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    segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

    [catolicos_respondem] LITURGIA DA PALAVRA 1o DOMINGO DA QUARESMA - C Som !

     

     

                               É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

                              1º DOMINGO DA QUARESMA -  ANO  C !

                              

                A Liturgia da Palavra deste 1º Domingo da Quaresma – C, apresenta-nos Jesus como modelo para todos os cristãos que são tentados pelas seduções do mundo, e em que Deus faz propostas a que o homem deve saber corresponder.

                Depois que Cristo veio, foi sujeito às tentações e triunfou, num combate fundamental, temos a certeza de que também triunfaremos na luta quotidiana contra as seduções do mal.     

                Se aderirmos a Ele, poderemos com Ele conhecer a luz da Ressurreição.

                A Quaresma deve levar-nos a renovar a nossa fé no Deus da salvação, que enviou Jesus Cristo a restaurar o plano de amor e felicidade, destruído por Adão.

                A 1ª Leitura, do Livro do Deuteronómio, lembra-nos que, através da oferta dos primeiros frutos da terra, o Povo eleito reconhece que tudo vem de Deus : a terra que cultiva, assim como a energia para a cultivar.

                Com este gesto, o homem vencia a tentação de se encerrar no mundo material, afirmando o primado do espiritual : «nem só de pão vive o homem».

                - «O sacerdote receberá da tua mão os primeiros produtos da terra e pô-los-á diante do altar do Senhor, teu Deus(...). E prostar-te-ás em adoração diante do Senhor, teu Deus». (1ª Leitura).

                 Mas este gesto tem uma dimensão religiosa mais profunda.

                Na verdade, a oferta das primícias a Deus, por intermédio do sacerdote, era acompanhada duma autêntica profissão de fé, em que se recapitulavam os acontecimentos mais importantes da História da Salvação.

                O sentido da tentação leva o Salmo Responsorial a pedir a ajuda de Deus :

                - "Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade".

                 Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Romanos, e hoje também a todos nós, que a fé cristã consiste na adesão a uma Pessoa, Jesus Cristo Ressuscitado, e, por isso, Senhor.

                Com efeito todas as maravilhosas intervenções salvíficas de Deus têm o seu ponto culminante no Mistério Pascal de Cristo vitorioso e Salvador.

                - «Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido (...). Pois todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo». (2ª Leitura).

                Só esta fé em Cristo Ressuscitado, proclamada com alegria até às últimas consequências, nos dá a salvação.

                O Evangelho de S. Lucas mostra-nos as tentações de Jesus no deserto, e diz-nos que elas não foram um acontecimento isolado.

                Foi o começo duma luta contra o «príncipe deste mundo», que se prolongará por toda a vida, atingindo o auge com a Morte em Jerusalém.

                Mas não podemos esquecer a quem devemos adorar.

                - «Ao Senhor teu Deus é que hás-de adorar, só a Ele prestarás culto». (Evangelho).

    Cristo é conduzido pelo Espírito ao deserto  para repetir a  fidelidade do homem que lhe responde.

                Apoiando-Se inteiramente na Palavra de Deus "Está escrito", Cristo sai vitorioso da provação.

    É uma antecipação da obediência incondicional do Filho bem-amado que se torna o primogénito da nova humanidade, fiel a Deus e a chamada à sua intimidade.

                Todo o homem, como toda a geração e toda a comunidade, são chamados a reviver a mesma opção fundamental.

                A mais temível tentação não é a que nasce da carne e do mundo,  mas a que nasce duma situação em que a bondade de Deus não entra no nosso campo de percepção.

                O Cristão pode então dizer :

    - Onde está então Deus?

    Só encontra indiferença e silêncio.

    Deus mostra-Se tão distante que ele sente o abandono de Cristo.

    Vive naquela situação-limite em que viveram :

    - Abraão quando Deus lhe ordenou que sacrificasse Isaac.

    - Job durante a doença.

    - Jesus Cristo na Sua agonia.

    A confiança incondicional é o único meio de salvação, mas ela toca as raias  da revolta contra Deus.

    Tais situações são a tentação suprema para o espírito.

    Atacam a fé na sua própria raiz e compreende-se porque Cristo pede aos cristãos que fujam no caso de perseguição.

    A não intervenção de Deus é sentida, então, de modo tão cruel que poderia destruir a fé.

    Não é, pois, de admirar que a Igreja e os cristãos orem todos os dias, para que Deus saia daquele seu silêncio que abrevia o tempo em que não manifesta o seu poder.       

                 Como a de Jesus, a vida do cristão conhece também a prova da tentação.

                O baptismo que nos faz filhos de Deus, não nos introduz num estado de segurança e de imunidade.

                É antes o começo de uma dura caminhada, no decorrer da qual a nossa fidelidade a Deus é, muitas vezes, posta à prova.

                Em todas as circunstâncias, porém, o cristão poderá ser invencível.

    Percorrer o caminho de Cristo quer dizer encontrar-se com Ele; quer dizer obstinar-se decididamente em seu caminho vencendo todos os obstáculos.

    O sinal visível desse encontro é a celebração eucarística.

    Sinal não só da nossa opção por Cristo, mas também de opção pelos homens como irmãos e companheiros de viagem.

    É escolher a estrada estreita do amor e da justiça, porque foi esse o caminho de Cristo.

    Participar humanamente na Eucaristia significa tornar-se pão para os outros, como Cristo o é para nós; significa dar a vida para fazer crescer em torno de nós o amor e a justiça, o sorriso e a esperança.   

                Cristo Ressuscitado, que venceu, definitivamente, o mal, ficou na Eucaristia, para nos comunicar esse poder e nos conduzir segundo o plano da História da Salvação.

                            ...........................................

                Diz o Catecismo da Igreja Católica :

                538. – Os Evangelhos falam dum tempo de solidão que Jesus passou no deserto, imediatamente depois de ter sido baptizado por João : «Impelido» pelo Espírito para o deserto, Jesus ali permaneceu sem comer durante quarenta dias. Vive com os animais selvagens e os anjos O servem. No fim desse tempo, Satanás tenta-O por três vezes, procurando pôr em causa a sua atitude filial para com Deus; Jesus repele esses ataques, que recapitulam as tentações de Adão no paraíso e de Israel no deserto; e o Diabo afasta-se d'Ele «até determinada altura».(Lc.4,13).

                540. – A tentação de Jesus manifesta a maneira própria de o Filho de Deus ser Messias, ao contrário da que Lhe propõe Satanás e que os homens desejam atribuir-Lhe. Foi por isso que Cristo venceu o Tentador, por nós : «Nós não temos um sumo-sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas; temos um, que possui a experiência de todas as provações, tal como nós, com excepção do pecado» (Heb.4,15). Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja se une ao mistério de Cristo no deserto.

     

                           

                         Se és Filho de Deus  atira-Te daqui abaixo... Dar-Te-ei todo este poder...se me adorares.

     

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    Atividade nos últimos dias:
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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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