Banner

Jesus Início

Início


Visitas



addthis

Addrhis

Canal de Videos



    •  


    • http://deiustitia-etfides.blogspot.com.br/


    • -


    Rio de Janeiro

    Santa Sé






    domingo, 26 de fevereiro de 2012

    CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA COM OS MEMBROS DA PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Capela Paulina do Palácio Apostólico do Vaticano Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

    The Holy See
    back up
    Search
    riga

    CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA COM OS MEMBROS
    DA PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA

    HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

    Capela Paulina do Palácio Apostólico do Vaticano
    Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

    Queridos irmãos e irmãs!

    Não encontrei o tempo de preparar uma verdadeira homilia. Mas gostaria de convidar cada um à meditação pessoal, propondo e realçando algumas frases da Liturgia hodierna, que se oferecem ao diálogo orante entre nós e a Palavra de Deus. A palavra, a frase que gostaria de propor à meditação comum é esta grande afirmação de São Pedro: "Importa mais obedecer a Deus do que aos homens" (Act 5, 29). São Pedro está diante da suprema instituição religiosa, à qual normalmente se deveria obedecer, mas Deus está acima desta instituição e Deus conferiu-lhe outro "ordenamento": deve obedecer a Deus. A obediência a Deus é a liberdade, a obediência a Deus dá-lhe a liberdade de se opor à instituição.

    E aqui os exegetas chamam a nossa atenção para o facto de que a resposta de São Pedro no Sinédrio é quase ad verbum idêntica à resposta de Sócrates ao juízo no tribunal de Atenas. O tribunal oferece-lhe a liberdade, a libertação, porém com a condição de que não continue a procurar Deus. Mas procurar Deus, a busca de Deus é para ele uma ordem superior, vem do próprio Deus. E uma liberdade comprada com a renúncia ao caminho para Deus já não seria liberdade. Portanto, não deve obedecer a estes juízosnão deve comprar a sua vida, perdendo-se a si mesmo mas deve obedecer a Deus. A obediência a Deus tem a primazia.

    Aqui é importante ressaltar que se trata de obediência e que é precisamente a obediência que dá liberdade. O tempo moderno falou da libertação do homem, da sua plena autonomia, portanto também da libertação da obediência de Deus. A obediência já não deveria existir, o homem é livre, é autónomo: nada mais. Mas esta autonomia é uma mentira: é uma mentira ontológica, porque o homem não existe por si mesmo, para si próprio, e é também uma mentira política e prática, porque a colaboração, a partilha da liberdade é necessária. E se Deus não existe, se Deus não é uma instância acessível ao homem, só o consenso da maioria permanece como suprema instância. Por conseguinte, o consenso da maioria torna-se a última palavra à qual temos que obedecer. E este consenso sabemo-lo da história do século passado pode ser também um "consenso no mal".

    Assim, vemos que a chamada autonomia não liberta verdadeiramente o homem. A obediência a Deus é a liberdade, porque é a verdade, é a instância que se põe diante de todas as instâncias humanas. Na história da humanidade, estas palavras de Pedro e de Sócrates são o verdadeiro farol da libertação do homem, que sabe ver Deus e, em nome de Deus, pode e deve obedecer, não tanto aos homens, mas a Ele, e assim libertar-se do positivismo da obediência humana. As ditaduras foram sempre contrárias a esta obediência a Deus. A ditadura nazista, como a marxista, não podem aceitar um Deus que esteja acima do poder ideológico; e a liberdade dos mártires, que reconhecem Deus precisamente na obediência ao poder divino, é sempre o gesto de libertação mediante o qual nos é conferida a liberdade de Cristo.

    Hoje, graças a Deus, não vivemos sob ditaduras, mas existem formas subtis de ditadura: um conformismo que se torna obrigatório, pensar como todos pensam, agir como todos agem, e as subtis agressões contra a Igreja, ou até as menos subtis, demonstram que este conformismo pode realmente ser uma verdadeira ditadura. Para nós vale isto: deve-se obedecer mais a Deus do que aos homens. Mas isto supõe que conheçamos verdadeiramente a Deus e que deveras desejemos obedecer-lhe. Deus não é um pretexto para a própria vontade, mas é realmente Ele quem nos chama e nos convida, se for necessário, até ao martírio. Por isso, confrontados com esta palavra que dá início a uma nova história de liberdade no mundo, oremos sobretudo para conhecer Deus, para conhecer humilde e verdadeiramente Deus e, conhecendo a Deus, para aprender a verdadeira obediência que é o fundamento da liberdade humana.

    Escolhamos uma segunda palavra da primeira Leitura: São Pedro diz que Deus elevou Cristo à sua direita como chefe e salvador (cf. v. 31). Chefe é tradução do termo grego archegos, que implica uma visão muito mais dinâmica: archegos é aquele que indica a estrada, que precede, é um movimento, um movimento rumo ao outro. Deus elevou-o à sua direita portanto, falar de Cristo como archegos quer dizer que Cristo caminha diante de nós, que nos precede e nos mostra o caminho. E estar em comunhão com Cristo é estar a caminho, subir com Cristo, é seguimento de Cristo, é esta elevação, é seguir o archegos, Aquele que já passou, que nos precede e nos indica o caminho.

    Evidentemente, aqui é importante que se nos diga aonde Cristo chega e aonde também nós devemos chegar: hypsosen nas alturas subir à direita do Pai. Seguimento de Cristo é apenas imitação das suas virtudes, não é só viver neste mundo, na medida do que nos é possível, mas é um caminho que tem uma meta. E a meta é a direita do Pai. Há este caminho de Jesus, este seguimento de Jesus que termina à direita do Pai. Ao horizonte de tal seguimento pertence todo o caminho de Jesus, também a chegada à direita do Pai.

