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    domingo, 6 de outubro de 2013

    [ZP131006] O mundo visto de Roma


    ZENIT
    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 06 de Outubro de 2013


    Papa Francisco 
    Encontro com os jovens encerra visita do Papa a Assis 
    Jovens fizeram perguntas ao pontífice sobre matrimônio, celibato, empenho social e evangelização 
    A chegada de Francisco a Assis agita os ânimos desde as primeiras horas da manhã 
    Durante o encontro com as crianças deficientes no Instituto Seráfico, o Papa deixa de lado seu discurso preparado e fala espontaneamente. Pela manhã, cerca de 150.000 peregrinos já enchiam as ruas da cidade 
    O papa sobre o naufrágio em Lampedusa: Me vem à mente a palavra vergonha. É uma vergonha! 
    Santo Padre pede orações pelas vítimas da nova tragédia envolvendo refugiados no sul da Itália. Há pelo menos 300 entre mortos e desaparecidos. 
    Francisco na audiência geral: Deus diz a você: não tenha medo da santidade 
    Na catequese, o papa fala sobre a santidade da Igreja: não pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa 
    Mais humildes para testemunhar a Igreja 
    Papa Francisco na Missa desta manhã em Santa Marta teve a concelebração dos cardeais consultores 
    Francisco: "Se perdermos a memória de Deus também nós perdemos a consistência" 
    Homilia do Santo Padre na santa missa da Jornada dos catequistas 
    Santa Sé 
    Segundo dia de reunião do Conselho de Cardeais 
    Eles não são delegados continentais, mas pessoas de confiança do papa. Devido à audiência geral desta manhã, Francisco participou somente à tarde. 
    Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro 
    Mensagem do Papa Francisco para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais 2014 
    João Paulo II e João XXIII serão canonizados em 27 de abril de 2014 
    O Papa confirmou hoje em seu primeiro consistório. Espera-se a chegada de milhares de peregrinos poloneses 
    Pregação Sagrada 
    A preparação prática da pregação - Escrever a homilia? 
    Coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo 
    Igreja e Religião 
    Dom João Braz de Aviz: "Tem muita autoridade dentro da Igreja que é dominação. Eu sou testemunha disso". 
    Trechos da entrevista que o cardeal Dom João concedeu à revista Cidade Nova no mês de Setembro desse ano 
    João XXIII e a Polônia 
    Com O Diário da Alma, encontrei a riqueza da espiritualidade cristã e sacerdotal: testemunho do Pe. Mariusz Frukacz, editor-chefe adjunto do semanário polonês Niedziela 
    Comunicar a fé hoje 
    Existem muitas pessoas em segunda união muito mais santas que pessoas que comungam diariamente 
    Pe. Hélio Luciano responde a várias questões sobre fé e Igreja 
    Homens e Mulheres de Fé 
    SantaTeresinha, minha secretaria fiel 
    Frei Patrício Sciadini, ocd, delegado geral da Ordem Carmelita no Egito, conclui novena realizada através do Facebook 
    Mundo 
    Basílica do Pilar, na Espanha, sofre atentado com bomba caseira 
    Uma mulher sofreu lesões leves. Suspeitas recaem sobre grupos de extrema esquerda ou anarquistas 
    As vítimas do genocídio armênio podem ser canonizadas 
    Sínodo dos Bispos da Igreja Apostólica Armênia reflete sobre os processos de canonização das pessoas que sofreram o martírio 
    Encontro entre o pensamento teológico e a devoção popular 
    Teólogo Eloy Bueno de la Fuente em entrevista 
    O impacto social do jogo 
    Recente estudo norte-americano revela com mais clareza os efeitos negativos 
    Entrevistas 
    O milagre de João Paulo II é um grande presente para a América Latina 
    Diretor da Rádio Maria da Costa Rica fala do encontro com Floribeth Mora 
    Angelus 
    Papa Francisco no Angelus: Como os Apóstolos, digamos ao Senhor Jesus: "Aumentai a nossa fé!" 
    Pontífice reforça pedido de oração pelas pessoas que perderam suas vidas em Lampedusa, 



    Papa Francisco
    Encontro com os jovens encerra visita do Papa a Assis 
    Jovens fizeram perguntas ao pontífice sobre matrimônio, celibato, empenho social e evangelização


    ASSIS, 04 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - No encontro que encerrou a visita do Papa Francisco a Assis, o pontífice respondeu à quatro perguntas. A primeira foi sobre o matrimônio. Outra pergunta dos jovens dizia respeito à chamada ao celibato e à virgindade pelo Reino dos Céus. As outras duas questões diziam respeito: uma ao empenho social, neste tempo de crise que ameaça a esperança; e a outra sobre a evangelização – levar o anúncio de Cristo aos outros. Conforme informações da Rádio Vaticana. Publicamos, a seguir, as respostas do Papa às perguntas dos jovens. 

    Queridos jovens da Úmbria,

    Boa tarde!

    Obrigado por terem vindo, obrigado por esta festa! E obrigado pelas perguntas, muito importantes.

    Fico contente que a primeira pergunta tenha sido de um casal jovem. Um belo testemunho! Dois jovens que escolheram, decidiram, com alegria e coragem formar uma família. Sim, porque é verdade mesmo, é preciso coragem para formar uma família!

    Sim, é preciso ter coragem, é preciso ter coragem para formar uma família!

    E a pergunta de vocês, jovens casados, se une à pergunta sobre a vocação. O que é o matrimônio? É uma verdadeira e própria vocação, como o são o sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que se casam reconheceram na própria história de amor o chamado do Senhor, a vocação a formar a partir dos dois, homem e mulher, uma só carne, uma só vida. E o Sacramento do matrimônio envolve este amor com a graça de Deus, o enraíza no próprio Deus. Com este dom, com a certeza deste chamado, é possível partir seguros, não se tem medo de nada, pode se enfrentar tudo, juntos!

    Pensemos em nossos pais, nossos avós ou bisavós: se casaram em condições muito mais pobres do que as nossas, alguns em tempo de guerra, ou de pós-guerra; alguns são emigrados, como os meus pais. Onde encontravam a força? A encontravam na certeza de que o Senhor estava com eles, que a família é abençoada por Deus com o Sacramento do matrimônio, e que abençoada é a missão de colocar no mundo os filhos e educá-los. Com estas certezas superaram também as provações mais duras. Eram certezas simples, mas verdadeiras, formavam colunas que sustentavam o amor deles.

    Não foi fácil a vida deles. Eles tinham problemas, tantos problemas, mas estas certezas simples os ajudavam a seguir adiante. E conseguiram formar uma bela família, a dar vida, conseguiram criar os filhos.

    Queridos amigos, é preciso esta base moral e espiritual para construir bem, de maneira sólida! Hoje, esta base não é mais garantida pelas famílias e pela tradição social. Ao contrário, a sociedade em que vocês nasceram privilegia os direitos individuais mais do que a família, estes direitos individuais, as relações que duram para que não surjam dificuldades, e por isso às vezes fala de relações do casal, da família e do matrimônio de modo superficial e equívoco. Bastaria olhar certos programas televisivos!

    E podemos ver estes valores… Quantas vezes os párocos – eu também ouvi isso algumas vezes-, quando chega um casal que quer se casar e diz "nos amamos muito mas ficaremos juntos até que o amor acabe". Isso é egoísmo. Quando não sinto, corto o matrimônio, e esqueço daquilo que é uma só carne, que não pode separar-se, é arriscado casar-se. O egoísmo nos ameaça. Dentro de nós temos a possibilidade de uma dupla personalidade: uma que diz o outro e outra que diz eu, meu, comigo… é egoísmo sempre, que não sabe se abrir aos outros.

    A outra dificuldade é esta cultura do provisório, de não buscar nada que seja definitivo, mas o provisório, o amor enquanto dura.

    Uma vez eu ouvi um seminarista muito bom que dizia: "quero ser padre por dez anos, depois vejamos". Essa é a cultura do provisório. Mas Jesus não nos salvou de maneira provisória, nos salvou definitivamente.

    Mas, o Espírito Santo suscita sempre respostas novas às novas exigências! E assim, se multiplicaram na Igreja os caminhos para os noivos, os cursos de preparação para o Matrimônio, os grupos de jovens casais nas paróquias, os movimentos familiares… São uma riqueza imensa! São pontos de referência para todos: jovens em busca, casais em crise, pais em dificuldade com os filhos e vice-versa. Mas nos ajudam todos. E há ainda as diferentes formas de acolhimento como: adoção temporária, adoção, abrigos para menores de vários tipos… A fantasia [me permita a palavra] do Espírito Santo é infinita, mas é também muito concreta! Então, gostaria de dizer para vocês não terem medo de dar passos definitivos. Não tenham medo.

    Quantas vezes ouço mães que me dizem "tenho um filho de 30 anos anos que não se decide, não se casa. Ele namora, mas não casa". Então eu digo, "senhora, não passe mais as camisas dele". Não tenham medo de dar passos definitivos como o é o matrimônio: aprofundem o amor de vocês, respeitando o tempo e as expressões de cada um, rezem, se preparem bem, mas tenham também confiança de que o Senhor não deixa vocês sozinhos! Façam com que Ele entre na casa de vocês como alguém da família, Ele sempre sustentará vocês.

    A família é a vocação que Deus escreveu na natureza do homem e da mulher, mas há uma outra vocação complementar ao matrimônio: o chamado ao celibato e à virgindade pelo Reino dos céus. É a vocação que o próprio Jesus viveu. Como reconhecê-la? Como segui-la? É a terceira pergunta que vocês me fizeram.

    Alguns de vocês pode perguntar: "como esse bispo é bom, acabaram de perguntar e já tem as respostas escritas". É que eu já respondi uns dias atrás…

    E respondo para vocês com dois elementos essenciais: rezar e caminhar na Igreja. Estas duas coisas devem seguir juntas, são interligadas. Na origem de cada vocação à vida consagrada existe sempre uma experiência forte de Deus, uma experiência que não se esquece, que se recorda por toda a vida! Foi o que aconteceu com Francisco. E isso nós não podemos calcular ou programar. Deus nos surpreende sempre! É Deus que chama; porém é importante ter uma relação cotidiana com Ele, escutá-Lo em silêncio diante do Tabernáculo e no íntimo de nós mesmos, falar com Ele, aproximar-se dos Sacramentos. Ter esta relação familiar com o Senhor é como ter aberta a janela da nossa vida para que Ele nos faça ouvir sua voz, o que Ele quer de nós. Seria belo ouvir vocês, ouvir os padres aqui presentes, as freiras… Seria belíssimo, porque cada história é única, mas todas partem de um encontro que ilumina no profundo, que toca o coração e envolve toda a pessoa: afeto, intelecto, sentidos, tudo.

    A relação com Deus não diz respeito somente a uma parte de nós mesmos, diz respeito a tudo. É um amor tão grande, tão belo, tão verdadeiro, que merece tudo e merece toda a nossa confiança. E uma coisa gostaria de dizer com força, especialmente hoje: a virgindade pelo Reino de Deus não é um "não", é um "sim"! Certo, comporta a renúncia a um elo conjugal e uma própria família, mas na base está o "sim", como resposta ao "sim" total de Cristo para conosco, e este "sim" os torna fecundos.

    Mas, aqui em Assis não há necessidade de palavras! Aqui tem Francisco, tem Clara, eles falam! O carisma deles continua a falar a tantos jovens no mundo inteiro: rapazes e moças que deixam tudo para seguir Jesus no caminho do Evangelho.

    E isso, Evangelho. Gostaria de tomar a palavra "Evangelho" para responder outras duas perguntas que vocês me fizeram, a segunda e a quarta. Uma diz respeito ao compromisso social, neste período de crise que ameaça a esperança; e a outra diz respeito à evangelização, o levar o anúncio de Jesus aos outros. Vocês me perguntaram: o que podemos fazer? Qual pode ser nossa contribuição?

    Aqui em Assis, aqui perto da Porciúncula, parece que podemos ouvir a voz de são Francisco que nos repete: "Evangelho, Evangelho!". O diz também a mim, melhor, primeiro a mim: Papa Francisco, seja servidor do Evangelho!

    Se eu não consigo ser um servidor do Evangelho, a minha vida não vale nada. Mas, o Evangelho, queridos amigos, não diz respeito somente à religião, diz respeito ao homem, todo o homem, e diz respeito ao mundo, à sociedade, à civilização humana. O Evangelho é a mensagem de salvação de Deus pela humanidade. Mas quando dizemos "mensagem de esperança", não é um modo de dizer, não são simples palavras ou palavras vazias como existem tantas hoje! A humanidade precisa ser salva verdadeiramente! O vemos todos os dias quando folheamos o jornal, o ouvimos nas notícias na televisão; mas o vemos também ao nosso redor, nas pessoas, nas situações…; nós o vemos em nós mesmos! Cada um de nós precisa da salvação! Sozinhos não conseguimos. Salvação do que? Do mal. O mal opera, faz seu trabalho. Mas o mal não é invencível e o cristão não se rende diante do mal. E vocês jovens, querem se render ao mal, às injustiças, às dificuldades?

    Querem ou não?

    O nosso segredo é que Deus é maior que o mal: E isso é verdade: Deus é maior que o mal. Deus é amor infinito, misericórdia sem limites, e este Amor venceu o amor pela raiz na morte e a ressurreição de Cristo. Este é o Evangelho, a Boa Notícia: o amor de Deus venceu! Cristo morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou. Com Ele nós podemos lutar contra o mal e vencê-lo todos os dias. Cremos nisto ou não? SIM!

    Mas este sim deve ser levado na vida. Se eu creio que Jesus venceu o mal e me salva, devo seguir o caminho de Jesus durante toda a vida.

    Então, o Evangelho, esta mensagem de salvação, tem duas destinações que estão ligadas: a primeira, suscitar a fé, e esta é a evangelização; a segunda, transformar o mundo de acordo com o desígnio de Deus, e esta é a animação cristã da sociedade. Mas não são duas coisas separadas, são uma única missão: levar o Evangelho com o testemunho da nossa vida transforma o mundo! Este é o caminho! Levar o Evangelho com o testemunho da nossa vida
    Olhemos para Francisco: ele fez todas estas duas coisas, com a força do único Evangelho. Francisco fez crescer a fé, renovou a Igreja; e ao mesmo tempo renovou a sociedade, a tornou mais fraterna, mas sempre com o Evangelho.

    Sabem o que uma vez Francisco disse aos seus irmãos. Preguem sempre o Evangelho e se for necessário, também com palavras. Mas, como é possível pregar o Evangelho sem palavras: sim com o testemunho, primeiro o testemunho.

    Jovens da Úmbria: façam assim vocês também! Hoje, em nome de são Francisco, digo para vocês: ouro e prata não tenho para lhes dar, mas algo muito mais precioso, o Evangelho de Jesus. Vão com coragem! Com o Evangelho no coração e nas mãos, sejam testemunhas da fé com a vida de vocês.

    Levem Cristo à casa de vocês. Acolham e testemunhem nos pobres. Jovens deem à Úmbria uma mensagem de paz e esperança. Vocês podem fazer isso.

    Boletim da Santa Sé / Tradução: Rodrigo Santos – CN notícias 


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    A chegada de Francisco a Assis agita os ânimos desde as primeiras horas da manhã 
    Durante o encontro com as crianças deficientes no Instituto Seráfico, o Papa deixa de lado seu discurso preparado e fala espontaneamente. Pela manhã, cerca de 150.000 peregrinos já enchiam as ruas da cidade

    Por Salvatore Cernuzio


    ASSIS, 04 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Assis despertou por volta das 07h15 (hora local) com o som do helicóptero que transportava o Papa Francisco. Mas, a cidade estava animada desde a primeira luz do amanhecer. A região da Úmbria que foi o berço do santo padroeiro da Itália, de quem hoje a Igreja celebra a memória, estava literalmente povoada pelos peregrinos: jornalistas, voluntários, freiras, religiosos, famílias.

    Cerca de 150 mil pessoas já estavam reunidas para participar desta visita histórica do Papa ao seu homônimo, 50.000 a mais do que o esperado no dia anterior, estavam espalhadas entre o sagrado da Basílica de Santa Maria degli Angeli, onde o Papa se reuniu com os jovens no período da tarde, e a praça em frente a Basílica Inferior de São Francisco, onde o Papa celebrou a Santa Missa às 11 horas.

    Enquanto Monsenhor Marini dava as últimas orientações para a preparação do palco, onde estava uma cópia gigante do Crucifixo de São Damião, mais alto, diante da Basílica superior, uma multidão de guarda-chuvas coloridos se posicionavam em frente ao telão que transmitia as imagens mais significativas dos 7 meses do pontificado de Bergoglio: desde a sua eleição em 13 de março até a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.

    O dia estava nublado e garoava, mas isso não afetou de forma alguma os grupos de peregrinos posicionados em pontos estratégicos por onde passaria o Papa Francisco. Assis é pequena, as ruas são estreitas, as praças comportam no máximo de 8.000 pessoas. Então, todo mundo se alegrava apenas em pensar que conseguiria tocar e apertar a mão do pontífice. Ou, pelo menos, vê-lo de perto e respirar este carisma explosivo que está abalando a Igreja e o mundo.

    A descrição foi confirmada a ZENIT, no domingo, por uma senhora idosa da província de Lecce que, juntamente ao seu grupo, viajou das 20hrs de ontem para chegar esta manhã às 6:30, e garantir a primeira fila por trás dos muitos obstáculos colocados em todos os cantos da cidade (cerca de 10 km no total). Um belo "sacrifício", especialmente para uma senhora de certa idade, mas "vale a pena" - disse Mimina - porque "o desejo de ver o Papa é muito forte". "Desde que foi eleito - acrescenta – tenho em meu coração o desejo de conhecê-lo e agradecê-lo, porque este Papa inspira confiança, amor, este Papa é tudo".

    Da mesma opinião, um grupo de mulheres que vieram sozinhas de Nápoles, e estava no mesmo lugar desde as 4 da manhã, garantindo o espaço. "Este Papa é um "grande" e estamos esperando para vê-lo e ouvir ao vivo o que ele vai dizer".

    De acordo com um dos agentes de segurança, muitas pessoas estavam ali por devoção a São Francisco: seja o Santo ou o Papa, mas muitos – observa-se um leve traço de humor – estão aqui "por folclore", atraídos pelo status do evento.

    Pode ser verdade, mas é difícil acreditar que tantas pessoas, provenientes da Itália e do exterior, estivessem ali apenas para ser capaz de dizer "eu estava lá". De qualquer forma, isso também é útil: atraídos por um gesto do Santo Padre ou pela curiosidade de ver ao vivo, e então encontrar-se no abraço da Igreja, ouvindo as palavras deste Pontífice que, no entanto, nunca deixa ninguém indiferente.

    Como aconteceu no Instituto Seráfico, onde Francisco, acompanhado por "meu irmão Domenico", Bispo Sorrentino, encontrou as crianças que sofrem de deficiências graves, cuidados pela instituição fundada em 1871 pelo Beato Ludovico de Casoria. Impressionado com as palavras de apresentação da Presidente Francesca Di Maolo, o Papa inesperadamente deixou de lado o discurso planejado e exortou a escutar as chagas do mundo: "todos nós, aqui, temos a necessidade de dizer: "estas chagas precisam ser ouvidas!". Mas há uma outra coisa que nos dá esperança. Jesus está presente na Eucaristia, aqui é a Carne de Jesus; Jesus está presente entre vocês, é a Carne de Jesus: são as chagas de Jesus nestas pessoas".

    O apelo: "Precisam ser escutados!" Talvez não tanto nos jornais, como notícias –destacou o Papa- isso é uma escuta que dura um, dois, três dias, depois vem um outro, um outro… Devem ser ouvidos por aqueles que se dizem cristãos".

    A mensagem forte que todos esperavam do Santo Padre nesta memorável visita a Assis, portanto, já havia chegado, pronunciada em voz baixa, e comovida, no que parecia ser apenas o primeiro encontro da manhã. Logo depois, o Papa dirigiu-se para a Sala de Vestimenta do Bispado de Assis paraouvir os pobres da Caritas diocesana. 


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    O papa sobre o naufrágio em Lampedusa: Me vem à mente a palavra vergonha. É uma vergonha! 
    Santo Padre pede orações pelas vítimas da nova tragédia envolvendo refugiados no sul da Itália. Há pelo menos 300 entre mortos e desaparecidos.

    Por Sergio Mora


    ROMA, 03 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - "Ao falar de paz, da crise econômica mundial, da falta de respeito do homem, não posso deixar de citar o trágico naufrágio de hoje na ilha de Lampedusa. Me vem à mente a palavra vergonha. É uma vergonha!".

    "Rezemos juntos a Deus por quem perdeu a vida, pelos seus familiares, por todos os refugiados, para que não se repitam mais tragédias como esta. Só uma decidida colaboração de todos pode evitá-las", disse hoje o papa Francisco na audiência de encerramento do encontro promovido pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz, no 50º aniversário da encíclica Pacem in Terris, organizado em Roma de 2 a 4 de outubro.

    O papa falou do naufrágio acontecido na madrugada de hoje, quando uma barcaça com cerca de 500 imigrantes naufragou diante da costa da ilha italiana de Lampedusa, situada a meio caminho entre a África e a Sicília.

    Entre os cadáveres, o de uma mulher grávida e os de várias crianças. Os desaparecidos são cerca de 250. O naufrágio de mais uma das chamadas "carretas do mar" foi causado por um incêndio na parte posterior da embarcação. Há suspeitas de que o incêndio tenha sido doloso.

    Dois dias atrás, outra tragédia foi registrada durante um desembarque na praia de Ragusa, também na Itália, com 14 imigrantes morrendo afogados. De acordo com a Fortess Europe, desde 1994 até hoje morreram pelo menos 6.200 imigrantes ilegais no canal da Sicília. As pessoas desaparecidas são 4.790. O ano mais trágico foi 2011, com pelo menos 1.800 pessoas afogadas.

    O papa Francisco realizou a sua primeira viagem apostólica dentro da Itália precisamente para a ilha de Lampedusa, onde celebrou uma missa, lançou uma coroa de flores ao mar e rezou pelos milhares de migrantes mortos nas travessias em busca de um futuro mais próspero.


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    Francisco na audiência geral: Deus diz a você: não tenha medo da santidade 
    Na catequese, o papa fala sobre a santidade da Igreja: não pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa

    Por Rocio Lancho García


    ROMA, 02 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - O papa deu continuidade aos ensinamentos sobre a Igreja na audiência desta quarta-feira de manhã. Uma grande multidão de fiéis de todo o mundo esperava Francisco na praça para escutar a catequese. Mesmo as ruas próximas da praça de São Pedro estavam repletas de pessoas que, apesar do calor que protagoniza o começo de outono na Cidade Eterna, acorreram à praça com entusiasmo de peregrinos.

    Depois de professar o "Creio na Igreja una", o papa recordou que acrescentamos o adjetivo "santa". "E esta é uma característica que esteve presente desde o início na consciência dos primeiros cristãos, que se chamavam simplesmente de 'santos' porque tinham a certeza de que é a ação de Deus, do Espírito Santo, que santifica a Igreja", declarou o santo padre. Francisco desenvolveu a catequese em torno desta ideia, explicando "em que sentido a Igreja é santa, quando vemos que a Igreja histórica, no seu caminho ao longo dos séculos, passou por tantas dificuldades, problemas e momentos de escuridão. Como pode ser santa uma Igreja feita de seres humanos, de pecadores?".

    Em primeiro lugar, o papa comentou um fragmento da carta de São Paulo aos cristãos de Éfeso. "O apóstolo, tomando como exemplo as relações familiares, afirma que 'Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para torná-la santa'". Isto significa que a "Igreja é santa porque procede de Deus, que é santo, fiel e não a abandona em poder da morte e do mal [...] Ela não é santa pelos nossos méritos, mas porque Deus a torna santa; é fruto do Espírito Santo e dos seus dons".

    Um segundo aspecto que Francisco abordou é o fato de a Igreja ser formada por pecadores. "A Igreja, que é santa, não rejeita os pecadores [...] Na Igreja, o Deus que encontramos não é um juiz impiedoso, mas é como o pai da parábola do evangelho [...] Deus nos quer parte de uma Igreja que saiba abrir os braços para acolher a todos, que não seja a casa de poucos, mas a casa de todos, onde todos nós possamos ser renovados, transformados, santificados pelo seu amor, os mais fortes e os mais fracos, os pecadores, os indiferentes, os que se sentem desalentados e perdidos".

    O pontífice indagou: "O que é que posso fazer, eu, que me sinto fraco, frágil, pecador?". E propôs a resposta: "Deus diz a você: não tenha medo da santidade, não tenha medo de olhar para o alto, de se deixar amar e purificar por Deus, não tenha medo de se deixar guiar pelo Espírito Santo!".

    "Saúdo os peregrinos de língua espanhola, em particular os grupos vindos da Espanha, Argentina, México, Panamá, Colômbia e dos outros países latino-americanos. Convido todos a não se esquecerem da vocação à santidade. Não deixem ninguém roubar a sua esperança! Vocês podem chegar a ser santos! Vamos todos nessa estrada. Vivamos com alegria a nossa fé, deixemo-nos amar pelo Senhor. Muito obrigado".


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    Mais humildes para testemunhar a Igreja 
    Papa Francisco na Missa desta manhã em Santa Marta teve a concelebração dos cardeais consultores


    CIDADE DO VATICANO, 01 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco na Missa desta manhã em Santa Marta teve a concelebração dos cardeais consultores, por si nomeados, que estão presentes no Vaticano até ao próximo dia 3 de Outubro. Na sua homilia o Papa Francisco desejou que as reuniões deste grupo de cardeais nos façam a todos mais humildes e confiantes em Deus para que a Igreja possa dar um belo testemunho a toda a gente.

    O Papa Francisco desenvolveu a sua meditação desta manhã tomando como base o Evangelho do dia em que Jesus repreende os dois apóstolos que queriam que descesse fogo do céu sobre todos os que não os acolhiam. O Santo Padre alertou que o caminho da vingança não é cristão. O caminho do cristão é o da humildade e da mansidão. Sendo hoje o dia de Santa Teresinha do Menino Jesus, o Papa recordou o seu espírito de humildade, de ternura e de bondade. "O Senhor quer de todos nós este espírito" "...na caridade e na consciência de que estamos nas mãos do Pai" – afirmou ainda o Papa Francisco que acrescentou ser a humildade a força do Evangelho, "a humildade da criança que se deixa guiar pelo amor e pela ternura do pai..."


    " A Igreja – dizia-nos Bento XVI – não cresce por proselitismo, cresce por atração, por testemunho. E quando as pessoas, os povos vêem este testemunho de humildade, de mansidão, sentem a necessidade de que fala o Profeta Zacarias: "Queremos vir convosco!" as pessoas têm aquela necessidade perante o testemunho da caridade, desta caridade humilde, sem prepotência, não suficiente, humilde, que adora e serve."


    A caridade é simples, diz o Papa, "basta adorar Deus e servir os outros". Eis porque uma freira tão humilde mas tão confiante em Deus se transformou em Padroeira das Missões. O Papa Francisco concluiu a sua homilia desta manhã com uma mensagem especial para os participantes nas reuniões do "Conselho dos Cardeais":

    "Hoje, aqui no Vaticano, começa a reunião com os cardeais consultores que estão concelebrando esta missa. Peçamos ao Senhor que o nosso trabalho de hoje nos faça a todos mais humildes, mais mansos, mais pacientes, mais confiantes em Deus, para que, assim, a Igreja possa dar um belo testemunho às pessoas que vendo o Povo de Deus, vendo a Igreja, sintam vontade de vir connosco!" (RS)

    Fonte: Rádio Vaticana


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    Francisco: "Se perdermos a memória de Deus também nós perdemos a consistência" 
    Homilia do Santo Padre na santa missa da Jornada dos catequistas


    ROMA, 29 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Na manhã desse domingo às 10.30 (hora de Roma), o santo padre celebrou a santa missa pela Jornada dos Catequistas, por ocasião do Ano da Fé, na praça de São Pedro. Publicamos a seguir a homilia:

    ***

    1 . "Ai dos despreocupados de Sião e daqueles que se consideram tranquilos, ... deitados em leitos de marfim" (Am 6,1.4 ), comem, bebem, cantam, se divertem e não se preocupam com os problemas das outras pessoas.

    Estas palavras do profeta Amós são duras, mas chamam a atenção sobre um perigo que todos nós corremos. O que é que este mensageiro de Deus denuncia, o que é que coloca diante dos olhos de seus contemporâneos e até mesmo diante de nossos olhos hoje? O risco do conforto, da comodidade, da mundanidade na vida e no coração, de colocar no centro da nossa vida o nosso bem-estar. É a mesma experiência do rico do Evangelho, que vestia roupas de luxo e todos os dias se dava abundantes banquetes; isto era importante para ele. E o pobre que estava à sua porta e não tinha nada para matar a fome? Não era problema dele, não lhe dizia respeito. Se as coisas, o dinheiro, a mundanidade se tornam o centro da vida, elas nos prendem, nos possuem e nós perdemos a nossa própria identidade de homens: olhem bem, o rico do Evangelho não tem nome, é simplesmente "um rico". As coisas, o que possui, são o seu rosto, não tem outros.

    Mas tentemos perguntar-nos: por que é que isso acontece? Como é possível que os homens, talvez também nós, caiamos no perigo de encerrar-nos, de colocar a nossa segurança nas coisas, que no final das contas nos roubam o rosto, o nosso rosto humano? Isso acontece quando perdemos a memória de Deus. " Ai dos despreocupados de Sião", dizia o profeta. Se não há memória de Deus, tudo fica nivelado, tudo vai para o ego, para o meu bem-estar. A vida, o mundo, os outros, perdem a consistência, não contam para nada, tudo se reduz a uma única dimensão: o ter. Se perdemos a memória de Deus, até nós mesmos perdemos consistência, até nós nos esvaziamos, perdemos o nosso rosto como o rico do Evangelho! Quem corre atrás do nada torna-se ele mesmo um nada – diz outro grande profeta, Jeremias (cf. Jer 2,5 ) . Nós somos feitos à imagem e semelhança de Deus, não à imagem e semelhança das coisas, dos ídolos!

    2 . Agora, olhando para vocês, me pergunto: quem é o catequista? É aquele que protege e nutre a memória de Deus; a guarda em si mesmo e sabe despertá-la nos outros. É bonito isso: fazer memória de Deus, como Nossa Senhora que, diante da ação maravilhosa de Deus na sua vida, não pensa na honra, no prestígio, nas riquezas, não se fecha em si mesma. Pelo contrário, depois de ter acolhido o anúncio do Anjo e de ter concebido o Filho de Deus, o que faz? Vai, visita à anciã parente Isabel, também grávida, para ajudá-la; e no encontro com ela o seu primeiro ato é a memória do atuar de Deus, da fidelidade de Deus na sua vida, na história do seu povo, na nossa história: "A minha alma engrandece ao Senhor ... pois olhou para a humildade da sua serva... de geração em geração a sua misericórdia " (Lc 1,46.48.50 ) . Maria tem memória de Deus.

    Neste cântico de Maria tem também a memória da sua história pessoal, a história de Deus com ela, a sua própria experiência de fé. E assim é para cada um de nós, para cada cristão: a fé contém precisamente a memória da história de Deus conosco, a memória do encontro com Deus, que se move primeiro, que cria e salva, que nos transforma; a fé é memória da sua Palavra que aquece o coração, das suas ações de salvação com que nos dá vida, nos purifica, nos cura, nos alimenta. O catequista é precisamente um cristão que coloca esta memória ao serviço do anúncio; não para se mostrar, não para falar de si, mas para falar de Deus, do seu amor, da sua fidelidade. Falar e transmitir tudo o que Deus revelou, ou seja, a doutrina na sua totalidade, sem tirar ou acrescentar.

    São Paulo aconselha especialmente ao seu discípulo e colaborador Timóteo uma coisa: "lembra-te, lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, que eu anuncio e pelo qual sofro (cf. 2 Tm 2, 8-9). Mas o apóstolo pode dizer isso porque ele se lembrou primeiro de Cristo, que o chamou quando era um perseguidor dos cristãos, o tocou e transformou com a sua Graça.

    O catequista, então, é um cristão que carrega consigo a memória de Deus, se deixa guiar pela memória de Deus em toda a sua vida, e sabe como despertá-la no coração dos outros. Isso é exigente! Compromete toda a vida! O que é o mesmo Catecismo, senão memória de Deus, memória da sua ação na história, do seu ter-se feito próximo em Cristo, presente na sua Palavra, nos Sacramentos, na sua Igreja, no seu amor? Caros catequistas, pergunto-lhes: nós somos memória de Deus? Somos realmente como sentinelas que despertam nos outros a memória de Deus, que aquece o coração?

    3. ""Ai dos despreocupados de Sião", diz o profeta. Qual o caminho a ser seguido para não virar pessoas "despreocupadas", que colocam a sua segurança em si mesmas e nas coisas, mas homens e mulheres da memória de Deus? Na segunda leitura, São Paulo, escrevendo a Timóteo, dá algumas indicações que podem marcar também a trajetória do catequista, o nosso caminho: seguir a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão (cf. 1 Tm 6 , 11) .

    O catequista é homem da memória de Deus se tiver um relacionamento constante, vital com Ele e com os outros; se for homem de fé, que confia realmente em Deus e coloca Nele a sua segurança; se for homem de caridade, de amor, que vê a todos como irmãos; se for homem de "hypomoné", de paciência, de perseverança, que sabe lidar com as dificuldades, provações, fracassos, com serenidade e esperança no Senhor; se for homem manso, capaz de compreensão e de misericórdia.

    Peçamos ao Senhor para sermos todos homens e mulheres que guardem e alimentem a memória de Deus na própria vida e saibam despertá-la no coração dos outros. Amén.

    Tradução Thácio Siqueira


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    Santa Sé
    Segundo dia de reunião do Conselho de Cardeais 
    Eles não são delegados continentais, mas pessoas de confiança do papa. Devido à audiência geral desta manhã, Francisco participou somente à tarde.

    Por Redacao


    ROMA, 02 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - A reunião do Conselho de Cardeais que acontece no Vaticano de 1º a 3 de outubro teve hoje a sua segunda sessão.

    O diretor da Assessoria de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, informou que, "antes de começar a reunião, os membros do conselho concelebraram a santa missa junto com o papa na capela da residência de Santa Marta".

    O porta-voz acrescentou que o primeiro encontro, na manhã de ontem, se realizou na terceira loggia do apartamento papal, mas "hoje eles decidiram realizá-lo na Casa Santa Marta, onde todos estão hospedados".

    "As reuniões acontecem numa pequena sala, não longe da capela, para facilitar logisticamente os trabalhos e para os participantes não terem que ir e vir do palácio apostólico. O horário é intenso: de manhã, das 9h às 12h30 e, à tarde, das 16h às 19h". O papa Francisco participou da sessão matutina e vespertina da terça-feira. Hoje ele não esteve presente de manhã por causa da audiência geral, mas participou à tarde e volta a participar amanhã.

    Lombardi informou que, nesta quarta-feira, o conselho retomou os trabalhos tocando em temas como a reforma da cúria em seus vários aspectos, a função da Secretaria de Estado e a relação dos dicastérios entre si e com o santo padre. Houve muitas sugestões e contribuições. "É um trabalho de longo prazo. Não devemos esperar conclusões imediatas no curso destas jornadas", enfatizou o porta-voz vaticano.

    A importância de se instituir o Conselho de Cardeais com um texto manuscrito

    O padre Lombardi comentou a ênfase do santo padre no significado do manuscrito com que ele instituiu na última segunda-feira o Conselho de Cardeais, porque é "um documento oficial que institucionaliza o conselho dotando-o de status jurídico e garantindo a estabilidade para continuar trabalhando também depois desta reunião".

    Não são delegados continentais

    Lombardi enfatizou que os membros do conselho não são "delegados continentais", mas componentes do colégio episcopal que são também cardeais e possuem uma rica experiência pastoral, já que procedem de grandes dioceses do planeta. O papa os escolheu por isso, não por serem supostos delegados dos episcopados das diversas partes do mundo. "Todos eles são pessoas que gozam de grande confiança e apreço por parte do papa. São pessoas com quem ele está em sintonia. O papa sente que os seus conselhos podem ajudá-lo a avançar na linha que ele considera justa para o governo da Igreja. Este não é um fato indiferente, porque a confiança e o apreço facilitam o clima de serenidade e a natureza do diálogo".

    Primeira reunião aconteceu ontem

    A primeira reunião, na manhã de ontem, terça-feira, foi aberta com uma introdução feita pelo papa e seguida por uma reflexão sobre a eclesiologia a partir do concílio Vaticano II, ressaltando-se o caráter dos encontros: eles não miram apenas a organização e a eficiência de uma instituição, mas se contextualizam "numa visão teológica e espiritual da Igreja, inspirada na eclesiologia do Vaticano II e na sua aplicação".

    "Naturalmente", prossegue o padre Lombardi, "não se consegue isto numa mesa redonda de uma manhã. Mas fica indicada a perspectiva em que os membros do conselho se situam. Eles refletiram sobre alguns temas que o concílio já colocava: como reavivar e revigorar a relação entre a Igreja universal e local; falaram de comunhão e colegialidade, de uma Igreja dos pobres, do papel dos leigos... São todos pontos do concílio, presentes como pano de fundo. Eles raciocinam a essa luz e depois sobre as estruturas de governo".

    Cada participantes apresentou uma síntese das sugestões recebidas e trouxe materiais e anotações que fazem parte da documentação comum de trabalho do conselho. Foi realizada uma classificação dos grandes temas que devem ser encarados, não apenas nesta sessão, mas nas próximas também. A sessão vespertina foi dedicada ao sínodo dos bispos e contou com a participação do novo secretário da instituição, dom Baldisseri.

    "É um tema prioritário, seja pela participação do episcopado através do sínodo na vida da Igreja, seja pela urgência de especificar qual será o próximo sínodo e iniciar a sua preparação. Provavelmente, dentro de poucos dias saberemos. O que não sabemos é se vai ser um sínodo ordinário ou extraordinário", observa Lombardi, acrescentando que "o papa fez referência a um tema de caráter antropológico: a família à luz do evangelho, mas ainda não está definido".

    O papa Francisco disse ainda que temas de relevância como a pastoral familiar e matrimonial estarão na ordem do dia das atividades da Igreja nos próximos tempos.


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    Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro 
    Mensagem do Papa Francisco para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais 2014


    CIDADE DO VATICANO, 30 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - A mensagem do Papa para o Jornada Mundial das Comunicações Sociais Francisco incide sobre a necessidade de favorecer, além do encontro pessoal, a beleza de tudo o que constitui a base do nosso caminho e da nossa vida, a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo, particularmente neste momento em que, graças às novas tecnologias, a comunicação é em certo sentido "amplificada" e "contínua".

    Apresentamos a mensagem publicada no site do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais.

    Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro

    O ser humano se expressa acima de tudo na capacidade de comunicar. Na comunicação e através dela podemos, de fato, encontrar outras pessoas, expressar o que somos, o nosso pensamento, o que acreditamos, como queremos viver e, talvez o mais importante, aprendemos a conhecer as pessoas com as quais somos chamados a viver. Uma tal comunicação requer honestidade, respeito recíproco e compromisso para aprender uns com os outros, exige a capacidade de saber dialogar respeitosamente com as verdades dos outros. Muitas vezes, de fato, o que inicialmente poderia aparentar uma "diversidade" revela a riqueza da nossa humanidade e na descoberta do outro encontramos igualmente a verdade do nosso ser.

    Na nossa época se está desenvolvendo uma nova cultura, favorecida pela tecnolocia, e a comunicação é em certo modo "amplificada" e "continua". Somos desta maneira chamados a "Fazer redescobrir, no encontro pessoal e também através dos meios de comunicação social, a beleza de tudo o que está na base do nosso caminho e da nossa vida, a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo."(Discurso do Papa Francisco aos participantes da Assembléia Geral do Pontificio Conselho para as Comunicaçõees Sociais, 21 Setembro de 2013).

    Neste contexto, cada um de nós deveria acolher o desafio de ser autêntico, testemunhando os valores nos quais acredita, a sua identidade cristã, a sua experiência cultural, expresso com uma nova linguagem, para se chegar a partilha. A capacidade de comunicar, reflexo da nossa participação no criativo, comunicativo e unificante Amor Trinitário, é um dom que nos permite de crescer nos relacionamentos interpessoais, que são uma riqueza na nossa vida, e de encontrar no diálogo uma resposta àquelas divisões que criam tensões no interior das comunidades e entre as nações. A Era da Globalização impõe com força que a comunicação possa chegar aos lugares mais remotos do mundo real, mas também "nos ambientes criados pelas novas tecnologias, nas redes sociais, para fazer emergir uma presença... que escuta, dialoga, encoraja". (Discurso do Papa Francisco aos participantes da Assembléia Geral do Pontificio Conselho para as Comunicaçõees Sociais, 21 Setembro de 2013), para que ninguém se sinta excluído.

    A Mensagem para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais de 2014 quer explorar o potencial da comunicação, em um mundo sempre mais conectado e em rede, a fim de que as pessoas estejam mais próximas uma das outras e seja construído um mundo mais justo.

    A Jornada Mundial das Comunicações Sociais, único dia mundial estabelecido pelo Concílio Vaticano II ("Inter Mirifica", 1963), vem sendo celebrada em muitos países, sobre a recomendação dos bispos do mundo, no Domingo que antecede o Pentecostes (em 2014, dia 1 de junho).

    A Mensagem do Santo Padre para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais vem sendo tradicionalmente publicada na ocasião da Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas (24 Janeiro).


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    João Paulo II e João XXIII serão canonizados em 27 de abril de 2014 
    O Papa confirmou hoje em seu primeiro consistório. Espera-se a chegada de milhares de peregrinos poloneses

    Por Redacao


    ROMA, 30 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco decidiu hoje, durante o primeiro consistório convocado por ele, a data da canonização do Beato João Paulo II e do Beato João XXIII, que será no domingo 27 abril de 2014, em Roma.

    O Papa em sua viagem de volta da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, tinha indicado a festa da Divina Misericórdia, 27 de abril, porque se fosse antes, durante o inverno europeu, poderia causar muitos problemas, especialmente para os peregrinos com poucos recursos. Da Polônia virão a Roma milhares de peregrinos.

    No caso de João XXIII, o Papa Francisco autorizou o processo, sem a necessidade de apresentar um segundo milagre.

    Os milagres de João Paulo II que foram levados em consideração para a canonização foi a cura milagrosa de uma freira francesa que sofria de Parkinson avançado e irreversível. O segundo milagre foi a cura de uma mulher da Costa Rica que sofreu um aneurisma cerebral.


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    Pregação Sagrada
    A preparação prática da pregação - Escrever a homilia? 
    Coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 04 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Escrever a homilia?

    - Vantagens: se está escrito não se corre o risco de ficar vagando, implicaria responsabilidade.

    - Desvantagens: poderia perder espontaneidade e naturalidade, parece que essa homilia não nasceu da sua vida espiritual, o ouvinte não presta muita atenção.

    - O que você conclui? Certamente devemos evitar a improvisação. Mas um discurso não é um escrito. Levar a homilia preparada, sim, mas não perder o contato com o auditório, e tentar memorizá-la, se possível. Outros preferem levar somente um esquema. Cada um é livre, mas o que sim é preciso fazer é preparar a pregação durante a semana.

    Homilia participada?

    A missa dominical não parece ser a ocasião mais propícia para fazer uma homilia "participada", ou seja, fazendo algumas perguntas àqueles que me escutam. Somente no caso de uma missa na qual participem poucas pessoas e habitualmente as mesmas, poderia fazer-se. Mas, até mesmo neste caso, o celebrante tem que procurar que seja realmente uma homilia e não uma simples justaposição de sentimentos (sem esquecer que quase sempre são só alguns que falam e mais os que silenciam).

    Quanto tempo?

    Se é homilia, é preferível a brevidade do que o estender-se e cansar. Dizem os especialistas que é quase impossível manter a atenção por mais de 10 minutos, especialmente em nossa cultura baseada mais em imagens visuais do que em palavras. Muitas vezes, uma homilia cumprida é fruto de não tê-la preparado adequadamente. É preciso salpicar a homilia com dois exemplos que ajudem a renovar a atenção.

    Se é discurso ou palestra informal, pode demorar uma hora. As pessoas já vêm dispostas a ouvir esse tema de interesse que você propõe, já seja tema de fé, de moral ou científico e educacional. Pode-se usar os slides, em forma de esquemas atrativos e esquemáticos. Mas será a expressividade e o entusiasmo do pregador, o que os ouvintes mais agradecerão.

    Como preparar um esquema de pregação ?

    - O objetivo: é a finalidade dessa pregação que, ainda que não o nomeie, no entanto tudo o que diga está dirigido a esse objetivo.

    - A introdução: não deve ser longa. Consegue-se uma boa introdução com um fato, uma notícia, uma vivência, um bom nexo com os domingos anteriores.

    - O tema: fecha a introdução. É a ideia central das leituras bíblicas desse domingo. Os clássicos o chamavam de proposição. Esse tema pode estar dividido em três aspectos – como faz o Papa Francisco – que serão os pontos da parte principal ou corpo da pregação, que no caso da homilia podem ser os três aspectos do tema tirados de cada leitura. Três aspectos que explicam o único tema ou ideia que quero deixar aos meus ouvintes.

    - A parte principal: esse tema ou ideia principal divide-se em três pontos clássicos. É aconselhável que cada ponto seja concretizado com uma vivência, um acontecimento, uma aplicação para a vida dos ouvintes, para que fique mais gravado. As citações literais das Sagrada Escritura devem ser poucas; porém, tudo dever estar impregnado do espírito da Bíblia.

    - A conclusão: um mal final estraga a melhor das exposições. É preciso prepará-la cuidadosamente. Deve ser curta. Não deve ser repetição do dito. Deve-se fazer um resumo dos pontos. Deve ser positiva e estimulante. Tem que estar em sintonia com a introdução. Conclusão objetiva, sóbria e pessoal. Uma citação – mas nem uma palavra a mais – pode acabar a homilia bem e causa conformidade.

    Continuaremos...

    Abaixo publicamos a lista completa dos artigos já publicados:

    1. Introdução e Pré-requisitos da pregação.


    2. Decálogo de um pregador.


    3. O pregador sagrado.


    4. O pregador e os ouvintes


    5. Diferentes tipos de ouvintes.


    6. A figura do pregador (1).


    7. A figura do pregador (2).


    8. As condições essenciais do pregador (1).


    9. As condições essenciais do pregador (2). 


    10. Diferentes tipos de pregação: A homilia.


    11. Diferentes tipos de pregação: Pregação ou discurso explicativo.


    12. Diferentes tipos de pregação: Pregação ou discurso persuasivo


    13. Diferentes tipos de pregação: Pregação ou discurso emotivo.


    14. Diferentes tipos de pregação: Pregação ou discurso demonstrativo.


    15. Diferentes tipos de pregação: Pregação ou discurso apologético.


    16. Diferentes tipos de pregação: Pregação meditada diante do Santíssimo Sacramento.


    17. Diferentes tipos de pregação: Pregação de um Panegírico.


    18. Diferentes tipos de pregação: Pregação de um Retiro espiritual mensal.


    19. Diferentes tipos de pregação: Pregação dos exercícios espirituais inacianos (1).


    20. Diferentes tipos de pregação: Pregação dos exercícios espirituais inacianos (2).


    21. Diferentes tipos de pregação: Pregação dos exercícios espirituais inacianos (3).


    21. Diferentes tipos de pregação: Pregação dos exercícios espirituais inacianos (4).


    22. Diferentes tipos de pregação: Pregação dos exercícios espirituais inacianos (5).


    23. Diferentes tipos de pregação: Pregação dos exercícios espirituais inacianos (6).


    24. Diferentes tipos de pregação: Pregação dos exercícios espirituais inacianos (7).


    25. Pregações circunstanciais (1): batismo, casamentos, exéquias.


    26. Pregações circunstanciais (2): uma festa, apresentações, brindes.


    27. Técnicas da forma interna de apresentar as ideias: Concreção, visualização, desenvolvimento, dramatização e comparação dessas ideias.


    28. Técnicas de forma externa de apresentar as ideias: grafismo, estilo e ritmo oratório. 


    29. Resumo da expressão oratória (1).


    30. Resumo da expressão oratória (2).


    31. A preparação prática da pregação (1).


    Caso queira se comunicar com o Padre Antonio Rivero pode fazê-lo por este e-mail:arivero@legionaries.org

    (Trad.TS)


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    Igreja e Religião
    Dom João Braz de Aviz: "Tem muita autoridade dentro da Igreja que é dominação. Eu sou testemunha disso". 
    Trechos da entrevista que o cardeal Dom João concedeu à revista Cidade Nova no mês de Setembro desse ano

    Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


    BRASíLIA, 02 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - De uma cidadezinha de oito mil habitantes, Mafra, SC, o Cardeal Dom João Braz de Aviz atualmente é o brasileiro que exerce o mais alto cargo na Cúria Romana, como Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

    No mês de Setembro desse ano o prelado concedeu uma entrevista à revista Cidade Nova na qual tratou vários temas, dentre os quais a situação da Igreja, o Papa Francisco, a reforma da cúria, a formação católica, entre outros.

    Escolha do Papa Francisco

    Sobre a eleição do Cardeal Bergoglio ao pontificado, o prelado disse à Cidade Nova que foram os cardeais que escolheram o Papa, mas "acima de tudo é o espírito de Deus que trabalha nos bastidores".

    Justamente nesse momento em que "precisamos uma Igreja muito próxima do povo", Deus enviou "um papa que nos diga que a misericórdia de Deus vem antes do juízo, porque a misericórdia nos salva".

    Sem fazer nenhuma comparação com o Papa Bento XVI, que "deixou um patrimônio enorme de doutrina muito clara", disse, com esse Papa, nesse "sentido a figura do Papa muda bastante", porque Francisco é "simples, despojado, simplifica as estruturas: não as destrói e nem as rejeita, mas simplifica".

    Por exemplo – afirmou Dom João - antes "para chegarmos ao Papa era preciso passar por 14 pessoas". Agora é "tudo muito rápido, direto". E continuou: "Eu estou me acostumando a receber bilhetes do Papa: 'Querido irmão, sobre isso não sei como se faz, me ajude!'. Ou ele nos telefona. Assim ele acompanha todos os problemas diretamente. Isso foi uma das coisas que nós, cardeais, pedimos ao Santo Padre: que essa relação fosse direta", explicou o prelado.

    Reformas da cúria

    "As mudanças já começaram. Agora estamos consultando muitas pessoas para essa reforma", disse. O Papa está muito atento ao Instituto para as Obras de Religião (IOR).

    "Um outro pedido dos cardeais foi que a Secretaria de Estado pudesse voltar à sua identidade original", no sentido de ajudar "o Santo Padre em muitas questões", mas sem ter "uma ingerência muito forte dentro das congregações romanas, porque esvazia a autoridade de quem está ali e esse é um problema que nós sentimos muito". Nesse sentido o cardeal disse que é possível que os órgãos sejam simplificados.

    Igreja do Brasil

    O prelado falou também à revista Cidade Nova que é a primeira vez que ouviu o Papa dizer que o brasileiros não devem uniformizar tudo na CNBB. "Vocês, brasileiros, têm uma riqueza tão grande no povo, o Brasil tem regiões tão bonitas... Vocês não podem uniformizar tudo numa única linha da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) em Brasília. É preciso que haja uma coordenação da Igreja, mas também é preciso que cresça a diversidade das regiões. Ou seja, façam as duas realidades caminharem juntas". Tema esse que, de acordo com o prelado, será ainda muito discutido na próxima Assembleia Geral da CNBB.

    JMJ

    Comentando a vinda do Papa à JMJ, Dom João destacou que o Papa se comportou no Brasil "de uma maneira tão próxima, que agente quase pensou que ele era brasileiro". Um dos pontos que mais tocou o cardeal foi quando o Papa disse que "neste momento não podemos ficar pensando em matéria de doutrina aqui, está certo ou errado". É a imagem do campo de batalha, onde o mais importante é salvar vidas.

    Igreja como família, homem/mulher, autoridade e imaturidade

    A Igreja tem que se "tornar uma família de irmãos, por enquanto ainda está formada de classes e isso não é bom, porque a Igreja não é assim. Jesus não pregou classes, Jesus pregou essa comunhão profunda entre nós".

    "Acho também que deveria melhorar muito a relação homem/mulher. Uma moral muito estreita, muito dura, acabou fazendo a mulher desconhecer o homem e o homem desconhecer a mulher. Nós não nos conheceremos: ou nos oprimimos, nos exaltamos, ou nos usamos. Nós deveríamos nos complementar, porque a Bíblia diz que Deus criou o homem e a mulher, não criou nem só mulher e nem só homem".

    "Autoridade e obediência, a meu ver, estão entre as grandes coisas que irão mudar e se adaptar. Não tem que mudar o valor da obediência e nem da autoridade, tem que mudar o modo de ser feito, porque tem muita autoridade dentro da Igreja que é dominação. Eu sou testemunha disso. A autoridade não pode colocar uma pessoa acima da outra, autoridade só pode ser de irmãos que têm missões diferentes, mas são irmãos. Quem manda e quem obedece está no mesmo nível".

    "Nós não podemos passar um verniz de místico, espiritual, em cima da imaturidade humana. Tem que ter maturidade, tender ao amadurecimento como fruto da fé, porque se nós não formos competentes em desenvolver todos os valores verdadeiramente humanos, masculinos e femininos integrados, será muito difícil que possamos integrar uma dimensão de fé".


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    João XXIII e a Polônia 
    Com O Diário da Alma, encontrei a riqueza da espiritualidade cristã e sacerdotal: testemunho do Pe. Mariusz Frukacz, editor-chefe adjunto do semanário polonês Niedziela

    Por Paul De Maeyer


    CZESTOCHOWA, 01 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - A notícia da canonização conjunta de João Paulo II e do papa João XXIII me deixou muito feliz. Além de João Paulo II, sou muito próximo também de João XXIII, da sua espiritualidade e do seu olhar pastoral sobre a Igreja e sobre o mundo.

    Esses dois santos papas são muito semelhantes. Eles estão unidos não só pelo concílio Vaticano II, mas também pela espiritualidade, pelo amor ao rosário, pela preocupação com as pessoas e com os seus direitos, pelo compromisso com a paz mundial e pela total confiança em Deus.

    A pessoa de João XXIII me foi muito próxima durante os meus estudos em Roma. A beatificação do "Papa Bom", em setembro de 2000, foi para mim uma grande experiência espiritual. Foi a primeira beatificação de que eu participei. A minha leitura diária, desde então, é "O Diário da Alma", de João XXIII. E continua sendo até hoje.

    Posso dizer que no "Diário da Alma" eu encontrei uma imensa riqueza de espiritualidade cristã e sacerdotal, além de aprender com ele a língua italiana.

