Angelus de 5 de Agosto
O horizonte de Deus
Não nos podemos deter no horizonte meramente humano mas devemos abrir-nos ao horizonte de Deus, ao horizonte da fé. Foi o convite que, no domingo 5 de Agosto em Castel Gandolfo, Bento XVI dirigiu aos numerosos fiéis que participaram no habitual encontro para a oração mariana do Angelus. O Pontífice, inspirando-se na liturgia do dia, desejou reafirmar mais uma vez a necessidade de pôr Jesus no centro da vida do homem, de modo a superar angústias e incertezas que nascem de uma concepção puramente material da vida. É preciso ir além da vontade de satisfazer imediatamente as importantes necessidades quotidianas, recordou o Papa, porque o horizonte do homem não pode nem deve permanecer fechado nas preocupações "do comer, do vestir-se e da carreira". Ao contrário, deve abrir-se à dimensão do "alimento que permanece para a vida eterna". Uma dimensão que deve ser redescoberta nos "dias carregados de ocupações e problemas" mas também "nos de repouso e distensão", um tempo durante o qual é possível reforçar a fé "naquele que é "o pão de vida"". Enfim, Bento XVI recordou o aniversário da dedicação da basílica de Santa Maria Maior à Virgem.
(©L'Osservatore Romano - 11-18 de Agosto de 2012)
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Na audiência geral o Papa propôs o estilo espiritual de são Domingos de Gusmão
Nove modos de rezar
Inclinado em sinal de humildade; deitado no chão para pedir perdão pelos pecados; de joelhos para fazer penitência, participando nos sofrimentos de Jesus; com os braços abertos, fixando o Crucificado a fim de o contemplar; com o olhar voltado para o céu sentindo-se arrebatado por Deus; na intimidade da meditação pessoal; sentado, tranquilo em atitude de escuta. São os nove modos de rezar de são Domingos de Gusmão, propostas por Bento XVI aos fiéis que participaram, na manhã de quarta-feira 8 de Agosto, em Castel Gandolfo, no habitual encontro para a audiência geral. Sobre o fundador da ordem dos padres pregadores, os dominicanos, o Pontífice sublinhou a sua contribuição fundamental para a renovação da Igreja do seu tempo. Quis apresentá-lo como "homem de oração" e "exemplo de integração harmoniosa entre contemplação dos mistérios divinos e actividades apostólicas", a tal ponto que "em cada momento a oração - afirmou - foi a força que renovou e tornou cada vez mais fecundas as suas obras apostólicas". Olhando para ele, o homem de hoje pode redescobrir "que a oração está na origem do testemunho de fé que cada cristão deve dar em família, no trabalho, no compromisso social e também nos momentos de lazer", pois "só a relação constante com Deus nos dá a força para viver intensamente cada acontecimento, sobretudo os mais difíceis".
E fazem parte integrante da oração, recordou Bento XVI, também os comportamentos externos que acompanham "o diálogo com Deus". Depois, o Papa quis realçar a "necessidade para a nossa vida espiritual, de encontrar quotidianamente momentos para rezar com tranquilidade; devemos conceder-nos a nós mesmos este tempo sobretudo durante as férias, ter um pouco de tempo para falar com Deus". Será um modo "também para ajudar quem está próximo de nós a entrar no raio luminoso da presença de Deus, que traz a paz e o amor de que necessitamos". Concluindo a meditação o Papa dirigiu-se, como habitualmente, aos diversos grupos de fiéis provenientes de vários países, aproveitando a oportunidade para recomendar que todos dediquem este tempo privilegiado das férias à busca do contacto pessoal com Deus e com o próximo.
(©L'Osservatore Romano - 11-18 de Agosto de 2012)
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