço do bem comum da Nação. De fato, a sua passagem pela Ilha foi uma espécie de brisa suave de fresca aragem que deu novo vigor à Igreja em Cuba, despertando em muitas pessoas uma renovada consciência da importância da fé e encorajando a abrir os corações a Cristo, ao mesmo tempo que reacendeu a esperança e revigorou o desejo de trabalhar corajosamente por um futuro melhor. Um dos frutos importantes daquela visita foi a inauguração duma nova etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano caracterizada por um espírito de maior colaboração e confiança, embora permaneçam ainda muitos aspectos em que se pode e deve avançar, especialmente no que diz respeito à contribuição imprescindível que a religião é chamada a prestar no âmbito público da sociedade.

    Estou muito feliz por poder partilhar a vossa alegria na celebração do IV centenário da descoberta da imagem sagrada da Virgem da Caridade do Cobre. A sua figura cativante esteve, desde o início, muito presente tanto na vida pessoal dos cubanos como nos grandes acontecimentos do País, especialmente durante a sua independência, sendo venerada por todos como verdadeira mãe do povo cubano. A devoção à «Virgem Mambisa» sustentou a fé e encorajou a defesa e promoção de tudo o que dignifica a condição humana e dos seus direitos fundamentais; e hoje continua fazê-lo ainda com mais força, dando assim testemunho visível da fecundidade da pregação do Evangelho nestas terras e das profundas raízes cristãs que configuram a identidade mais genuína da alma cubana. Seguindo o rasto deixado por tantos peregrinos ao longo destes séculos, também eu desejo ir a El Cobre prostrar-me aos pés da Mãe de Deus para Lhe agradecer a solicitude com que cuida de todos os seus filhos cubanos e confiar à sua intercessão os destinos desta amada Nação para que os guie pelas sendas da justiça, da paz, da liberdade e da reconciliação.

    Venho a Cuba como peregrino da caridade, para confirmar os meus irmãos na fé e encorajá-los na esperança, que nasce da presença do amor de Deus nas nossas vidas. Levo no coração as justas aspirações e os legítimos desejos de todos os cubanos – onde quer que se encontrem –, os seus sofrimentos e alegrias, as suas preocupações e os anseios mais nobres, especialmente dos jovens e dos idosos, dos adolescentes e das crianças, dos doentes e dos trabalhadores, dos encarcerados e dos seus familiares, bem como dos pobres e necessitados.

    Muitas partes do mundo atravessam, hoje, um momento de particular dificuldade econômica, cuja origem tantos concordam em situá-la numa profunda crise de tipo espiritual e moral, que deixou o homem sem valores e desprotegido contra a ganância e o egoísmo de certos poderes que não têm em conta o bem autêntico das pessoas e das famílias. Não é possível continuar por mais tempo na mesma direção cultural e moral, que causou esta situação dolorosa que muitos sentem. Em vez disso, o verdadeiro progresso necessita duma ética que coloque no centro a pessoa humana e tenha em conta as suas exigências mais autênticas, de modo especial a sua dimensão espiritual e religiosa. Por isso, vai ganhando cada vez mais espaço, no coração e na mente de muitas pessoas, a certeza de que a regeneração das sociedades e do mundo exige homens retos e de firmes convicções morais e altos valores de fundo que não sejam manipuláveis por interesses limitados mas correspondam à natureza imutável e transcendente do ser humano.

    Queridos amigos, estou convencido de que Cuba, neste momento tão importante da sua história, estende já o seu olhar para o amanhã, esforçando-se por renovar e ampliar os seus horizontes; para isso contribuirá aquele imenso patrimônio de valores espirituais e morais que plasmaram a sua identidade mais genuína e que estão esculpidos na obra e na vida de muitos e insignes pais da Pátria, como o Beato José Olallo y Valdés, o Servo de Deus Félix Varela e o insigne José Martí. A Igreja, por sua vez, soube contribuir diligentemente para a promoção de tais valores através da sua generosa e incansável missão pastoral, e renova os seus propósitos de continuar a trabalhar sem descanso para servir do melhor modo a todos os cubanos.

    Peço ao Senhor que abençoe copiosamente esta terra e seus filhos, particularmente os que se sentem desfavorecidos, os marginalizados e quantos sofrem no corpo ou no espírito, e conceda a todos, por intercessão de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, um futuro cheio de esperança, solidariedade e concórdia. Muito obrigado.

    © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Desafios da visita papal
    Testemunho de Dom Felipe Arizmendi Esquivel

    GUANAJUATO, segunda-feira, 26 de março de 2012 (ZENIT.org)- Oferecemos a seguir um artigo escrito por uma testemunha excepcional da visita de Bento XVI ao México, o bispo de San Cristóbal de las Casas, dom Felipe Arizmendi Esquivel.

    *****

    Felipe Arizmendi Esquivel

    Este sábado foi uma pausa para o papa recuperar as forças depois da viagem cansativa e para afinar os detalhes dos próximos eventos. Os bispos do México e os representantes de todos os países latino-americanos foram convidados a um passeio e a um concerto de música clássica religiosa.

    Os fiéis, em todas as partes, continuam expressando a sua felicidade com esta visita. Alguns recarregam as energias para a missa campal do domingo. Outros, na visita a Guanajuato, esperam horas e horas porque querem ver o papa, ainda que só por instantes fugazes. Não se limitam nem se deixam impressionar por quem sistematicamente procurou desqualificar o papa e a hierarquia católica. Eles vêem o Vigário de Cristo e não fazem comparações midiáticas com João Paulo II. Sua fé, mesmo não sendo sempre sólida e coerente, os leva às ruas, a gritar, aplaudir, caminhar, peregrinar, esperar, sacrificar-se, rezar e confiar na Igreja. Eles sabem que os casos de pederastia clerical entre nós são escassos e têm plena confiança em seus sacerdotes. E, por isso mesmo, este não é um assunto prioritário para o episcopado mexicano; está sendo atendido como deve ser. Na recente aprovação das Normas Básicas para a formação sacerdotal, indicamos que devem ser excluídos definitivamente dos seminários aqueles que derem indícios de uma inadequada maturidade sexual e afetiva.

    Ressalto alguns dos desafios que a presença do papa entre nós nos propõe:

    - Durante o voo de vinda, ele disse que vem ao México para compartilhar as alegrias e as esperanças deste grande país, inclusive em meio às dificuldades que vivemos hoje. Ele vem animar e aprender, confirmar na fé, na esperança e na caridade e confortar no compromisso em favor do bem e da luta contra o mal. Isto desafia a todos nós, pastores, a compartilhar de perto a vida do nosso povo, a animá-lo, ouvi-lo, aprender dele, acompanhá-lo, para que a sua fé se expresse em compromisso com o bem social.

