Mensagens neste resumo (3 Mensagens)
- 1.
- Entrevista do Papa durante o Voo entre Rio e Roma De: Vicente
- 2.
- como nacer de nuevo, en comic.. De: fayna
- 3.
- Papa deixa cheques de 60 mil reais para favela e hospital De: Vicente
Mensagens
- 1.
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Entrevista do Papa durante o Voo entre Rio e Roma
Enviado por: "Vicente" luviga@gmail.com vicentegargiulo
Seg, 29 de Jul de 2013 8:24 am
http://blogs.estadao.com. br/jamil- chade/2013/ 07/29/entrevista -com-o-papa- francisco- quem-sou- eu-para-julgar- os-gays/
Entrevista com o papa Francisco: "Quem sou eu para julgar os gays"
/Sem tabus, pontífice respondeu por mais de uma hora perguntas de
jornalistas durante o voo entre Rio e Roma/
ROMA -- A Igreja não pode julgar os gays por sua opção sexual e nem
marginalizá-los. O alerta é do papa Francisco que, quebrando um
verdadeiro tabu, deixa claro que estende sua mão a esse segmento da
sociedade. "Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem
sou eu pra julgá-lo", declarou. "O catecismo da Igreja explica isso
muito bem. Diz que eles não devem ser marginalizados por causa disso,
mas devem ser integrados na sociedade", insistiu.
As declarações foram dadas em uma entrevista concedida pelo papa aos
jornalistas que o acompanharam no avião, entre eles a reportagem do
Estado. Na conversa, a garantia do argentino de que o Vaticano tem como
papa uma "pessoas normal", um "pecador" e que vive junto com os demais
religiosos porque morar no Palácio Apostólico o geraria problemas
psicológicos.
30 minutos depois de o voo decolar do Rio, o papa deixou sua primeira
classe e cumpriu uma promessa que havia feito no voo de ida de Roma ao
Brasil: responderia perguntas dos jornalistas. Mas poucos imaginaram que
a conversa duraria quase uma hora e meia.
Para o papa, o problema não é a existência do "lobby gay" dentro da
Igreja, mas de qualquer lobby. "o problema não é ter essa tendência.
Devemos ser como irmãos. O problema é o lobby dessas tendências de
pessoas gananciosas, lobby político, mações e tantos outros lobbies.
Esse é o principal problema", disse.
Pela primeira vez, Francisco ainda deixa claro que, para ele, abusos
sexuais contra menores por parte de religiosos não são apenas pecados,
mas crimes que devem ser julgados.
Mas se a posição sobre os gays e sobre o abuso sexual pode representar
uma mudança, Francisco deixa claro que não haverá uma nova opinião do
Vaticano sobre a presença das mulheres na Igreja, sobre o aborto ou
sobre o casamento homossexual.
O papa aproveitou a conversa para anunciar que vai exigir transparência
e honestidade no Vaticano e garantiu que sua reforma vai continuar.
"Esses escândalos fazem muito mal", disse.
Antes de responder às perguntas, ele elogiou o "grande coração dos
brasileiros", disse que a viagem "fez bem para sua espiritualidade&quo t; e
ainda disse que a organização do evento foi excelente. "Parecia um
cronômetro". Eis os principais trechos da entrevista:
*P : Nestes quatro meses de pontificado, o senhor criou várias
comissões. Que tipo de reforma do Vaticano o sr. tem em mente ? O sr.
