Enc: [MUNDO CATÓLICO] Escuta da Palavra e Meditação - 27/6/2012 - Cuidado com os falsos profetas!

 

Paz e bem!
AUGUSTO CÉSAR RIBEIRO VIEIRA
Teresópolis - RJ
"Verdadeiramente és admirável, ó Verbo de Deus, no Espírito Santo, fazendo com que ele se infunda de tal modo na alma, que ela se una a Deus, conheça a Deus, e em nada se alegre fora de Deus" (Sta. Maria Madalena de Pazzi)

----- Mensagem encaminhada -----
De: Família Arruda <xisto@xistonet.com>
Para: Undisclosed-Recipient@yahoo.com
Enviadas: Terça-feira, 26 de Junho de 2012 21:13
Assunto: [MUNDO CATÓLICO] Escuta da Palavra e Meditação - 27/6/2012 - Cuidado com os falsos profetas!

Leituras do dia:

 

2Rs 22,8-13; 23,1-3
Sl 119(118),33-37.40

ESCUTA DA PALAVRA - VER

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 7,15-20

"- Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas. Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo. Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles fazem."

MEDITAÇÃO - JULGAR
(O que diz o texto para mim?)

 

Meditação: 

 

Estamos chegando às recomendações finais do Discurso da Montanha. Comparando o evangelho de Mateus com aquele de Marcos se percebe uma grande diferença no jeito dos dois apresentarem o ensinamento de Jesus.


Mateus insiste mais no conteúdo do ensino e o organiza em cinco grandes discursos, sendo que o primeiro é o Discurso da Montanha (Mt 5 a 7). Marcos, por mais de quinze vezes, afirma que Jesus ensinava, mas raramente apresenta o que ensinava.


Apesar destas diferenças, os dois concordam num ponto: Jesus ensinava muito. Ensinar é o que Jesus mais fazia (Mc 2,13; 4,1-2; 6,34). Queria ensinar sempre (Mc 10,1). Mateus se interessa ao conteúdo. Mas isso quer dizer que Marcos não o faz? Depende daquilo que entendemos dizer quando falamos de conteúdo! Ensinar não é só questão de comunicar verdades de modo que as pessoas as aprendam de cor.


O conteúdo não se limita a palavras, mas é formado também de gestos e consiste no jeito de Jesus se relacionar normalmente com as pessoas. O conteúdo jamais deve ser separado da pessoa que o comunica. A pessoa, de fato, é a raiz do conteúdo.


O conteúdo bom sem bondade é como leite derramado no chão. Não convence e não acontece a conversão. • As recomendações finais e o resultado do Discurso da Montanha na consciência das pessoas interessam o evangelho de hoje (Mt 7,15-20) e de manhã (Mt 7,21-29). (A sequência dos evangelhos dos dias da semana nem sempre a a mesma dos próprios evangelhos.)


O profeta é conhecido pelos seus frutos Mateus 7,21-23: Não só falar, mas agir Mateus 7,24-27: Construir a casa sobre a rocha Mateus 7,28-29: A nova consciência do povo.


No tempo de Jesus, havia profetas de todo tipo, pessoas que anunciavam mensagens apocalípticas para atrair as pessoas nos diferentes movimentos da época: Essênios, fariseus, zelotas e outros (cfr. At 5,36-37). Quando Mateus escreve havia também profetas que anunciavam mensagens bem diferentes da mensagem proclamada pelas comunidades.


As cartas de Paulo citam estes movimentos e tendências (cfr. 1Cor 12,3; Gl 1,7-9; 2,11-14;6,12). Não deve ter sido fácil às comunidades realizar o discernimento de tudo o que se passava ao redor dela. Por isso a importância das palavras de Jesus sobre os falsos profetas.


A advertência é muito forte: "Tomai cuidado com os falsos profetas que chegam a vós como ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes". Esta mesma imagem é usada por Jesus quando Jesus envia os discípulos e as discípulas em missão: "Vos envio como cordeiros em meio a lobos" (Mt 10,16 e Lc 10,3).


A oposição entre o lobo feroz e o manso cordeiro é irreconciliável, a menos que o lobo se converta e perca sua agressividade como sugere o profeta Isaías (Is 11,6; 65,25). O que interessa aqui em nosso texto é o dom do discernimento.


Não é fácil discernir os espíritos. Às vezes sucede que interesses pessoais ou de grupo levem as pessoas a apontarem falsos aqueles profetas que anunciam a verdade que incomoda. Isto aconteceu com o próprio Jesus.


Ele foi eliminado e morto, considerado um falso profeta pelas autoridades religiosas do tempo. De quando em quando, a mesma coisa aconteceu e continua acontecendo na nossa igreja.


Para ajudar a discernir os espíritos, Jesus utiliza a comparação do fruto: "Vós os conhecereis pelos seus frutos". Um critério semelhante já tinha sido sugerido pelo livro do Deuteronômio (Dt 18,21-22). E Jesus acrescenta: "or acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? Assim, toda árvore boa produz frutos bons e toda árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. Toda árvore que não dá dons frutos é cortada e jogada no fogo". No evangelho de João completa a corta. Os ramos que dão frutos, os poda para que tragam mais fruto. O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto. Estes ramos são ajuntados, lançados no fogo e queimados" (Jo 15,2.4.6).



Falsos profetas! Conheces algum caso em que uma pessoa boa e honesta que proclamava a verdade incômoda foi condenada como um falso profeta? A julgar pelos frutos da árvore da tua vida pessoal, como te defines: falso/a ou verdadeiro/a?

Reflexão Apostólica: 

Os verdadeiros profetas que anunciam a presença de Deus no meio do povo dão frutos de serviço, acolhida, respeito, compaixão e promoção da vida, tecendo os laços do amor e da paz entre os povos.

Um dos problemas mais frequentes na evangelização do Povo de Deus é discernir entre os profetas autênticos e os que buscam seus próprios interesses.

 

 

Já o Antigo Testamento deu algumas pistas para distinguir os autênticos  dos falsos profetas. A primeira consiste em afastar a figura profética de qualquer concepção mágica.


Profeta também não pode ser confundido com videntes e visionários. Estes, mesmo que sejam valiosas e respeitáveis, não são profetas autênticos. A segunda forma de descobrir um verdadeiro profeta consiste em descobrir o genuíno interesse pelo Povo de Deus.


Por fim, existe o "efeito profético", que é o apoio de uma comunidade que continue seu testemunho ou sua missão e a atualize em momentos oportunos. O evangelho acrescenta também o critério dos frutos ou boas obras.


A figura dos frutos simboliza a oportunidade, qualidade e maturação que necessita qualquer chamado profético para alcançar seu objetivo. Produzir fruto requer cultivo e cuidado e verdadeira vocação profética. Está lançado o desafio: cultivar a vocação profética em tempos em que a ânsia de bens sufoca a espiritualidade.

Em nossa última Reunião de Equipe, o SCE demonstrou certa preocupação a respeito do interesse de algumas pessoas diante da apresentação de uma palestra. Conversas paralelas, cochilos e bocejos... E eu?

 

Naquele momento, pensei com os meus botões: Será que já perguntei os motivos que me levam a gostar da homilia desse padre e não gostar daquele?

 

 

Já me questionei os motivos que me levam a ouvir uma pregação de uma hora e não conseguir ouvir outra por dez minutos? Então é importante salientar que em nenhum momento vou dizer que este é um profeta verdadeiro e o outro não é apenas pelos meus gostos pessoais.

Na condução da mensagem de Deus o profeta precisa resistir à tentação de falar apenas para agradar, pois a exortação faz parte de um duro caminho de aprendizado que TODOS nós um dia precisamos passar.

 

 

Vejo Grupos de Oração muito preocupados em fazer atividades que tragam pessoas como se fosse esse o objetivo de um grupo. Missas de cura e libertação, semanas especiais, jejuns coletivos, [...] tudo isso ajuda, mas não deve ser a razão de existir.

Sim! Existem gratas exceções quando por de trás de um convite existe uma proposta CONCRETA que com as palavras certas conseguirão chegar aonde Deus quer, pois o centro de toda mensagem do evangelho está na mudança de vida e não nos milagres. É preciso lembrar que dos dez leprosos apenas um voltou para agradecer. Deus fica feliz com a volta desse um, mas se o foco da pessoa fosse outro, poderíamos ver outros ficar.

Reparem a insistente e talvez persistente venda de milagres que vemos nesses canais de TV aberta. Creio eu que até os evangélicos mais sérios devam ter vergonha desses irmãos que giram suas mensagens apenas em se obter dinheiro do fiel que sofre e muitas vezes têm pouca formação ou informação para ver o lobo em pele de cordeiro que ali está.

Outro ponto… Gostar de um pregador, padre ou ministro e não gostar de outros pode também estar no calor com que transmite a palavra. Ninguém gosta de ouvir aquilo que não deseja ouvir, mas como disse, às vezes é necessário. Não vou curar uma perna quebrada com um BAND-AID concorda?

Por mais dura que sejam as palavras de um bom pregador elas devem ser acolhidas com o coração aberto, pois a dureza momentânea de uma palavra nunca vem desacompanhada, há sempre um doce e tênue conforto de Deus. Acredite nisso

Escolher aonde quero ir a Missa por causa desse ou daquele padre deve ser revisto, pois talvez na dureza daquele outro celebrante que esteja a mensagem que EU preciso muito viver e ouvir.

Àqueles que carregam a missão de levar a Palavra profeir palestras formativas, deixo uma reflexão: SEJAMOS DÓCEIS AO ESPÍRITO SANTO. NÃO CONFUNDAMOS TAMBÉM EXORTAÇÃO COM "CARÃO"! A mensagem de Deus é dócil até mesmo quando é dura! Deus conhece nossos frutos.

ORAÇÃO
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)

 

Oração: Pai, dá-me o discernimento necessário para perceber quem, revestido de pele de cordeiro, pode levar-me a arrefecer meu entusiasmo por ti e por teu Reino.

 

REGRA DE VIDA e MISSÃO - AGIR
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Qual compromisso me leva?)

 

Propósito: Estar atento aos frutos que devo produzir, hoje. 

 

RETIRO - CONTEMPLAÇÃO

(Para onde Deus quer me conduzir?)

 

- Mergulhar no mistério de Deus.

- Passar da cabeça para o coração (Silêncio).

- Saborear Deus. Repousar em Deus.

- Ver a realidade com os olhos de Deus.

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