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26/07/2013 às 20:11 \ O País quer Saber
BRANCA NUNES
Neste 22 de julho, uma segunda-feira, primeiro dia da visita do papa ao Rio de Janeiro, um erro no trajeto o aprisionou num genuíno congestionamento carioca. Por longos minutos, Francisco foi sitiado por centenas de pessoas que tentavam aproximar-se do carro.
No dia seguinte, uma pane no metrô do Rio e a superlotação dos meios de transporte público atormentaram os peregrinos que tentavam movimentar-se por Copacabana.
Nesta quinta-feira, de volta ao Rio de Janeiro, o visitante procedente de Aparecida soube que a programação da Jornada Mundial da Juventude – preparada há três anos – fora alterada pela aliança entre o mau tempo e a incompetência da prefeitura. O Campus Fidel, local da vigília e da missa de encerramento da Jornada, foi engolido pela lama. As imagens lembram um Woodstock sem público, palco nem bandas.
“São questões climáticas que fogem da previsão”, alegou Márcio Queiróz, porta-voz da Jornada. “O clima é imprevisível”, descobriu Eduardo Paes. O prefeito, pelo jeito, nem imaginava que chuva não tem hora certa para cair.
Apesar dos R$ 6 milhões enterrados na dragagem de um rio e de três canais que passam pela área, Paes repete que a Jornada “não recebeu um tostão de dinheiro público”. Estão fora da conta do prefeito os R$ 26 milhões desembolsados com limpeza pública, segurança e saúde porque “são serviços públicos comuns aos grandes eventos”.
A coleção de trapalhadas produzidas pela organização da Jornada Mundial da Juventude leva à associação inevitável: imagina na Olimpíada.
18/07/2013 às 21:39 \ O País quer Saber
Quem não acompanhou a transmissão ao vivo pelo site de VEJA pode ver aqui como foi o debate sobre a situação política e econômica do Brasil às vésperas da visita do papa Francisco. A conversa reuniu o jornalista Otávio Cabral, o historiador Marco Antonio Villa, o economista Alexandre Schwartsman e este colunista.
12/07/2013 às 14:29 \ O País quer Saber
ATUALIZADO ÀS 14:29
BRANCA NUNES
Em vez dos cartazes de cartolina com dizeres manuscritos – NÃO SÃO SÓ 20 CENTAVOS, QUEREMOS HOSPITAIS PADRÃO FIFA, TOLERÂNCIA ZERO PARA A CORRUPÇÃO e várias reivindicações bem humoradas –, banners, a grande maioria vermelhos, com slogans como “O petróleo é nosso”, “Não à terceirização”, e “Pela taxação das grandes fortunas”. Em vez das bandeiras do Brasil e das caras pintadas de verde e amarelo, estandartes da CUT, da Força Sindical, do Sindicato dos Comerciários, do PSOL, da UNE, do PSTU, do MST e de dezenas de partidos e movimentos sociais. Em vez de palavras de ordem cantadas em coro, berros individuais vindos do carro de som.
Nesta quinta-feira, todas as bandeiras que haviam desaparecido – ou sido expulsas – das ruas nas manifestações que tomaram conta do país desde 6 de junho reapareceram na Avenida Paulista atendendo à convocação das centrais sindicais engajadas no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações. Em compensação, a população apartidária sumiu – e o 11 de julho foi marcado por mais do mesmo: os mesmos discursos inflamados contra o capitalismo, a direita golpista, a Rede Globo e outros inimigos de sempre.
Ao contrário do que se via nas manifestações anteriores a pretendida greve geral desta quinta-feira teve mais bandeiras de centrais sindicais e partidos do que manifestantes. Os discursos no carro de som não provocavam nem aplausos nem vaias. E gritos de guerra como “eu, sou brasileiro, com muito orgulho”, que os dirigentes tentaram puxar mais de uma vez, morriam antes da segunda frase – nada a ver com os hinos entoados durante os protestos do Movimento Passe Livre, que contagiavam multidões.