    Neste sentido, a meta deste caminho é a vida eterna à direita do Pai, em comunhão com Cristo. Hoje, nós temos muitas vezes um pouco de medo de falar da vida eterna. Falamos das coisas que são úteis para o mundo, mostramos que o Cristianismo ajuda a melhorar o mundo, mas não ousamos dizer que a sua meta é a vida eterna e que de tal meta derivam depois os critérios da vida. Temos que compreender de novo que o Cristianismo permanece um "fragmento", se não pensarmos nesta meta, que queremos seguir o archegos à altura de Deus, à glória do Filho que nos faz filhos no Filho, e temos que reconhecer de novo que o Cristianismo revela todo o sentido só na grande perspectiva da vida eterna. Temos que ter a coragem, a alegria, a grande esperança que a vida eterna existe, é a verdadeira vida, e é desta vida autêntica que vem a luz que ilumina também este mundo.

    Se se pode dizer que, mesmo prescindindo da vida eterna, do Céu prometido, é melhor viver segundo os critérios cristãos, porque viver segundo a verdade e o amor, apesar das numerosas perseguições, é em si mesmo um bem e é melhor que tudo o resto, é precisamente esta vontade de viver segundo a verdade e em conformidade com o amor que deve abrir também a toda a vastidão do desígnio de Deus para nós, à coragem de ter já a alegria na expectativa da vida eterna, da elevação seguindo o nosso archegos. E Soter é o Salvador, que nos salva da ignorância, procura as últimas coisas. O Salvador salva-nos da solidão, salva-nos de um vazio que permanece na vida sem a eternidade, salva-nos conferindo-nos o amor na sua plenitude. Ele é o guia. Cristo, o archegos, salva-nos dando-nos a luz, concedendo-nos a verdade, dando-nos o amor de Deus.

    Além disso, reflictamos ainda sobre um versículo: Cristo, o Salvador, concedeu a Israel conversão e perdão dos pecados (v. 31) no texto grego, o termo é metanoia deu penitência e perdão dos pecados. Para mim, esta é uma observação muito importante: a penitência é uma graça. Há uma tendência na exegese, que diz: Jesus na Galileia teria anunciado uma graça sem condições, absolutamente incondicionada, portanto também sem penitência, graça como tal, sem precondições humanas. mas esta é uma falsa interpretação da graça. A penitência é graça; é uma graça que nós reconheçamos o nosso pecado, é uma graça que saibamos que temos necessidade de renovação, de mudança, de uma transformação do nosso ser. Penitência, poder fazer penitência, é um dom da graça. E devo dizer que nós, cristãos, também nos últimos tempos, muitas vezes evitamos a palavra penitência porque nos parecia demasiado árdua. Agora, sob os ataques do mundo que nos falam dos nossos pecados, vemos que poder fazer penitência é uma graça. E vemos que é necessário fazer penitência, ou seja, reconhecer aquilo que está errado na nossa vida, abrir-se ao perdão, prepar-se para o perdão, deixar-se transformar. A dor da penitência, isto é, da purificação, da transformação, esta dor é graça, porque é renovação, é obra da misericórdia divina. E assim estas duas coisas que São Pedro diz penitência e perdão correspondem ao início da pregação de Jesus: metanoeite, ou seja, convertei-vos (cf. Mc 1, 15). Portanto, este é o ponto fundamental: a metanoia não é algo particular, que pareceria substituída pela graça, mas a metanoia é a vinda da graça que nos transforma.

    E finalmente uma palavra do Evangelho, onde nos é dito que quem acreditar terá a vida eterna (cf. Jo 3, 36). Na fé, nestes "transformar-se" que a penitência concede, nesta conversão, neste novo caminho de vida, chegamos à vida, à vida autêntica. E aqui vêm-me à mente mais dois textos. Na "Oração sacerdotal", o Senhor diz: esta é a vida, conhecer a ti e ao teu consagrado (cf. Jo 17, 3). Conhecer o essencial, conhecer a Pessoa decisiva, conhecer Deus e o seu Enviado é vida, vida e conhecimento, conhecimento de realidades que são a vida. E o outro texto é a resposta do Senhor aos Saduceus acerca da Ressurreição onde, dos livros de Moisés, o Senhor prova o acontecimento da Ressurreição, dizendo: Deus é o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob (cf. Mt 22, 31-32; Mc 12, 26-27; Lc 20, 37-38). Deus não é Deus dos mortos. Se Deus é Deus destes, eles estão vivos. Quem está inscrito no nome de Deus, participa na vida de Deus, vive. E assim, crer significa estar inscrito no nome de Deus. E assim estamos vivos. Quem pertence ao nome de Deus não é um morto, pertence ao Deus vivo. Neste sentido, deveríamos compreender o dinamismo da fé, que é um inscrever o nosso nome no nome de Deus, e deste modo entrar na vida.

    Oremos ao Senhor para que isto aconteça e que com a nossa vida realmente conheçamos a Deus, para que o nosso nome entre no nome de Deus e a nossa existência se torne verdadeira vida: vida eterna, amor e verdade.

    © Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

    top


    --
    1.Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
    2.Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
    3.Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
    4.Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
    5.Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
    6.Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
    7.Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
    8.Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
    9.Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
    10.Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
    11.Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
    12.Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

    Nenhum comentário:




    _


    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo