21. junho 2012 · Write a comment · Categories: AIDS · Tags: AIDS, África, Bento XVI, ONGs, Papa, Uganda
Não há solução fácil para problema difícil
O site abaixo indicado [1] acaba de publicar uma matéria de Fábio Zanini, dando conta de que de fato a “cultura da castidade” é a que mais funciona em Uganda. O mesmo se dá em Zimbábue e Suazilândia, para conter a epidemia de AIDS ou SIDA, como se diz em Portugal. Somente agora a mídia leiga viu o que a mídia católica já tem divulgado há mais de sete anos (zenit.org e acidigital.com). Custa-se ouvir a voz da Igreja.
Sabemos que na África existe o maior número de contaminados por essa doença no planeta. A matéria de Fábio diz que a “Aids é uma obsessão neste país… o combate à Aids em Uganda é um sucesso inquestionável. Há 15 anos, cerca de 30% da população tinham o vírus; hoje, são 6,5%”.
E isso de deu pela cultura da castidade: sexo somente no casamento; nem antes e nem fora dele. A lei de Deus. Os fatos mostram que a Igreja está certa; “não há solução fácil para problema difícil”, como disse Paulo VI.
O articulista diz que jamais faríamos um trabalho desses no Brasil por se tratar de uma opção moralista; infelizmente. Ele conta que os cartazes espalhados para a prevenção à AIDS na África não são um estímulo para usar a camisinha, mas diz: “um motorista responsável se importa com sua família; ele é fiel a sua mulher”.
Em Uganda, a promoção dos preservativos vem só depois da promoção da abstinência e da fidelidade. O slogan do governo é ABC: A é a inicial de abstinência, B é de “be faithful”, ou seja fiel, e C é para condom, ou camisinha.
O presidente, Yoweri Museveni é cristão, protestante, e a primeira-dama, Janeth, é ainda mais religiosa. Os jovens são incentivados a chegarem virgens ao altar. Aos casais é recomendado que sejam fiéis.
Fábio Zanini diz que conversou com representantes de duas ONGs, esperando ouvir algumas críticas à política do ABC: “Nada. Aprovam 100%. Há um consenso nacional em torno do tema”. E o articulista termina dizendo que: “os números estão aí, desafiando o que diz a lógica e a convicção de muitos (como eu). São um tapa na cara dos céticos”.
Contra fatos não há argumentos. Quando o Papa Bento XVI esteve na África e propôs, mais uma vez, a castidade como prevenção segura contra a AIDS, foi criticado no mundo todo; mas estava certo como mostram esses fatos. Contra eles não adianta argumentar e sofismar. Na página do Dr. Edward Green, no site da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, ele disse:
“Eu sou um liberal nas questões sociais e isso é difícil de admitir, mas o Papa está realmente certo. A maior evidência que mostramos é que camisinhas não funcionam como uma intervenção significativa para reduzir os índices de infecção por HIV na África [2].”
Para René Ecochard, professor de medicina, epidemiologista, chefe do serviço de bioestatística do Centro Hospitalar Universitário de Lyon, “as palavras de Bento XVI sobre o preservativo são simplesmente realistas”. [3]
A mesma redução da contaminação pelo HIV se deu no Zimbábue como se pode ver no excelente artigo científico intitulado “Um sucesso surpreendente Prevenção: Por que o declínio Epidemia do HIV no Zimbábue?”. [4]
Segundo um relatório de fevereiro de 2006 publicado na revista “Science”, a taxa de AIDS entre os habitantes de Zimbabwe entre 17 e 29 anos caiu em 23 por cento entre 1998 e 2003. Entre as mulheres de 15 a 24 anos, caiu em 49 por cento. [5]
Também na Suazilândia o combate à AIDS é um sucesso com a cultura da castidade, há anos. Em uma declaração de 4/12/2006, o Embaixador da Suazilândia nos Estados Unidos, Ephraim M. Hlophe, destacou que a porcentagem de pessoas infectadas neste país diminuiu graças à política que promove a abstinência. No texto emitido durante o seminário “Como o Governo da Suazilândia e a crise da AIDS se cruzam”, o Embaixador explicou que:
“Sua Majestade, o Rei Mswati III, reconheceu a profundidade do problema e está olhando a outros países africanos como Uganda, para encontrar modelos de luta contra o HIV/AIDS, aonde a noção de “abstinência, fidelidade e preservativos” é bastante sensata e por isso a estamos aplicando consistentemente como política”. “No caso da AIDS, o contágio de pessoas infectadas caiu de 42,6 por cento em 2004 para 39,2 por cento este ano.”[6]
A Fundação “Cochrane Collaboration”, uma rede internacional sem fins lucrativos, em um estudo publicado em 2007, onde analisou 14 trabalhos científicos sobre o preservativo no combate à AIDS, mostrou que em cada cinco preservativos utilizados entre heterossexuais, um falha. Isto é, 20% de falha, por má conservação, ruptura, poros maiores que o vírus da AIDS, etc. [7].
Desde 2005 Colin Mason já dizia que “um país africano tem sido bem sucedido no seu combate à AIDS: Uganda. A sua taxa de prevalência do HIV despencou nos últimos anos. Mais de 18% da população adulta tinha o HIV em 1992; em finais de 2005, a porcentagem era de 6,7%” [8].
Uma pergunta surge: Por que a África descobriu o caminha da prevenção da AIDS pela castidade? A resposta é que o Continente “entrou em desespero” e constatou que a camisinha era inócua para resolver o problema. De acordo com estatísticas publicadas em 2006 pelo UNAIDS (o programa das Nações Unidas para o combate a AIDS), cerca de 24,5 milhões de pessoas na região tinham o vírus em finais de 2005, das quais 2,7 milhões haviam contraído o vírus naquele ano.
Então, na solução moral da castidade, a vontade de Deus, a humilde África encontrou a saída que o Ocidente orgulhoso ainda não acredita. Infelizmente é assim, só no desespero parece que o homem abre o coração e a mente para Deus. E encontra a salvação.
Referências:
[1] – http://penaafrica.folha.blog.uol.com.br/arch2008-05-01_2008-05-31.html
[2] – Fonte: Population Research Institute
http://www.harvardaidsprp.org/faculty-staff/edward-c-green-bio.html
[3] – www.zenit.org – Paris, 15 de setembro de 2009
[4] - http://www.plosmedicine.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pmed.1000414
[5] – www.acidigital.com, Washington, DC, 07/04/2008
[6] – acidigital.com, 06.12.2006
[7] – http://tvuol.uol.com.br/#view/id=e-possivel-a-camisinha-furar-sem-a-gente-perceber-04021B3370E08923A6/mediaId=5218836/date=2010-07-05&&list/type=user/codProfile=1575mnadmj5c/
[8] – Fonte: Population Research Institute
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2012/06/21/aids-na-africa-o-que-funciona-e-a-castidade/
Deixe uma resposta
O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *
Nome *
Email *
Site
Comentário
REDES SOCIAIS
PESQUISA
CATEGORIAS
TAGS
Aborto AIDS amor camisinha casal casamento castidade coração corpo cristão Deus Espírito Santo Eucaristia família Felipe Aquino feministas fidelidade filho gravidez Igreja Igreja Católica Jesus Jovens juventude liberdade religiosa Masturbação matrimônio Moral católica mulheres mundo mãe namoro Papa Papa João Paulo II pecado pentecostes protesto pró-vida sacerdote sexo sexualidade São Paulo Uganda união vida
LISTA DE LINKS
Agência de notícias Zenit
Editora Cléofas
Informativo Cléofas (Newsletter)
Notícias – Canção Nova
Vaticano – A Santa Sé
© 2011 Prof. Felipe Aquino. All rights reserved.Design by picomol. Powered by WordPress.
Nenhum comentário:
Postar um comentário