O acordo intersindical que excluiu o “Fora Dilma” da pauta de reivindicações parece ter dado certo. Ainda assim, as bandeiras do PT eram as mais envergonhadas – e tanto Dilma quanto Lula não escaparam de críticas no asfalto e no palanque. Enquanto Ana Luiza, que disputou a prefeitura de São Paulo pelo PSTU clamava “contra a política econômica do governo Dilma, contra Alckmin e contra Haddad”, um representante do recém nascido Partido Pátria Livre (PPL) fez questão de “saudar o PT e saudar o Lula” nos três minutos a que teve direito no serviço de som. Algumas faixas chamavam José Eduardo Cardozo de Ministro da Injustiça e exigiam o mesmo reajuste salarial concedido aos ministros.
Se o objetivo das centrais era pegar carona na revolta da rua, elas podem considerar-se derrotadas. O contraste entre as duas manifestações foi tão gritante que apenas escancarou o abismo entre o que quer a população e o que lhes oferece quem está no poder (seja nos governos, nos partidos ou nos sindicatos), entre uma forma nova de expressar-se e outra completamente ultrapassada, entre o autêntico e o artificial. Embora se apresentem como representantes do povo, povo era o que menos se via entre as pouco mais de cinco mil pessoas que ocuparam duas quadras da avenida mais emblemática de São Paulo.
Tags: Branca Nunes, capitalismo, centrais sindicais, CUT, Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, Força Sindical, manifestações, PSOL, PSTU, UNE
08/07/2013 às 21:22 \ O País quer Saber
JÚLIA RODRIGUES
Ao alcançar a marca dos R$ 28 bilhões, a Copa de 2014 já entrou para a história como a mais cara de todos os tempos. A cifra recordista supera a soma dos gastos com a Copa da Alemanha em 2006 (R$ 10,7 bilhões) e com a Copa da África do Sul em 2010 (R$ 7,3 bilhões). A gastança não vai parar por aí. Em junho, Luis Manoel Rebelo Fernandes, secretário-executivo do Ministério dos Esportes e coordenador do Grupo Executivo da Copa do Mundo (Gecopa), avisou que, até o apito inicial do jogo de abertura, a conta deverá subir para R$ 33 bilhões.
Em 2007, Lula garantiu que não seria aplicado um único centavo de dinheiro público na festa do futebol explorada pela Fifa. Há duas semanas, acuada pela onda de manifestações de rua, que não pouparam o desperdício colossal, Dilma Rousseff repetiu uma das fantasias desfiadas pelo padrinho. “Quero esclarecer que o dinheiro dos estádios é fruto de financiamento e será devidamente pago pelos futuros gestores dessas arenas”, recitou a presidente. A recuperação das boladas que o BNDES bancou é tão improvável quanto o resgate da dinheirama emprestada pelo banco a Eike Batista.
“Jamais permitiria que esse dinheiro saísse do orçamento federal, que é usado para a educação e a saúde”, afirmou Dilma. O discurso tropeça em dados oficiais: 85% das obras serão custeadas pelos governos federal, estaduais e municipais. Segundo o Ministério do Esporte, R$ 9 bilhões serão investidos em “mobilidade urbana e transporte público”. Até agora, ninguém viu o que Aldo Rebelo considera “o grande legado do evento”.
A pouco mais de 300 dias do início da Copa da Ladroagem, o que se viu foi uma procissão de contratos superfaturados, projetos reformulados, licitações espertas e aditivos que engordam de modo obsceno os orçamentos originais. O preço dos novos estádios é de assustar príncipe saudita. A Arena Mané Garrincha, por exemplo, consumiu nada menos que R$ 1,7 bilhão. Como Brasília não tem nenhum time na série A do Campeonato Brasileira, vai abrigar o elefante branco mais caro do mundo.
Além de superar em 28% o valor destinado ao programa Bolsa Família em 2013, os R$ 28 bilhões investidos na Copa de 2014 seriam suficientes para construir:
─ 467 mil casas populares
─ 43 mil Unidades Básicas de Saúde
─ 31.748 escolas de Ensino Fundamental
─ 123 quilômetros de metrô
─ 5,6 mil quilômetros de ferrovia
─ 11,2 mil quilômetros de rodovia
─ 233 aeroportos
Também daria para comprar 13,2 milhões de passagens aéreas (ida e volta) na rota Natal-Rio de Janeiro. Ou 541 unidades de um dos modelos de avião usados pela FABTur. Se fosse doados à Câmara presidida por Henrique Alves, todo deputado teria um jatinho para chamar de seu.
Tags: Aldo Rebelo, Arena Mané Garrincha, Copa da Ladroagem, Dilma Rousseff,dinheiro público, Henrique Alves, Lula, Ministério do Esporte
04/07/2013 às 21:19 \ O País quer Saber
Quem não acompanhou a transmissão ao vivo pelo site de VEJA pode ver aqui como foi o debate sobre o naufrágio do plebiscito proposto por Dilma Rousseff para tentar conter a revolta da rua. A conversa reuniu o jornalista Reinaldo Azevedo, o historiador Marco Antonio Villa, o advogado Carlos Ari Sundfeld e este colunista.
27/06/2013 às 23:11 \ O País quer Saber
JÚLIA RODRIGUES
O Banco Central anunciou que a inflação anual será de 6%. O índice ─ bem maior que o previsto por Guido Mantega e muito menor que a taxa real ─ subiria à estratosfera se os cálculos incluíssem a gastança com o visual de Dilma Rousseff em dia de pronunciamento na TV. Desde dezembro, cada aparição passou a custar exatamente R$ 3.125 ─ um salto de 681% em relação aos R$ 400 investidos até então em cuidados com cabelo e maquiagem.
O preço novo, revelado nesta terça-feira pela Folha, elevou espetacularmente a conta das três discurseiras de Dilma entre o fim de 2012 e março deste ano. Beneficiário do aumento, o cabeleireiro Celso Kamura acha pouco. “Minha diária costuma ser de R$ 10 mil”, disse na entrevista a VEJA São Paulo. “A única coisa que ela banca é a passagem aérea”. Caso encomendasse o serviço a um salão de Brasília, a ilustre cliente pagaria menos de R$ 500.
Os R$ 9.375 desembolsados nas três aparições equivalem a
133 Bolsas Família mensais;
13,5 salários mínimos;
3.125 passes de ônibus em São Paulo;
32 cestas básicas;
3.522 quilos de arroz tipo 1;
1.482 quilos de feijão carioca.
Ou 2.343 quilos de tomate. Mais de duas toneladas.
27/06/2013 às 23:10 \ O País quer Saber
Quem não acompanhou a transmissão ao vivo pelo site de VEJA pode ver aqui como foi o 2º debate sobre as manifestações de rua que começaram no início do mês. A conversa reuniu Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Villa, Ricardo Setti e este colunista.
Assista aqui o primeiro debate.
21/06/2013 às 22:26 \ O País quer Saber
Quem não acompanhou a transmissão ao vivo pelo site de VEJA pode ver aqui como foi o debate sobre as manifestações de rua que começaram há 15 dias. A conversa reuniu Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Villa, Ricardo Setti e este colunista.
18/06/2013 às 17:55 \ O País quer Saber
Veja como os protestos que tomaram as ruas de 12 capitais do país nesta segunda-feira foram vistos pela imprensa internacional:
A agência italiana Ansa atribuiu ao aumento das tarifas dos transportes os protestos que mobilizaram multidões nas ruas de várias cidades
A britânica BBC destacou as manifestações no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. O noticiário sobre o tema esteve entre os mais lidos do site nesta segunda-feira
O argentino Clarín acompanhou as manifestações em tempo real e enfatizou os espasmos de violência no Rio de Janeiro
Tuttacronata, blog italiano: "Mais protestos no Brasil, entre confronto e samba".
O inglês Financial Times, especializado em assuntos econômicos, ressaltou a participação dos estudantes nos atos de protesto
O francês Le Monde informou que a alta da inflação é uma das causas da onda de descontentamento no Brasil
O também francês Libération deu destaque ao prosseguimento da mobilização no Brasil nesta terça-feira
The New York Times: "Milhares se reúnem para protestos nas maiores cidades do Brasil"
O jornal português Público informou na manchete de seu site que as manifestações no Brasil foram as maiores dos últimos 20 anos
O britânico The Guardian classificou as manifestações como as maiores da história e pediu aos manifestantes que enviassem fotos e vídeos
Tags: Ansa, aumento das tarifas, BBC, Clarin, Financial Times, imprensa internacional, Le Monde, Liberation, manifestações, New York Times, protestos
12/06/2013 às 21:36 \ O País quer Saber
A sinalização instalada em Brasília nesta segunda-feira, a cinco dias do início da Copa das Confederações, reforçou a suspeita de que o país do futebol resolveu deixar atarantado qualquer turista estrangeiro. Depois do Rio Grande do Norte, do Rio de Janeiro, da Bahia e de Pernambuco, chegou a vez de o Distrito Federal aderir ao inglês de hospício. Como comprova a foto acima, a inscrição em português garante que ficam ao norte o setor hoteleiro que, em inglês, foi transferido para o sul.O “Northern Hotel Sector”, esse ninguém sabe onde está. Talvez não exista. Talvez esteja em obras.
A coluna convida o timaço de comentaristas a ampliar a galeria de imagens que conduzem à associação inevitável: imagina na Copa.
Em Recife, nem os brasileiros conseguiram decifrar a placa instalada no Terminal Integrado Tancredo Neves. É impossível saber se as placas tentam informar quais são os ônibus que partem do terminal (nesse e caso, a tradução correta seria 'Lines that depart from this terminal') ou quais são as linhas que integram o terminal (nessa hipótese, o correto seria 'Lines that are part of this terminal’).
A Arena Fonte Nova, em Salvador, inaugurou o inglês de Copa do Mundo ao mandar os visitantes estrangeiros entrarem pela saída e expulsar a letra "n" da palavra "entrance" (entrada, em português)
A prefeitura do Rio de Janeiro encampou o inglês de Copa do Mundo, lançado na Bahia, ao eliminar a letra "r" de "airports". Além da grafia incorreta em inglês, a placa que que indica a localização dos "aeroportos" leva apenas ao Santos Dumont
Os redatores das placas de Natal decidiram que "desembarque", em inglês, é "departure", que para os britânicos continua significando "embarque". Os súditos de Sua Majestade também se preparam para desembarcar quando topam com a inscrição "arrival". As placas de Natal resolveram que a palavra significa o contrário.
Tags: Arena Fonte Nova, Bahia, Imagina na Copa, inglês, inglês de Copa, Natal,placas, Recife, Rio de Janeiro
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Celso Amorim
Eduardo Paes
Garibaldi Alves
Guido Mantega
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Renan Calheiros
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Desde 23 de novembro de 2012 Lula ainda não disse nada sobre o caso Rose, que já completou
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"Não há nesta cidade outras áreas para abrigar 2 milhões de pessoas. Tinha a praia de Copacabana e o Parque do Flamengo, só que ia ficar burguês demais".
Eduardo Paes, em entrevista à rádio CBN, sobre a escolha do campo de Guaratiba para a vigília da Jornada Mundial da Juventude, ensinando que, ao contrário da areia de Copacabana e do gramado do Flamengo, que são burgueses, o lamaçal da Zona Leste é a cara do povão.
(clique aqui e confira outras frases)
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