quer suprimir o Banco do Vaticano? *
Papa Francisco -- Os passos que eu fui dando nestes quatro meses e meio
vão em duas vertentes. O conteúdo do que quero fazer vem da congregação
dos cardeais. Me lembro que os cardeais pediam muitas coisas para o novo
papa, antes do conclave. Lembro.me que tinha muita coisa. Por exemplo,
a comissão de oito cardeais, a importância de que ter uma consulta de
alguém de fora, e não uma consulta apenas interna. Isso vai na linha do
amadurecimento da sinonalidade e do primado. Os vários episcopados do
mundo vão se expressando e muitas propostas foram feitas, como a reforma
da secretaria dos sínodos, para que a comissão sinodal tenha
característica consultativa, como o consistório cardinalício com
temáticas específicas, como a canonização. A vertente dos conteúdos vem
dai. A segunda é a oportunidade. A formação da primeira comissão não me
custou mais de um mês. Já parte econômica, eu pensava em tratar no ano
que vem, porque não é a mais importante. Mas a agenda mudou devido a
circunstâncias que vocês conhecem que é domínio público. O primeiro é o
problema do Ior (Banco do Vaticano), como encaminhá-lo, como reformá-lo,
como sanear o que há de ser sanado. E essa foi então a primeira
comissão. Depois tivemos a comissão dos 15 cardeais que se ocupam dos
assuntos econômicos da Santa Sé. E por isso decidimos fazer uma comissão
para toda a economia da Santa Sé, uma única comissão de referência. Se
notou que o problema econômico estava fora da agenda. Mas estas coisas
acontecem. Quando estamos no governo, vamos por um lado, mas se chutam e
fazem um golaço por outro lado, temos que atacar. A vida é assim. Eu não
sei como o Ior vai ficar. Alguns acham melhor que seja um banco, outros
sejam que deveria ser um fundo, uma instituição de ajuda. Eu não sei. Eu
confio no trabalho das pessoas que estão trabalhando sobre isso. O
presidente do Ior permanece, o tesoureiro também, enquanto o diretor e o
vice-diretor pediram demissão. Não sei como vai terminar essa história.
E isso é bom. Não somos máquinas. Temos que achar o melhor. Mas o fato é
que, seja o que for, tem que ser feita com transparência e honestidade.
*P : Uma fotografia do sr. deu a volta ao mundo, quando o sr. desceu as
escadas do helicóptero em Roma para embarcar para o Brasil carregando
sua mala preta. Reportagens levantaram hipóteses também sobre o conteúdo
da mala. Porque o sr. saiu carregando a maleta preta e não um de seus
colaboradores? E o sr. poderia dizer o que tinha dentro?*
Papa Francisco - Não tinha a chave da bomba atômica. Eu sempre fiz isso,
Quando viajo, levo minhas coisas. E dentro o que tem? Um barbeador, um
breviário (livro de liturgia), uma agenda, tinha um livro para ler,
sobre Santa Terezinha. Sou devoto de Santa Terezinha. Eu sempre levei eu
mesmo minha maleta. É normal. Nós temos que ser normais. É um pouco
estranho isso que você me diz que a foto deu a volta ao mundo. Mas temos
de nos habituar a sermos normais, à normalidade da vida.
*P - Por que o senhor pede tanto para que rezem pelo senhor ? Não é
habitual ouvir de um papa que peça que rezem por ele. *
Papa Francisco - Sempre pedi isso. Quanto era padre pedia, mas nem tanto
e nem tão frequentemente. Comecei a pedir mais frequentemente quando
passei a ser bispo. Porque eu sinto que se o senhor não ajuda nesse
trabalho de ajudar aos outros, não se pode realizá-lo. Preciso da ajuda
do senhor. Eu de verdade me sinto com tantos limites, tantos problemas,
e também pecador. Peço a Nossa Senhora que reze por mim. É um hábito,
mas que vem da necessidade. Eu sinto que devo pedir. Não sei...
*P - Na busca de fazer as mudanças no Vaticano, o sr. disse que existem
muitos santos que trabalham e outros um pouco menos santos. O sr.
enfrenta resistências a essa sua vontade de mudar as coisas no
Vaticano ? O sr. vive num ambiente muito austero, de Santa Marta. Os
seus colaboradores também vivem essa austeridade? Isso é algo apenas do
sr. ou da comunidade?*
Papa Francisco - As mudanças vem de duas vertentes.: do que pediram os
cardeais e também o que vem da minha personalidade. Você falou que eu
fico na Santa Marta. Eu não poderia viver sozinho do Palácio, que não é
luxuoso. O apartamento pontifício é grande, mas não é luxuoso. Mas eu
não posso viver sozinho. Preciso de gente, falar com gente, trabalhar
com as pessoas. Porque é que quando os meninos da escola jesuíta me
perguntaram se eu estava aqui pela austeridade e pobreza, eu respondi:
não, não. É por motivos psiquiátricos. Psicologicamente, não posso. Cada
um deve levar adiante sua vida, seguir seu modo de vida. Os cardeais que
trabalham na Cúria não vivem como ricos. Tem apartamentos pequenos. São
austeros. Os que eu conheço tem apartamentos pequenos. Cada um tem que
viver como o senhor disse que tem que viver. A austeridade é necessária
para todos. Trabalhamos à serviço da Igreja. É verdade que há sacerdotes
e padres santos, gente que prega, que trabalha tanto, que trabalha e vai
aos pobres, se preocupam garantir que os pobres comam. Tem santos na
Cúria. Também tem alguns que não são muito santos. E são estes que fazem
mais barulho. Faz mais barulho uma arvore que cai do que uma floresta
que nasce. Isso me dói. Porque são alguns que causam escândalos. Temos
o monsenhor que foi para a cadeia (por lavagem de dinheiro). São
escândalos que fazem mal. Uma coisa que nunca disse : a Cúria deveria
ter o nível que tinham os velhos padres, pessoas que trabalham. Os
velhos membros da Cúria. Precisamos deles. Precisamos o perfil do velho
da Cúria. Sobre a resistência, se tem, eu ainda não vi. É verdade que
aconteceram muitas coisas. Mas eu preciso dizer: eu encontrei ajuda,
encontrei pessoas leais. Por exemplo, eu gosto quando alguém me diz: "eu
não estou de acordo". Esse é um verdadeiro colaborador. Mas quando vejo
alguém que diz: "ah, que belo, que belo", e depois dizem o contrario por
trás, isso não ajuda.
*P -- O mundo mudou, os jovens mudaram. Temos no Brasil muitos jovens,
mas o senhor não falou de aborto, sobre a posição do Vaticano sobre
casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil foram aprovadas leis
que ampliam os direitos para estes casamentos em relação ao aborto. Por
que o senhor não falou sobre isso?*
Papa Francisco - A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu
não queria voltar sobre isso. Não era necessário, como também não falei
sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a
mentira. Para isso, a Igreja tem um doutrina clara. Queria falar de
coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens
sabem perfeitamente qual a posição da igreja.
*P -- E qual é a do Papa?*
Papa Francisco - É a da Igreja, Ou sou filho da Igreja.
*P - Qual o sentido mais profundo de se apresentar como o bispo de Roma? *
Papa Francisco - Não se deve andar mais adiante do que o que se fala. O
papa é bispo de Roma e por isso é papa, que é sucesso de Pedro. Pensar
que isso quer dizer que é o primeiro, não é o caso. Não é esse o
sentido. O primeiro sentido do papa é ser o bispo de Roma.
*P - O sr. teve sua primeira experiência de massas no Rio. Como o sr. se
sente como papa? É muito trabalho ? *
Papa Francisco - Ser o bispo é lindo. O problema é quando um pessoa
busca ter esse trabalho. Assim não é tão belo. Mas quando um senhor
chama para ser bispo, isso é belo. Tem sempre o perigo e pecado de
pensar com superioridade, como ser um príncipe. Mas o trabalho é belo.
Ajudar o irmão a ir adiante. Têm o filtro da estrada. O bispo tem que
indicar o caminho. Eu gosto de ser bispo. Em Buenos Aires, eu era tão
feliz. Como padre eu era feliz. Como bispo, eu era feliz e isso me faz bem.
