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Você está em: Home » destaques » Legalização do aborto de anencéfalos preocupa sociedade
Publicado em: 11 abr 2012 | | 0 comentário
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira, 11, uma ação impetrada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) que pede a descriminalização do aborto de fetos com anencefalia (ausência parcial ou total do cérebro).
O argumento da CNTS é que a manutenção da gravidez nesses casos afeta a dignidade da gestante. Entidades sociais e a Igreja Católica já se declararam contrárias à medida. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em nota na sexta-feira, 6, pediu que os católicos façam durante essa semana Vigília de Oração pela Vida.
Individualmente, alguns bispos também manifestaram contrariedade à legalização do aborto de anencéfalos. O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo escreveu carta a respeito do tema, e o mesmo foi feito por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar na Brasilândia. Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal para a Vida da CNBB também tratou do assunto em entrevista ao blog da Pascom Brasilândia.
Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela vida – Brasil sem Aborto e professora do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB) em entrevista ao jornalista Daniel Gomes, moderador do Site Cantareira, também falou sobre o assunto. Reproduzimos abaixo a íntegra da entrevista.
Na ação que impetrou em defesa da descriminalização do aborto caso constatada a anencefalia do feto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde alega que a não-legalidade do aborto nesses casos seria uma ofensa à dignidade da gestante. Como o movimento Brasil Sem Aborto avalia tal argumentação?
Lenise Garcia: Não há dúvida de que a situação da gestante que sabe que carrega no ventre um filho anencéfalo é dolorosa. Mas o sofrimento, por si, não ofende a dignidade de ninguém. Além disso, a criança já existe, em sua fase intrauterina, e não há como “deletá-la”, como se nunca tivesse existido. Realizar o aborto, isso sim, ofende a dignidade da mãe. Muitos anencéfalos morrem logo após o parto, ou tem curta sobrevida. Entretanto, isso não ocorre em todos os casos. Casos como o de Marcela de Jesus, que viveu um ano e oito meses, e o de Vitória de Cristo, que está viva com dois anos e dois meses são a prova viva de que não se pode comparar a criança com anencefalia a um morto cerebral. Somos contrários ao aborto também neste caso porque todo ser humano tem direito à vida, mesmo que esta esteja debilitada. Além disso, sabemos que esta ação é parte de uma estratégia para implantar o aborto no Brasil, e caso tenha sucesso em breve haverá a solicitação para outros casos. Além disso, também não é uma verdadeira solução para a mãe. Mães que levam a gravidez até o fim depois lidam muito melhor com essa vivência.
A eventual legalidade do aborto de anencéfalos pode abrir precedente para outras eugenias, como por exemplo, a de fetos ou recém-nascidos como síndrome de down ou com outro tipo de deficiência?
Lenise Garcia: Sim, porque abre-se um caminho legal, e, principalmente, forma-se uma mentalidade. Nesse modo de pensar, crescem a eugenia e a discriminação. Basta olharmos exemplos de outros países. Há lugares em que quase não há crianças com síndrome de Down. Na França, um casal chegou ao ponto de processar o médico porque este não diagnosticou que a criança tinha Down antes do seu nascimento, pois neste caso ela não teria nascido. Fico me perguntando como está sendo recebida essa pobre criança… E abre a porta também para a eutanásia, porque muitos dos argumentos que se utilizam para tirar a vida do feto anencéfalo aplicam-se igualmente a doentes terminais.
Como o Brasil sem Aborto tem se articulado para colocar em pauta na sociedade os riscos da descriminalização do aborto de anencéfalos?
Lenise Garcia: Temos feito algumas manifestações, como o “flashmob” realizado em frente ao STF no último dia 3. Além disso, preparamos um memorial, juntamente com a Frente Parlamentar mista em defesa da vida, que entregamos aos Ministros do STF. Temos feito palestras sobre o assunto, e algumas foram transformadas em vídeo. Também fomos parceiros na produção dos vídeos “Flores de Marcela” e “Quantos eu te amo”, que tratam do assunto, com argumentos científicos e jurídicos, e com depoimentos de mães que tiveram filhos anencéfalos, e também de uma que realizou o aborto e depois se arrependeu profundamente. Todos esses vídeos podem ser acessados pelo site www.promotoresdavida.org.br .
Tags: aborto, anencéfalos, Brasil sem Aborto, Igreja, STF
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Publicado em: 11 abr 2012 | | 0 comentário
- Legalização do aborto de anencéfalos preocupa sociedade
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira, 11, uma ação impetrada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) que pede a descriminalização do aborto de fetos com anencefalia (ausência parcial ou total do cérebro).
- bebê nascido com anencefalia
O argumento da CNTS é que a manutenção da gravidez nesses casos afeta a dignidade da gestante. Entidades sociais e a Igreja Católica já se declararam contrárias à medida. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em nota na sexta-feira, 6, pediu que os católicos façam durante essa semana Vigília de Oração pela Vida.
Individualmente, alguns bispos também manifestaram contrariedade à legalização do aborto de anencéfalos. O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo escreveu carta a respeito do tema, e o mesmo foi feito por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar na Brasilândia. Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal para a Vida da CNBB também tratou do assunto em entrevista ao blog da Pascom Brasilândia.
Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela vida – Brasil sem Aborto e professora do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB) em entrevista ao jornalista Daniel Gomes, moderador do Site Cantareira, também falou sobre o assunto. Reproduzimos abaixo a íntegra da entrevista.
Na ação que impetrou em defesa da descriminalização do aborto caso constatada a anencefalia do feto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde alega que a não-legalidade do aborto nesses casos seria uma ofensa à dignidade da gestante. Como o movimento Brasil Sem Aborto avalia tal argumentação?
Lenise Garcia: Não há dúvida de que a situação da gestante que sabe que carrega no ventre um filho anencéfalo é dolorosa. Mas o sofrimento, por si, não ofende a dignidade de ninguém. Além disso, a criança já existe, em sua fase intrauterina, e não há como “deletá-la”, como se nunca tivesse existido. Realizar o aborto, isso sim, ofende a dignidade da mãe. Muitos anencéfalos morrem logo após o parto, ou tem curta sobrevida. Entretanto, isso não ocorre em todos os casos. Casos como o de Marcela de Jesus, que viveu um ano e oito meses, e o de Vitória de Cristo, que está viva com dois anos e dois meses são a prova viva de que não se pode comparar a criança com anencefalia a um morto cerebral. Somos contrários ao aborto também neste caso porque todo ser humano tem direito à vida, mesmo que esta esteja debilitada. Além disso, sabemos que esta ação é parte de uma estratégia para implantar o aborto no Brasil, e caso tenha sucesso em breve haverá a solicitação para outros casos. Além disso, também não é uma verdadeira solução para a mãe. Mães que levam a gravidez até o fim depois lidam muito melhor com essa vivência.
A eventual legalidade do aborto de anencéfalos pode abrir precedente para outras eugenias, como por exemplo, a de fetos ou recém-nascidos como síndrome de down ou com outro tipo de deficiência?
- Lenise Garcia
Lenise Garcia: Sim, porque abre-se um caminho legal, e, principalmente, forma-se uma mentalidade. Nesse modo de pensar, crescem a eugenia e a discriminação. Basta olharmos exemplos de outros países. Há lugares em que quase não há crianças com síndrome de Down. Na França, um casal chegou ao ponto de processar o médico porque este não diagnosticou que a criança tinha Down antes do seu nascimento, pois neste caso ela não teria nascido. Fico me perguntando como está sendo recebida essa pobre criança… E abre a porta também para a eutanásia, porque muitos dos argumentos que se utilizam para tirar a vida do feto anencéfalo aplicam-se igualmente a doentes terminais.
Como o Brasil sem Aborto tem se articulado para colocar em pauta na sociedade os riscos da descriminalização do aborto de anencéfalos?
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Tags: aborto, anencéfalos, Brasil sem Aborto, Igreja, STF
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