    Nos momentos difíceis, eu peço a intercessão dos dois papas. Sei que eles sempre me ajudam. No meu quarto eu tenho as imagens dos dois, que são como anjos da guarda para mim.

    Temos que nos lembrar também de que João XXIII nutria um grande amor pela nação e pelo povo polonês, especialmente pelo Santuário da Virgem Negra de Jasna Góra. João XXIII tinha grande estima e era amigo do cardeal primaz do milênio, Stefan Wyszynski.

    Antes de ser eleito para o trono de São Pedro, o cardeal Roncalli visitou a Polônia. Veio em peregrinação a Czestochowa em 17 de agosto de 1929, quando era visitador apostólico da Bulgária.

    No memorial, dom Angelo Giuseppe Roncalli escreveu: "Fiat pax in virtute tua, Regina Poloniae, et turribus abundantia tuis" (Haja a paz em teu poder, Rainha da Polônia, e abundância nas tuas torres).

    Em suas reuniões e conversas com o primaz do milênio, Roncalli sempre fez referências a Nossa Senhora de Czestochowa. João XXIII pediu ao cardeal Wyszynski a celebração de uma missa diária na Capela da Imagem Milagrosa de Nossa Senhora de Jasna Gora pelas intenções do papa.


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    Comunicar a fé hoje
    Existem muitas pessoas em segunda união muito mais santas que pessoas que comungam diariamente 
    Pe. Hélio Luciano responde a várias questões sobre fé e Igreja

    Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


    BRASíLIA, 03 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Ultimamente a edição portuguesa de ZENIT tem recebido várias perguntas que abrangem os mais variados temas de fé e de Igreja.

    Para respondê-las pedimos ajuda ao Pe. Hélio Luciano, mestre em bioética pela Universidade de Navarra, mestre em Teologia Moral pela Pontificia Universidade Santa Cruz em Roma e membro da comissão de bioética da CNBB, que se dispôs com muito carinho a responder as perguntas selecionadas.

    Publicamos a primeira parte sexta-feira, 27 de Setembro. A segunda parte no dia 30 de Setembro e abaixo publicamos a terceira e última parte.

    Acompanhe abaixo as perguntas sobre o Papa Francisco e a Teologia da Libertação, e sobre os casamentos de segunda união.

    ***

    ZENIT: É verdade que o Papa Francisco, chamou o Leonardo Boff para uma conversa porque concorda com a teologia da libertação e tem a mesma opção pelos pobres?

    Pe. Hélio: Na verdade, em relação ao convite do Santo Padre a Leonardo Boff, pouco podemos saber se são verdades ou bravatas. Ao mesmo tempo, não haveria nenhum problema em tal convite. A Igreja nunca se fecha ao diálogo e é importante conversar com todos – o Papa Bento teve um célebre diálogo com Hans Küng, um grande crítico da Igreja.

    Quem se fechou ao diálogo nos últimos anos foi o próprio Leonardo Boff – praticamente demonizando o Papa Bento. A abertura a este diálogo seria benéfica tanto à Igreja como ao próprio Boff, mas não significaria uma mera concordância, mas sim uma abertura ao diálogo.

    Do mesmo modo, não podemos demonizar a teologia da libertação em si mesma. Os aspectos positivos e negativos foram ressaltados nos dois documentos da Igreja – um de 1984 e outro de 1986 – sobre o tema. Suponho que a teologia da libertação que trabalhe dentro de tais limites e sem se tornar discurso ideológico, pode enriquecer a teologia.

    ZENIT: É verdade que as normas da igreja proíbem os padres de confessar às pessoas divorciadas?

    Pe. Hélio: Aqui existe um problema pastoral sério e voltamos ao tema do filho pródigo. Há muitos anos não estamos conseguindo dar verdadeira formação àqueles que vão casar – não os evangelizamos desde a infância e depois cremos que com 4 horas de formação para noivos estarão preparados para contrair matrimônio. Isso é burocracia e não mostrar o rosto de Cristo. Depois não acompanhamos as pessoas que se casam – a grande maioria nem frequenta a Missa, pois não conseguimos fazer que entendam a beleza da Eucaristia. A consequência é que o número de separações e divórcios é cada vez maior (351 mil divórcios no Brasil em 2011). A culpa é de quem? Nossa, como Igreja, que não evangelizamos.

    Um número também cada vez maior de pessoas que se separaram ou se divorciaram optam por unir-se novamente, com esperança de que desta vez dê certo. Em primeiro lugar, nosso papel não pode ser de meros juízes, colocando o dedo na ferida. Tais pessoas estão machucadas pela vida e normalmente passaram por situações muito difíceis na união anterior.

    Nosso papel deve ser de acolher, escutar, ajudar, sempre a partir da verdade e evitando extremismos. Acolher no sentido de mostrar a essas pessoas que elas continuam sendo filhas de Deus e que fazem parte da Igreja. Escutar a história de cada uma, tendo misericórdia, ou seja, colocando a dor do outro no nosso próprio coração. Ajudar tentando oferecer a ela o caminho de felicidade proposto por Cristo, não como uma carga na sua vida, mas como o modo de que encontre plenamente sua felicidade.

    Em muitos casos – não todos – o primeiro matrimônio foi nulo, ou seja, nunca aconteceu. São 19 as causas de nulidade e hoje, como muitos casam sem saber o que é verdadeiramente o matrimônio, ou sem assumir os compromissos que derivam do mesmo, temos grande número de casamentos inválidos. É direito do fiel poder recorrer ao Tribunal Eclesiástico para saber se seu matrimônio aconteceu de fato ou não.

    No caso de que o primeiro matrimônio seja válido, devemos deixar claro a situação da pessoa e ajudá-la a que, livremente, encontre-se com Cristo. Os extremismos só prejudicam. Por um lado os rigorismos, de aplicar simplesmente a lei, sem ver a pessoa, só aumentam o sofrimento e excluem as pessoas da Igreja – Jesus Cristo veio para os doentes e não para os sãos. Por outro lado, o laxismo de não ver que existe um problema a ser sanado, também cria nas pessoas conflitos de consciência – ninguém trata um câncer simplesmente dizendo que ele não existe.

    O sacramento do matrimônio, quando válido, dura até a morte de um dos cônjuges. A pessoa em segunda união deve saber que está casada realmente com o seu(ua) primeiro(a) esposo(a). Enquanto permanecer em segunda união – e existem casos que não devemos nem mesmo aconselhar que se dissolva, seja pelo bem dos filhos, seja para evitar que venha a se tornar uma terceira ou quarta união – a pessoa pode comungar da Palavra e fazer comunhões espirituais na Missa, participando de Cristo naquele grau que hoje ela é capaz de alcançar. Mas não pode comungar e nem receber a absolvição, pois ainda não há o claro propósito de emenda.

    Tal situação não significa menor santidade – existem muitas pessoas em segunda união muito mais santas que pessoas que comungam diariamente – nem mesmo exclusão da vida da Igreja (estas pessoas podem e devem participar da vida pastoral da Igreja). Trata-se sim de um processo pessoal de conversão, que pode durar anos e que só Deus e a própria pessoa podem intervir.


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    Homens e Mulheres de Fé
    SantaTeresinha, minha secretaria fiel 
    Frei Patrício Sciadini, ocd, delegado geral da Ordem Carmelita no Egito, conclui novena realizada através do Facebook

    Por Maria Emilia Marega Pacheco


    FORTALEZA, 01 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - O carmelita Frei Patrício Sciadini, diretamente do Cairo, Egito, onde atualmente reside num mosteiro da sua Ordem, motivou através de seu perfil no Facebook a novena de Santa Teresinha do Menino Jesus.

    Ontem, último dia da novena, Frei Patrício destacou que "a novena é um caminho que serve para nos unir a Deus e aos outros. É na força do amor que a vida se faz mais fácil. É encontrando pessoas amigas com quem podemos compartilhar o que passamos e nos sentirmos amigos dos amigos e ter amigos. Mas os amigos verdadeiros são poucos, não importa que os nossos amigos nos abandonem, o que importa é que nós não abandonemos os nossos amigos. É um telefonema, um email, um skype, uma palavra…..sempre seremos presença discreta, gentil e delicada".E pediu a intercessão da jovem santa: "Teresinha nos ensine esta arte do amor".

    Hoje, 01 de outubro, dia em que a Igreja celebra a santa carmelita, Frei Patrício publicou em seu perfil, uma de suas experiências pessoais com Teresa de Lisieux.

    "Faz muitos anos, uns 45, que escolhi, num momento espiritual da minha vida, Santa Teresinha como minha secretaria particular, minha representante diante da Santíssima Trindade, da Virgem Maria para tudo o que eu necessitasse do alto do Céu"- comentou Frei Patrício. "E confesso que ela tem sido fiel, `as vezes, quando não consigo obter o que eu quero ela vem com humildade e diz:"coragem, dapróximavez, não desanime, precisa penetrar no coração de Deus pela porta do coração." E isto me ajuda imensamente".

    "Hoje é a sua festa e quero prestar-lhe a minha homenagem pela sua fidelidade e pelo amor e dedicação que tem por este amigo. O que eu posso fazer é fazê-la conhecer a todos que posso, escrever o seu nome, falar dela, ser amigo dela mas nunca serei amigo dela como ela é de mim".

    E conclui pedindo: "Que Santa Teresinha seja, na minha vida, o pequeno caminho que me leva a Jesus, caminho, verdade e vida. Todos nós que temos feito, via internet, a novena de Santa Teresinha, continuemos neste amor e façamos conhecer a todos, a intercessão daquela que antes de partir para o Céu disse "do Céu enviarei uma chuva de rosas e bençãos". Precisamos em todos os lugares do mundo, no Brasil, no Egito, na família, mas especialmente em todos os nossos corações". 


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    Mundo
    Basílica do Pilar, na Espanha, sofre atentado com bomba caseira 
    Uma mulher sofreu lesões leves. Suspeitas recaem sobre grupos de extrema esquerda ou anarquistas

    Por Redacao


    ROMA, 03 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Um pequeno artefato caseiro explodiu ontem na basílica do Pilar, em Saragoça [Zaragoza], na Espanha, por volta das 13h50 do horário local. A explosão não causou perdas humanas nem no patrimônio histórico e artístico do templo, embora tenha deixado alguns danos materiais. A bomba caseira foi colocada no corredor da nave central, próxima do altar maior.

    Ángel Val, da prefeitura de Saragoça, confirmou que os serviços de emergência atenderam somente uma mulher, que sofreu danos leves nos tímpanos.

    Em comunicado, a arquidiocese de Saragoça informa que uma equipe do esquadrão antibombas da polícia, os chamados Tedax, examinou outro pequeno pacote deixado na mesma área da catedral, enquanto o templo e a praça eram interditados pela polícia.

    A arquidiocese "agradece à Virgem do Pilar pela proteção e às muitas pessoas e instituições que enviaram mensagens de apoio".

    A principal hipótese sobre a autoria aponta para algum pequeno grupo de extrema esquerda ou de anarquistas. Fontes policiais veem semelhanças com um ataque perpetrado em fevereiro na catedral de Almudena, em Madri, por um grupo anarquista.

    A explosão, segundo a polícia, foi provocada "por um pequeno artefato feito com um cilindro de gás usado para camping, que foi colocado no corredor central da nave do altar maior". O artefato era de fabricação caseira e com baixa potência.

    Os visitantes que estavam na basílica do Pilar no momento do atentado sentiram a explosão, mas mantiveram a calma e não saíram do templo até ser orientados a evacuá-lo.

    O porta-voz do partido Esquerda Unida, José Manuel Alonso, declarou à agência Efe que viu dois jovens sair correndo da basílica do Pilar logo após uma explosão no interior do templo, enquanto o resto das pessoas presentes da igreja saía de maneira ordenada.

    A explosão, próxima dos primeiros bancos do altar maior, não causou danos à imagem da Virgem do Pilar, que se encontra em uma das capelas laterais. A imagem é de 38 centímetros e remonta, segundo a tradição, ao ano 40, quando Maria teria aparecido para o apóstolo Tiago Maior em Caesaraugusta, antigo nome da cidade de Saragoça.


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    As vítimas do genocídio armênio podem ser canonizadas 
    Sínodo dos Bispos da Igreja Apostólica Armênia reflete sobre os processos de canonização das pessoas que sofreram o martírio


    ROMA, 03 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Cerca de cem anos após o genocídio armênio - que será em 2015 - o Sínodo dos Bispos da Igreja Apostólica Armênia colocou no centro da reflexão comum a proposta de canonização por martírio de todas as vítimas do "Grande Mal" perpetrado nos territórios da atual Turquia, em 1915.

    Conforme relatado à Agência Fides, o Sínodo, realizado de 24 de setembro a 27 na Sé Patriarcal de Echmiadzin (localizada a 20 quilômetros da capital armênia, Yerevan) reuniu pela primeira vez depois de seis séculos, todos os bispos armênios apostólicos, aqueles que fazem parte diretamente do catholicate de Echmiadzin (governado pelo Patriarca Karekin II, autoridade máxima do cristianismo armênio apostólico) bem como aqueles relacionados ao catholicate da grande Casa da Cilícia (governado pelo Catholicos Aram I, com base no Líbano).

    "A possível canonização das vítimas do genocídio armênio está sendo estudada, mas certamente foi um dos pontos mais interessantes abordados no recente Sínodo", confirmou à Agência Fides o padre Georges Dankaye, reitor do Colégio Armênio de Roma e o procurador da Igreja Católica Armênia junto à Santa Sé. "Leve em conta", acrescenta pe. Dankaye "que na Igreja Apostólica Armênia, os últimos santos foram proclamados no século VI". Nesse sentido, entre as questões a serem aprofundadas, há também a de uma definição precisa dos processos de canonização das pessoas que sofreram o martírio.

    (Agência Fides/ Tradução: ZENIT)


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    Encontro entre o pensamento teológico e a devoção popular 
    Teólogo Eloy Bueno de la Fuente em entrevista


    FáTIMA, 30 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - "A mensagem de Fátima: a misericórdia de Deus nos dramas da história" é o título do curso intensivo que vai decorrer na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, em quatro dias de outubro.

    O curso será orientado por Eloy Bueno de la Fuente, professor de Teologia Dogmática da Faculdade de Teologia do Norte de Espanha - Burgos e estudioso dos acontecimentos de Fátima. Decorrerá ao longo de duas segundas-feiras - 7 e 28 de outubro - e nas manhãs de duas terças-feiras - 8 e 29 de outubro.

    De acordo com informação da Direção da Faculdade de Teologia, o curso integra-se no Curso de Doutoramento em Teologia que a faculdade oferece neste ano letivo de 2013-2014, mas está aberto à participação de outros alunos e pessoas interessadas, mediante inscrição prévia, aceite pela Direção.
    Eloy Bueno de la Fuente é presbítero da Diocese de Burgos (Espanha), professor catedrático de Teologia Dogmática da Faculdade de Teologia de Burgos, onde dirigiu o Instituto de Missionologia, e professor no Centro Ecuménico de Madrid. Nos últimos anos tem-se detido de forma aprofundada no estudo da Mensagem de Fátima, que analisa à luz da documentação histórica e com as ferramentas da Teologia atual.

    Eloy Bueno de la Fuente em entrevista:

    Em entrevista, esta tarde, à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, Eloy Bueno de la Fuente fala sobre esta iniciativa da Universidade Católica Portuguesa como um momento de encontro entre o pensamento teológico e a devoção popular.

    "Este curso é uma ideia magnífica, que se encontra na linha daquilo que tenho vindo a tentar: mostrar a conveniência e a fecundidade do encontro entre o pensamento teológico e a devoção popular, para evitar - como muitas vezes sucede - que funcionem como mundos distintos.

    A estrutura do curso intensivo está definida: "Pretendo em primeiro lugar situar o acontecimento Fátima no contexto histórico, para destacar depois as dimensões teológicas: o pressuposto pascal e trinitário e, sobre essa base, o significado da misericórdia como triunfo do amor nos dramas da história, (um amor) que condensa nele o triunfo do Imaculado Coração de Maria.

    O curso apresenta-se, considera Eloy Bueno de la Fuente, como uma ocasião para a Igreja "situar adequadamente o fenómeno das aparições de Fátima e para aprofundar o seu serviço à esperança e à misericórdia".

    Interrogado sobre a atualidade da Mensagem de Fátima, o teólogo sublinha que "para o nosso mundo, a Mensagem de Fátima atua como uma interpretação profética da história enquanto denúncia dos infernos que gera o egoísmo humano e, por sua vez, destaca a existência de um amor maior - representado por Maria - garantia de que (o Mundo) não acabará em tragédia, graças a testemunhos como os dos pastorinhos que se entregam aos desígnios de misericórdia que lhes foram revelados".

    Eloy Bueno de la Fuente é licenciado em Teologia Dogmática pela Universidade de Santo Tomás, de Roma, e doutorado em Missiologia pela Universidade Urbaniana, de Roma, com uma tese sobre Karl Rahner, e em Filosofia pela Universidade Complutense, de Madrid, com uma tese sobre Unamuno. Nos cerca de 30 livros que publicou, privilegia temas relacionados com Eclesiologia e Cristologia. Foi presidente da Associação de Decanos de Teologia de Espanha e Portugal, entre os anos de 2005 e 2006, e é Membro do Conselho Científico e do Conselho de Redação de várias revistas de Teologia e Filosofia.

    Outras informações sobre este curso: www.ft.lisboa.ucp.pt

    Fonte: Centro de Comunicação Social de Fátima 


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    O impacto social do jogo 
    Recente estudo norte-americano revela com mais clareza os efeitos negativos

    Por John Flynn, LC


    ROMA, 30 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Os jogos de azar em cassinos estão se tornando cada vez mais populares entre os norte-americanos e vêm causando inúmeros problemas, como, por exemplo, o aumento da desigualdade econômica.

    Esses dados foram apresentados em uma pesquisa publicada na semana passada, intitulada "Por que os cassinos são um problema: trinta e uma provas baseadas nas ciências sociais e da saúde". A pesquisa é do Conselho de Cassinos dos Estados Unidos, um grupo independente formado por especialistas convocados pelo Instituto de Valores Americanos, cuja sede fica em Nova Iorque.

    Até 1990, os únicos cassinos legais no país ficavam em Las Vegas e em Atlantic City. Ao longo das últimas duas décadas, porém, surgiram cassinos em todo o território dos Estados Unidos, cobrindo um total de 23 estados.

    O relatório ressalta que também tem havido uma transformação no poder de atração que os cassinos exercem sobre o público. Os cassinos do "velho estilo" dependiam muito dos grandes jogadores que empenhavam somas vultosas ​​nas mesas de jogo. Hoje, os cassinos estão de olho nos jogadores médios e pequenos, que apostam pequenas quantidades de dinheiro em máquinas caça-níqueis e são propensos a voltar a jogar muitas vezes.

    Em 1991, havia 184 mil máquinas caça-níqueis nos EUA. Em 2010, elas chegaram a 947.000. Em 2013, entre 62% e 80% da receita dos cassinos proveio das máquinas caça-níqueis.

    Os modernos caça-níqueis, diz o dossiê, "são programados para apostas contínuas, rápidas e repetidas". Eles ficam ligados a um computador central que recolhe informações sobre as preferências do jogador e programa cada máquina para um determinado estilo de jogo. "As máquinas são projetadas para fazer os apostadores jogarem mais e perderem mais", diz o relatório.

    As pessoas que têm a primeira experiência de jogos de azar nas máquinas caça-níqueis apresentam maiores chances de se tornar dependentes da jogatina. O relatório cita um estudo australiano que demonstra que quase a metade das pessoas que usam as máquinas caça-níqueis revelam sintomas de vício.

    O jogo excessivo tem impacto significativo sobre as famílias, prossegue o relatório. Além dos problemas financeiros, os cônjuges dos jogadores correm alto risco de violência doméstica. Jogadores patológicos apresentam alta probabilidade de divórcio ou separação. Os filhos também são afetados e se veem frequentemente privados do direito a férias ou até mesmo a cursar a faculdade.

    O relatório admite que há benefícios econômicos de curto prazo para uma comunidade quando um cassino é aberto em seu território. No longo prazo, porém, os custos sociais são significativos, embora difíceis de quantificar.

    Um caso especial é o de Atlantic City. Há cerca de 40 anos, quando os cassinos foram autorizados pela primeira vez na cidade, a publicidade os anunciava como um meio para melhorar a situação econômica da região. Hoje, apesar da ajuda do governo, Atlantic City "continua a ser uma cidade economicamente atrasada".

    Além disso, se o jogo frequente é incentivado, o resultado é que somas de dinheiro cada vez mais abundantes não são injetadas, mas subtraídas da comunidade, com todos os danos que a economia local sofre em decorrência desse empobrecimento.

    Em Atlantic City, por exemplo, havia 242 restaurantes e bares em 1977. Em 1996, o número tinha caído para 142.

    Os promotores do cassino, diz o dossiê, afirmam trazer entretenimento para os muitos americanos que gostam de jogos de azar ocasionalmente. Os autores da pesquisa, no entanto, salientam que a receita dos cassinos depende significativamente dos jogadores patológicos.

    "As evidências dos estudos científicos sobre a relação entre a receita dos cassino e a problemática dos jogadores patológicos leva à conclusão de que os cassinos lucram de modo desproporcional com esse tipo de pessoas", afirma o relatório.

    O dossier cita uma variedade de estimativas obtidas de várias fontes. O percentual de receitas derivadas de jogadores patológicos varia de um terço à metade das receitas totais.

    As estimativas vêm de onze estudos, publicados não só nos Estados Unidos, mas também no Canadá e na Austrália.

    Um estudo canadense descobriu que os jogadores casuais são 75% do total, mas eles contribuem com apenas 4% do total das receitas dos jogos de azar.

    O arcebispo de Toronto, cardeal Thomas Collins, se manifestou recentemente sobre o assunto. Em sua carta pastoral sobre o jogo e os cassinos, ele conta que, durante o seu ministério, tornou-se dolorosamente consciente dos problemas que afetam indivíduos e famílias devido ao jogo patológico.

    Os governos são tentados pela perspectiva de lucrar com os impostos do setor. No entanto, o impacto social negativo do aumento do jogo excede significativamente os benefícios de mais dinheiro para os cofres do governo, afirma o cardeal.

