NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS
(10) A DISTRIBUIÇÃO RAZOÁVEL DOS BENS !
"Vendei os vossos bens e dai-os de esmola. Fazei para vós bolsas que não envelheçam, um tesouro inesgotável nos Céus, do qual o ladrão não se aproxima e a traça não corrói".(Lc.12,33).
Se nos juntarmos a Jesus, ficaremos unidos a Ele nas suas relações com o Pai e assim, Seu Pai será também o nosso Pai, como disse Jesus a Madalena, depois da ressurreição :
- "Vai ter com os Meus irmãos e dize-lhes que vou subir para Meu e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus".(Jo.20,17).
São estas as consequências do nosso relacionamento com Deus Pai .
* Primeiro nós podemos confiar n'Ele, que sempre cuidará de nós.
Não precisamos de ficar órfãos por toda a nossa vida.
Nós temos um Pai que conhece as nossas necessidades e nos levará para o esplendor do Seu reino :
- "Reparai nos corvos : Não semeiam nem colhem; não têm dispensa nem celeiro e Deus sustenta-os ! Quanto mais não valeis vós do que as aves" !(Lc.12,24).
- "Procurai antes o Seu reino, e o resto ser-vos-á dado por acréscimo; não temais, pequeno rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o reino".(Lc.12,31).
* Uma segunda consequência .
Se nós não precisamos de estar preocupados a respeito dos nossos bens materiais, então, não precisamos de estar a armazenar riquezas para a nossa segurança. E podemos assim ajudar os que estiverem em maior necessidade.
Foi o que Jesus disse aos que O seguiam " Vendei os vossos bens e dai esmolas aos pobres".
E assim se ganhariam tesouros espirituais no reino de Deus.
Embora não possamos cumprir à risca estas palavras de Jesus, de maneira generalizada, porque as circusntâncias da vida de hoje tenham outras exigências, nós compreendemos que o que se pretende é o espírito de caridade com que cada um pode proceder em favor dos mais necessitados, desprotegidos e marginalizados, para que os ricos não fiquem cada vez mais escandalosamente ricos e os pobres não fiquem também cada vez mais escandalosamente miseráveis.
Hoje em dia defendem-se fanaticamente os próprios direitos ainda mesmo quando eles ferem e ultrapassam os direirtos dos outros e assim há riquezas amontoadas sem proveito para ninguém ao lado de quem não consegue auferir o estritamente necessário para viver.
Quando nós dizemos que Deus cuida de nós, não podemos supor que não precisamos de fazer mais nada, deixando-nos morrer à beira da água à espera que Deus no venha matar a sede.
Deus não falta com o que precismos para viver, mas nós temos o dever de nos organizarmos, para que os bens que Deus nos dá com tanta abundância, sejam distribuídos de maneira que cheguem para todos.
Uma moralidade mal entendida para aqueles a quem nada falta, mas a caridade e a compaixão são virtudes com grandes merecimentos junto de Deus que podemos usar em nosso proveito e em sufrágio pelas almas do Purgatório.
Nascimento
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