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    segunda-feira, 29 de julho de 2013

    ACI Digital: Papa agradece a presença dos jovens peregrinos e anuncia próxima JMJ na Polônia

    Documento sin título










    NOTÍCIAS DIÁRIAS · www.acidigital.com 










    28 de julho de 2013 







    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Na oração do Ângelus Domini, desde domingo, último dia da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, o Papa Francisco já anunciou que a próxima JMJ, que será em 2016, acontecerá na cidade de Cracóvia, na Polônia.



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    MANCHETES DO DIA 











    BRASIL 
    • Três milhões de pessoas na Vigília da JMJ Rio2013 
    • Testemunhos ajudam a construir Igreja cenográfica na Vigília da JMJ Rio2013 
    • Papa diz ter acompanhado os protestos no mundo e afirma aos jovens “Vocês são o campo da fé” 
    • Bispos ensaiam flash mob com milhares de peregrinos que já lotam Copacabana 
    • Em agradecimento pelo trabalho na JMJ Rio2013, Papa Francisco se encontra com os voluntários 
    • Papa Francisco se reúne com membros do CELAM 
    • Poloneses explodem de alegria com o anúncio de que Cracóvia sediará a JMJ 2016 
    • Papa Francisco pede ao clero brasileiro que tenha paciência de escutar os problemas dos jovens 
    • Mais de três milhões de pessoas participam do flash mob JMJ Rio2013 em Copacabana 
    • Francisco usa cocar indígena em encontro com líderes brasileiros 
    • Próxima sede da JMJ 2016 será Cracóvia, em homenagem ao beato João Paulo II 
    • Bebê com anencefalia é levada ao palco da JMJ Rio 2013 na Missa de Envio 
    • Papa agradece a presença dos jovens peregrinos e anuncia próxima JMJ na Polônia 
    • Papa incentiva jovens na Missa de Envio: “o Evangelho é para todos, e não apenas para alguns” 
    • Peregrinos da JMJ Rio2013 dormem na praia de Copacabana 





    Católico em Dia 



    Evangelho: 





    Santo ou Festa: 



    Um pensamento: 

    Quando no posso assistir Santa Missa, adoro o Corpo de Cristo com os olhos do esprito na orao, assim como o adoro quando o vejo na Missa.

    São Francisco de Assis 













    BRASIL 








    Três milhões de pessoas na Vigília da JMJ Rio2013


    RIO DE JANEIRO, 27 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- A Vigília da JMJ Rio2013, em Copacabana, reuniu três milhões de pessoas na orla da praia, segundo a prefeitura da cidade e também dos organizadores do evento.

    O Papa Francisco saiu de papamóvel do Forte de Copacabana até o palco, com uma multidão gritando “esta es la juventud del Papa” e jogando muitos presentes ao Pontífice, que até tentou agarrar alguns e vestiu um chapéu mexicano, por alguns instantes.

    Ao chegar ao palco, jovens com bandeiras de todos os países participantes realizaram do “espetáculo entre todas as nações”. O anfitrião da noite foi o ator Tony Ramos. 

    Muitos peregrinos passarão a noite na areia e a programação segue com atrações musicais. 

    Ao final da celebração, o Papa publicou em seu twitter (@Pontifex_pt): “Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho!”


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    RIO DE JANEIRO, 27 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O início da vigília da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, foi uma alusão a construção de uma nova igreja por parte dos jovens. Testemunhos de fé foram apresentados no palco e em cada um deles, uma parte da Igreja cenográfica era construída.

    O primeiro depoimento foi do ex-depende químico, Carlos Lins, que conviveu com traficantes e tiroteios. Quando ainda adolescente, sua namorada fez um aborto e a partir daquele momento ele percebeu que alguma coisa deveria mudar. Levado na missa por uma amiga, ele começou a se aproximar da igreja, “mesmo que a gente se afasta de Deus, eles está ali para nos salvar”, disse aos jovens. 

    O próximo depoimento, foi do Padre Flávio Matias, missionário do Mato Grosso.
    Enquanto mais partes da Igreja eram construídas, a cantora inglesa Judy Bailey se apresentou, cantando a música “Life goes on”.

    O terceiro depoimento, foi do cadeirante Felipe Passos, do Paraná. Felipe participou da JMJ em Madrid e para a JMJ no Rio começou a se programar cedo, organizou um grupo que vez o possível e o impossível para arrecadar o dinheiro necessário para a viagem. Em janeiro deste ano, dois jovens entraram na casa de Felipe para levar todo o dinheiro que o grupo havia arrecadado com tanto esforço. No assalto, ele levou um tiro. Durante o caminho para o hospital os médicos já não tinham mais esperança. Muitas orações foram feitas, intercedendo pela vida de Felipe, hoje ele está em uma cadeira de rodas, mas vivo. “Minha vida podia ter acabado ali juventude, mas Deus tinha uma missão muito amor (...). Hoje Deus me deu uma cruz e essa cruz é a minha cadeira (...). Qual que é a tua cruz?”, indagou Felipe.

    O último depoimento da noite foi da coordenadora da Pastoral da Juventude, Ana Vitória Ferreira Vidal. Aos 12 anos, Ana já frequentava baile funk e não tinha uma boa relação com a mãe, mas ao descobrir a Igreja, a vida das duas mudou. A mãe de Ana tinha muitas convulsões e até ficou sem andar. Foi em uma missa de cura e libertação que as duas se uniram no amor a Cristo e a mãe de Ana Vitória recuperou a saúde.

    Quando a Igreja foi construída por completo, com a Cruz no ponto mais alto, o cantor Luan Santana emocionou aos fiéis, cantando a Oração de São Francisco de Assis. 

    Após o pronunciamento o Papa Francisco, a vigília seguiu com a adoração ao Santíssimo.


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    RIO DE JANEIRO, 27 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O cenário do palco da vigília foi construído com a presença de representantes franciscanos e de São Francisco de Assis, assim o Papa Francisco também começa o seu discurso: 

    “Olhando para vocês presentes aqui hoje, me vem a mente a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: «Francisco, vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor: repara a minha casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo. Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários”, diz aos jovens.