*P -- E como papa?*
Papa Francisco - Se você faz o que o Senhor quer, é feliz. Isso é meu
sentimento.
*P.- Vimos o sr. cheio de energia e, agora, enquanto o avião se mexe
muito, vemos agora com muita tranquilidade de pé. Fala-se muito das
próximas viagens. O sr. já tem um calendário?*
Papa Francisco - Definido, definido não há nada. Mas posso dizer algumas
coisas que estamos pensando. No día 22 de setembro, Cagliari. Depois, no
4 de outubro, para Assis. Tenho em mente dentro da Itália ir ver minha
família. Pegar um avião pela manhã e voltar com outro pela noite. Meus
familiares, pobres, me ligam. Temos una boa relação com eles. Fora da
Itália o patriarca Bartolomeu I quer fazer um encontro para comemorar os
50 anos do encontro Atenágoras e Paulo VI em Jerusalém. O governo
israelense nos dei um convite especial. O governo da Autoridade
Palestina acredito que fez o mesmo. Isso está sendo pensado. Na América
Latina, acredito que há possibilidades de voltar, porque o papa
latino-americano, que acaba de fazer sua primeira viagem à América
Latina....Adeus! Devemos esperar um pouco. Acredito que se possa ir à
Ásia, mas está todo no ar. Tive convites para ir ao Sri Lanka e
Filipinas. Para a Ásia precisamos ir. Bento XVI não teve tempo.
*P -- E para a Argentina?*
Papa Francisco - Isso pode esperar um pouco. As outras viagens tem
prioridade.
*P -- No encontro com os argentinos, o sr. disse que se sentia
enjaulado. Porque?*
Papa Francisco - Vocês sabem que eu tenho vontade de passear pelas ruas
de Roma? Adoro andar pelas ruas. E por isso me sinto um pouco enjaulado.
Mas tenho que dizer que a Gendarmeria vaticana é boa. Agora me deixam
fazer algumas coisas mais. Mas seu dever é garantir minha segurança.
Enjaulado nesse sentido, de que gostaria de estar nas ruas. Mas entendo
que não é possível. Em Buenos Aires, eu era um sacerdote das ruas.
*P - A igreja no Brasil está perdendo fieis. A Renovação Carismática é
uma possibilidade para evitar que eles sigam para as igrejas pentecostais?*
Papa Francisco - É verdade, as estatísticas mostram. Falamos sobre isso
ontem com os bispos brasileiros. E isso é um problema que incomoda os
bispos brasileiros. Eu vou dizer uma coisa: nos anos 1970, início dos
1980, eu não podia nem vê-los. Uma vez, falando sobre eles, disse a
seguinte frase: eles confundem uma celebração musical com uma escola de
samba. Eu me arrependi. Vi que os movimentos bem assessorados trilharam
um bom caminho. Agora, vejo que esse movimento faz muito bem à igreja em
geral. Em Buenos Aires, eu fazia uma missa com eles uma vez por ano, na
catedral. Vi o bem que eles faziam. Neste momento da igreja, creio que
os movimentos são necessários. Esses movimentos são um graça para a
igreja. A Renovação Carismática não serve apenas para evitar que alguns
sigam os pentecostais. Eles são importantes para a própria igreja, a
igreja que se renova.
*P -- O senhor disse que está cansado. Há algum tratamento especial
neste voo?*
Papa Francisco - Sim, estou cansado. Não há nenhum tratamento especial
neste voo. Na frente, tem uma bela poltrona. Escrevi para dizer que não
queria tratamento especial.
*P -- A igreja sem a mulher perde a fecundidade? Quais as medidas
concretas? *
Papa Francisco - Uma igreja sem as mulheres é como o colégio apostólico
sem Maria. O papal da mulher na igreja não é só maternidade, a mãe da
família. É muito mais forte. A mulher ajuda a igreja a crescer. E pensar
que a Nossa Senhora é mais importante do que os apóstolos! A igreja é
feminina, esposa, mãe. O papel da mulher na igreja não deve ser só o de
mãe e com um trabalho limitado. Não, tem outra coisa. O papa Paulo 6°
escreveu uma coisa belíssima sobre as mulheres. Creio que se deva ir
adiante esse papel. Não se pode entender uma igreja sem uma mulher
ativa. Um exemplo histórico: para mim, as mulheres paraguaias são as
mais gloriosas da América Latina. Sobraram, depois da guerra
(1864-1870), oito mulheres para cada homem. E essas mulheres fizeram uma
escolha um pouco difícil. A escolha de ter filhos para salvar a pátria,
a cultura, a fé, a língua. Na igreja, se deve pensar nas mulheres sob
essa perspectiva. Escolhas de risco, mas como mulher. Acredito que, até
agora, não fizemos uma profunda teologia sobre a mulher. Somente um
pouco aqui, um pouco lá. Tem a que faz a leitura, a presidente da
Cáritas, mas há mais o que fazer. É necessário fazer uma profunda
teologia da mulher. Isso é o que eu penso.
*P -- O que sr. pensa sobre a ordenação das mulheres?*
Papa Francisco - Sobre a ordenação, a igreja já falou e disse que não.
João Paulo 2° disse com uma formulação definitiva. Essa porta está
fechada. Nossa senhora, Maria, é mais importante que os apóstolos. A
mulher na igreja é mais importante que os bispos e os padres. Acredito
que falte uma especificação teológica.
*P -- Queremos saber qual a sua relação de trabalho com Bento 16, não a
amistosa, a de colaboração. Não houve antes uma circunstância assim. Os
contatos são frequentes?*
Papa Francisco - A última vez que houve dois ou três papa, eles não se
falavam. Estavam brigando entre si, para ver quem era o verdadeiro. Eu
fiquei muito feliz quando se tornou papa. Também, quando renunciou, foi,
pra mim, um exemplo muito grande. É um homem de Deus, de reza. Hoje, ele
mora no Vaticano. Alguns me perguntam: como dois papas podem viver no
Vaticano? Eu achei uma frase para explicar isso. É como ter um avô em
casa. Um avô sábio. Na família, um avô é amado, admirado. Ele é um homem
com prudência. Eu o convidei para vir comigo em algumas ocasiões. Ele
prefere ficar reservado. Se eu tenho alguma dificuldade, não entendo
alguma coisa, posso ir até ele. Sobre o problema grave do Vatileaks
[vazamento de documentos secretos], ele me disse tudo com simplicidade.
Tem uma coisa que não sei se vocês sabem: Em 8 de fevereiro, no
discurso, ele falou: "Entre vocês está o próximo papa. Eu prometo
obediência". Isso é grande.
*P -- Nesta viagem, o sr. falou de misericórdia Sobre o acesso aos
sacramentos dos divorciados, existe a possibilidade de mudar alguma
coisa na disciplina da igreja?*
Papa Francisco - Essa é uma pergunta que sempre se faz. A misericórdia é
maior do que o exemplo que você deu. Essa mudança de época e também
tantos problemas na igreja, como alguns testemunhos de alguns padres,
problemas de corrupção, do clericalismo... A igreja é mãe. Ela cura os
feridos. Ela não se cansa de perdoar. Os divorciados podem fazer a
comunhão. Não podem quando estão na segunda união. Esse problema deve
ser estudado pela pastoral matrimonial. Há 15 dias, esteve comigo o
secretário do sínodo dos bispos, para discutir o tema do próximo sínodo.
E posso dizer que estamos a caminho de uma pastoral matrimonial mais
profunda. O cardeal Guarantino disse ao meu antecessor que a metade dos
matrimônios é nula. Porque as pessoas se casam sem maturidade ou porque
socialmente devem se casar. Isso também entra na Pastoral do
Matrimônio. A questão da anulação do casamento deve ser revisada.
Também é preciso analisar os problemas judiciais de anular um
matrimônio. Porque os...eclesiástico não bastam para isso. É complexo o
problema da anulação do matrimônio.
*P -- Como Papa, o senhor ainda pensa é um jesuíta ? *
Papa Francisco - É uma pergunta teológica. Os jesuítas fazem votos de
obedecer ao Papa. Mas se o Papa se torna um jesuíta, talvez devem fazer
votos gerais dos jesuítas. Eu me sinto jesuíta na minha espiritualidade,
a que tenho no coração. Não mudei de espiritualidade. Sou Francisco
franciscano. Me sinto jesuíta e penso como jesuíta.
*P -- Em quatro meses de Pontificado, pode nos fazer um pequeno balance
e dizer o que foi o pior e o melhor de ser Papa ? O que mais o
surpreendeu neste período? *
Papa Francisco - Não sei como responder isso, de verdade. Coisas ruins,
ruins, não aconteceram. Coisas belas, sim. Por exemplo, o encontro com
os bispos italianos, que foi tão bonito. Como Bispo da capital da
Itália, me senti em casa com eles. Uma coisa dolorosa foi a visita a
Lampedusa, me fez chorar. Me fez bem. Quando chegam estes barcos (com
imigrantes), e que os deixam a algumas milhas de distância da costa e
eles têm que chegar (à costa) sozinhos, isso me dói porque penso que
estas pessoas são vítimas do sistema sócio-econômico mundial. Mas a
coisa pior é um ciática, é verdade, tive isso no primeiro mês. É
verdade! Para uma entrevista, tive que me acomodar numa poltrona e isso
me fez mal, doía muito, não desejo isso a ninguém. O encontro com os
seminaristas religiosos foi belíssimo. Também o encontro com os alunos
do colégio jesuítas foi belíssimo. As pessoas...conheci tantas pessoas
boas no Vaticano. Isso é verdade, eu faço justiça. Tantas pessoas boas,
mas boas, boas, boas.
*P -- O senhor se assustou quando viu o informe sobre o Vatileaks ? *
Papa Francisco - Não. Vou contar uma anedota sobre o informe do
Vatileaks. Quando fui ver o Papa Bento, ele disse: aqui está uma caixa
com tudo o que disseram as testemunhas. Havia ainda um envelope com o
resumo. E ele sabia tudo de memória. Mas não, não me assustei. São
problemas grandes, mas não me assustei.
*P -- O sr. tem a esperança de que esta viagem ao Brasil contribua para
trazer de volta os fiéis ? *
Papa Francisco - Uma viagem Papa sempre faz bem. E creio que a viagem ao
Brasil fará bem, não apenas a presença do Papa. Esta Jornada da
Juventude, eles (os brasileiros) se mobilizaram e vão ajudar muito a
Igreja. Tantos fiéis que foram se sentem felizes (por terem ido). Acho
que vai ser positivo não só pela viagem, mas pela Jornada, que foi um
evento maravilhoso.
*P -- Os argentinos se perguntam: o sr. não sente falta de estar em
Buenos Aires, pegar um ônibus ? *
Papa Francisco - Buenos Aires, sim, sinto falta. Mas é uma saudades serena.
*P -- Hoje os ortodoxos festejam mil anos do cristianismo. Seu
comentário ? *
Papa Francisco - As igrejas ortodoxas conservaram a liturgia tão bem, no
sentido da adoração. Eles louvam Deus, adoram Deus, cantam Deus. O tempo
não conta. O centro é Deus e isso é uma riqueza. Luz é oriente. E o
ocidente, luxos. O consumismo nos faz tão mal. Quando se lê Dostoievski,
que acho que todos nós devemos ler, precisamos deste ar fresco do
oriente, desta luz do Oriente.
*P -- O que o senhor pretende fazer em relação ao monsenhor Ricca
(acusado de ter amantes) e como o sr pretende enfrentar toda esta
questão do lobby gay ? *
Papa Francisco - Sobre monsenhor Ricca, fiz o que o direito canônico
manda fazer, que é a investigação prévia. E nesta investigação, não tem
nada do que o acusam. Não achamos nada. É a minha resposta. Mas eu
gostaria de dizer outra coisa sobre isso. Vejo que muitas vezes na
Igreja se busca os pecados de juventude, por exemplo. Abuso de menores é
diferente. Mas, se uma pessoa, seja laica ou padre ou freira, pecou e
esconde, o Senhor perdoa. Quando o senhor perdoa, o senhor esquece. E
isso é importante para a nossa vida. Quando vamos confessar e nós
dizemos que pecamos, o senhor esquece e nós não temos o direito de não
esquecer. Isso é um perigo. O que é importante é uma teologia do pecado.
Tantas vezes penso em São Pedro, que cometeu tantos pecados e venerava
Cristo. E este pecador foi transformado em Papa. Neste caso, nós tivemos
uma rápida investigação e não encontramos nada.
Vocês vêm muita coisa escrita sobre o gay lobby. Eu ainda não vi ninguém
no Vaticano com uma carteira de identidade do Vaticano dizendo que é
gay. Dizem que há alguns. acho que quando alguém se ve com uma pessoa
assim devemos distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay e fazer um
lobby gay, porque todos os lobbys não são bons. Isso é o que é ruim. Se
uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por
caridade, pra julga-la ? O catecismo da Igreja católica explica isso
muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas
devem ser integrados na sociedade. O problema não é ter essa tendência.
Não ! Devemos ser como irmãos. O problema é fazer lobby, o lobby dos
avaros, o lobby dos políticos, o lobby dos mações, tantos lobbys. Esse é
o o pior problema.
- 2.
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como nacer de nuevo, en comic..
Enviado por: "fayna" fayna@teneyi.net fayna1234
Seg, 29 de Jul de 2013 5:48 pm
En el evangelio de San Juan capitulo 3 tenemos este estraordinario relato
El texto de este comic es totalmete literal con el texto del evangelio.
sino se visualiza entre en:
http://www.teneyi.com/historieta/ juan3.html
----------
para saber más
te gustaria profundizar mas en las palabras de Jesús,
conocer mas sus enseñanzas,
conocer la verdad,
te invitamos a profundizar por ti mismo en la palabra de Dios
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- 3.
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Papa deixa cheques de 60 mil reais para favela e hospital
Enviado por: "Vicente" luviga@gmail.com vicentegargiulo
Seg, 29 de Jul de 2013 6:02 pm
http://veja.abril.com. br/noticia/ brasil/papa- deixa-cheques- de-r-60-mil- para-favela- e-hospital
Rio de Janeiro
Papa deixa cheques de 60 mil reais para favela e hospital
Arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta anunciou nesta segunda-feira as
doações, que serão usadas para melhorias de Varginha e do centro de
atendimento de dependentes químicos criado na Zona Norte da cidade
O papa Francisco deixou um cheque de 20 mil euros (cerca de 60 mil
reais) para a população da favela da Varginha. Outro do mesmo valor foi
encaminhado ao Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus,
onde uma ala para tratamento de dependentes químicos está sendo
finalizada, para ficar como legado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ
2013) para o Rio de Janeiro. O anúncio da doação foi feito pelo
arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, em entrevista ao jornal RJTV, da
Rede Globo.
Presidente do comitê organizador da Jornada, o COL, dom Orani disse que
o encontro católico "superou as expectativas" e que o momento mais tenso
foi a transferência dos dois últimos eventos de Guaratiba, na Zona
Oeste, para a praia de Copacabana, na Zona Sul. "Era um sonho que
tínhamos (fazer a vigília e a missa de encerramento no Campo da Fé, que
se tornou um lamaçal). Os produtores ficaram chateados, mas existe um
jeito brasileiro de resolver as coisas na última hora", afirmou o arcebispo.
(Com/Estadão Conteúdo/)
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