    - Abordou o grave problema do narcotráfico e da violência. Disse que é uma grande responsabilidade da Igreja católica fazer o possível contra este mal, destrutivo para a humanidade e para a nossa juventude. Em particular, afirmou que devemos educar as consciências e a responsabilidade moral para desmascarar o mal; desmascarar esta idolatria do dinheiro que escraviza os homens; desmascarar as falsas promessas. É um desafio não só para os bispos, mas para todos nós que somos esta Igreja: pais de família, educadores, comunicadores, políticos, líderes e muitos dos próprios narcotraficantes e criminosos.

    - Fez uma grave e muito preocupante afirmação: talvez haja em muitos católicos uma certa esquizofrenia entre a moral individual e a moral pública: individualmente, são crentes católicos, mas na vida pública seguem outros caminhos que não correspondem aos grandes valores do Evangelho, necessários para o estabelecimento de uma sociedade justa. É bom educar para superar esta esquizofrenia, e fazer isto com a doutrina social da Igreja.

    - Em Guanajuato, num ato simbólico e muito expressivo com as crianças, ele nos urgiu a protegê-las e cuidá-las, para que nunca se apague o seu sorriso. Não aludiu explicitamente aos crimes de pederastia clerical, mas, no fundo das suas palavras, encontram-se estes e outros casos de sofrimento infantil. Por isso, ele nos pediu não só evitar os abusos, mas respeitar e atender a todas as crianças. Exigiu que a Igreja esteja perto das crianças e faça o que deve para que o seu sorriso não se apague. No coração do papa há uma justa preocupação com a infância, que nós devemos compartilhar.

    Valorizo e ressalto ainda o grande serviço informativo oferecido pela televisão mexicana. Mesmo não faltando comentários ácidos de alguns dos seus comunicadores, a mídia em geral colaborou com todo o respeito para que sentíssemos o papa mais de perto e valorizássemos as suas reações e mensagens. Nosso agradecimento a todos.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013


    O mundo em preparação para a JMJ Rio 2013
    Dom Orani reflete sobre o encontro promovido pelo Pontifício Conselho para os Leigos

    Por Maria Emília Marega

    ROMA, sábado, 31 de março de 2012(ZENIT.org) -O Pontifício Conselho para os Leigos promoveu um encontro com os agentes da Pastoral da Juventude do mundo inteiro, para refletir sobre as Jornadas Mundiais da Juventude em preparação para a JMJ Rio 2013, em Rocca di Papa, na Itália.

    ZENIT conversou com o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, nesta sexta-feira, momentos antes da missa celebrada em português e animada por missionários das comunidades Shalom, Canção Nova e Obra de Maria. Após a missa os participantes puderam assistir ao show do Pe Zezinho.

    Dom Orani, como o senhor analisa este encontro?

    Dom Orani:Eu creio que é um encontro muito importante porque as Jornadas Mundiais da Juventude têm uma finalidade de animação da juventude católica e também de animar a pastoral juvenil e, além disso, fazer a unidade universal, através da diversidade de línguas e situações representadas neste encontro.

    Como se desenvolvem os trabalhos...

    Dom Orani:Representantes do mundo inteiro tanto das nações como também das comunidades estão aqui para viverem juntos e examinarem a Jornada Mundial da Juventude de Madri, para escutarem e perguntarem sobre o Rio de Janeiro e para pensarem sobre a pastoral juvenil.

    O que deverá acontecer a partir deste encontro...

    Dom Orani:Eu creio que é um momento muito importante, creio que daqui tanto da avaliação da Jornada Mundial de Madri, como também da programação do Rio de Janeiro e da preocupação com a pastoral juvenil, deverão sair grandes idéias para todos os países que, adaptando estas idéias, poderão ajudar muito no trabalho pastoral com a juventude.

    As idéias que mais chamaram a atenção...

    Dom Orani: A gente acaba escutando dos vários países muitas iniciativas bonitas, até de países que tem muita dificuldade de liberdade religiosa. A gente imagina que, muitas vezes, eles não têm a possibilidade de trabalhar com a pastoral, com as celebrações e fico vendo como eles conseguem, mesmo em países de pouca liberdade religiosa, reunir os jovens, fazer uma programação e isto nos ajuda a ver quais são as dificuldades, além das que temos; a nunca desanimar e tentar a cada momento trabalhar nas várias pastorais, especialmente na da juventude, que constrói o hoje e o amanhã da sociedade.

    O que fica de mais importante deste encontro...

    Dom Orani: Creio que os trabalhos e as várias preocupações que existem de organização pastoral da juventude, com reflexões e aprofundamentos de fé são muito importantes. Deve ser uma meta a ser seguida, um desafio a ser enfrentado, de como ajudar os nossos jovens a aprofundarem a fé e a serem homens e mulheres discípulos e missionários de Jesus Cristo para evangelizar.  

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Familia e Vida


    Como está a aprovação do Aborto no Brasil?
    Entrevista com Claudio Fontelles, Subprocurador- geral da República

    Por Thácio Siqueira

    BRASILIA, sábado, 31 de março de 2012 (ZENIT.org) – Claudio Fontelles ,que foi Subprocurador-geral da República, grau mais alto da carreira, concedeu ao ZENIT uma entrevista para esclarecer-nos um pouco mais a situação atual do projeto que prevê a legalização do Aborto no Brasil. Publicamos a seguir e entrevista:

     ****

    A comissão de juristas criada pelo Senado para elaborar o novo Código Penal aprovou no dia 09 de março deste ano um anteprojeto que prevê, entre outros pontos, a ampliação dos casos em que o aborto é legal. A aprovação constou de quase maioria absoluta dos juristas, menos 1 que se opôs. O senhor poderia explicar para os católicos brasileiros, o que é essa comissão e por qual motivo está composta por pessoas que pensam da mesma forma?

    Claudio Fonteles: A comissão, instituída pela presidência do Senado da República, objetiva apresentar aos senadores a visão de segmentos profissionais vinculados à Justiça - membros do Ministério Público, magistrados, advogados, professores - sobre os vários temas presentes no Código Penal para a sua reformulação, extinção e apresentação de novas realidades, que necessitem ser normatizadas.

    Realmente, constituir comissão em que os membros conduzam-se de maneira a consagrar pensamento uniforme, mormente no relevantíssimo tema alusivo à defesa da vida humana, grandemente controvertido na sociedade brasileira, não condiz com a própria vocação do Parlamento, manifestação límpida do regime democrático, justamente por comportar o amplo e plural debate.

    Creio que isso possa vir a ser sanado se a presidência do Senado, tendo em mãos o trabalho conclusivo da comissão e publicando-o, abrir prazo razoável para que os vários segmentos da sociedade se pronunciem sobre o mesmo, enviando concretas e fundamentadas críticas, ao que deve se seguir a realização de audiências públicas em que os representantes de pontos de vista opostos sejam equanimemente representados.

    Qual foi a importância dada a esse anteprojeto? Essa aprovação significa que ele só passa por uma das Casas do Congresso para a aprovação final?