    O Papa se referiu a mudança do evento, de Guaratiba à Copacabana, fazendo uma pergunta aos jovens, “será que Deus não quer nos dizer que o Campo da Fé seja em nós mesmos?”. “Como? De que modo? Partindo do nome - Campus Fidei, Campo da Fé - pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.”

    “O campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo lançando sementes; algumas caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt13,1-9). Jesus mesmo explica o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é lançada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23). Queridos jovens, isso significa que o verdadeiro Campus Fidei é o coração de cada um de vocês, é a vida de vocês. E é na vida de vocês que Jesus pede para entrar com a sua Palavra, com a sua presença. Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês, e nela possam germinar e crescer”, explica o Santo Padre.

    “Jesus nos diz que as sementes, que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio aos espinhos não deram fruto. Qual terreno somos ou queremos ser? Quem sabe se, às vezes, somos como o caminho: escutamos o Senhor, mas na vida não muda nada, pois nos deixamos aturdir por tantos apelos superficiais que escutamos; ou como o terreno pedregoso: acolhemos Jesus com entusiasmo, mas somos inconstantes e diante das dificuldades não temos a coragem de ir contra a corrente; ou somos como o terreno com os espinhos: as coisas, as paixões negativas sufocam em nós as palavras do Senhor (cf. Mt 13, 18-22)”.

    Neste momento, o Papa pediu silêncio, para que cada um falasse com Jesus, individualmente, “digam: ‘Sim eu quero receber as sementes’. Digam: ‘Jesus tenho pedra, tenho espinhos sim, mas tenho esse cantinho de boa terra, semeia aqui’. E deixem que Jesus plante a semente.”

    Muitos jovens choravam, emocionados, e o Santo Padre continuou: “Mas, hoje, tenho a certeza que a semente está caindo numa terra boa, sei que vocês querem ser um terreno bom, não querem ser cristãos pela metade, nem "engomadinhos", nem cristãos de fachada, mas sim autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. Jesus é capaz de oferecer-lhes isto. Ele é o «caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6)! Confiemos n’Ele. Deixemo-nos guiar por Ele!”

    “O campo como lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que "joguemos no seu time". Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor. São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co 9, 25)”. 

    E mais uma fez, o Papa desafiou os jovens, questionando-os “eu rezo? Eu falo com Jesus? Ou Será que eu tenho medo do silêncio? Pergunte a Jesus: O que quer eu faça da minha vida? Isso é o treinamento”. E pede aos jovens para que mesmo cometendo erros, não temam, continuem dialogando com Deus, através da oração, dos sacramentos e do serviço ao próximo. Francisco interage com os 3 milhões de fiéis pedindo para que repitam quais são os “treinamentos”: oração, sacramentos e serviço ao próximo. 

    E continua, “Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. Jesus, porém, nos pede que treinemos para estar "em forma", para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta. através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença e nos conformam com Cristo; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros ‘atletas de Cristo’!”

    “O campo como canteiro de obras. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se "sua a camisa" procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída com pedras, com tijolos. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; e não como uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele ! diz a mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Digamos juntos: Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo!”

    E assim, o Papa pergunta aos peregrinos, “Vocês querem construir a Igreja? Estão animados para isso?”, o público eufórico responde que sim, e Francisco brinca: “E amanhã, vão esquecer que disseram sim para mim?”

    O Pontífice conta que acompanhou atentamente as notícias a respeito dos protestos, protagonizados pelo jovens de várias partes do mundo. “No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Mas, fica a pergunta: Por onde começar? Quais são os critérios para a construção de uma sociedade mais justa? Quando perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, ela respondeu: você e eu!”

    O Papa enfatiza que os jovens devem ser os protagonistas da mudança e que não devem deixar ninguém tomar este posto, pois é pela juventude que o futuro entra. Que os jovens continuem superando a apatia, oferecendo uma resposta cristã às inquietações politicas, que nãos sejam covardes e seguindo o exemplo de Jesus, saiam as ruas. 

    De forma mais clara, o Santo Padre mostra o lugar do jovem dentro da Igreja: “Queridos amigos, não se esqueçam: Vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu "sim" a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!”, finalizou o Papa Francisco, talvez aquele que tenha sido seu discurso mais comovente aqui no Brasil.

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    RIO DE JANEIRO, 27 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Milhares de peregrinos já lotam a orla da praia de Copacabana para a Vigília com o Papa Francisco, que está prevista para começar às 19h30, durante todo o dia os peregrinos cantaram com atrações musicais e também ensaiaram para o flash mob, em um dos ensaios, dezenas de bispos que ocupavam o palco também dançaram, animando ainda mais os jovens.

    O flash mob será realizado amanhã, na recepção do Papa Francisco para a Missa de Envio. De hora em hora, coreógrafos e bailarinos vão para o palco ensaiar com os peregrinos. O bispo de Maringá, Dom Anuar Battisti ficou a frente dos companheiros tentando acertar a coreografia.

    A vigília é um dos atos centrais mais importantes da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em Copacabana, em virtude das chuvas desta semana que tornaram o Campus Fidei inviável para a realização do evento. Apesar da mudança, os peregrinos não se abalaram e já lotam a orla da praia.

    A peregrinação começou às 7h da manhã, partindo da Central do Brasil, principal estação ferroviária do Rio. Por volta das 14h quase 2 km da área da praia já estava ocupada, do posto 1, onde está o palco, até o Posto 4.

    Durante todo o dia vários artistas importantes da música católica se apresentaram, como o Padre Fabio de Melo, Pe. Marcelo Rossi, a banda Rosa de Saron e o cantor nicaraguense Tony Meléndez.

    Muitas pessoas ainda estão chegando à praia e muitos deles também passarão a noite na areia, como já estava previsto para acontecer em Guaratiba.

    Agora à tarde, o Papa publicou em seu twitter (@Pontifex_pt): "Queridos jovens, possam vocês aprender a rezar todos os dias: esse é o modo de conhecer Jesus e fazê-lo entrar na própria vida".