    O jogo ocasional pode ser uma forma legítima de entretenimento, diz Collins, mas "os indivíduos, governos e organizações de caridade podem se tornar escravos do lucro advindo do jogo, e isso, obviamente, é prejudicial".

    "O jogo se baseia essencialmente em uma ilusão: a promoção da fantasia, especialmente sedutora para os mais fracos e desesperados, um jeito fácil de tentar achar uma solução rápida para os problemas financeiros", prossegue o cardeal.

    "É uma ilusão cruel e não é sensato que os governos a promovam, muito menos mediate uma extensa publicidade". O lembrete do cardeal é de fundamental importância: o papel do governo se estende para além do equilíbrio fiscal e o bem comum deve ser a maior prioridade.


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    Entrevistas
    O milagre de João Paulo II é um grande presente para a América Latina 
    Diretor da Rádio Maria da Costa Rica fala do encontro com Floribeth Mora

    Por Daniele Trenca


    ROMA, 04 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - No próximo dia 27 de abril, uma solene cerimônia elevará o papa João Paulo II aos altares. Menos de uma década depois da morte de João Paulo II e dois anos após a beatificação, termina o processo para a santificação de Karol Wojtyla,acelerado pelo reconhecimento de um milagre que ocorreu no mesmo dia da beatificação, 1º de maio de 2011.

    O personagem principal é Floribeth Mora Díaz, da Costa Rica: depois de sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico, os médicos não lhe deram nenhuma esperança de recuperação. A impossibilidade do fechamento de uma artéria localizada em uma região inacessível do seu cérebro a fazia rezar constantemente ao papa polonês.A notícia do milagre causou alvoroço no pequeno país centro-americano, que rapidamente chegou às manchetes internacionais.

    Tivemos a alegria de conversar com o pe. Emilio Garreaud, diretor da Rádio Maria e reitor da Universidade João Paulo II na Costa Rica, que conheceu a Sra. Mora Díaz pessoalmente.

    Pe. Emilio, você pode nos contar um pouco do seu encontro com Floribeth Mora? 

    Pe. Emilio Garreaud: Eu tenho uma relação forte com a pessoa de João Paulo II. É muito importante, para nós, na Costa Rica, este milagre. Floribeth é uma pessoa que vive num povoadinho chamado Dulce Nombre de Jesús.Nós fizemos uma entrevista com ela, para a Rádio Maria, no consistório de segunda-feira passada, dia 30 de setembro. Para mim foi uma coisa maravilhosa estar com ela e vê-la feliz, ela e o marido. É muito interessante, porque ela estava doente, no hospital, e os médicos chegaram a dizer que era melhor morrer em casa.Ela foi levada para casa, para o quarto dela, e todos os dias eram terríveis.Naquela época, justamente, foi celebrada a beatificação de João Paulo II.Floribeth tinha dores de cabeça fortíssimas, mas ela fez um esforço enorme e acompanhou a beatificação pela TV junto com a família.Na cama, ela pediu muito a graça de ser curada pela intercessão do papa. À noite ela adormeceu e foi naquele momento que aconteceu o milagre.Acabaram as dores de cabeça. Na manhã seguinte, ela começou a andar e disse para o marido: "Aconteceu alguma coisa".Ela conseguia andar, falar... era um milagre! O processo completo da cura durou oito meses.No hospital, os médicos a submeteram a uma radiografia e constataram que na cabeça dela não havia mais nenhum vestígio da doença.Cientificamente, era impossível. Este é o milagre de João Paulo II.

    Como ela está hoje? 


    Pe. Emilio Garreaud: Ela está bem.Eu estive com ela na semana passada, numa escola onde ela deu o seu testemunho. É uma bela história, porque, depois do milagre, ela foi a uma igreja que tinha uma relíquia de João Paulo II e falou com o padre, contou o que tinha acontecido com ela. A história dela foi relatada num site da paróquia, e, três meses depois, o padre recebeu um telefonema do Vaticano. Aí começou o processo confidencial com um comitê de quatro padres, que viajaram até a Costa Rica para entender o que realmente tinha acontecido. Meses depois, foi anunciado ao mundo o milagre.

    Para ela, deve ter sido uma experiência muito poderosa, pois fortalece ainda mais a relação que ela já tinha com João Paulo II. 

    Pe. Emilio Garreaud: Claro. Eu fico extremamente emocionado, primeiro porque trabalho na paróquia vizinha à do milagre. Segundo, porque é na Costa Rica, que é um país tão pequeno, de quatro milhões e meio de habitantes. Uma excelente ocasião para rezar a Deus por intercessão de João Paulo II por este milagre e uma ocasião igualmente importante para a evangelização da Costa Rica.

    Mais uma vez a América Latina é protagonista. Depois da eleição do papa argentino e da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, temos o milagre de João Paulo II numa mulher da América Central. 

    Pe. Emilio Garreaud: A América Latina é metade da Igreja e eu acho que é um sinal muito grande de Deus para nós. Eu acho que é um momento importante de conversão para o nosso continente, o momento de dar testemunho da nossa fé, particularmente da nossa maneira de vivê-la na América Latina. Todas as classificações dizem que a Costa Rica é o país mais feliz do mundo, porque é um país de reconciliação e de paz, que não tem exército. É um país de classe média. Eu acredito que, neste momento, a Costa Rica também seja o único país do mundo que é católico pela constituição, além de ser tremendamente mariano.


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    Angelus
    Papa Francisco no Angelus: Como os Apóstolos, digamos ao Senhor Jesus: "Aumentai a nossa fé!" 
    Pontífice reforça pedido de oração pelas pessoas que perderam suas vidas em Lampedusa,


    CIDADE DO VATICANO, 06 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as palavras do Papa Francisco pronunciadas neste domingo, 6 de outubro, diante de uma multidão de fieis reunidos na Praça de São Pedro para rezar o Angelus.

    Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

    Antes de tudo, gostaria de agradecer a Deus pelo dia que vivi em Assis, antes de ontem. Foi a primeira vez que eu fui a Assis e foi um grande presente fazer esta peregrinação justamente na festa de São Francisco. Agradeço ao povo de Assis pela calorosa acolhida: muito obrigado!

    Hoje, a passagem do Evangelho começa assim: "Os apóstolos disseram ao Senhor: "Aumenta-nos a fé!'" (Lc 17, 5-6). Eu acho que todos nós podemos fazer nossa essa invocação. Nós também, como os Apóstolos, digamos ao Senhor Jesus: "Aumentai a nossa fé!". Sim, Senhor, a nossa fé é pequena, a nossa fé é fraca, frágil, mas nós a oferecemos assim como ela é, para que o Senhor a faça crescer. Parece bom repetir isto juntos: "Senhor, aumenta a nossa fé!" Façamos? Todos: Senhor, aumenta a nossa fé! Senhor, aumenta a nossa fé! Senhor, aumenta em nós a nossa fé! A faça crescer!

    E o Senhor, o que nos responde? A resposta é: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá" (v. 6). A semente de mostarda é muito pequena, mas Jesus disse que basta ter uma fé pequena, porém verdadeira e sincera para realizar as coisas humanamente impossíveis e impensáveis. E é verdade! Todos nós conhecemos pessoas simples, humildes, mas com uma fé fortíssima, que realmente move montanhas! Pensemos, por exemplo, em certas mães e pais que enfrentam situações muito difíceis ou em alguns doentes até mesmo terminais que transmitem serenidade para aqueles que vão visitá-los. Essas pessoas, por causa de sua fé, não se vangloriam do que fazem, aliás, como diz Jesus no Evangelho, elas dizem: "Somos servos como quaisquer outros. Fizemos o que devíamos fazer" (Lc 17, 10). Quantas pessoas entre nós tem essa fé forte, humilde e que faz tanto bem!

    Neste mês de outubro, especialmente dedicado às missões, pensemos nos missionários, homens e mulheres que para anunciar o Evangelho superaram obstáculos de todos os tipos, deram realmente a vida, como São Paulo diz a Timóteo: "Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho" (2 Tm 1, 8). Isso, no entanto, aplica-se a todos: cada um de nós, na própria vida cotidiana deve testemunhar Cristo, com a força de Deus, a força da fé. A fé muito pequena que temos, mas que é forte! Com esta força, dar testemunho de Jesus Cristo, ser cristãos com a vida, com o nosso testemunho!

    Como obtemos essa força? De Deus, na oração. A oração é a respiração da fé: numa relação de confiança, num relacionamento de amor, não pode faltar o diálogo e a oração é o diálogo da alma com Deus. Outubro é também o mês do Rosário, e neste primeiro domingo é tradição recitar a Súplica a Nossa Senhora de Pompeia, Beata Virgem Maria do Santo Rosário. Unamo-nos espiritualmente a este ato de confiança em nossa Mãe e recebamos de suas mãos o Rosário. O Rosário é uma escola de oração, o Rosário é uma escola de fé.

    Depois do Angelus

    Queridos irmãos e irmãs,

    Ontem, em Modena, foi beatificado Rolando Rivi, um seminarista daquela região, Emilia, que foi morto em 1945, quando tinha 14 anos, de ódio por sua fé, culpado apenas por vestir uma batina naquele período de violência desencadeada contra o clero, que levantava a voz para condenar em nome de Deus, os massacres do pós-guerra. Mas a fé em Jesus vence o espírito do mundo! Damos graças a Deus por este jovem mártir, testemunha heróica do Evangelho. Quantos jovens de 14 anos, hoje, têm diante de si este exemplo: um jovem corajoso, que sabia para onde deveria ir, conhecia o amor de Jesus em seu coração e deu a sua vida por Ele. Um exemplo bonito para os jovens.

    Gostaria de recordar-me com vocês das pessoas que perderam suas vidas em Lampedusa, na quinta-feira passada. Vamos todos rezar em silêncio por estes nossos irmãos e irmãs: mulheres, homens, crianças... Deixemos chorar nossos corações. Rezemos em silêncio.

    Saúdo com afeto os peregrinos, especialmente as famílias e os grupos paroquiais. Saúdo os fiéis da cidade de Mede, aqueles de Poggio Rusco, e os jovens de Zambana e Caserta.

    Um pensamento especial para a comunidade peruana de Roma, que trouxe em procissão a imagem sagrada do Señor de los Milagros. Eu vejo daqui a imagem, ali, no meio da praça. Saudemos todos ao Señor de los Milagros, ali, na praça! Saúdo os fiéis do Chile e o grupo Bürgerwache Mengen da diocese de Rottenburg -Stuttgart, na Alemanha.

    Saúdo o grupo de mulheres que vieram de Gubbio, a chamada "Via Francigena Franciscana"; saúdo os líderes da Comunidade de Santo Egídio em vários países asiáticos - são bons, estes de Sant'Egidio! Saúdo os doadores de sangue da ASFA de Verona e os de AVIS Carpinone; o do Conselho Nacional AGESCI, o grupo de aposentados do Hospital Santa Ana em Como, o Instituto das Canossianas de Brescia e a Associação "Missão Effatà".

    Desejo a todos um bom domingo. Bom almoço e adeus!

    Tradução: ZENIT/ Com informações da Rádio Vaticana 


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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo