HISTÓRIA DA IGREJA
Ano 1517.
Maninho Lutero assinalou o princípio da Reforma, apresentando 95 teses em Wittenbergue.
Subsequentemente, ele quebrou por completo com a doutrina ortodoxa nos seus discursos e em três trabalhos que publicou de 1519 a 1520; foi excomungado por mais de quarenta afirmações erróneas e heréticas em 1521; continuou como figura predominante na Reforma, na Alemanha, até 1546.
(079) – MARTINHO LUTERO!
LUTERO (Martinho)-(1483 – 1546). Sacerdote alemão, pela Reforma Protestante fundou o Luteranismo.
* Nasceu em Eisleban-Mansfield em 1483.
* Estudou em Magdeburgo, (Marburg) em Elsenach e em Erfurt.
* Em 1505 começou a estudar Lei e entrou como frade Agostinho no convento de Erfurt.
* Em 1507 foi ordenado e enviado para a Universidade de Wittenberg.
* Em 1510 foi para Roma.
* Em 1511 voltou para a Universidade de Wittenberg e aí se doutorou em Teologia.
* Em 1515 foi nomeado Vigário dos Agostinhos.
* De 1512 a 1515, desenvolveu a sua ideia de que a justificação vem só pela fé.
* Em 1517 negou a sua fé católica como protesto contra Johann Tetzel e a sua pregação sobre as Indulgências.
* Em 1519 rejeitou a primazia do papa.
* Em 1520 foram declaradas heréticas 21 das suas teses.
* Em 1525 casou com uma antiga freira, Katharina von Bora.
* Faleceu em 18 de Fevereiro de 1546, enquanto fazia uma visita a Eisleben.
NOVENTA E CINCO TESES
Uma expressão associada a Martinho Lutero que afixou na porta principal da Igreja de Todos os Santos de Wittemberg, na Alemanha no dia 31 de Outubro de 1517, uma série de documentos em que pretendia acusar a Igreja Católica do que ele chamava certos abusos.
Essa data marcou o nascimento da Reforma Protestante.
Escritos em Latim e com a tradução em alemão, esses documentos tiveram uma larga divulgação.
Lutero negava a autoridade do papa, o purgatório, as indulgências, as relações entre a fé as obras, e outros temas vários.
Eventualmente, Lutero, Filipe Melanchthon e Johannes Eck, foram os responsáveis pelo que se chamou Luteranismo, uma forma Protestante do Cristianismo.
Em Diet de Worms em 1521, Lutero foi formalmente condenado pela Bula papal Exsurge Domine.
LUTERANISMO
Chama-se Luteranismo à doutrina formulada por Martinho Lutero (1483-1546), compendiada no seu livro O Livro da concórdia (1580).
Como características específicas desta doutrina :
* Primazia da Escritura como única fonte doutrinária, portanto a não aceitação da Tradição, (sola Scriptura).
* Justificação só pela fé. (sola fide).
* Centralização do papel de Cristo como único salvador e mediador, (solo Christo).
O Luteranismo desenvolveu-se primeiro na Alemanha e depois nos países Escandinavos. Só depois, através dos emigrantes, passou para outros países, nomeadamente as Américas.
Começou por ser uma doutrina de reforma e passou depois a ser uma Igreja institucionalizada com a federação de 1947.
Em Portugal nunca o Luteranismo teve larga difusão nos tempos passados.
Estiveram entre nós luteranos alemães quando D. Sebastião resolveu recrutar soldados mercenários para a guerra de Marrocos.
Mas, pouco ou nenhum contacto tiveram com o povo português, devido à sua pouca demora e à dificuldade da língua.
Os intelectuais que se deixaram prender por esta doutrina todos tiveram que responder depois perante a Inquisição.
O humanista Damião de Gois confessou perante os inquisidores que ouvira uma prédica a Martinho Lutero num Domingo de Ramos, em Wittemberg.
Jantara maçãs e avelãs com Lutero, com a mulher deste e com Filipe Melanchton e discutira assuntos teológicos.
Nos meios intelectuais de Portugal do século XVI a Reforma foi conhecida e, como é natural, discutida.
Uma larga tradição humanística, bem evidente em Gil Vicente, permitira uma liberdade de crítica à Igreja Católica que em determinados pontos coincidia com as diatribes dos luteranos..
Modernamente, com a expansão de outras doutrinas diferentes da Católica Romana, e com a aprovação do Governo em igualdade de circunstâncias, também o Luteranismo se tem instalado em Portugal.
John
Nascimento
catolicosacaminho-unsubscribe@yahoogroups.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário