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    terça-feira, 14 de agosto de 2012

    [Catolicos a Caminho] Escuta da Palavra e Meditação - 15/8/2012 - ... que nenhum destes pequeninos se perca. "

     

    Leituras do dia:
     
    Ez 9,1-7; 10,18-22
    Sl 113(112)
    ESCUTA DA PALAVRA - VER
    Evangelho:

    Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 18,1-15-20
     
    "Naquele momento os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram:
    - Quem é o mais importante no Reino do Céu?
    Jesus chamou uma criança, colocou-a na frente deles e disse:
    - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. A pessoa mais importante no Reino do Céu é aquela que se humilha e fica igual a esta criança. E aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a mim.
    - Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu. [Porque o Filho do Homem veio salvar quem está perdido.]
    - O que é que vocês acham que faz um homem que tem cem ovelhas, e uma delas se perde? Será que não deixa as noventa e nove pastando no monte e vai procurar a ovelha perdida? Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando ele a encontrar, ficará muito mais contente por causa dessa ovelha do que pelas noventa e nove que não se perderam. Assim também o Pai de vocês, que está no céu, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.
    " 

    MEDITAÇÃO - JULGAR
    (O que diz o texto para mim?)
     
    Meditação: 
     
    Mateus insere estas orientações sobre a correção fraterna na fala de Jesus sobre as normas de convívio nas comunidades. Estas orientações são apresentadas após a abordagem das questões da disputa pelo poder, do escândalo e das defecções.
     
    A correção fraterna, que brota do amor e do perdão, é fundamental para manter-se a unidade na comunidade. Conflitos, sensibilidades feridas e ofensas são comuns no convívio comunitário.
     
    Contudo, é importante superá-los com a mudança de comportamentos que provocam estes conflitos, sem defecções. O evangelista formaliza esta questão da correção, apresentando-a como uma regra. Contudo, o amor, que nos move ao perdão e à reconciliação, atua de maneira mais livre e espontânea.
     
    A alusão ao pagão ou ao publicano, no texto, tem um caráter discriminatório e excludente que destoa da prática de Jesus e da índole do publicano Levi (Mateus), sugerindo que a autoria deste evangelho possa ser atribuída a um escriba convertido (Mt 13,52).
     
    O fato de sermos "irmãos", não nos isenta da possibilidade de enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois a irmandade não elimina a nossa individualidade: temos diferenças de criação, formação, visão, doutrina, teologia, liturgia, estratégia e outras que, sem desejarmos, colocam-nos na situação de ofendidos por algum de nossos irmãos.
     
    Por isso, como o pastor que procura a ovelha perdida, a justiça do Reino não se cansa e tenta outra forma de aproximar quem errou: se ele não lhe der ouvidos, tome consigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.
     
    À primeira vista, tem-se a impressão de que estaríamos fazendo um cerco em torno de quem errou. Mas essa atitude pode ser vista sob a ótica da justiça do Reino, que tem como princípio fazer de tudo para que o irmão não se perca. E se isso não der certo, toda a comunidade é chamada a se pronunciar: caso não dê ouvidos, comunique à Igreja. E se, depois de esgotados todos os recursos, depois de ter dado a quem errou a oportunidade de ouvir o parecer de toda a comunidade é que a pessoa, por decisão de todos, é excluída: se nem mesmo à Igreja ele der ouvidos, seja tratado como se fosse um pagão ou um cobrador de impostos.
     
     
    Mesmo nesse caso a comunidade deve manter-se em atitude prudente, dando uma chance em longo prazo a fim de que a pessoa se arrependa e volte a ela.
     
    Antes de condenar ou excluir alguém, é preciso aprender a justiça do Reino. E ter consciência de que os passos aconselhados por Jesus não são normas rígidas, e sim um modo de agir que tempera com justiça as relações entre pessoas.
     
    Em outras palavras, é preciso ser criativo no esforço de recuperar quem erra e se afasta da comunidade. E o espírito que anima essa tarefa não é o da exclusão, mas o da busca para reintegrar.


    Tomar decisão de incluir ou excluir pessoas da comunidade não é tarefa fácil, como pretendiam e faziam os chefes de sinagoga daquele tempo.
     
    É necessário que tenhamos sempre em conta a advertência de Jesus: se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e a dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu. Para tanto, Ele dá algumas indicações, que passam pela necessidade das pessoas se reunirem em nome dele, a fim de, mediante a oração, chegarem a um consenso: se dois de vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que queiram pedir, isto lhes será concedido por meu Pai que está no céu. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.


    É urgente que a comunidade esteja sempre ligada à Cristo pelo fato de na comunidade existirem tensões entre os diversos grupos e problemas de convivência: há irmãos que se julgam superiores aos outros e que querem ocupar os primeiros lugares; há irmãos que tomam atitudes prepotentes e que escandalizam os pobres e os débeis; há irmãos que magoam e ofendem outros membros da comunidade; há irmãos que têm dificuldade em perdoar as falhas e os erros dos outros.
     
    Somente estando em permanente sintonia com Jesus que nos convida à simplicidade e humildade, ao acolhimento dos pequenos, dos pobres e dos excluídos, ao perdão e ao amor que conseguiremos vencer.
     
    Com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado. Só assim seremos uma comunidade verdadeiramente família de irmãos, que vive em harmonia, que dá atenção aos pequenos e aos débeis, que escuta os apelos e os conselhos do Pai e que vive no amor do Filho, animada pelo Espírito Santo.

    Ninguém pode viver a fé de qualquer modo ou abandoná-la quando passar por aflições. As primeiras comunidades cristãs enfrentavam algumas dificuldades de correção fraterna, onde os mais humildes eram vítimas da falta de tolerância. 
     
    Jesus vem ensinar o jeito de nos reconciliar com os outros e ajudá-los a se reconciliar. Esse é o caminho que todos nós e nossa comunidade devemos percorrer.
     
    Não existe comunidade sem diversidade, nem diversidade sem divergência. Quando esta for detectada, os passos pessoais e comunitários precisam ser responsavelmente tomados na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que proporciona: unidade para ligar como discípulos da comunidade de Jesus somos autorizados a ligar a "terra ao céu", tudo fazendo para que a vontade de Deus prevaleça sobre a vontade do homem; unidade para acordar a autoridade que deve estar associada a uma espiritualidade que nos impulsiona a estabelecer parcerias de oração e acordos sobre dificuldades no relacionamento para as quais creremos sinceramente que o Pai seja capaz de sanar.
     
    Isto exige de nós a unidade para experimentar a presença de Jesus. Construído e vivenciado o acordo terapêutico pela oração, Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.

    A experiência cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle sobre o que fazem conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao que nos foi feito.
     
     
    Percorrer o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da plenitude da presença restauradora de Jesus, este é o grande desafio da comunhão da Igreja que precisamos buscar diligentemente! Assim haverá harmonia e paz, concórdia e vida abundante entre nós.
     
     
    Reflexão Apostólica:
     
     
    Como é denso e cheio de ensinos esse evangelho? Denso, pois são várias decisões e posturas a serem tomadas partindo de sua reflexão e uma delas é como reagir a uma critica, a uma perseguição, a uma injúria…

    Quem nunca foi mal interpretado por alguém? Quem nunca se sentiu perseguido, acuado sem motivo aparente? Quantos adjetivos pejorativos e depreciativos recebemos que de longe sabemos que não correspondem a verdade?

    Sabe o que é mais difícil? É saber que tais "elogios" às vezes vêm de pessoas muito próximas a nós! A vida nos ensina a nos esquivar daqueles que nos atacam, mas não nos prepara para enfrentar o falso amigo que "mora" com você. De irmãos de comunidade, parentes, amigos, (…) não esperamos tais atitudes, mas como infelizmente elas acontecem…

    É tão triste saber que o motivo de tamanha revolta é simplesmente o mesmo motivo que Caim matou Abel: A inveja! É estranho, juntos temos a graça de ter Deus em nosso meio, mas por que então esse (a) irmão (ã) prefere ser um "lobo solitário"? "(…) todas as vezes que dois de vocês que estão na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que está no céu. Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles".

    Prestemos atenção…

    Picuinhas geralmente começam de pensamentos que nunca saíram do papel, ou seja, desejos frustrados. É o carro que ele tem e eu não tenho; o salário, o cargo, a posição social que o outro alcançou e eu AINDA não consegui; os problemas em casa, com os filhos, com o (a) esposo (a); o respeito que ainda não conquistei… Frustrações. Surge então o outro personagem: Aquele (a) que vê a vida, mesmo tendo seus próprios problemas, com lentes "cor de rosa". Portanto, temos um problema! (risos).

    O que não é, ou não consegue ser no trabalho quer ser na igreja; disputa cargos como se fossem eleições dignas de panfletagem e corpo-a-corpo; busca seguidores, dissemina inverdades, injúrias, mentiras, (…). Resultado da equação: uma comunidade com problemas! Agora, instalado o problema, brigam por chaves da igreja (inclusive do sacrário), pelo horário do caseiro, sobre os leitores da missa, a veste do padre… Resultado: quem vencer, se proclamará o dono da igreja (hunf).

    Tem gente que padre Bruno da Canção Nova bem coloca em suas palestras:"OH POVO CHAGADO"!

    Repito, Deus nos oferece tudo se ficarmos juntos, mas o orgulho ferido não deixa matar a inveja.

    Precisamos eliminar esse mal de nossas vidas e para isso preciso PARAR DE NÃO QUERER me indispor com as pessoas. Se vi algo errado que mereça uma correção fraterna "(…) vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. SE ESSA PESSOA OUVIR O SEU CONSELHO, ENTÃO VOCÊ GANHOU DE VOLTA O SEU IRMÃO. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas".

    Demonstramos maturidade na fé não somente quando tenho oração pessoal, mas sim quando essa oração me transforma e se exterioriza. Não adianta ser um bom cristão na igreja e ser uma pedra de tropeço em outros momentos. Esse gesto peculiar de falar e não viver o que fala nosso Senhor chamou de "sepulcros caiados".

    Em comunidade, brigas vão sempre ocorrer, pois creio que as pessoas lutam na verdade pelo melhor, mas precisamos aprender também a ceder e também não misturar as insatisfações, pois a cada um, Deus fez um chamado e a todos uma mesma missão.

     
    ORAÇÃO
    (O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
     
    Oração: Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.


    REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
    (Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
     
    Propósito: Reconhecer os erros, admiti-los e mudar de atitude, inserindo-se na comunidade.  
     
    RETIRO - CONTEMPLAÇÃO
    (Para onde Deus quer me conduzir?)
     
    - Mergulhar no mistério de Deus.
    - Passar da cabeça para o coração (Silêncio).
    - Saborear Deus. Repousar em Deus.
    - Ver a realidade com os olhos de Deus.

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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