NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS
(04) SOCORREI O OPRIMIDO.
- "Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, procurai o que é justo, socorrei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a viúva".
Não nos deve surpreender que o profeta Amós e outros profetas tenham condenado a injustiça e a exploração com termos extremamente duros.
Deus pediu ao seu povo que fosse justo e generoso nas suas relações mútuas.
Ignorar as necessidades dos pobres era uma violação dos seus mandamentos e um grande pecado ; explorar os pobres era odioso.
O que pode ser surpresa, todavia, não é que os profetas condenem a injustiça, mas que digam que a injustiça que torna o culto a Deus é inválido e que eles aparentemente põem a obras de misericórdia acima do culto.
Deus falou por meio de Isaías :
- "De que me serve a Mim a multidão das vossas vítimas ? Já estou farto de holocaustos, de cordeiros, de gordura de bezerros, não quero sangue de bezerros, de cordeiros nem de bodes".(Is.1,11),.
- "Abomino as vossas neoménias e as vossas festas; tornaram-se-Me molestas, estou cansado deles".(Is.1,14).
- "Lavai-vos, purificai-vos, tirai de diante de Meus olhos a malícia das vossas acções".(Is.1,16).
Por meio de Isaías, Deus pede ao seu povo:
- Não que se abstenham de alimentos mas que os partilhem com os pobres;
- Não que se dobrem diante d'Ele mas que ajudem a levantar os mais abatidos;
- Não que multipliquem as suas preces mas que multipliquem a sua misericórdia.
Não é para nós uma lição fácil de aprender.
Nós temos atitudes controversas, pensando que o que Deus primariamente quere de nós são actos de religião, tais como ir à Igreja para rezar e tudo o mais que nós fazemos seja secundário aos Seus olhos.
Mas as suas palavras através de Isaías pedem que façamos justiça e sejamos generosos como condição de que as nossas orações sejam aceitáveis aos Seus olhos.
Nós não podemos propriamente prestar a Deus o culto dos domingos a não ser que de Segunda a Sábado tenhamos partilhado o nosso pão, tenhamos ajudados os mais necessitados e os oprimidos..
São porventura palavras de muita exigência, que talvez nos comprometam porque ferem a nossa generosidade, mas representam um caminho pelo qual nós devemos caminhar se quisermos ter merecimentos para nós ou para sufragar as almas do Purgatório.
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Podemos fazer a nossa oportuna reflexão para julgarmos qual possa ser o estilo do nosso culto a Deus, se nos esquecemos dos que mais perto de nós precisam da nossa ajuda.
John 
Nascimento
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