    Claudio Fonteles: A comissão simplesmente subsidia, como disse antes, o posicionamento dos senhores senadores. Seu trabalho - e aqui insisto como esclareci na resposta anterior - deve sofrer o crivo da sociedade civil e, depois, tudo encaminhado às comissões específicas do Senado; à deliberação plenária; enviada à Câmara Federal para exame, também, de suas comissões específicas; decisão plenária e envio ao exame da Presidência da República.

    Segundo informou a Folha, em notícia daquele dia, pela proposta, não é crime a interrupção da gravidez até a 12ª semana quando, a partir de um pedido da gestante, o "médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade".Inicialmente, a ideia da comissão era propor que essa autorização fosse apenas dos médicos, mas acabou estendida aos psicólogos. Qual é o seu juízo sobre essa proposta?

     Claudio Fonteles: Sobre esse específico ponto, a proposta de inovação é completamente incorreta. Todo texto normativo deve primar pela objetividade a que a solução que objetive não se dilua na incerteza. Então, como se aferir que "a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade"? Eis situação carregada de imprecisão, marcada pela subjetividade e, o que também revela extrema precariedade, conferida a decisão a hum ( 1 ) só e solitário profissional.

    Hoje, inclusive, novo ramo da medicina já se faz real: a medicina fetal, ou a terapia fetal, que surge, e se desenvolve em passos concretos, justamente a que se preserve a vida e a saúde do feto. Portanto, o que a isso há de se somar é o cuidado para com a gestante em toda a sua dimensão para que ela, justamente vivendo experiência, clara e concreta, de apoio, solidariedade, amor e amparo emocional, psicológico e material, por parte do Estado brasileiro e de associações privadas, una-se à vida que dela tanto necessita, ou doe essa vida a quem dela tanto queira. Devo, aqui, registrar o Programa-Cegonha, desenvolvido pelo governo da Presidenta Dilma, justamente a amparar a mulher e a vida do feto, no pré-natal, como diretriz governamental acertadíssima, digna de parceria, inclusive com os segmentos religiosos comprometidos com a defesa da vida.

    Por que a discussão sobre os anencéfalos se encontra no STF?

    Claudio Fonteles: A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde contratou o advogado Luiz Roberto Barroso que promoveu no Supremo Tribunal Federal a ação de decumprimento de preceito fundamental - ADPF nº 54 - para legitimar o aborto do feto anencéfalo.

    O código Penal brasileiro ainda considera o aborto um crime, exceto no caso de estupro ou para salva a vida da mãe. O senhor considera que o Brasil está a ponto de tirar plenamente o aborto do código penal?

    Claudio Fonteles: Não, considero que no estágio atual da sociedade brasileira, que se debate entre a formação de uma sociedade humanista, solidária, amorosa ou de uma sociedade egoista, utilitarista, pragmática, sendo essa última visão fortemente difundida pelo stablishment midiático das grandes corporações jornalísticas a impor a cultura do politicamente correto, é de se manter o quadro normativo como está, sem alterações no Código Penal na temática sobre o aborto. 

    Parece ser que esse tema foi repassado para Maio, para aprovação do Senado. O senhor poderia nos atualizar um pouco sobre o estado da situação? O que a comunidade católica pode fazer para ajudar nesse processo de decisão, para evitar que o aborto, a eutanásia e a questão dos anencéfalos sejam aprovados no Brasil? 

    Claudio Fonteles: A comunidade católica, de plano unida às demais irmãs, e irmãos, de outras confissões religiosas,e irmãs e irmãos não crentes, mas todos tendo em comum a defesa da mulher grávida e do feto devem em todos os quadrantes em que atuem, na comunidade brasileira, incessante, serena e fundamentadamente posicionar-se concretamente - debates, manifestações públicas ordeiras, passeatas, cobranças assíduas aos parlamentares - em prol da afirmação desse valor supremo, que é a vida.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Não há liberdade de escolha quando a escolha é matar o indefeso.
    Contribuição especial do subprocurador geral da República, Cláudio Lemos Fonteles

    Por Cláudio Fonteles*

    BRASILIA, terça-feira, 27 de março de 2012 (ZENIT.org) – A discussão sobre o aborto assume grande relevo porque necessariamente diz com o tipo de sociedade em que almejamos viver: a sociedade amorosa, fraterna, solidária ou a sociedade do egoísmo, do abandono, da violência. E, porque a discussão é assim posta, assim devendo ser, efetivamente, o Estado, como a sociedade politicamente organizada, tem que enfrentar a questão e não, cinicamente, reduzi-la à esfera de opção individual.

    A mulher e o embrião, ou o feto, se já alcançado estágio posterior na gestação, que está em seu ventre, são as grandes vítimas do cinismo estatal.

    A mulher porque ou por todos abandonada – seu homem, sua família, seus amigos – ou porque, e o que é pior por assim caracterizar um estado de coisas, teme venha a ser abandonada pelo homem, pela família, pelos amigos.

    A mulher porque incentivada, e estimulada, pela propaganda oficial e privada a desfazer-se da vida, presente em seu ser, como se a vida fosse um estorvo, um empecilho, um obstáculo que deve ser eliminado em nome, hipocritamente do direito à liberdade de escolha.

    Não há liberdade de escolha quando a escolha é matar o indefeso.

    O embrião, ou o feto, porque vida em gestação, mas, repito, vida-presente não se lhes permite a interação amorosa, já plenamente, ainda que no espaço intra-uterino, com sua mãe, e com os demais, caso esses não adotem a covarde conduta do abandono da mulher.

    O Estado brasileiro consolidou em seu ordenamento jurídico “mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher”, editando a lei nº. 11.340/06, conhecida como a lei “Maria da Penha”.

    Vamos ler alguns artigos dessa importante lei:

    - “Poderá o Juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento (art. 23, I);

    - Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário: fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas (art. 26, II);

    - A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências: centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes em situação de violência doméstica e familiar; casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e familiar; programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar (art. 35, I, II e IV)”

    Ora, se assim o é, justamente para que a integridade física da mulher seja protegida, por que, cinicamente, o Estado brasileiro detém-se aqui e, em relação à mulher, que está grávida, que acolhe em si a vida, estimula-a a matar, também a abandonando?

    Por que o Estado brasileiro, repito cínico, pela omissão e pela frouxa, errônea e irresponsável justificativa de inserir-se o tema na órbita privada, não tira, como tirou o tema da violência doméstica, portanto também privada, dessa estrita órbita e à mulher gestante não lhe oferece todos os mecanismos oferecidos à mulher fisicamente agredida, para que, assim claramente amparada, a mulher, em ambas as situações, tenha o direito de viver e fazer viver a vida que consigo traz?

    Aguarda-se o governante municipal, estadual e federal que tenha coragem de defender a vida-mulher e a vida-embrião, ou a vida-feto, que a

    primeira acolhe em seu ventre.

    *

    Claudio Fontelles, foi Subprocurador-geral da República, grau mais alto da carreira, atuou no Supremo Tribunal Federal na área criminal. Coordenou a Câmara Criminal (1991) e a antiga Secretaria de Defesa dos Direitos Individuais e Interesses Difusos - Secodid (1987). Escolhido pelo Presidente Luis Inácio Lula Procurador Geral da República dos anos 2003-2005. Lecionou Direito Penal e Direito Processual Penal. Recentemente graduou-se em Teologia pelo Instituto S. Boaventura dos Frades Menores Conventuais. É professor de Doutrina Social da Igreja no Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília. Aposentou-se do cargo de subprocurador-geral da Repúbica em 15 de agosto de 2008http://www.claudiofonteles.blogspot.com/

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Santa Sé


    "Convite a adotar a visão reta sobre a humanidade inteira"
    Homilia de Bento XVI na celebração do Domingo de Ramos

    CIDADE DO VATICANO, domingo, 01 de abril de 2012(ZENIT.org) - Apresentamos a Homilia de Bento XVI na missa de Domingo de Ramos, celebrada hoje na Praça de São Pedro.

    ***

    Queridos irmãos e irmãs!

    O Domingo de Ramos é o grande portal de entrada na Semana Santa, a semana em que o Senhor Jesus caminha até ao ponto culminante da sua existência terrena. Ele sobe a Jerusalém para dar pleno cumprimento às Escrituras e ser pregado no lenho da cruz, o trono donde reinará para sempre, atraindo a Si a humanidade de todos os tempos e oferecendo a todos o dom da redenção. Sabemos, pelos Evangelhos, que Jesus Se encaminhara para Jerusalém juntamente com os Doze e que, pouco a pouco, se foi unindo a eles uma multidão cada vez maior de peregrinos. São Marcos refere que, já à saída de Jericó, havia uma «grande multidão» que seguia Jesus (cf. 10, 46).

    Nesta última parte do percurso, tem lugar um acontecimento singular, que aumenta a expectativa sobre aquilo que está para suceder, fazendo com que a atenção geral se concentre ainda mais em Jesus. À saída de Jericó, na beira do caminho, está sentado pedindo esmola um cego, chamado Bartimeu. Quando ouve dizer que Jesus de Nazaré estava chegando, começa a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!» (Mc 10, 47). Procuram silenciá-lo, mas sem sucesso; por fim Jesus manda-o chamar, convidando-o a aproximar-se. «O que queres que Eu te faça?» - pergunta-lhe. E ele: «Mestre, que eu veja!» (v. 51). Jesus responde: «Vai, a tua fé te curou». Bartimeu recuperou a vista e começou a seguir Jesus pela estrada (cf. v. 52). Depois deste sinal prodigioso precedido pela invocação «Filho de David», de improviso levanta-se um frêmito de esperança messiânica no meio da multidão, fazendo com que muitos se perguntassem: Poderia este Jesus, que caminhava à sua frente para Jerusalém, ser o Messias, o novo David? Porventura teria chegado, com esta sua entrada já iminente na cidade santa, o momento em que Deus iria finalmente restaurar o reino de David?

    Também a preparação da entrada, combinada por Jesus com os seus discípulos, ajuda a aumentar esta esperança. Como ouvimos no Evangelho de hoje (cf. Mc 11,1-10), Jesus chega a Jerusalém vindo de Betfagé e do Monte das Oliveiras, isto é, seguindo a estrada por onde deveria vir o Messias. De Betfagé, Ele envia à sua frente dois discípulos, com a ordem de Lhe trazerem um jumentinho que encontrarão no caminho. De fato encontram o jumentinho, soltam-no e levam-no a Jesus. Naquele momento, o entusiasmo apodera-se dos discípulos e também dos outros peregrinos: pegam nos seus mantos e colocam-nos uns sobre o jumentinho e outros estendidos no caminho por onde Jesus passa montado no jumento. Depois cortam ramos das árvores e começam a apregoar expressões do Salmo 118, antigas palavras de bênção dos peregrinos que, naquele contexto, se tornam uma proclamação messiânica: «Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai David! Hosana no mais alto dos céus!» (vv. 9-10). Esta aclamação festiva, transmitida pelos quatro evangelistas, é um brado de bênção, um hino de exultação: exprime a convicção unânime de que, em Jesus, Deus visitou o seu povo e que o Messias ansiado finalmente chegou. E todos permanecem lá, numa crescente expectativa da ação que Cristo realizará quando entrar na sua cidade.

    Mas qual é o conteúdo, o sentido mais profundo deste grito de júbilo? A resposta é-nos dada pela Escritura no seu conjunto, quando nos lembra que no Messias se cumpre a promessa da bênção de Deus, a promessa feita por Deus originariamente a Abraão, o pai de todos os crentes: «Farei de ti um grande povo e te abençoarei (...). Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!» (Gn 12, 2-3). Trata-se de uma promessa que Israel mantivera sempre viva na oração, especialmente na oração dos Salmos. Por isso, Aquele que a multidão aclama como o Bendito é, ao mesmo tempo, Aquele em quem será abençoada a humanidade inteira. Assim, na luz de Cristo, a humanidade reconhece-se profundamente unida e, de certo modo, envolvida pelo manto da bênção divina, uma bênção que tudo permeia, tudo sustenta, tudo redime, tudo santifica.

    E aqui podemos descobrir uma primeira grande incumbência que nos chega da festa de hoje: o convite a adotar a visão reta sobre a humanidade inteira, sobre os povos que formam o mundo, sobre suas diversas culturas e civilizações. A visão que o crente recebe de Cristo é um olhar de bênção: um olhar sapiencial e amoroso, capaz de captar a beleza do mundo e condoer-se da sua fragilidade. Nesta visão, manifesta-se o próprio olhar de Deus sobre os homens que Ele ama e sobre a criação, obra das suas mãos. Lemos no Livro da Sabedoria: «De todos tens compaixão, porque tudo podes, e fechas os olhos aos pecados dos mortais, para que se arrependam. Sim, amas tudo o que existe e não desprezas nada do que fizeste; (...) a todos, porém, tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor amigo da vida» (Sb 11, 23-24.26).

    Voltando à passagem do Evangelho de hoje, perguntemo-nos: Que pensavam, realmente, em seus corações aqueles que aclamam Cristo como Rei de Israel? Certamente tinham a sua idéia própria do Messias, uma idéia do modo como devia agir o Rei prometido pelos profetas e há muito esperado. Não foi por acaso que a multidão em Jerusalém, poucos dias depois, em vez de aclamar Jesus, grita para Pilatos: «Crucifica-O!», enquanto os próprios discípulos e os outros que O tinham visto e ouvido ficam mudos e confusos. Na realidade, a maioria ficara desapontada com o modo escolhido por Jesus para Se apresentar como Messias e Rei de Israel. É precisamente aqui que se situa o ponto fulcral da festa de hoje, mesmo para nós. Para nós, quem é Jesus de Nazaré? Que idéia temos do Messias, que idéia temos de Deus? Esta é uma questão crucial, que não podemos evitar, até porque, precisamente nesta semana, somos chamados a seguir o nosso Rei que escolhe a cruz como trono; somos chamados a seguir um Messias que não nos garante uma felicidade terrena fácil, mas a felicidade do céu, a bem-aventurança de Deus. Por isso devemos perguntar-nos: Quais são as nossas reais expectativas? Quais são os desejos mais profundos que nos animaram a vir aqui, hoje, celebrar o Domingo de Ramos e iniciar a Semana Santa?

    Queridos jovens, aqui reunidos! Em todos os lugares da terra onde a Igreja está presente, este Dia é especialmente dedicado a vós. Por isso, vos saúdo com muito carinho! Que o Domingo de Ramos possa ser para vós o dia da decisão: a decisão de acolher o Senhor e segui-Lo até ao fim, a decisão de fazer da sua Páscoa de morte e ressurreição o sentido da vossa vida de cristãos. Tal é a decisão que leva à verdadeira alegria, como quis recordar na Mensagem aos Jovens para este seu Dia - «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Flp 4, 4) -, e como se vê na vida de Santa Clara de Assis, que há oitocentos anos – exatamente no Domingo de Ramos –, movida pelo exemplo de São Francisco e dos seus primeiros companheiros, deixou a casa paterna para consagrar-se totalmente ao Senhor: com dezoito anos, teve a coragem da fé e do amor para se decidir por Cristo, encontrando n’Ele a alegria e a paz.

    Queridos irmãos e irmãs, dois sentimentos nos animem particularmente nestes dias: o louvor, como fizeram aqueles que acolheram Jesus em Jerusalém com o seu «Hosana»; e a gratidão, porque, nesta Semana Santa, o Senhor Jesus renovará o dom maior que se possa imaginar: dar-nos-á a sua vida, o seu corpo e o seu sangue, o seu amor. Mas um dom assim tão grande exige que o retribuamos adequadamente, ou seja, com o dom de nós mesmos, do nosso tempo, da nossa oração, do nosso viver em profunda comunhão de amor com Cristo que sofre, morre e ressuscita por nós. Os antigos Padres da Igreja viram um símbolo de tudo isso num gesto das pessoas que acompanhavam Jesus na sua entrada em Jerusalém: o gesto de estender os mantos diante do Senhor. O que devemos estender diante de Cristo – diziam os Padres - é a nossa vida, ou seja, a nós mesmos, em sinal de gratidão e adoração. Para concluir, escutemos o que diz um desses antigos Padres, Santo André, Bispo de Creta: «Em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de arbustos que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu vigor, prostremo-nos nós mesmos aos pés de Cristo, revestidos da sua graça, ou melhor, revestidos d’Ele mesmo (…); sejamos como mantos estendidos a seus pés (…), para oferecermos ao vencedor da morte não já ramos de palmeira, mas os troféus da sua vitória. Agitando os ramos espirituais da alma, aclamemo-Lo todos os dias, juntamente com as crianças, dizendo estas santas palavras: “Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel”» (PG 97, 994). Amém!

    © Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Peço a Deus que os encoraje e sustente com a sua força
    Telegrama de despedida de Bento XVI ao presidente Raúl Castro

    HAVANA, sexta-feira, 30 de março de 2012 (ZENIT.org) - Ao deixar o território cubano depois da visita apostólica, o papa enviou ao presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros, Raúl Modesto Castro Ruz, o seguinte telegrama:

    “Ao término da minha viagem apostólica a Cuba, desejo renovar a minha sincera gratidão a sua excelência e às demais autoridades, assim como aos pastores e fiéis desse amado país, pelas inumeráveis mostras de afeto que me dedicaram durante a minha permanência nessas benditas terras, que estão comemorando com alegria os quatrocentos anos do achado e da presença nelas da venerada imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre.

    Asseguro a todos os cubanos uma constante lembrança na oração e peço a Deus que os encoraje e sustente com a sua força, para que eles vejam realizadas suas justas aspirações e seus mais nobres anseios.

    Com estes sentimentos e vivos desejos, e como penhor de copiosas graças celestiais, concedo-lhes de coração uma especial bênção apostólica.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Bento XVI já está de volta ao Vaticano
    Encerram-se as visitas apostólicas ao México e Cuba

    VATICANO, sexta-feira, 30 de março de 2012 (ZENIT.org) - O avião com o papa Bento XVI, de volta de Havana, aterrissou no aeroporto de Roma-Ciampino na manhã desta quinta-feira (29), às 10h35, depois de mais de dez horas de voo. O Boeing 777 da Alitalia tinha partido do aeroporto internacional José Martí, da capital de Cuba, às 17 horas da quarta-feira.

    O papa se dirigiu imediatamente ao Vaticano.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Excomungados quatro clérigos greco-católicos da Ucrânia
    Eles se proclamaram bispos e criaram uma Igreja separada

    VATICANO, sexta-feira, 30 de março de 2012 (ZENIT.org) – A Congregação para a Doutrina da Fé divulgou uma Declaração sobre o status canônico dos "sediciosos bispos greco-católicos de Pidhirci", reverendos Eliáš A. Dohnal OSBM, Markian V. Hitiuk OSBM, Metodeix R. Špiřik OSBM e Robert Oberhauser.

    1) A Santa Sé acompanhou com viva apreensão a atividade iniciada pelos reverendos EliášA. Dohnal OSBM, Markian V. Hitiuk OSBM, Metodeix R. Špiřik OSBM e Robert Oberhauser, que, expulsos da Ordem Basiliana de São Josafá, se proclamaram bispos da Igreja greco-católica ucraniana. Os clérigos, com seu comportamento contumaz, continuam desafiando a autoridade eclesiástica, prejudicando moral e espiritualmente não só a Ordem Basiliana de São Josafá e a Igreja greco-católica ucraniana, mas também esta Sede Apostólica e a inteira Igreja católica. O caso provoca divisão e desconcerto entre os fiéis. Os citados clérigos, depois de darem vida a um grupo de "bispos" de Pidhirci, recentemente tentaram obter o reconhecimento e o sucessivo registro, por parte das competentes autoridades civis, como "Igreja Ortodoxa Greco-Católica Ucraniana".

    2) Expoentes de vários níveis da Igreja desde o início deste doloroso assunto procuraram em vão dissuadi-los do comportamentos que pode levar os fiéis ao erro, o que de fato aconteceu com alguns.

    3) A Santa Sé, solícita em proteger a unidade e a paz do rebanho de Cristo, esperou um arrependimento e um consequente retorno dos clérigos à plena comunhão com a Igreja católica. Infelizmente, os últimos acontecimentos demonstraram a sua contumácia.