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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Após se reunir com membros do Comitê de Coordenação da CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano), no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, o Papa Francisco se dirigiu de helicóptero ao Centro de Convenções Riocentro para um encontro com os voluntários que trabalharam na JMJ Rio2013.

    Os voluntários estavam muito alegres com o encontro e gritavam expressivamente em resposta as palavras pronunciadas pelo Pontífice. 

    De maneira fraternal, o Santo Padre agradeceu aos jovens voluntários pelo trabalho realizado durante a Jornada, “não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé. Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que "há maior alegria em dar do que em receber" (At20,35)”, assim iniciou seu discurso.

    Francisco comparou a missão dos voluntários à missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus, “Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o ‘caminho preparado’ para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor. 

    E os encorajou: “A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!”.

    Se referindo ao relativismo que atinge a sociedade atual e que afirma não valer a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, para sempre, “uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente”.

    O Pontífice continua incentivando os jovens a se rebelarem, “que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de ‘ir contra a corrente’. Tenham a coragem de ser felizes!”.

    Ainda falando sobre vocação, Francisco recorda de quando se decidiu pelo sacerdócio, “nunca me esquecerei daquele 21 de setembro – eu tinha 17 anos – quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer "sim" a Deus. N’Ele está a alegria!”, afirma.

    Para aqueles que ainda não encontraram a sua vocação na vida, o Papa Francisco aconselha: “Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o camino (…). Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?”

    E finaliza, agradecendo novamente, “lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês”, diz o Santo Padre aos jovens voluntários da JMJ Rio2013.


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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Quase de volta ao Vaticano, o Papa Francisco teve um encontro com membros do Comitê de Coordenação da CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano), no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, residência na qual ficou hospedado durante a semana que ficou no Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude Rio2013.

    Após a saudação do Presidente da CELAM, Mons. Caros Aguiar Retes, Arcebispo de Tlalnepantla (México), o Pontífice dirigiu o seu discurso, orientando o caminho que a Igreja da América Latina há de seguir.

    Apesar dos improvisos do Santo Padre, apresentamos o discurso original que foi inteiramente pronunciado.

    Agradeço ao Senhor por esta oportunidade de poder falar com vocês, Irmãos Bispos responsáveis do CELAM no quadriênio 2011-2015. Há 57 anos que o CELAM serve as 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe, colaborando solidária e subsidiariamente para promover, incentivar e dinamizar a colegialidade episcopal e a comunhão entre as Igrejas da Região e seus Pastores.

    Como vocês, também eu sou testemunha do forte impulso do Espírito na V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em Aparecida no mês de maio de 2007, que continua animando os trabalhos do CELAM para a anelada renovação das Igrejas particulares. Em boa parte delas, essa renovação já está em andamento. Gostaria de centrar esta conversação no patrimônio herdado daquele encontro fraterno e que todos batizamos como Missão Continental.

    2. Características peculiares de Aparecida
    Existem quatro características típicas da referida V Conferência. Constituem como que quatro colunas do desenvolvimento de Aparecida que lhe dão a sua originalidade.

    1) Início sem documento
    Medelín, Puebla e Santo Domingo começaram os seus trabalhos com um caminho preparatório que culminou em uma espécie de Instrumentum laboris, com base no qual se desenrolou a discussão, a reflexão e a aprovação do documento final. Em vez disso, Aparecida promoveu a participação das Igrejas particulares como caminho de preparação que culminou em um documento de síntese. Este documento, embora tenha sido ponto de referência durante a V Conferência Geral, não foi assumido como documento de partida. O trabalho inicial foi pôr em comum as preocupações dos Pastores perante a mudança de época e a necessidade de recuperar a vida de discípulo e missionário com que Cristo fundou a Igreja.

    2) Ambiente de oração com o Povo de Deus
    É importante lembrar o ambiente de oração gerado pela partilha diária da Eucaristia e de outros momentos litúrgicos, tendo sido sempre acompanhados pelo Povo de Deus. Além disso, realizando-se os trabalhos na cripta do Santuário, a "música de fundo" que os acompanhava era constituída pelos cânticos e as orações dos fiéis.

    3) Documento que se prolonga em compromisso, com a Missão Continental
    Neste contexto de oração e vivência de fé, surgiu o desejo de um novo Pentecostes para a Igreja e o compromisso da Missão Continental. Aparecida não termina com um documento, mas prolonga-se na Missão Continental.


    4) A presença de Nossa Senhora, Mãe da América
    É a primeira Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe que se realiza em um Santuário mariano.

    3. Dimensões da Missão Continental
    A Missão Continental está projetada em duas dimensões: programática e paradigmática. A missão programática, como o próprio nome indica, consiste na realização de atos de índole missionária. A missão paradigmática, por sua vez, implica colocar em chave missionária a atividade habitual das Igrejas particulares. Em consequência disso, evidentemente, verifica-se toda uma dinâmica de reforma das estruturas eclesiais. A "mudança de estruturas" (de caducas a novas) não é fruto de um estudo de organização do organograma funcional eclesiástico, de que resultaria uma reorganização estática, mas é consequência da dinâmica da missão. O que derruba as estruturas caducas, o que leva a mudar os corações dos cristãos é justamente a missionariedade. Daqui a impo! rtância da missão paradigmática.

    A Missão Continental, tanto programática como paradigmática, exige gerar a consciência de uma Igreja que se organiza para servir a todos os batizados e homens de boa vontade. O discípulo de Cristo não é uma pessoa isolada em uma espiritualidade intimista, mas uma pessoa em comunidade para se dar aos outros. Portanto, a Missão Continental implica pertença eclesial.

    Uma posição como esta, que começa pelo discipulado missionário e implica entender a identidade do cristão como pertença eclesial, pede que explicitemos quais são os desafios vigentes da missionariedade discipular. Me limito a assinalar dois: a renovação interna da Igreja e o diálogo com o mundo atual.

    Renovação interna da Igreja
    Aparecida propôs como necessária a Conversão Pastoral. Esta conversão implica acreditar na Boa Nova, acreditar em Jesus Cristo portador do Reino de Deus, em sua irrupção no mundo, em sua presença vitoriosa sobre o mal; acreditar na assistência e guia do Espírito Santo; acreditar na Igreja, Corpo de Cristo e prolongamento do dinamismo da Encarnação.

    Neste sentido, é necessário que nos interroguemos, como Pastores, sobre o andamento das Igrejas a que presidimos. Estas perguntas servem de guia para examinar o estado das dioceses quanto à adoção do espírito de Aparecida, e são perguntas que é conveniente pôr-nos, muitas vezes, como exame de consciência.

    1. Procuramos que o nosso trabalho e o de nossos presbíteros seja mais pastoral que administrativo? Quem é o principal beneficiário do trabalho eclesial, a Igreja como organização ou o Povo de Deus na sua totalidade?

    2. Superamos a tentação de tratar de forma reativa os problemas complexos que surgem? Criamos um hábito proativo? Promovemos espaços e ocasiões para manifestar a misericórdia de Deus? Estamos conscientes da responsabilidade de repensar as atitudes pastorais e o funcionamento das estruturas eclesiais, buscando o bem dos fiéis e da sociedade?

    3. Na prática, fazemos os fiéis leigos participantes da Missão? Oferecemos a Palavra de Deus e os Sacramentos com consciência e convicção claras de que o Espírito se manifesta neles?

    4. Temos como critério habitual o discernimento pastoral, servindo-nos dos Conselhos Diocesanos? Tanto estes como os Conselhos paroquiais de Pastoral e de Assuntos Econômicos são espaços reais para a participação laical na consulta, organização e planejamento pastoral? O bom funcionamento dos Conselhos é determinante. Acho que estamos muito atrasados nisso.

    5. Nós, Pastores Bispos e Presbíteros, temos consciência e convicção da missão dos fiéis e lhes damos a liberdade para irem discernindo, de acordo com o seu processo de discípulos, a missão que o Senhor lhes confia? Apoiamo-los e acompanhamos, superando qualquer tentação de manipulação ou indevida submissão? Estamos sempre abertos para nos deixarmos interpelar pela busca do bem da Igreja e da sua Missão no mundo?

    6. Os agentes de pastoral e os fiéis em geral sentem-se parte da Igreja, identificam-se com ela e aproximam-na dos batizados indiferentes e afastados?

    Como se pode ver, aqui estão em jogo atitudes. A Conversão Pastoral diz respeito, principalmente, às atitudes e a uma reforma de vida. Uma mudança de atitudes é necessariamente dinâmica: "entra em processo" e só é possível moderá-lo acompanhando-o e discernindo-o. É importante ter sempre presente que a bússola, para não se perder nesse caminho, é a identidade católica concebida como pertença eclesial.

    Diálogo com o mundo atual
    Faz-nos bem lembrar estas palavras do Concílio Vaticano II: As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens do nosso tempo, sobretudo dos pobres e atribulados, são também alegrias e esperanças, tristezas e angústias dos discípulos de Cristo (cf. GS, 1). Aqui reside o fundamento do diálogo com o mundo atual.

    A resposta às questões existenciais do homem de hoje, especialmente das novas gerações, atendendo à sua linguagem, entranha uma mudança fecunda que devemos realizar com a ajuda do Evangelho, do Magistério e da Doutrina Social da Igreja. Os cenários e areópagos são os mais variados. Por exemplo, em uma mesma cidade, existem vários imaginários coletivos que configuram "diferentes cidades". Se continuarmos apenas com os parâmetros da "cultura de sempre", fundamentalmente uma cultura de base rural, o resultado acabará anulando a força do Espírito Santo. Deus está em toda a parte: há que saber descobri-lo para poder anunciá-lo no idioma dessa cultura; e cada realidade, cada idioma tem um ritmo diferente.

    4. Algumas tentações contra o discipulado missionário
    A opção pela missionariedade do discípulo sofrerá tentações. É importante saber por onde entra o espírito mau, para nos ajudar no discernimento. Não se trata de sair à caça de demônios, mas simplesmente de lucidez e prudência evangélicas. Limito-me a mencionar algumas atitudes que configuram uma Igreja "tentada". Trata-se de conhecer determinadas propostas atuais que podem mimetizar-se em a dinâmica do discipulado missionário e deter, até fazê-lo fracassar, o processo de Conversão Pastoral.

    1. A ideologização da mensagem evangélica. É uma tentação que se verificou na Igreja desde o início: procurar uma hermenêutica de interpretação evangélica fora da própria mensagem do Evangelho e fora da Igreja. Um exemplo: a dado momento, Aparecida sofreu essa tentação sob a forma de assepsia. Foi usado, e está bem, o método de "ver, julgar, agir" (cf. n.º 19). A tentação se encontraria em optar por um "ver" totalmente asséptico, um "ver" neutro, o que não é viável. O ver está sempre condicionado pelo olhar. Não há uma hermenêutica asséptica. Então a pergunta era: Com que olhar vamos ver a realidade? Aparecida respondeu: Com o olhar de discípulo. Assim se entendem os números 20 a 32. Existem outras maneiras de ideologização da mensag! em e, atualmente, aparecem na América Latina e no Caribe propostas desta índole. Menciono apenas algumas:

    a) O reducionismo socializante. É a ideologização mais fácil de descobrir. Em alguns momentos, foi muito forte. Trata-se de uma pretensão interpretativa com base em uma hermenêutica de acordo com as ciências sociais. Engloba os campos mais variados, desde o liberalismo de mercado até à categorização marxista.

    b) A ideologização psicológica. Trata-se de uma hermenêutica elitista que, em última análise, reduz o "encontro com Jesus Cristo" e seu sucessivo desenvolvimento a uma dinâmica de autoconhecimento. Costuma verificar-se principalmente em cursos de espiritualidade, retiros espirituais, etc. Acaba por resultar numa posição imanente auto-referencial. Não tem sabor de transcendência, nem portanto de missionariedade.

    c) A proposta gnóstica. Muito ligada à tentação anterior. Costuma ocorrer em grupos de elites com uma proposta de espiritualidade superior, bastante desencarnada, que acaba por desembocar em posições pastorais de "quaestiones disputatae". Foi o primeiro desvio da comunidade primitiva e reaparece, ao longo da história da Igreja, em edições corrigidas e renovadas. Vulgarmente são denominados "católicos iluminados" (por serem atualmente herdeiros do Iluminismo).

    d) A proposta pelagiana. Aparece fundamentalmente sob a forma de restauracionismo. Perante os males da Igreja, busca-se uma solução apenas na disciplina, na restauração de condutas e formas superadas que, mesmo culturalmente, não possuem capacidade significativa. Na América Latina, costuma verificar-se em pequenos grupos, em algumas novas Congregações Religiosas, em tendências para a "segurança" doutrinal ou disciplinar. Fundamentalmente é estática, embora possa prometer uma dinâmica para dentro: regride. Procura "recuperar" o passado perdido.

    2. O funcionalismo. A sua ação na Igreja é paralisante. Mais do que com a rota, se entusiasma com o "roteiro". A concepção funcionalista não tolera o mistério, aposta na eficácia. Reduz a realidade da Igreja à estrutura de uma ONG. O que vale é o resultado palpável e as estatísticas. A partir disso, chega-se a todas as modalidades empresariais de Igreja. Constitui uma espécie de "teologia da prosperidade" no organograma da pastoral.

    3. O clericalismo é também uma tentação muito atual na América Latina. Curiosamente, na maioria dos casos, trata-se de uma cumplicidade viciosa: o sacerdote clericaliza e o leigo lhe pede por favor que o clericalize, porque, no fundo, lhe resulta mais cômodo. O fenômeno do clericalismo explica, em grande parte, a falta de maturidade adulta e de liberdade cristã em boa parte do laicato da América Latina: ou não cresce (a maioria), ou se abriga sob coberturas de ideologizações como as indicadas, ou ainda em pertenças parciais e limitadas. Em nossas terras, existe uma forma de liberdade laical através de experiências de povo: o católico como povo. Aqui vê-se uma maior autonomia, geralmente sadia, que se expressa fundamentalmente na piedade popular. O capítulo de Aparecida sobre a piedade popular descreve, em profundidade, essa dimens&atild! e;o. A proposta dos grupos bíblicos, das comunidades eclesiais de base e dos Conselhos pastorais está na linha de superação do clericalismo e de um crescimento da responsabilidade laical.

    Poderíamos continuar descrevendo outras tentações contra o discipulado missionário, mas acho que estas são as mais importantes e com maior força neste momento da América Latina e do Caribe.

    5. Algumas orientações eclesiológicas
    1. O discipulado-missionário que Aparecida propôs às Igrejas da América Latina e do Caribe é o caminho que Deus quer para "hoje". Toda a projeção utópica (para o futuro) ou restauracionista (para o passado) não é do espírito bom. Deus é real e se manifesta no "hoje". A sua presença, no passado, se nos oferece como "memória" da saga de salvação realizada quer em seu povo quer em cada um de nós; no futuro, se nos oferece como "promessa" e esperança. No passado, Deus esteve lá e deixou sua marca: a memória nos ajuda encontrá-lo; no futuro, é apenas promessa... e não está nos mil e um "futuríveis". O "hoje" é o que mais se parece com a eternidade; mais ainda: o "hoje" é uma centelha de eternidade. No "hoje", se joga a vida eterna.

    O discipulado missionário é vocação: chamada e convite. Acontece em um "hoje", mas "em tensão". Não existe o discipulado missionário estático. O discípulo missionário não pode possuir-se a si mesmo; a sua imanência está em tensão para a transcendência do discipulado e para a transcendência da missão. Não admite a auto-referencialidade: ou refere-se a Jesus Cristo ou refere-se às pessoas a quem deve levar o anúncio dele. Sujeito que se transcende. Sujeito projetado para o encontro: o encontro com o Mestre (que nos unge discípulos) e o encontro com os homens que esperam o anúncio.

    Por isso, gosto de dizer que a posição do discípulo missionário não é uma posição de centro, mas de periferias: vive em tensão para as periferias... incluindo as da eternidade no encontro com Jesus Cristo. No anúncio evangélico, falar de "periferias existenciais" descentraliza e, habitualmente, temos medo de sair do centro. O discípulo-missionário é um descentrado: o centro é Jesus Cristo, que convoca e envia. O discípulo é enviado para as periferias existenciais.

    2. A Igreja é instituição, mas, quando se erige em "centro", se funcionaliza e, pouco a pouco, se transforma em uma ONG. Então, a Igreja pretende ter luz própria e deixa de ser aquele "mysterium lunae" de que nos falavam os Santos Padres. Torna-se cada vez mais auto-referencial, e se enfraquece a sua necessidade de ser missionária. De "Instituição" se transforma em "Obra". Deixa de ser Esposa, para acabar sendo Administradora; de Servidora se transforma em "Controladora". Aparecida quer uma Igreja Esposa, Mãe, Servidora, facilitadora da fé e não controladora da fé.

    3. Em Aparecida, verificam-se de forma relevante duas categorias pastorais, que surgem da própria originalidade do Evangelho e nos podem também servir de orientação para avaliar o modo como vivemos eclesialmente o discipulado missionário: a proximidade e o encontro. Nenhuma das duas é nova, antes configuram a maneira como Deus se revelou na história. É o "Deus próximo" do seu povo, proximidade que chega ao máximo quando Ele encarna. É o Deus que sai ao encontro do seu povo. Na América Latina e no Caribe, existem pastorais "distantes", pastorais disciplinares que privilegiam os princípios, as condutas, os procedimentos organizacionais... obviamente sem proximidade, sem ternura, nem carinho. Ignora-se a "revolução da ternura", que provocou a encarnação do Verbo. Há pastorais posicionadas com tal dose de distância que são ! incapazes de conseguir o encontro: encontro com Jesus Cristo, encontro com os irmãos. Este tipo de pastoral pode, no máximo, prometer uma dimensão de proselitismo, mas nunca chegam a conseguir inserção nem pertença eclesial. A proximidade cria comunhão e pertença, dá lugar ao encontro. A proximidade toma forma de diálogo e cria uma cultura do encontro. Uma pedra de toque para aferir a proximidade e a capacidade de encontro de uma pastoral é a homilia. Como são as nossas homilias? Estão próximas do exemplo de Nosso Senhor, que "falava como quem tem autoridade", ou são meramente prescritivas, distantes, abstratas?

    4. Quem guia a pastoral, a Missão Continental (seja programática seja paradigmática), é o Bispo. Ele deve guiar, que não é o mesmo que comandar. Além de assinalar as grandes figuras do episcopado latino-americano que todos nós conhecemos, gostaria de acrescentar aqui algumas linhas sobre o perfil do Bispo, que já disse aos Núncios na reunião que tivemos em Roma. Os Bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos. Homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham "psicologia de príncipes". Homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra. Homens capazes de vigiar sobre o rebanho que lhes foi confiado e cuida! ndo de tudo aquilo que o mantém unido: vigiar sobre o seu povo, atento a eventuais perigos que o ameacem, mas sobretudo para cuidar da esperança: que haja sol e luz nos corações. Homens capazes de sustentar com amor e paciência os passos de Deus em seu povo. E o lugar onde o Bispo pode estar com o seu povo é triplo: ou à frente para indicar o caminho, ou no meio para mantê-lo unido e neutralizar as debandadas, ou então atrás para evitar que alguém se desgarre mas também, e fundamentalmente, porque o próprio rebanho tem o seu olfato para encontrar novos caminhos.

    Não quero juntar mais detalhes sobre a pessoa do Bispo, mas simplesmente acrescentar, incluindo-me a mim mesmo nesta afirmação, que estamos um pouco atrasados no que a Conversão Pastoral indica. Convém que nos ajudemos um pouco mais a dar os passos que o Senhor quer que cumpramos neste "hoje" da América Latina e do Caribe. E seria bom começar por aqui.

    Agradeço-lhes a paciência de me ouvirem. Desculpem a desordem do discurso e lhes peço, por favor, para tomarmos a sério a nossa vocação de servidores do povo santo e fiel de Deus, porque é nisso que se exerce e mostra a autoridade: na capacidade de serviço. Muito obrigado!






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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Os peregrinos da Polônia celebraram com grande entusiasmo o anúncio do Papa Francisco de que Cracóvia, cidade onde nasceu o beato João Paulo II, será a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2016.

    Em declarações ao Grupo ACI, assim que o anúncio terminou, Adrian Rajewkski, 28 anos, um dos 165 voluntários poloneses que colaboraram na JMJ Rio2013, comentou que “de verdade, esta é uma grande alegria”.

    “Para nós, João Paulo II é um rei, um grande santo e nos emociona muito que nos tenham escolhido para ser a próxima sede da Jornada”, acrescentou.

    Para Monyka Rybska, de 20 anos, esta eleição “é uma grande emoção! De verdade, não tenho palavras para expressar o que sinto. Estou muito emocionada”.

    Tomada pela emoção, esta jovem polonesa disse “espero que todos os jovens possam ir a Cracóvia, onde vamos esperá-los com os braços abertos”.

    Mateusz Lenczuk, de 23 anos de idade, também disse que se na praia de Copacabana, neste domingo, 28 de julho, “há três milhões de pessoas, eu acho que, na Polônia, podemos ser mais, para mostrar que os católicos são muitos”.

    Dominika Wolodkiewicz, 33, disse que “estamos muito felizes por esta eleição e agradecemos ao Papa” e diante da comoção, não pode dizer mais nada.

    A mais emocionada do grupo, com quem o Grupo ACI conversou, foi sem dúvida Martyna Mozdzoneli, de 22 anos. Ao ser perguntava sobre o que sentia após o anuncio, não conseguiu pronunciar nem se quer uma palavra.

    Tomou fôlego e afirmou que “estou realmente emocionada porque a próxima Jornada Mundial da Juventude será na Polônia. É impressionante. Podemos receber gente de outros lugares do mundo como foi feito aqui no Brasil”.

    Martyna acrescentou que “vou adorar ser voluntária nesta ocasião e quero dizer a todos: Nos vemos na Polônia!”.


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    RIO DE JANEIRO, 27 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Papa Francisco celebrou uma missa nesta manhã (27), na Catedral Metropolitana de São Sebastião, com bispos, padres e seminaristas brasileiros. O Santo Padre fez a homilia em espanhol, sob três aspectos: “chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro”.

    Participaram da celebração os Cardeais Tarciso Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, e Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB), seu vice-presidente, Dom José Belisário e o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

    O Arcebispo do Rio agradeceu ao Papa pela sua “atenção e afeto” com o clero brasileiro, logo no início da celebração. E citou o Documento de Aparecida, elaborado na V Congregação Geral dos Bispos Latino-Americanos, que Francisco ajudou a redigir, quando ainda era Cardeal de Buenos Aires.

    “Desse documento ‘brotou um novo entusiasmo nas nossas comunidades’ e com esse mesmo espírito, acrescentou, os bispos e o clero congregados na Catedral se uniam nesta celebração para ouvir ‘como discípulos’ o sucessor de Pedro”, disse o Arcebispo.

    Em sua homilia, o Santo Padre falou aos presentes: “Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus”. Essa fidelidade a Cristo, disse o Papa, vem com uma “vida de oração”, com a Eucaristia e com a atenção as “pessoas mais necessitadas”. E os convidou a pedir que “a Virgem seja o modelo desse chamado”.

    Em relação aos jovens, pediu que os sacerdotes que ajudem os “jovens a perceber que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte do essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos”.

    E que eles tenham “a paciência de escutar os problemas dos jovens”, especialmente na confissão, na orientação espiritual e no acompanhamento. “Não poupemos esforço na formação dos jovens”. Essa orientação deve ser feita de tal modo que se sintam missionários, saiam de suas casas e não fiquem “encerrados na paróquia, nas comunidades quando tantas pessoas estão esperando o Evangelho”, alertou.

    Sobre o último aspecto, “Promover a cultura do encontro”, ele denunciou a atual “cultura da exclusão e do descartável”, na qual não há tempo para as os outros e as relações humanas parecem regidas por dois dogmas modernos: a eficiência e o pragmatismo.

    E pediu para que encontrem “a coragem de ir contra a corrente”, sendo “servidores da comunhão e da cultura do encontro”. E que saiam “ao encontro dos irmãos e de quem estar na periferia”.

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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O flash mob feito para o Papa Francisco está amanhã (28), em Copacabana, talvez seja o maior já feito no mundo, mais de três milhões de pessoas dançaram juntos a canção “Francisco”.

    Os peregrinos já ensaiavam desde 15 de julho, quando o vídeo da coreografia foi publicado na internet, mas entre ontem, sábado e hoje de manhã, a música foi ensaiada inúmeras vezes.

    O flash mob foi apresentado antes da Missa de Envio, quando o Papa Francisco já estava no palco, voluntários dançavam junto ao público a coreografia da bailarina carioca Gláucia Geraldo.

    Bispos e Cardeais que estavam no palco também dançaram, balançando os braços da melhor forma possível, rodopiando e aplaudindo, seguindo atentamente os movimentos.

    Milhões de pessoas observavam através dos telões gigantescos espalhados pela praia. 

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    RIO DE JANEIRO, 27 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Após celebrar a Missa na Catedral Metropolitana com membros do clero brasileiro, o Papa Francisco se dirigiu ao Theatro Municipal, onde teve um encontro com representantes da sociedade civil de diversos setores: líderes políticos, intelectuais, diplomatas e artistas.

    Um membro da pastoral da juventude, Walmyr Gonçalves da Silva Júnior, de 28 anos, discursou para o Papa, contando um pouco da sua história de vida e expressando suas preocupações com a sociedade e com a juventude brasileira. Walmyr já teve problemas com drogas e hoje é professor de história da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. 

    Ao final, 20 pessoas, membros do corpo diplomático e de denominações religiosas cumprimentaram o Papa, representando todos que ali estavam. 

    Entre eles estava um grupo de índios, vestidos de modo tradicional, que subiram ao palco para receber a benção do Santo Padre, a surpresa veio quando Francisco colocou o cocar em sua cabeça e pousou para fotos. 

    Em seu discurso o Papa chamou o Estado a respeitar a presença religiosa em âmbito público e destacou a contribuição que as grandes tradições religiosas provocam na democracia. 

    “Favorável à pacífica convivência entre religiões diversas é a laicidade do Estado que, sem assumir como própria qualquer posição confessional, respeita e valoriza a presença do fator religioso na sociedade, favorecendo as suas expressões concretas”, disse o Pontífice. 

    E acrescentou: “O outro tem sempre algo para nos dar, desde que saibamos nos aproximar dele com uma atitude aberta e disponível, sem preconceitos. Só assim pode crescer o bom entendimento entre as culturas e as religiões”.

    Francisco faz parte da ordem dos Jesuítas, grupo católico que evangelizou os índios durante a colonização. 

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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Cracóvia será sede da Jornada Mundial da Juventude em 2016. O anuncio foi feito hoje, 28, pelo Papa Francisco, na Missa de Envio, em Copacabana. Em homenagem ao criador da Jornada Mundial da Juventude e que será santificado este ano, o beato João Paulo II.

    João Paulo II foi ordenado Bispo Auxiliar de Cracóvia em 4 de julho de 1958 e passou a ser Arcebispo em dezembro de 1962. Nomeado Cardeal aos 47 anos de idade, o então Arcebispo Karol Józef Wojtila presidiu sua sede em meio ao ateísmo militante do regime comunista, até sua eleição como Sumo Pontífice em 16 de outubro de 1978.

    Ainda que não seja a capital do país, Cracóvia é um centro urbano de três milhões de habitantes, considerado o coração cultural, artístico e espiritual da Polônia. 

    Terra natal de reis, artistas, filósofos e santos, é também a cidade onde viveu e morreu a Santa Faustina Kowalska, vidente e apóstola da Divina Misericórdia. Na verdade, é na colina Lagiewniki, em Cracóvia, que fica o santuário mundial da Divina Misericórdia.

    Rica história, joias arquitetônicas e igrejas católicas, a cidade do Sul polonês geralmente tem temperaturas moderadas, entre 19 e 24 graus durante o verão, quando será realizada a próxima JMJ.

    Cracóvia será sede do Campeonato Mundial de Vôlei, no ano que vem, e do Campeonato Europeu de Handebol, também em 2016. 


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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- O Papa Francisco recebeu um bebê com anencefalia durante a Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude. O pai levou a menina nos braços, vestindo uma camiseta que dizia “Pare o aborto”. Sua presença deu uma poderosa mensagem contra o aborto no Brasil.

    No sábado, depois de deixar a Catedral São Sebastião, onde celebrou a missa com bispos e sacerdotes, o Papa Francisco encontrou esse casal, que lhe apresentou a filha recém-nascida com anencefalia, uma má formação que envolve parte ou a ausência total do cérebro.

    Nos casos de anencefalia os bebês morrem pouco depois de nascer, mas esta recém-nascida segue viva, contra todas as probabilidades.

    Em 26 de julho, Carlos Polo, diretor do escritório na América Latina do Population Research Institute (PRI), advertiu sobre o projeto de lei PLC 3/2013, que permitirá a distribuição de uma droga abortiva em todo o sistema de saúde do país. Papa entrar em vigor, o projeto necessita apenas da aprovação da presidente da república, Dilma Rousseff.

    Rousseff poderia sancionar a lei assim que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 e a visita do Papa Francisco ao Brasil terminarem.

    Polo esclareceu que os grupos abortistas acharam conveniente esperar a ocasião em que os católicos estariam com o Santo Padre e os deputados estariam de férias, até 5 de agosto. “Estamos nos mobilizando nas redes sociais, pedindo aos jovens pró-vida da JMJ que usem uma gravata amarela para expressar que o Brasil defende a vida. A mesma mão que vai apertar a mão do Papa Francisco não deve assinar um projeto de lei que acabaria com a vida de muitas crianças não nascidas”, concluiu.

    O pronunciamento completo se encontra em: http://www.lapop.org/#panel-1

    Se quiserem aderir ao pronunciamento, envie seu nome, instituição e função para vida.brasil@lapop.org

    Para compartilhar e espalhar esta nota através do twitter usem as hashtags:
    #DefendeaVidaJMJ #Brasil #PLC3/2013 (Português) 
    #DefiendeLaVidaJMJ #Brasil #PLC3/2013 (Espanhol) 
    #StandForLifeWYD #Brasil #PLC3/2013 (Inglês)


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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Na oração do Ângelus Domini, desde domingo, último dia da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, o Papa Francisco já anunciou que a próxima JMJ, que será em 2016, acontecerá na cidade de Cracóvia, na Polônia. 

    Francisco abriu o Ângelus, na praia de Copacabana, agradecendo aos jovens “por toas as alegrias que me deram nestes dias. Levo cada um de vocês no meu coração!”, expressou.
    Voltou a falar sobre o chamado de Jesus, sobretudo aos jovens, “Nestes dias, Jesus lhes repetiu com insistência o convite para serem seus discípulos-missionários; vocês escutaram a voz do Bom Pastor que lhes chamou pelo nome e vocês reconheceram a voz que lhes chamava (cf. Jo 10,4). Não é verdade que, nesta voz que ressoou nos seus corações, vocês sentiram a ternura do amor de Deus? Não é verdade que vocês experimentaram a beleza a seguir a Cristo, juntos, na Igreja? Não é verdade que vocês compreenderam melhor que o Evangelho é a resposta ao desejo de uma vida ainda mais plena? (cf. Jo 10,10)”.

    E como devoto de Maria, cita a mãe de Jesus como o melhor dos exemplos a serem seguidos, “A Virgem Imaculada intercede por nós no Céu como uma boa mãe que guarda dos seus filhos, Maria nos ensina, com sua existência, o que significa ser discípulo missionário (...). Após ter recebido a graça de ser a Mãe do Verbo encarnado, não guardou para si esse dom; partiu, saiu da sua casa e foi, apressadamente, visitar a sua parente Isabel que precisava de ajuda (cf. Lc 1, 38-39); cumpriu um gesto de amor, de caridade, de serviço concreto, levando Jesus que trazia no ventre. E se apressou a fazer este gesto!”, explicou.

    E pedindo a intercessão de Nossa Senhora, encoraja os jovens, “Nunca tenham medo de ser generosos com Cristo! Vale a pena! Sair e ir com coragem e generosidade, para que cada homem e cada mulher possa encontrar o Senhor”.

    Ao final, o Papa Francisco anuncia onde será o próximo encontro dos jovens peregrinos: “Queridos jovens, temos encontro marcado na próxima Jornada Mundial da Juventude, no ano 2016 em Cracóvia, na Polônia. Pela intercessão materna de Maria, peçamos a luz do Espírito Santo sobre o caminho que nos levará a esta nova etapa da jubilosa celebração da fé e do amor de Cristo”. 

    Encerrando assim, a 28° edição da JMJ Rio2013, o Papa Francisco concede a próxima JMJ à Virgem Maria e todos rezaram a oração do Ângelus.

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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Na missa de envio, com a presença de milhares de fiéis, o Papa Francisco agradece os grupos pastorais e novas comunidades que acompanham os jovens na evangelização pelo mundo. E em seu discurso, desmembra cada parte do lema desta Jornada Mundial da Juventude, que se encerra hoje (27), “Ide e fazei discípulos entre todas as nações (Mt 28,19)”. 

    E mais uma vez, incentivou os jovens a saírem pelo mundo, levando o evangelho, para que este não fique trancafiado na vida dos católicos ou nas paróquias, que seja levado aos mais indiferentes e distantes. 

    “Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho (...). Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês!”, disse aos peregrinos.

    Ao final foi pedido um momento de silêncio para refletir sobre as palavras do Santo Padre.

    Leia o texto completo:

    Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,

    Queridos jovens!

    «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.

    Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).

    Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.

    Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.

    De forma especial, queria que este mandato de Cristo -"Ide" - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!

    Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo... pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!

    «Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!

    Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!

    A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.

    São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.

    Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua te! rnura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.

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    RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 (ACI/EWTN Noticias) .- Apesar da mudança repentina da Vigília, que seria no Campus Fidei e foi realizada na noite de ontem (27) na praia de Copacabana, os peregrinos não desanimaram e pernoitaram não só na orla da praia, mas também no calçadão e nas calçadas.



    O frio da madrugada não espantou a multidão de peregrinos, a grande maioria dormiu, mas muitos continuaram cantando e orando noite a fora. 



    Várias barracas foram montadas e alguns jovens, sozinhos ou em grupos, dormiam em sacos de dormir, esteira, cobertores e etc. 



    A prefeitura do Rio já havia informado que talvez o número de banheiros não fosse o suficiente, o que não foi um problema durante a madrugada, enquanto a maioria dos fiéis dormia, mas logo nas primeiras horas da manhã as filas ficaram quilométricas.



    Mesmo depois de ter dormido na areia, os jovens acordaram animados, cantando cânticos de louvor e acordando os colegas com o grito: “bom dia irmãos”.



    Aproveitando o chamado do Papa Francisco a praticar a caridade e dar mais atenção ao próximo, um grupo de voluntários da Jornada Mundial da Juventude pede aos peregrinos que doem seus sacos de dormir aos moradores de rua da cidade.



    Em seu twitter (@Pontifex_pt), o Papa Francisco publicou: “Queridos jovens, sejam verdadeiros ‘atletas de Cristo’! Joguem no seu ‘time’!”.

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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    A Paixão de Cristo