    4) Para salvaguardar o bem comum da Igreja e a salus animarum, dado que os sediciosos "bispos" de Pidhirci não deram sinal de reconsideração, mas seguem, antes, criando confusão e desordem na comunidade dos fiéis, em particular caluniando os expoentes da Santa Sé e da Igreja local e afirmando que a Suprema Autoridade da Igreja está em posse de documentação que comprovaria a plena validade da sua ordenação episcopal, a Congregação para a Doutrina da Fé, acolhendo a petição apresentada pela Autoridade eclesiástica da Igreja greco-católica ucraniana, assim como outros dicastérios da Santa Sé, decidiu com a presente declaração informar aos fiéis, especialmente nos países de proveniência dos sediciosos "bispos", a respeito da sua atual condição canônica.

    5) Esta Congregação, dissociando-se totalmente da ação dos mencionados sediciosos "bispos" e das suas supracitadas falsas declarações, formalmente declara não reconhecer a validade da sua ordenação episcopal e de todas as ordenações que delas derivaram ou derivarão. O estado canônico dos quatro mencionados sediciosos "bispos" é o de excomungados segundo o cânon 1459 § 1 do Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium (CCEO), dado que, com a sentença de segunda instância do Tribunal Ordinário da Igreja Arquiepiscopal Maior Ucraniana de 10 de setembro de 2008, os mesmos foram reconhecidos culpados dos delitos dos cânones 1462, 1447 e 1452 CCEO, a saber, dos delitos de usurpação ilegítima do cargo; de fomentada sedição e de ódio para com alguns hierarcas e de provocação dos mesmos a desobedecer; além do delito de ofensa à boa fama mediante declarações caluniosas.

    6) Notifica-se, ainda, que a denominação "católica" usada por grupos não reconhecidos pela competente autoridade eclesiástica deve ser considerada ilegítima e abusiva segundo o cânon 19 CCEO.

    7) Os fiéis estão, portanto, obrigados a não aderir a tal grupo, que está, para todo efeito canônico, fora da comunhão eclesiástica, e são convidados a orar pelos membros do mesmo grupo para que possam arrepender-se e voltar à plena comunhão com a Igreja Católica.

    Do Palácio do Santo Ofício, 22 de fevereiro de 2012.

    William cardeal Levada, prefeito.

    + Luis F. Ladaria SJ, arcebispo titular de Thibica, secretário.

    ©Livraria Editora Vaticana

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Maior sensibilidade e proximidade às pessoas com autismo
    Mensagem do Conselho Pontifício para os Agentes Sanitários ante a Jornada Mundial

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 30 de março de 2012 (ZENIT.org) – É necessário expressar maior “sensibilidade e uma aproximação autenticamente solidária com as pessoas com autismo e com os seus familiares”. É a idéia principal do chamado feito pelo arcebispo Zygmunt Zimowski, presidente do Conselho Pontifício para os Agentes Sanitários, com motivo da V Jornada Mundial sobre o Autismo que se realizará no próximo dia 2 de Abril.

    Um data importante se tomamos em consideração, por um lado, a gravidade dos transtornos do autista, tanto para a pessoa que o sofre como para a sua família e para aqueles que o cuidam, e por outro lado, a urgente necessidade de aprofundar mais nos conhecimentos, e ao mesmo tempo extender as possibilidades de diagnóstico e de tratamento para as populações e países economicamente mais necessitados.

    As mesmas estatísticas, apesar do grande esforço dos expertos do setor, ainda tem lacunas a nível internacional, até mesmo considerando que o autismo esteja presente tanto nos países industrializados como nos que estão em desenvolvimento. Na Europa, estima-se que ao redor de sessenta crianças em 10 000 são afetadas.

    A Igreja, na compreensão dos sofrimentos e das dificuldades que padecem os doentes de autismo e seus familiares, adverte urgente necessidade de oferecer cada vez maior acolhida e colocar-se junto destas pessoas e das suas famílias, ou para romper essas barreiras de silêncio, ou ao menos para compartilhar na solidariedade e na oração seu caminho de sofrimento que, às vezes, apresenta também características da frustação e de resignação, não sendo o último, o  motivo dos poucos resultados terapéuticos.

    Igualmente, a Igreja sensibiliza e incentiva o mundo científico e as políticas sanitárias a empreender e incrementar itinerários diagnósticos, terapêuticos e de reabilitação, que possam enfrentar uma patologia que afeta numericamente a mais pessoas do que podíamos imaginar há alguns anos atrás. Animar e apoiar estes esforços – assinala o Conselho Pontifício - , também no gesto solidário do mundo escolar, do voluntariado e do associassionismo, é um dever para descobrir e fazer emerger aquela dignidade que a incapacidade – até a mais grave e devastadora – não cancela.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    O Papa pede para rezar pelas vocações e pela África
    Intenções confiadas ao Apostolado da Oração para o mês de abril

    CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 30 de março de 2012 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI pede aos fiéis para rezarem no mês de abril pelas vocações sacerdotais e religiosas e também pela África.

    É a proposta formulada pelo Pontífice na carta pontifícia que confiou ao Apostolado da Oração, iniciativa seguida por mais ou menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo.

    São duas as intenções - uma geral e uma missionária - que o Santo Padre confia a cada mês.

    "Para que muitos jovens saibam acolher o chamado de Cristo a seguí-lo no sacerdócio e na vida religiosa", afirma a intenção geral para abril.

    Aquela missionária diz assim: "Para que o Cristo ressuscitado seja sinal de segura esperança para homens e mulheres do Continente africano".

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    O caminho do conhecimento passa pelo do não-conhecimento
    Na última pregação de Quaresma, o padre Cantalamessa extrai o pensamento de São Gregório Nazianzeno e São Gregório de Nissa

    Por Salvatore Cernuzio

    ROMA, sexta-feira, 30 de março de 2012 (ZENIT.org) - O "caminho para o conhecimento de Deus" é o tema abordado pelo Padre Raniero Cantalamessa, durante a sua quarta e última pregação de Quaresma.

    Referindo-se a Santo Agostinho, o pregador da Casa Pontifícia fala de "duas dimensões da fé", ou seja, das coisas que devem ser cridas e o ato de crê-las, a fé objetiva e a fé subjetiva: dois pólos entre os quais "acontece toda a reflexão cristã sobre a fé".

    Neste sentido os Padres, de acordo com o Pregador, "são um elo vital para reencontrar a fé como entendida na Escritura", ou seja, uma fé que é objetiva e subjetiva ao mesmo tempo, “preocupada, pelo conteúdo da fé, mas ao mesmo tempo vivida com todo o ardor do coração”. Os Padres, portanto, podem dar "brilho e força de impacto no nosso esforço para restaurar a fé da Igreja".

    O assunto desta última pregação quaresmal é, então, a renovação da nossa fé a partir dos seus fundamentos, ou seja "o que é comumente entendido pela palavra ‘crer’ e segundo a qual distinguimos as pessoas entre crentes e não crentes: a fé na existência de Deus".

    A fé no Deus trino "é o estágio final da fé", diz Cantalamessa. "Para chegar a essa plenitude é necessário primeiro ter acreditado em Deus, no sentido de que antes da fé no Deus trino, há a fé no Deus uno”, acrescenta.

    Neste sentido, é necessário lembrar o ensinamento de São Gregório Nazianzeno de que existe uma verdadeira "pedagogia" com a qual Deus decide revelar-se a nós. Jesus mesmo “disse de abster-se do dizer aos apóstolos aquelas coisas que eles ainda não podiam ‘suportar o peso’, e também nós, portanto, devemos “ter a mesma pedagogia com aqueles aos quais queremos anunciar a fé.”

    O principal objetivo "não é apologético, mas espiritual, orientado a fortalecer a nossa fé e a comunicá-la”. Nesta direção, padre Cantalamessa repete o exemplo dos Padres, como fontes de inspiração: "Eles não se encontraram na situação, como nós, de ter que demonstrar a existência de Deus, mas a unicidade de Deus; não tiveram que combater o ateísmo, mas o politeísmo – explicou – O caminho traçado por eles para chegar ao conhecimento do Deus único, é o mesmo que pode levar o homem de hoje para a descoberta de Deus como tal”.

    Guia ideal para este caminho é, de acordo com Cantalamessa, São Gregório de Nissa, Padre e Doutor da Igreja que, foi o primeiro na história do cristianismo que “traçou um caminho para o conhecimento de Deus que responde particulamente à situação religiosa do homem de hoje: o caminho do conhecimento que passa pelo não conhecimento”.

    O Nisseno demonstrou, de fato, que “justo o reconhecimento da impossibilidade de conhecer a Deus é o caminho para o seu verdadeiro conhecimento”. Para explicar isso, retomou o tema de Moisés que encontra Deus na nuvem. Escreveu de fato: “A manifestação de Deus acontece primeiro por Moisés na luz; em seguida ele fala com Ele na nuvem; por fim tornado mais perfeito, O contempla nas trevas. A passagem da escuridão à luz é a primeira separação das idéias falsas e errôneas sobre Deus. A inteligência mais atenta às coisas escondidas é como uma nuvem que escurece todo o sensível e acostuma a alma à contemplação daquilo que está escondido”.

    “No ver que Deus é invisível”, estágio final do conhecimento de Deus – continua padre Cantalamessa – “não existe um conceito”, mas aquele que o Nisseno define, com uma famosa expressão: “um certo sentimento de presença”, um sentir-se não com os sentidos do corpo, mas com aqueles interiores do coração. Estas idéias do Nisseno tiveram uma influência muito grande no pensamento cristão posterior, a tal ponto de ser considerado o fundador mesmo da mística cristã, mas ao mesmo tempo nos podem ajudar a aprofundar a nossa fé e indicar ao homem moderno algum caminho que o leve para Deus.

    A novidade introduzida pelo Nisseno no pensamento cristão é que “a parte mais alta da pessoa, a razão, não está excluída da busca de Deus – escreve – não somos obrigados a seguir ou a fé ou a inteligência”.

    "Entrando na nuvem, isto é, acreditando - acrescentou o pregador da Casa Pontifícia - a pessoa humana permite à sua própria razão colocar seu ato mais nobre: reconhecer que existem muitas coisas que estão além dela".

    A doutrina de Gregório de Nissa, em conclusão, "nos assegura que, antes que humilhar-nos e privar-nos de algo, tal desconhecimento existe para encher o homem de entusiasmo e de alegria”. "Deus é infinitamente maior, mais bonito, bom, do que nós podemos imaginar - conclui Cantalamessa – para que nem sequer nos chegue perto o pensamento de que poderemos entediar-nos passando a eternidade perto Dele!"

    [Tradução Thácio Siqueira]

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Espiritualidade


    A história tem sentido na páscoa
    Diretor da Renovação Carismática explica como a ressurreição vence a rejeição do amor

    Por Salvatore Martinez

    ROMA, quinta-feira, 29 de março de 2012 (ZENIT.org) - Se a Páscoa marca a libertação do homem de toda escravidão do pecado e da morte, o pentecostes representa o recebimento de toda a energia espiritual capaz de combater o mal que ameaça o coração do homem e do mundo.

    Ou se reina com Cristo na terra, com a vitória de Cristo e com o poder do seu Espírito, "não deixando que o mal vença, mas vencendo o mal com o bem" (cf. Rom, 12, 21), ou o reino de Satanás avançará sempre mais dolorosamente. A páscoa, com a ressurreição de Jesus, abre as portas do céu, do reino de justiça e de paz, da casa de Deus onde não haverá morte nem pranto, nem clamor, nem dor (cf. Ap 21, 3-4).

    Desde que o homem deixou de acreditar no céu, transformou sua vida em algo que se assemelha a um inferno. O inferno na terra é, acima de tudo, a ausência da páscoa de Jesus, uma ausência que é rejeição do amor. Já é o inferno viver sem saber dar nem receber amor. Dizer-se cristão é fácil; ser cristão no generoso serviço à verdade e à atualidade dos mandamentos do amor de Deus é o grande desafio.

    A páscoa significa, hoje, dar um rosto ressuscitado, um rosto de amor aos mandamentos de Deus, que não são uma sequência de imperativos negativos, mas um pedido de compromisso, um chamado a construir uma civilização do amor.

    Assim, "não matar" significa proteger a vida, e desde o ventre materno. “Honra teu pai e tua mãe” é um apelo a defender a família natural. “Não levantarás falso testemunho” é a celebração da verdade e a defesa da dignidade humana.

    Quem vai ensinar às futuras gerações a arte de viver, se somos os primeiros a parar de construir com esperança? Estamos aceitando passivamente que o reino do subjetivismo exasperado continue a produzir e a justificar a proliferação da crueldade e da violência.

    Sim, porque o egoísmo é uma escola de crueldade. Particularmente notável, então, é esta nossa humanidade que vira as costas para o amor e que chora por abrir à sua frente um cenário de tristeza e de desolação.

    A Paz: uma pessoa que se dá

    É cada vez mais urgente achar as razões determinantes da reconciliação e do perdão, para inspirar a paz entre os homens, para criar uma cultura de paz que supere o ódio escondido no coração do homem. Jesus é o "Príncipe da Paz" (cf. Is 9, 6).

    Deixemo-nos desarmar pelo seu amor, porque é inútil falar de paz se os nossos corações aninham ódio, orgulho, indiferença.

    Jesus nos diz: "Ouvi-me todos e entendei: não há nada fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-lo. É o que sai do homem que o contamina. De dentro do coração do homem é que vêm as más intenções, roubos, assassinatos, maldade, engano, soberba, estultícia... "(Mc 7, 14-15.21-23).

    Como cristãos, temos sempre diante dos nossos olhos os apelos de Cristo no Sermão da Montanha: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Pois se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? E se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis que os outros não façam? Acaso não fazem o mesmo os pagãos? Sede, pois, perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito"(Mt 5, 43-48).

    A paz não é algo que se quer ou se tem, mas é Alguém, é Jesus, que nos quer, nos tem e se mantém fiel a nós.

    "Eu vos dou a minha paz, não como o mundo a dá" (Jo 14, 27). O mundo procura soluções pacíficas e crê ​​que homens iluminados podem garanti-la, mas nada de bom será conseguido sem Jesus, que, através da cruz e não de bandeiras multicoloridas, "destruiu em si mesmo a hostilidade" (Ef 2, 16-17).

    Que Jesus ressuscite vencedor da morte e libertador de todos os males: o tempo atual não pode prescindir do poder do seu nome. Invoquemo-lo, esperemo-lo, vivo e eficaz, para celebrá-lo como único Senhor e Salvador do mundo.

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Documentação


    O Concílio Vaticano II é um autêntico sinal de Deus
    Vídeo-mensagem do Papa pelo Encontro Nacional da Igreja da França em Lourdes

    LOURDES, segunda-feira, 26 de março de 2012(ZENIT.org) – A Conferencia Episcopal francesa promoveu em Lourdes um Encontro com o tema  "Joie et espérance. 50 ans après le Concile Vatican II"(Alegria e Esperança, 50 anos depois do Concílio Vaticano II), cuja primeira parte aconteceu sábado, 24 de março.

    Junto aos bispos da França, participam do encontro mais de 2500 leigos, religiosos e sacerdotes de todas as dioceses do país. Em seguida, apresentamos o texto do vídeo-mensagem do Santo Padre Bento XVI, apresentado na manhã de abertura do Encontro.

    ***

    Queridos irmãos e irmãs da França,

    O Concílio Vaticano II foi e é autêntico sinal de Deus para os nossos tempos. Se soubermos lê-lo e acolhê-lo dentro da Tradição da Igreja e sob a orientação segura do Magistério, ele será sempre uma grande força para o futuro da Igreja.

    Espero sinceramente que este aniversário seja para vós e para toda a Igreja que está na França, ocasião de renovação espiritual e pastoral. Este, de fato, nos oferece a oportunidade de conhecer melhor os textos que os Padres conciliares nos deixaram em herança e que não perderam seu valor,  a fim de assimilar e assegurar que produzam frutos para hoje.

     Essa renovação, que se insere na continuidade, assume diversas formas e o ano da fé, que quis propor a toda a Igreja por esta ocasião, deve permitir tornar nossa fé mais consciente, revitalizando nossa adesão ao Evangelho.

    Isso requer uma abertura cada dia maior à pessoa de Cristo, sobretudo redescobrindo  “o gosto” pela Palavra de Deus, para realizar uma profunda conversão do nosso coração e para andarmos pelas estradas do mundo a proclamar o Evangelho da esperança aos homens e às mulheres do nosso tempo, em diálogo respeitoso com todos.

    Que este tempo de graça permita consolidar a comunhão no interno da grande família que é a Igreja católica e contribua na reconstrução da unidade entre todos os cristãos, que era um dos principais objetivos do Concílio.

    A renovação da Igreja passa também através do testemunho dado pela vida dos próprios cristãos para que resplandeça a Palavra da verdade que o Senhor nos deixou.

    Queridos amigos, seguindo as testemunhas da fé, como santa Bernardette, a humilde vidente de Lourdes, Pauline Jaricot que suscitou na Igreja um novo impulso missionário e tantos outros que floresceram no solo da França, amadurecei o vosso conhecimento de Cristo.

    Através do serviço a Deus e aos irmãos, estes homens e mulheres nos mostram como a fé é um ato pessoal e comunitário, que implica também um testemunho e um compromisso público que não podemos negligenciar!

    Santa Joana d’Arc, de quem celebramos este ano o VI centenário do nascimento, é um exemplo luminoso disto: ela queria levar o Evangelho no coração das realidades mais trágicas da história e da Igreja de seu tempo.

    Redescobrir a alegria de acreditar e o entusiasmo de comunicar a força e a beleza da fé é uma questão essencial da nova evangelização à qual toda a Igreja é convidada. Coloquem-se a caminho, sem medo de levar os homens e mulheres de vosso país em direção a amizade com Cristo!

    Queridos irmãos e irmãs, que a Virgem Imaculada, Nossa Senhora de Lourdes, que teve um importante papel no mistério da saudação, seja para vós uma luz na estrada que conduz a Cristo e os ajude a crescer na fé. A todos vós, Bispos e fiéis, peregrinos de Lourdes, e a vós irmãos e irmãs da França, unidos conosco através da rádio ou da televisão, dirijo com todo o meu coração uma afetuosa Benção Apostólica!

    (Tradução:MEM)

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    Errata


    Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília

    Caros leitores,

    Na notícia do Zenit, entrevista sobre o Livro “Cartas Probo”, do dia 24 (http://www.zenit.org/article-29969?l=portuguese) houve um erro ao referir-se ao Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília. Apareceu na entrevista FATEC, mas na verdade a sigla é FATEO (Faculdade Teológica).

    Atualmente ainda é conhecida como CST (Curso Superior de Teologia da arquidiocese de Brasília).

    Para maiores informações sobre o CST acessar o site: http://www.cursosuperiordeteologia.com.br/

    Thácio Siqueira

    ZENIT - Edição Portuguesa

    Envie a um amigo | Imprima esta notícia

    top


    ANÙNCIOS


    Conheça as condições para anunciar nos serviços de e-mail de ZENIT. Visite: http://ads.zenit.org/portuguese

    * * * * * * * * * * * * * * * *

    Cardeal fala sobre o Filme "Bella": Um Filme Conectado a Vida...
    Caros amigos, o Cardeal Rigali disse em poucas palavras sua impressão sobre o filme BELLA: «tem uma mensagem que está muito conectada à VIDA: aos problemas da VIDA, aos desafios da VIDA, à VALORIZAÇÃO da VIDA». Caro Leitor, estamos REUNINDO um GRUPO de amigos PARA encomendar este belo filme diretamente da Distribuidora, por APENAS: R$ 19,99 (COM FRETE INCLUIDO PARA QUALQUER LUGAR DO BRASIL) Solicite maiores informações PELO E-MAIL: tasantosjr@filmebella.com

    http://www.filmebella.com

    top

    * * * * * * * * * * * * * * * *

    Dom Célio Goulart recomenda um livro de preparação para o Matrimônio lançado em sua Diocese...
    Caros amigos, Dom Célio Goulart, Bispo de São João Del-Rei, definiu bem o livro Preparação para o Matrimônio - Curso básico para agentes, lançado em sua diocese: "aborda de maneira didática, clara e com segurança os temas comuns apresentados em Encontros de Noivos." Livro por apenas: R$ 24,99 (com frete para Qualquer cidade no Brasil). Solicite informações pelo email: quero.reservar.um.livro@gmail.com

    top

    * * * * * * * * * * * * * * * *

    Conheça as condições para anunciar nos serviços de e-mail de ZENIT. Visite: http://ads.zenit.org/portuguese



    Nenhum comentário:

    Apoio




    _


    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo