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    segunda-feira, 8 de julho de 2013

    [ZP130707] O mundo visto de Roma


    ZENIT
    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 07 de Julho de 2013
    Pensamento do dia, domingo, 07 de julho


    "O conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento". John Fitzgerald Kennedy (1917 - 1963)


    Papa Francisco 
    "A missão é sobretudo graça" 
    Homilia do Papa Francisco na missa com os seminaristas, noviços, noviças, que estão em caminhada vocacional 
    "Filho de Deus": uma carteira de identidade que ninguém pode nos tirar 
    Homilia em Santa Marta: Papa Francisco nos lembra que, graças ao sacrifício amoroso de Cristo, ganhamos a filiação divina e o perdão dos pecados 
    Papa Francisco pede oraçao pela JMJ Rio 2013 
    Intenções de oração para o mês de julho 
    "Saudade" e "curiosidade" nos amarram ao pecado 
    Na homilia de hoje o Papa Francisco exorta a ser corajosos em meio à fraqueza para continuar seguindo a estrada de nosso Senhor 
    Três pensamentos sobre o ministério petrino, guiados pelo verbo «confirmar» 
    Homilia pronunciada pelo Papa Francisco na Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo 
    Santa Sé 
    Papa Francisco consagra o Vaticano a São José e a São Miguel Arcanjo 
    Bento XVI estava presente. Ao arcanjo pediu para desmascarar as ciladas do demônio 
    Encíclica Lumen Fidei: a fé em linguagem acessível 
    Card. Ouellet: muito de Bento e tudo de Francisco. Dom Fisichella: uma forte conotação pastoral. 
    Santa Sé: Apresentado o balanço consolidado de 2012 
    Os membros do Conselho dos cardeais exortaram a se prosseguir na obra do bem 
    Igreja e Religião 
    D. Javier Echevarría: "Uma feliz coincidência" 
    Declaração de D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, ao conhecer a notícia da aprovação dos milagres atribuídos a João Paulo II e Álvaro del Portillo, e da decisão do santo Padre sobre a canonização de João XXIII e de outros procesos. 
    Martinez: "Negar a vida é negar o futuro" 
    Em Estrasburgo, o diretor da Renovação Carismática italiana expressa total apoio às declarações do cardeal Caffara sobre o casamento e os direitos de adoção concedidos a parceiros gays 
    Ravasi: sabedoria e beleza, pérola preciosas e coisas novas 
    Homilia do presidente do dicastério para a cultura, por ocasião da admissão dos novos membros da Pontifícia Academia de Belas Artes e Letras 
    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 
    JMJ Rio2013 pode injetar R$273,9 milhões no comércio carioca 
    A população da cidade vai crescer 12%, indicando que o resultado geral será positivo 
    Espírito da Liturgia 
    Como deve ser colocada a cruz sobre o altar? 
    Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual 
    Mundo 
    Cardeal Dolan e a obrigação dos métodos contraceptivos no sistema de saúde dos EUA: Vamos estudar e responder 
    Departamento de Saúde norte-americano publica documento oficializando normas polêmicas 
    Análise 
    Tolerância: uma via de mão única 
    A defesa do casamento está se transformando em crime 
    Angelus 
    O foco não é socializar, passar o tempo juntos, o foco é anunciar o Reino de Deus 
    Palavras do Papa Francisco pronunciadas neste domingo antes da tradicional oração mariana do Angelus 



    Papa Francisco
    "A missão é sobretudo graça" 
    Homilia do Papa Francisco na missa com os seminaristas, noviços, noviças, que estão em caminhada vocacional


    CIDADE DO VATICANO, 07 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos a homilia do Papa Francisco pronunciada neste domingo, 07 de julho, na Missa com os seminaristas, noviços, noviças, que estão em caminhada vocacional. 

    Amados irmãos e irmãs!

    Já ontem tive a alegria de vos encontrar, e hoje a nossa festa é ainda maior porque nos reunimos para a Eucaristia, no Dia do Senhor. Sois seminaristas, noviços e noviças, jovens em caminhada vocacional, vindos dos diversos cantos do mundo: representais a juventude da Igreja. Se a Igreja é a Esposa de Cristo, de certo modo vós representais o seu tempo de noivado, a primavera da vocação, o período da descoberta, do discernimento, da formação. E é um período muito belo, em que se lançam as bases do futuro. Obrigado por terdes vindo!

    Hoje a Palavra de Deus fala-nos da missão. Donde nasce a missão? A resposta é simples: nasce de uma chamada – a do Senhor – e Ele chama para ser enviado. Qual deve ser o estilo do enviado? Quais são os pontos de referência da missão cristã? As leituras que ouvimos sugerem-nos três: a alegria da consolação, a cruz e a oração.

    1. O primeiro elemento: a alegria de consolação. O profeta Isaías dirige-se a um povo que atravessou o período escuro do exílio, sofreu uma prova muito dura; mas agora, para Jerusalém, chegou o tempo da consolação; a tristeza e o medo devem dar lugar à alegria: «Alegrai-vos (...), rejubilai (…) regozijai-vos» – diz o Profeta (66, 10). É um grande convite à alegria. Porquê? Qual é o motivo deste convite à alegria? Porque o Senhor derramará sobre a Cidade Santa e seus habitantes uma «cascata» de consolação, uma cascata de consolação – ficando assim repletos de consolação –, uma cascata de ternura materna: «Serão levados ao colo e acariciados sobre os seus regaços» (v. 12). Como faz a mãe quando põe o filho no regaço e o acaricia, assim o Senhor fará connosco… faz connosco. Esta é a cascata de ternura que nos dá tanta consolação. «Como a mãe consola o seu filho, assim Eu vos consolarei» (v. 13). Cada cristão, mas sobretudo nós, somos chamados a levar esta mensagem de esperança, que dá serenidade e alegria: a consolação de Deus, a sua ternura para com todos. Mas só podemos ser seus portadores, se experimentarmos nós primeiro a alegria de ser consolados por Ele, de ser amados por Ele. Isto é importante para que a nossa missão seja fecunda: sentir a consolação de Deus e transmiti-la! Algumas vezes encontrei pessoas consagradas que têm medo da consolação de Deus e… pobrezinho, pobrezinha delas, se amofinam porque têm medo desta ternura de Deus. Mas não tenhais medo. Não tenhais medo, o nosso Deus é o Senhor da consolação, o Senhor da ternura. O Senhor é Pai e Ele disse que procederá connosco como faz uma mãe com o seu filho, com a ternura dela. Não tenhais medo da consolação do Senhor. O convite de Isaías: «consolai, consolai o meu povo» (40,1) deve ressoar no nosso coração e tornar-se missão. Encontrarmos, nós, o Senhor que nos consola e irmos consolar o povo de Deus: esta é a missão. Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas sobretudo têm necessidade que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem. A alegria de levar a consolação de Deus!

    2. O segundo ponto de referência da missão é a cruz de Cristo. São Paulo, ao escrever aos Gálatas, diz: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (6, 14). E fala de «estigmas», isto é, das chagas de Jesus crucificado, como selo, marca distintiva da sua vida de apóstolo do Evangelho. No seu ministério, Paulo experimentou o sofrimento, a fraqueza e a derrota, mas também a alegria e a consolação. Isto é o mistério pascal de Jesus: mistério de morte e ressurreição. E foi precisamente o ter-se deixado configurar à morte de Jesus que fez São Paulo participar na sua ressurreição, na sua vitória. Na hora da escuridão, na hora e da prova, já está presente e operante a alvorada da luz e da salvação. O mistério pascal é o coração palpitante da missão da Igreja. E, se permanecermos dentro deste mistério, estamos a coberto quer de uma visão mundana e triunfalista da missão, quer do desânimo que pode surgir à vista das provas e dos insucessos. A fecundidade pastoral, a fecundidade do anúncio do Evangelho não deriva do sucesso nem do insucesso vistos segundo critérios de avaliação humana, mas de conformar-se com a lógica da Cruz de Jesus, que é a lógica de sair de si mesmo e dar-se, a lógica do amor. É a Cruz – sempre a Cruz com Cristo, porque às vezes oferecem-nos a cruz sem Cristo: esta não vale! É a Cruz, sempre a Cruz com Cristo – que garante a fecundidade da nossa missão. E é da Cruz, supremo acto de misericórdia e amor, que se renasce como «nova criação» (Gl 6, 15).

    3. Finalmente, o terceiro elemento: a oração. Ouvimos no Evangelho: «Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2). Os trabalhadores para a messe não são escolhidos através de campanhas publicitárias ou apelos ao serviço da generosidade, mas são «escolhidos» e «mandados» por Deus. É Ele que escolhe, é Ele que manda; sim, é Ele que manda, é Ele que confere a missão. Por isso é importante a oração. A Igreja – repetia Bento XVI – não é nossa, mas de Deus; e quantas vezes nós, os consagrados, pensamos que seja nossa! Fazemos dela… qualquer coisa que nos vem à cabeça. Mas não é nossa; é de Deus. O o campo a cultivar é d'Ele. Assim, a missão é sobretudo graça. A missão é graça. E, se o apóstolo é fruto da oração, nesta encontrará a luz e a força da sua acção. De contrário, a nossa missão não será fecunda; mais, apaga-se no próprio momento em que se interrompe a ligação com a fonte, com o Senhor.

    Queridos seminaristas, queridas noviças e queridos noviços, queridos jovens em caminhada vocacional! Há dias, um de vós, um dos vossos formadores, dizia-me: évangéliser on le fait à genoux, a evangelização faz-se de joelhos. Ouvi bem: «A evangelização faz-se de joelhos». Sede sempre homens e mulheres de oração! Sem o relacionamento constante com Deus a missão torna-se um ofício. Mas que trabalho fazes? Trabalho de alfaiate, de cozinheira, de padre… Trabalhas de padre, de freira? Não. Não é um ofício, é diverso. O risco do activismo, de confiar demasiado nas estruturas, está sempre à espreita. Se olhamos a vida de Jesus, constatamos que, na véspera de cada decisão ou acontecimento importante, Ele Se recolhia em oração intensa e prolongada. Cultivemos a dimensão contemplativa, mesmo no turbilhão dos compromissos mais urgentes e pesados. E quanto mais a missão vos chamar para ir para as periferias existenciais, tanto mais o vosso coração se mantenha unido ao de Cristo, cheio de misericórdia e de amor. Aqui reside o segredo da fecundidade pastoral, da fecundidade de um discípulo do Senhor!

    Jesus envia os seus sem «bolsa, nem alforge, nem sandálias» (Lc 10, 4). A difusão do Evangelho não é assegurada pelo número das pessoas, nem pelo prestígio da instituição, nem ainda pela quantidade de recursos disponíveis. O que conta é estar permeados pelo amor de Cristo, deixar-se conduzir pelo Espírito Santo e enxertar a própria existência na árvore da vida, que é a Cruz do Senhor.

    Queridos amigos e amigas, com grande confiança vos confio à intercessão de Maria Santíssima. Ela é a Mãe que nos ajuda a tomar as decisões definitivas com liberdade, sem medo. Que Ela vos ajude a testemunhar a alegria da consolação de Deus, sem ter medo da alegria; Ela vos ajude a conformar-vos com a lógica de amor da Cruz, a crescer numa união cada vez mais intensa com o Senhor na oração. Assim a vossa vida será rica e fecunda!

    © Copyright - Libreria Editrice Vaticana


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    "Filho de Deus": uma carteira de identidade que ninguém pode nos tirar 
    Homilia em Santa Marta: Papa Francisco nos lembra que, graças ao sacrifício amoroso de Cristo, ganhamos a filiação divina e o perdão dos pecados

    Por Salvatore Cernuzio


    CIDADE DO VATICANO, 04 de Julho de 2013 (Zenit.org) - "Nome? Filho de Deus. Estado Civil? Livre!". Se podemos nos orgulhar desses dados em nossa "carteira de identidade" de cristãos, é graças a Jesus Cristo, que nos salvou. A homilia do papa Francisco na missa de hoje se destaca pela originalidade com que ele transmite a mensagem que, basicamente, é a mesma de todos os dias: a infinita misericórdia de Deus.

    Na missa concelebrada com o cardeal indiano Telesphore Placidus Toppo, arcebispo de Ranchi, o Santo Padre focou no evangelho do dia, que narra a cura milagrosa de um paralítico por Jesus. Em particular, as palavras iniciais de Cristo, de acordo com o pontífice, são a chave de toda a passagem: "Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados".

    A frase irrita os escribas, que se queixam e o acusam de blasfêmia, "porque só Deus pode perdoar os pecados". Talvez, até mesmo o paralítico, disse o papa, continua "desconcertado", porque o que ele desejava "era ser curado fisicamente". Jesus, porém, realiza de fato o milagre e cura o homem também no corpo. Mas, no fundo, "as curas, o ensinamento, as palavras fortes contra a hipocrisia, eram apenas um sinal de algo mais que Jesus estava fazendo": perdoar os pecados.

    Este é o "milagre mais profundo", disse Francisco: "Essa reconciliação é a recriação do mundo. Esta é a missão mais profunda de Jesus. A redenção de todos nós, pecadores...". Cristo faz esse milagre não "com as palavras", nem "com gestos", nem "caminhando pela estrada", disse Bergoglio. Ele "faz isto com a sua carne. É Ele, Deus, quem se torna um de nós, homem, para nos curar por dentro, a nós, pecadores". Ele nos liberta do pecado tomando sobre si próprio "todo o pecado", afirmou.

    Jesus "desce da sua glória e se abaixa até a morte e morte de cruz". Mas é precisamente esta "a sua glória" e, ao mesmo tempo, "a nossa salvação". "Este é o maior milagre", disse o pontífice, através do qual Jesus "nos torna filhos, com a liberdade dos filhos".

    Em virtude desse gesto de amor divino infinito, "nós podemos dizer 'Pai'", e dizê-lo "com uma atitude tão boa e tão bela, com liberdade!". "Nós, escravos do pecado", ressaltou o papa, estamos livres graças a Jesus Cristo. Fomos curados "no profundo da nossa existência".

    "Pensar nisso nos fará bem, pensar no maravilhoso que é ser filho! É tão linda a liberdade dos filhos, porque o filho está em casa e Jesus nos abriu as portas de casa... Agora nós estamos em casa!", disse Bergoglio. Este fato esclarece as palavras já citadas no evangelho de hoje: "Coragem, filho, teus pecados estão perdoados". "Essa", disse o papa, "é a raiz da nossa coragem. Eu sou livre, eu sou filho... O Pai me ama e eu amo o Pai".

    A graça a pedir hoje é a de "compreender bem essa obra" de Deus, que "reconciliou consigo o mundo em Cristo, confiando-nos a palavra da reconciliação" e a graça "de levar adiante, com força, com a liberdade dos filhos, a palavra da reconciliação". "Nós fomos salvos em Jesus Cristo", concluiu o Santo Padre, e "ninguém pode nos roubar essa carteira de identidade. Eu me chamo assim: Filho de Deus! Que bela carteira de identidade! Estado civil: livre!".


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    Papa Francisco pede oraçao pela JMJ Rio 2013 
    Intenções de oração para o mês de julho


    ROMA, 02 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as intenções de oração do Santo Padre Francisco para o mês de julho confiadas ao Apostolado daOração. 

    O Apostolado da Oração é uma obra confiada pela Santa Sé à Companhia de Jesus, que tem como missão principal a formação de cristãos atentos e comprometidos com as necessidades da Igreja e do Mundo. Atualmente, mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo unem-se para rezar pelas intenções que o Santo Padre pede à Igreja. 

    Intenção Geral

    Para que a Jornada Mundial da Juventude no Brasil anime todos os jovens cristãos a tornarem-se discípulos e missionários do Evangelho.

    Intenção Missionária

    Para que, na Ásia, se abram as portas aos mensageiros do Evangelho





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    "Saudade" e "curiosidade" nos amarram ao pecado 
    Na homilia de hoje o Papa Francisco exorta a ser corajosos em meio à fraqueza para continuar seguindo a estrada de nosso Senhor

    Por Luca Marcolivio


    ROMA, 02 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Fugir do pecado, deixando-o para trás sem "saudades": foi em torno a este assunto difícil que o papa Francisco articulou a homilia desta manhã, na Casa Santa Marta.

    Participou da missa um grupo de sacerdotes e funcionários do Tribunal da Penitenciaria Apostólica, um grupo da Pontifícia Academia Eclesiástica e, como concelebrantes, o cardeal Manuel Monteiro de Castro e dom Beniamino Stella.

    Nas situações "difíceis" ou "de conflito", explicou o papa, as atitudes recorrentes são quatro: a primeira é a da "lentidão", encontrada hoje em Lot, o protagonista da primeira leitura (cf. Gn 19,15-29).

    Quando o anjo o aconselha a deixar para trás a sua cidade destruída, Lot obedece, mas com bastante hesitação: ele sofre "a incapacidade do desapego do mal e do pecado". Por esta razão, começa até a negociar com o anjo.

    Embora as situações de pecado sejam muitas vezes difíceis de superar, nosso Senhor sempre nos diz: "Fuja! Você não consegue lutar ali, porque o fogo e o enxofre vão matar você".

    Quem seguiu à risca este princípio foi Santa Teresinha do Menino Jesus, que reconhecia que, em determinadas tentações, "nós somos fracos e temos que fugir": mas é uma fuga "para frente, para avançar no caminho de Jesus", disse o Santo Padre.

    O anjo disse a Lot: "Não olhes para trás". Pediu-lhe vencer "a saudade do pecado", na qual tinha caído o povo de Deus no deserto quando sentiu "saudades das cebolas do Egito", esquecendo-se que aquelas cebolas eram servidas "à mesa da escravidão".

    É preciso, portanto, vencer a tentação da "curiosidade", que, em situações de pecado, "não nos serve de nada", mas apenas "nos prejudica", advertiu o papa.

    Uma terceira tentação a vencer, depois da "lentidão" e da "saudade" do pecado, é a do "medo", que assalta os apóstolos durante uma tempestade no mar de Tiberíades (cf. Mt 8,23-27). Em pânico, eles exclamam: "Senhor, salva-nos, que perecemos!". Ter "medo de avançar no caminho do Senhor" também é uma "tentação do diabo". O medo "não é um bom conselheiro", o que Jesus deixa claro diversas vezes, observou o Santo Padre.

    A quarta atitude diante do pecado é virtuosa: é "a graça do Espírito Santo". Diante da lentidão para combater o pecado, diante da saudade do pecado e diante do medo de avançar, devemos nos voltar para Deus e admitir: "Senhor, eu tenho essa tentação. Eu quero continuar nessa situação de pecado. Senhor, eu tenho a curiosidade de conhecer essas coisas. Senhor, eu tenho medo".

    O que nos salva é sempre "a maravilha do novo encontro com Jesus", disse o papa Francisco. Mesmo na nossa fraqueza, "não somos cristãos ingênuos nem mornos, somos valentes, corajosos", observou ele.

    Mantendo-nos "corajosos em meio à nossa fraqueza", devemos perseverar, não nos deixar levar pela "saudade ruim" nem pelo medo, olhando sempre para Deus, finalizou o papa.


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    Três pensamentos sobre o ministério petrino, guiados pelo verbo «confirmar» 
    Homilia pronunciada pelo Papa Francisco na Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo


    CIDADE DO VATICANO, 01 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos o texto da homilia pronunciada pelo Papa Francisco na Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e Santa Missa e imposição do pálio aos novos arcebispos metropolitanos celebrada sábado, 29 de junho, na Basílica Vaticana.

    Senhores Cardeais,

    Eminentíssimo Metropolita Ioannis,
    Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
    Amados irmãos e irmãs!

    Celebramos a solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, padroeiros principais da Igreja de Roma; uma festa tornada ainda mais jubilosa pela presença de Bispos de todo o mundo. Uma enorme riqueza que nos faz reviver, de certa forma, o evento de Pentecostes: hoje, como então, a fé da Igreja fala em todas as línguas e quer unir os povos numa só família.

    Saúdo cordialmente e com gratidão a Delegação do Patriarcado de Constantinopla, guiada pelo Metropolita Ioannis. Agradeço ao Patriarca ecuménico Bartolomeu I este novo gesto fraterno. Saúdo os Senhores Embaixadores e as Autoridades civis. Um obrigado especial ao Thomanerchor, o Coro da Thomaskirche [Igreja de São Tomé] de Lípsia – a igreja de Bach – que anima a Liturgia e constitui mais uma presença ecuménica.

    Três pensamentos sobre o ministério petrino, guiados pelo verbo «confirmar». Em que é chamado a confirmar o Bispo de Roma?

    1. Em primeiro lugar, confirmar na fé. O Evangelho fala da confissão de Pedro: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16), uma confissão que não nasce dele, mas do Pai celeste. É por causa desta confissão que Jesus diz: «Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja» (16, 18). O papel, o serviço eclesial de Pedro tem o seu fundamento na confissão de fé em Jesus, o Filho de Deus vivo, tornada possível por uma graça recebida do Alto. Na segunda parte do Evangelho de hoje, vemos o perigo de pensar de forma mundana. Quando Jesus fala da sua morte e ressurreição, do caminho de Deus que não corresponde ao caminho humano do poder, voltam ao de cima em Pedro a carne e o sangue: «Pedro começou a repreendê-Lo, dizendo: (…) Isso nunca Te há-de acontecer!» (16, 22). E Jesus tem uma palavra dura: «Afasta-te, Satanás! Tu és para Mim um estorvo» (16, 23). Quando deixamos prevalecer os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, a lógica do poder humano e não nos deixamos instruir e guiar pela fé, por Deus, tornamo-nos pedra de tropeço. A fé em Cristo é a luz da nossa vida de cristãos e de ministros na Igreja!

    2. Confirmar no amor. Na segunda leitura, ouvimos as palavras comoventes de São Paulo: «Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel» (2 Tm 4, 7). Qual combate? Não é o das armas humanas, que, infelizmente, ainda ensanguenta o mundo, mas o combate do martírio. São Paulo tem uma única arma: a mensagem de Cristo e o dom de toda a sua vida por Cristo e pelos outros. E foi precisamente este facto de expor-se em primeira pessoa, deixar-se consumar pelo Evangelho, fazer-se tudo para todos sem se poupar, que o tornou credível e edificou a Igreja. O Bispo de Roma é chamado a viver e confirmar neste amor por Cristo e por todos, sem distinção, limite ou barreira. E não só o Bispo de Roma, mas todos vós, novos arcebispos e bispos, tendes o mesmo dever: deixar-se consumar pelo Evangelho, fazer-se tudo para todos. O dever de não se poupar, de se esquecer de si ao serviço do povo santo e fiel de Deus.

    3. Confirmar na unidade. Aqui detenho-me a considerar o gesto que realizámos. O Pálio é símbolo de comunhão com o Sucessor de Pedro, «princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e comunhão» (Conc. Ecum. Vat. II, Lumen gentium, 18). E hoje a vossa presença, amados Irmãos, é o sinal de que a comunhão da Igreja não significa uniformidade. Referindo-se à estrutura hierárquica da Igreja, o Concílio Vaticano II afirma que o Senhor «constituiu [os Apóstolos] em colégio ou grupo estável e deu-lhes como chefe a Pedro, escolhido de entre eles» (ibid., 19). Confirmar na unidade: o Sínodo dos Bispos, em harmonia com o primado. Devemos avançar por esta estrada da sinodalidade, crescer em harmonia com o serviço do primado. E continua o Concílio: «Este colégio, enquanto composto por muitos, exprime a variedade e universalidade do Povo de Deus» (ibid., 22). Na Igreja, a variedade, que é uma grande riqueza, sempre se funde na harmonia da unidade, como um grande mosaico onde todos os ladrilhos concorrem para formar o único grande desígnio de Deus. E isto deve impelir a superar sempre todo o conflito que possa ferir o corpo da Igreja. Unidos nas diferenças: não há outra estrada para nos unirmos. Este é o espírito católico, o espírito cristão: unir-se nas diferenças. Este é o caminho de Jesus! O Pálio, se é sinal da comunhão com o Bispo de Roma, com a Igreja universal, com o Sínodo dos Bispos é também um compromisso que obriga cada um de vós a ser instrumento de comunhão.

    Confessar o Senhor deixando-se instruir por Deus, consumar-se por amor de Cristo e do seu Evangelho, ser servidores da unidade: estas são as incumbências que os Apóstolos São Pedro e São Paulo confiam a cada um de nós, amados Irmãos no Episcopado, para serem vividas por cada cristão. Sempre nos guie e acompanhe com a sua intercessão a Santíssima Mãe de Deus: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós! Amen.

    © Copyright - Libreria Editrice Vaticana


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    Santa Sé
    Papa Francisco consagra o Vaticano a São José e a São Miguel Arcanjo 
    Bento XVI estava presente. Ao arcanjo pediu para desmascarar as ciladas do demônio

    Por Sergio Mora


    ROMA, 05 de Julho de 2013 (Zenit.org) - O Santo Padre Francisco consagrou hoje o Estado da Cidade do Vaticano a São Miguel Arcanjo e a São José, por ocasião da inauguração do novo monumento dedicado a São Miguel, do artista Giuseppe Antonio Lomuscio.

    Entre os presentes estava o papa emérito Bento XVI, especialmente convidado pelo Papa Francisco, para esta importante consagração. Ambos estavam juntos na frente do monumento durante toda a cerimônia.

    "Nos jardins do Vaticano - disse Francisco - existem várias obras de arte, esta, que foi adicionada hoje, no entanto, assume uma posição de especial importância, tanto na disposição, como no significado que ela expressa. Não é apenas uma obra comemorativa, mas um convite à reflexão e à oração.

    Miguel que significa: Quem é como Deus? É o sinal do primado de Deus, de sua transcendência e poder. Miguel luta para restabelecer a justiça divina, defende o povo de Deus de seus inimigos e, sobretudo, o último inimigo, o diabo. E São Miguel vence porque é Deus quem age.

    Esta escultura nos recorda que o mal foi vencido ( ...) No caminho e nas provações da vida não estamos sozinhos, estamos acompanhados e apoiados pelos anjos de Deus, que oferecem, por assim dizer, as suas asas para nos ajudar a superar muitos perigos, para sermos capazes de voar alto em relação às realidades que podem tornar a nossa vida pesada ou nos arrastar para baixo. Na consagração do Estado da Cidade do Vaticano pedimos a São Miguel Arcanjo "que nos defenda do Maligno e o expulse daqui".

    "Queridos irmãos e irmãs - continuou Francisco – consagramos também o Estado da Cidade do Vaticano a São José, custode de Jesus e da Sagrada Família. "Que a sua presença nos torne mais fortes e forrajosos em dar espaço a Deus na nossa vida, para vencer sempre o mal com o bem".

    Quando começou a consagração a São José, disse: "Sob o seu olhar benevolente e sábio colocamos hoje com confiança renovada, os bispos e sacerdotes, as pessoas consagradas e os fiéis leigos que trabalham e vivem no Vaticano".

    O Santo Padre pediu a São Miguel: "Vele por esta cidade e pela Sé Apostólica, coração e centro do catolicismo, para que viva na fidelidade ao Evangelho e no exercício da caridade heroica".

    E implorou: "Desmascare as insídias do demônio e do espírito do mundo. Faz-nos vitoriosos contra as tentações de poder, da riqueza e da sensualidade."

    Então rezou: "Seja o baluarte contra todos os tipos de manipulação que ameaça a serenidade da igreja; seja a sentinela de nossos pensamentos, que livra do assédio da mentalidade mundana; seja nosso paladino espiritual".

    E com hissopo aspergiu água benta no novo monumento e abençoou os presentes.


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    Encíclica Lumen Fidei: a fé em linguagem acessível 
    Card. Ouellet: muito de Bento e tudo de Francisco. Dom Fisichella: uma forte conotação pastoral.

    Por Sergio Mora


    ROMA, 05 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Lumen Fidei, a primeira encíclica do papa Francisco, foi apresentada hoje numa lotada Sala de Imprensa do Vaticano.

    Participaram da apresentação o cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos; o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, dom Gerhard Ludwig Müller; e o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, além do diretor da Assessoria de Comunicação do Vaticano, pe. Federico Lombardi.

    O papa explica "em linguagem acessível o que é a fé", comentou o cardeal Ouellet, destacando que se trata de "uma encíclica que tem muito de Bento XVI e tudo do papa Francisco".

    Ouellet disse ainda "que faltava um pilar à trilogia de Bento XVI sobre as virtudes teologais. A providência quis que a coluna faltante fosse um presente do papa emérito ao seu sucessor e, ao mesmo tempo, um símbolo de unidade, pois, ao assumir e completar a obra iniciada pelo seu predecessor, o papa Francisco dá testemunho com ele da unidade da fé". E opinou: "É uma encíclica que apresenta de verdade a fé cristã como luz proveniente da escuta da palavra de Deus na história".

    O cardeal, que também é presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, citou um trecho da encíclica: "A fé não é uma luz que dissolve todas as nossas trevas, mas a lâmpada que guia os nossos passos na noite, e o que nos basta para o caminho".

    A fé é uma abertura ao amor de Cristo, prosseguiu Ouellet, e estende o eu às dimensões de um nós, que, na Igreja, não é somente humano, mas propriamente divino, com uma participação na Trinidade de Deus. "A encíclica se vincula de maneira inteiramente natural ao nós, à família, que é o lugar por excelência da transmissão da fé".

    A Lumen Fidei considera que o fiel se encontra "envolvido na verdade por ele confessada" e, por este mesmo fato, é transformado "e introduzido em uma história de amor que dilata o seu ser, tornando-o membro de uma grande comunhão".

    "Acolhemos com grande alegria e gratidão esta confissão de fé integral, na forma de catequese a quatro mãos, dos sucessores de Pedro. Eles expõem juntos a fé da Igreja, na sua beleza, que é confessada no interior do corpo de Cristo como comunhão concreta dos fiéis".

    Dom Rino Fisichella enfatizou "o binômio luz e amor", que "nos mostra o caminho que o papa Francisco propõe à Igreja para recuperar a sua missão no mundo de hoje".

    A Lumen Fidei, prosseguiu o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, "é uma encíclica com uma forte conotação pastoral, em que o papa Francisco, com a sua sensibilidade de pastor, consegue traduzir muitas questões de caráter perfeitamente teológico em temáticas que podem ajudar na reflexão e na catequese. Por isso é importante o convite conclusivo da encíclica: não deixemos que nos roubem a esperança".

    Fisichella recordou que "a Lumen Fidei é publicada no Ano da Fé, na data de 29 de junho. Ela mostra o estilo e as peculiaridades a que Francisco nos acostumou nestes primeiros meses do seu pontificado, em especial com as suas homilias cotidianas", em que "voltam sempre à tona três verbos que o papa usou na sua primeira homilia: caminhar, construir, confessar".

    Fisichella lembrou o que foi reiterado pelo papa a respeito do Concílio Vaticano II: "um concílio sobre a fé". Ele falou também do catecismo, que é "um instrumento válido através do qual a Igreja cumpre a sua obra de transmissão da fé", bem como do "grande valor da profissão de fé do Credo".

    O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, dom Müller, por sua vez, ressaltou que a encíclica Lumen Fidei nos convida a reconhecer que "a fé, graças à luz que vem de Deus, ilumina todo o caminho e toda a existência do homem. Ela não nos separa da realidade, mas nos permite entender todo o seu significado mais profundo, descobrir o quanto Deus nos ama".

    Dom Müller classificou como "afortunado" o fato de o texto ter sido "escrito pela mão de dois pontífices", revelando, apesar das diferenças de estilo, "a substancial continuidade do magistério de Bento XVI na mensagem do papa Francisco".


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    Santa Sé: Apresentado o balanço consolidado de 2012 
    Os membros do Conselho dos cardeais exortaram a se prosseguir na obra do bem


    CIDADE DO VATICANO, 04 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Nesta terça e quarta-feira, 2 e 3 de julho, aconteceu no Vaticano a reunião do Conselho de Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizacionais e Econômicos da Santa Sé, presidido pelo Secretário de Estado de Sua Santidade, o cardeal Tarcisio Bertone, SDB. Na quarta-feira, o papa Francisco dirigiu a palavra aos participantes e manteve uma breve conversa com eles, enfatizando a finalidade e a utilidade do conselho e convidando-os a fazer suas reuniões regularmente.

    Após a abertura dos trabalhos, feita pelo Secretário de Estado e pelo cardeal Versaldi, o contador geral apresentou o Balanço Financeiro Consolidado da Santa Sé - 2012, e, em seguida, o do Governatorato do Vaticano. Mons. Vallejo Balda abordou então as quatro áreas que formam o balanço integrado dos dois entes: Santa Sé-Cúria Romana, Santa Sé-Pastoral, Santa Sé-Caridade e Estado da Cidade do Vaticano.

    As demonstrações financeiras consolidadas da Santa Sé para o ano de 2012 fecharam com saldo positivo de 2.185.622 euros, graças ao bom desempenho da gestão financeira. Entre as despesas mais cosnideráveis, incluem-se as relacionadas com os custos de pessoal (em 31 de dezembro, eram 2.823 colaboradores), com os meios de comunicação social, considerados como um todo, e com o pagamento de novos impostos sobre imóveis, que sofreram um aumento de 5 milhões de euros em comparação com o ano anterior.

    O governatorato tem uma administração autônoma e independente de contribuições da Santa Sé, e, através dos seus vários departamentos, atende as necessidades relacionadas com a gestão do Estado. Em 2012, afetado pelo clima econômico global, o governatorato fechou com superávit de 23.079.800 euros, um aumento de mais de um milhão em comparação com 2011. Em 31 de dezembro, o governatorato somava 1.936 pessoas empregadas.

    O Óbolo de São Pedro, ou seja, as ofertas dos fiéis para sustentar as obras de caridade do Santo Padre, caiu de 69.711.722,76 dólares americanos em 2011 para 65.922.637,08 em 2012. A contribuição prevista no cânone 1271 do CIC, para o apoio financeiro prestado pelas circunscrições eclesiásticas de todo o mundo à manutenção do serviço que a Cúria Romana presta à Igreja universal, diminuiu de 32.128.675,91 dólares, em 2011, para 28.303.239,28 em 2012, uma queda de 11,91%. As contribuições adicionais à Santa Sé feitas pelos Institutos de Vida Consagrada, Sociedades de Vida Apostólica e Fundações também caíram, de 1.194.217,78 dólares, em 2011, para 1.133.466,91 dólares em 2012, decréscimo de 5,09%. No total geral, a diminuição foi de 7,45%, em dólares americanos, na comparação com o ano anterior.

    O Instituto para as Obras de Religião (IOR), como todos os anos, ofereceu ao Santo Padre uma quantia significativa em apoio ao seu ministério apostólico e de caridade. Em 2012, foram 50 milhões de euros, aos quais se acrescentam 1 milhão para o Fundo Amazônia, 1,5 milhão para o Fundo Pro Orantibus (suporte aos mosteiros de clausura), 1,5 milhão para o Fundo São Sérgio (apoio à Igreja na antiga União Soviética), 1 milhão para a Comissão para a América Latina, além de outras doações menores.

    Os cardeais avaliaram os dados de balanço observando os resultados positivos alcançados e incentivaram a necessária reforma voltada a reduzir os custos através da simplificação e da racionalização dos organismos existentes, bem como de uma programação mais cuidadosa das atividades de todos os departamentos do governo.

    Os membros do conselho expressaram profunda gratidão pelo apoio oferecido, muitas vezes anonimamente, ao ministério universal do Santo Padre, apesar da atual crise econômica, e exortaram a se prosseguir na obra do bem.


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    Igreja e Religião
    D. Javier Echevarría: "Uma feliz coincidência" 
    Declaração de D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, ao conhecer a notícia da aprovação dos milagres atribuídos a João Paulo II e Álvaro del Portillo, e da decisão do santo Padre sobre a canonização de João XXIII e de outros procesos.


    ROMA, 05 de Julho de 2013 (Zenit.org) - O anúncio das próximas canonizações dos beatos João Paulo II e João XXIII, e da futura beatificação do venerável Álvaro del Portillo são motivos de profunda alegria, e uma feliz coincidência. A decisão do Papa Francisco é causa de profundo agradecimento a Deus.

    D. Echevarría e o futuro bem-aventurado.

    O beato João Paulo II consumiu-se com incansável generosidade a serviço da humanidade. Fez-nos próximos de Deus com o seu rico Magistério: de palavra, por escrito, com imagens e com tantos gestos cheios de significado. Toda a sua vida apoiava-se numa unidade íntima com Jesus Cristo: era suficiente ver como rezava para compreender a fecundidade do seu ministério.

    João Paulo II e João XXIII foram verdadeiramente pais próximos de todos os fiéis, da Igreja e concretamente, posso afirmar, desta parte da Igreja que é a Prelazia do Opus Dei. Penso que, com eles, milhões de pessoas sentiram-se 'filhos prediletos' do Papa.

    D. Álvaro del Portillo foi, para São Josemaria, um grande apoio; e para João Paulo II, um fidelíssimo colaborador. Tive oportunidade de ouvir numerosos eclesiásticos e leigos de muitos países, que me falaram do bem que lhes causou este fiel sacerdote; e coincidem numa afirmação: que era fácil querê-lo, confiar nos seus conselhos, porque palpavam o interesse sincero e sacerdotal pelas suas almas.

    A Igreja referiu-se a D. Álvaro del Portillo como um "homem de profunda bondade e afabilidade, capaz de transmitir paz e serenidade às almas". Neste momento de alegria, acudo à intercessão deste servo bom e fiel, e peço-lhe que nos "contagie" com a sua lealdade a Deus, à Igreja, ao Papa, a são Josemaria, aos amigos; que nos alcance a sua sensibilidade social, que se manifestou no impulso de numerosas iniciativas em todo o mundo a favor dos mais necessitados; que nos obtenha a sua predileção pela família e o seu apaixonado amor ao sacerdócio, bem como a sua piedade terna e simples, que tinha um profundo sentido mariano.


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    Martinez: "Negar a vida é negar o futuro" 
    Em Estrasburgo, o diretor da Renovação Carismática italiana expressa total apoio às declarações do cardeal Caffara sobre o casamento e os direitos de adoção concedidos a parceiros gays


    ROMA, 03 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Falando no Parlamento Europeu sobre o abaixo-assinado popular "Um de Nós", que defende os direitos do embrião, o diretor nacional italiano da Renovação Carismática, Salvatore Martinez, enfatizou o valor procriador do casamento, a indispensável tutela dos filhos desde a vida embrionária, para que a Europa ainda seja digna da sua herança humanística e civilizatória.

    "Precisamos despertar a nossa consciência anestesiada. É uma questão de defender o direito à vida, do qual dependem todos os outros direitos fundamentais".

    Martinez refletiu na sede do Parlamento da União Europeia "sobre a crise dos povos da Europa, que é uma crise antropológica". Prova disso é a necessidade de reafirmar "a inviolabilidade da vida, que nunca pode ficar disponível para a manipulação" nem para "a negação, seja da forma que for". "Negar a vida é negar o futuro" .

    A iniciativa "Um de Nós", de acordo com Martinez, nos lembra que a vida e a dignidade humana "vêm em primeiro lugar".

    "Se há uma questão antropológica, também existe, e nós vemos que existe, uma emergência educativa. Temos, portanto, que reafirmar, todos juntos, que nos preocupamos com a vida em todas as suas formas: a vida política, a vida econômica, a vida familiar e a vida social. Mas, ao mesmo tempo, há um claro compromisso compartilhado, educativo, aliás, de redefinir o humano e reafirmar o seu valor absoluto. É necessária, portanto, uma campanha intercultural, interconfessional, inter-religiosa".


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    Ravasi: sabedoria e beleza, pérola preciosas e coisas novas 
    Homilia do presidente do dicastério para a cultura, por ocasião da admissão dos novos membros da Pontifícia Academia de Belas Artes e Letras

    Por Giuseppe Ruscconi


    ROMA, 02 de Julho de 2013 (Zenit.org) - A oportunidade parecia fecunda para a reflexão. E foi mesmo. Quatro dias depois da santa missa presidida em Santa Maria in Camposanto (e da homilia sobre "os verbos dos mártires"), o cardeal biblista voltou sua atenção agora aos "homens ilustres" reunidos na "academia por excelência das belas artes e letras", reconhecida pelo papa Paulo III em 1542.

    O ponto de partida do sermão foi a leitura de uma passagem do Eclesiástico, livro sapiencial que era considerado como a recopilação da essência da cultura judaica. Eram tempos, notou o prefeito emérito da Biblioteca Ambrosiana, em que "havia paixão, admiração" pela cultura, sentimentos que hoje "não se percebem muito no tocante à inteligência e à sabedoria". Os "homens ilustres" do Eclesiástico eram capazes de conduzir o povo, de distribuir sabedoria, de inventar melodias, de compor canções poéticas; e viviam em paz interior. Aqui, o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura observou que a tradução latina de São Jerônimo adicionava outra virtude aos textos hebraico e grego: "Eram homens dedicados à busca da beleza".

    Todo artista, disse Ravasi, "sente-se propenso ao mistério da beleza, que sempre tem dois lados: o da dor e o da felicidade, penetrando, em ambos os casos, no íntimo, e trespassando o coração". Se a beleza é, por um lado, a celebração da harmonia, ela é também, por outro lado, "o canto da tragédia". Aliás, "se não fosse a dor, dois terços da literatura não existiriam, como toda a obra de Dostoiévski". A beleza, por isso, é grande quando sabe exaltar também a ferida, aquela ferida que sangra.

    Referindo-se ao evangelho de Mateus (13, 45: "O reino dos céus é também semelhante a um mercador em busca de pérolas preciosas; ao encontrar uma pérola de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e a compra"; e 13,52: "Todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas"), o cardeal Ravasi afirmou que os artistas receberam a pérola como presente e não precisam comprá-la. É a inspiração, que tem em si um caráter sagrado semelhante ao da Palavra de Deus.

    "Em alguns aspectos, a linguagem da arte tem uma gramática semelhante à da fé e à do amor". Pode parecer curioso que o escriba da parábola extraia do tesouro primeiro as coisas novas e depois as coisas antigas. É um caso, no entanto, semelhante "ao das árvores", que "têm o tronco e as raízes muitas vezes seculares, mas que, a cada primavera, mostram a novidade das folhas sempre novas e sempre diferentes". As coisas novas são extraídas do tesouro antes porque "são o sinal da criatividade"; entretanto, "a beleza e a novidade se apoiam na tradição" sempre válida. Como disse Bernardo de Chartres, ou talvez João de Salisbury: "Nós somos anões sobre os ombros de gigantes"; e os anões, enfatizou Ravasi, enxergam mais longe que os gigantes.

    Passou-se, depois, para a admissão solene de dez novos membros na Pontifícia Academia dos Virtuosos, presidida pelo professor Vitaliano Tiberia: três arquitetos, um pintor, três escultores e três escritores e poetas. Seus nomes, alguns bastante famosos na Itália, são: Lorenzo Bartolini Salimbeni, Mario Botta, Maria Antonietta Crippa, Pedro Cano, Giuseppe Ducrot, Mimmo Paladino, Ugo Riva, Laura Bosio, Vincenzo Cerami e Luca Doninelli. Todos prometeram, no rito de admissão, servir à fé católica.

    Como o patrono da Academia é São José, a celebração deveria ter acontecido em 19 de março. Mas, naquele dia -quem é que não se lembra?-, acontecia na Praça de São Pedro o solene início do pontificado do papa Francisco, rico de emoções para a mente e para o coração.





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    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    JMJ Rio2013 pode injetar R$273,9 milhões no comércio carioca 
    A população da cidade vai crescer 12%, indicando que o resultado geral será positivo


    RIO DE JANEIRO, 01 de Julho de 2013 (Zenit.org) - A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou uma pesquisa sobre o impacto econômico da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 no comércio de varejo do Rio de Janeiro. A Jornada poderá injetar R$273,9 milhões no comércio carioca.

    Os que devem faturar mais durante a Jornada são os hiper e supermercados, alcançando o valor de R$100,7 milhões (40,2%). Devem ter 36,1% de investimento econômico dos peregrinos, segmentos como: livrarias e papelarias; farmácias e perfumarias; venda de artigos de uso pessoal e doméstico; e lojas de móveis e eletrodomésticos. Ficando em segundo lugar de injeção de dinheiro.

    Em terceiro lugar ganha o ramo de combustíveis e lubrificantes, com R$28,4 milhões. Vestuário e calçados chegará a R$26,4 milhões de faturamento.

    A expectativa de faturamento do comércio varejista para o mês de julho era de um aumento de 4,5%, maior do que no ano passado. Por causa da Jornada Mundial da Juventude, é esperado um acréscimo de 2,6% no mês do evento, totalizando um aumento de 7% de injeção de dinheiro no setor, somente em julho.

    Ainda não há dados de faturamento do setor de serviço porque os cálculos são feitos com base no estudo da pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa do Instituto no setor de serviço será publicada no dia 21 agosto.

    "O Rio é uma cidade de prestação de serviço, se juntar os dois milhões de peregrinos, esse setor vai se beneficiar também. Sem dúvida nenhuma o impacto será muito positivo", afirma Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

    De acordo com o economista, após a Jornada, a pesquisa será feita para quatro tipos de serviços utilizados durante a JMJ: alojamento, alimentação, lazer e transporte.

    A população da cidade vai crescer 12%, indicando que o resultado geral será positivo. Caso não houvesse feriado, o impacto seria ainda maior.

    O artigo foi enviado por Carol de Castro da Assessoria de Imprensa da JMJ Rio 2013.


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    Espírito da Liturgia
    Como deve ser colocada a cruz sobre o altar? 
    Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual

    Por Pe. Edward McNamara, L.C.


    ROMA, 05 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Quando a cruz é colocada no altar, ela deve estar voltada para o celebrante ou para o povo? Notei muitas variações, por motivos diferentes, e gostaria de uma resposta "oficial". Obrigado! -Diácono J.R.M., Bauru, SP

    Publicamos a resposta do padre McNamara:

    Este é um problema relativamente novo, já que, antes da reforma litúrgica, toda a assembleia (sacerdote e povo) ficava de frente para o altar e para o crucifixo. As indicações no Ordenamento Geral do Missal Romano (OGRM) são escassas em relação à direção da figura de Cristo na cruz:

    308. Seja colocada sobre o altar, ou do lado dele, uma cruz com a imagem de Cristo crucificado, claramente visível para o povo reunido. Convém que esta cruz permaneça próxima do altar inclusive fora das celebrações litúrgicas, para recordar à mente dos fiéis a Paixão salvífica do Senhor.

    O número 129 do Cerimonial dos Bispos recomenda que a cruz levada em procissão seja colocada junto ao altar "de modo que seja a própria cruz do altar". Se uma cruz já estiver presente, a da procissão deve ficar recolhida até o final da missa.

    Com base no manual de liturgia de dom Peter Elliott, poderíamos acrescentar que a cruz deve ser colocada imediatamente atrás ou pendurada acima do altar. Ela deve ser vista pelo povo como visivelmente ligada ao altar. Elliott comenta: "O crucifixo litúrgico não é voltado em primeiro lugar à devoção privada do celebrante, mas é, antes, um sinal no meio da assembleia eucarística, proclamando que a missa é o próprio sacrifício do Calvário".

    O crucifixo do altar, portanto, está relacionado com o altar e não com o sacerdote, e por isso deve ficar normalmente voltado para o altar.

    O Cerimonial dos Bispos que estava em uso antes do Concílio Vaticano II, e que já tinha previsto a possibilidade do altar voltado ao povo, recomendava que a cruz fosse visível a todos e prescrevia ainda que o corpus fosse posicionado de modo a voltar-se para o altar (cum imagine Sanctissimi Crucifixi versa ad interiorem altaris faciem).

    Desde o início do pontificado do papa Bento XVI, um crucifixo foi colocado no centro do altar voltando-se para o local do sacrifício. O papa Francisco tem mantido esta prática.

    Alguns autores sugerem um crucifixo para o altar com uma figura em ambos os lados. Embora atualmente não pareça haver regras que proíbam esta prática, essa alternativa não era permitida antes do concílio.

    Alguns manuais litúrgicos pré-conciliares recomendavam o uso de outras imagens no lado da cruz voltado para o povo, como, por exemplo, o símbolo do peixe ou outra imagem do Redentor, como o "Bom Pastor" ou o "Rei dos Reis".

    No tocante à visibilidade, muitos sínodos locais fixaram um tamanho mínimo vertical de 40 centímetros e horizontal de 22 centímetros, embora, na prática, a cruz do altar seja muitas vezes maior.

    Um decreto de Bento XIV (1740-1758) estabeleceu que outra cruz não é necessária se houver um grande crucifixo pintado ou esculpido como parte de um retábulo.

    Nas atuais circunstâncias litúrgicas, a flexibilidade das regras permite várias soluções: o grande crucifixo colocado permanentemente atrás ou acima do altar, a cruz processional, uma cruz sobre o altar ou um crucifixo maior, mas móvel e sobre um suporte, colocado ao lado do altar e voltado para este, desde que mantido sempre visível aos fiéis.

    ***

    Os leitores podem enviar as suas perguntas para liturgia.zenit@zenit.org. Pede-se mencionar a palavra "Liturgia" no campo assunto. O texto deve incluir as iniciais, a cidade, estado e país. O pe. McNamara só poderá responder a uma pequena seleção das numerosas perguntas que recebemos.


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    Mundo
    Cardeal Dolan e a obrigação dos métodos contraceptivos no sistema de saúde dos EUA: Vamos estudar e responder 
    Departamento de Saúde norte-americano publica documento oficializando normas polêmicas

    Por Jose Antonio Varela Vidal


    ROMA, 02 de Julho de 2013 (Zenit.org) - O documento do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) do governo dos Estados Unidos, publicado em 28 de junho, "precisa de tempo para ser analisado", declarou o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque e presidente da Conferência dos Bispos Católicos do país.

    O documento foi lançado depois de meses de manifestações e protestos em todo o país, além de declarações de diversos bispos e organizações pró-vida que consideram as novas normas como uma imposição que atenta contra a liberdade religiosa e como uma negação do direito à objeção de consciência.

    O HHS exige que os empregadores, inclusive os que têm objeções morais à contracepção, providenciem o acesso dos seus empregados a métodos e medicamentos anticonceptivos, incluindo os que causam o aborto e a esterilização, de forma gratuita, como parte dos serviços para as mulheres previstos pela nova lei de saúde pública.

    "Recebemos e começamos a revisar a norma final de 110 páginas", disse o cardeal Dolan, manifestando o seu agradecimento pela prorrogação de cinco meses no prazo para a implementação da complexa proposta, o que permitirá estudá-la melhor.

    O HHS oficializou a resolução em 28 de junho. A data de início de vigência da norma, fixada originalmente para 1º de agosto de 2013, foi adiada para 1º de janeiro de 2014, em especial para atender a solicitação de algumas entidades sem fins lucrativos.

    A longa e complexa normativa "requer uma análise cuidadosa, que nos permita fazer uma declaração mais completa", reiterou o porta-voz dos bispos estadunidenses.


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    Análise
    Tolerância: uma via de mão única 
    A defesa do casamento está se transformando em crime

    Por John Flynn, LC


    ROMA, 03 de Julho de 2013 (Zenit.org) - A recente legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo na França ainda não arquivou os argumentos contrários. O debate continua.

    Os autores da mudança na definição do casamento costumam apelar para a tolerância, para a compreensão e para a aceitação das diferenças a fim de apoiar a sua posição. Agora que a França respondeu a esse apelo, quem não está de acordo com a mudança está descobrindo que não existe espaço para a oposição.

    A organização norte-americana C-FAM (Instituto para a Família Católica e para os Direitos Humanos) informou que as autoridades francesas "decidiram que os manifestantes pró-família são uma ameaça pública".

    "Eles foram submetidos a verificações de identidade, prisões e detenções arbitrárias, sem fundamento, assim como à brutalidade policial, com agressões físicas e com o uso de gás lacrimogêneo", denunciou o C-FAM na semana passada.

    O artigo menciona uma reportagem do jornal francês Le Figaro, segundo o qual, em 26 de maio, houve mil prisões e quinhentas detenções de pessoas que manifestaram a sua opinião contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

    O C-FAM comparou o comportamento da polícia em duas ocasiões: em maio, durante violentos distúrbios após um jogo de futebol em Paris, só onze pessoas foram detidas; porém, durante uma das manifestações em prol do matrimônio tradicional, no mesmo mês, cerca de 300 pessoas sofreram detenção.

    A C-FAM destaca que vários vídeos sobre os protestos mostram que a polícia francesa ataca com gás lacrimogêneo até mesmo os manifestantes pacíficos, famílias com crianças, idosos e portadores de necessidades especiais.

    A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa organizou uma audiência sobre os protestos e, de acordo com o Centro Europeu de Lei e Justiça, há evidências da brutalidade "contra o movimento social em defesa da família que desafia a lei que abre o direito ao casamento e à adoção para casais do mesmo sexo".

    Segundo o Centro Europeu de Lei e Justiça, as manifestações contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo são os maiores protestos sociais desde maio de 1968. Um relatório do mesmo centro contém numerosos relatos de pessoas que denunciaram o uso excessivo da força por parte das autoridades.

    "Ao menor movimento da multidão, a polícia passou a usar imediata e repetidamente gases lacrimogêneos para dispersá-la", diz o texto, que menciona a participação de cerca de um milhão de pessoas no dia 24 de março.

    "Ninguém se salvou: mulheres, crianças, idosos, deficientes. Os manifestantes foram pisoteados e agredidos. Uma mulher foi esmagada por um veículo da polícia", relata o informe.


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    Angelus
    O foco não é socializar, passar o tempo juntos, o foco é anunciar o Reino de Deus 
    Palavras do Papa Francisco pronunciadas neste domingo antes da tradicional oração mariana do Angelus


    CIDADE DO VATICANO, 07 de Julho de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs! Bom dia!

    Antes de tudo desejo partilhar convosco a alegria de ter encontrado, ontem e hoje, uma peregrinação especial do Ano da Fé: aquela dos seminaristas, noviços e noviças. Peço-vos para rezarem por eles, para que o amor por Cristo amadureça sempre mais na vida deles e eles se tornem verdadeiros missionários do Reino de Deus.

    O Evangelho deste domingo (Lc 10,1-12.17-20) nos fala propriamente disto: do fato de que Jesus não é um missionário isolado, não quer cumprir sozinho a sua missão, mas envolve os seus discípulos. E hoje vemos que, além dos Doze apóstolos, chama outros setenta e dois, e os manda às aldeias, dois a dois, a anunciar que o Reino de Deus está próximo. Isto é muito belo! Jesus não quer agir sozinho, veio para trazer ao mundo o amor de Deus e quer difundi-lo com o estilo da comunhão, com o estilo da fraternidade. Por isto forma imediatamente uma comunidade de discípulos, que é uma comunidade missionária. Imediatamente os prepara para a missão, para ir.

    Mas atenção: o foco não é socializar, passar o tempo juntos, não, o foco é anunciar o Reino de Deus, e isto é urgente! E também hoje é urgente! Não há tempo a perder batendo papo, não é preciso esperar o consenso de todos, é preciso ir e anunciar. A todos leva a paz de Cristo, e se não a acolhem, se segue em frente da mesma maneira. Aos doentes se leva a cura, porque Deus quer curar o homem de todo mal. Quantos missionários fazem isto! Semeiam vida, saúde, conforto às periferias do mundo. Que belo é isto! Não viver para si mesmo, não viver para si mesma, mas vive para ir e fazer o bem! Tantos jovens estão hoje na Praça: pensem nisso, questionem: Jesus me chama a ir, a sair de mim e fazer o bem? A vocês, jovens, a vocês rapazes e moças, pergunto: vocês são corajosos para isto, têm a coragem de ouvir a voz de Jesus? É belo ser missionários!... Ah, são bravos! Eu gosto disso!

    Estes setenta e dois discípulos, que Jesus envia à sua frente, quem são? Quem representam? Se os Doze são os Apóstolos, e então, representam também os Bispos, seus sucessores, estes setenta e dois podem representar os outros ministros ordenados, presbíteros e diáconos; mas em sentido mais amplo, podemos pensar nos outros ministérios na Igreja, nos catequistas, nos fiéis leigos que se empenham nas missões paroquiais, em quem trabalha com os doentes, com as diversas formas de desconforto e alienação; mas sempre como missionários do Evangelho, com a urgência do Reino que está próximo. Todos devem ser missionários, todos podem ouvir aquele chamado de Jesus e ir adiante e anunciar o Reino!

    Diz o Evangelho que aqueles setenta e dois voltaram da sua missão repletos de alegria, porque tinham experimentado o poder do Nome de Cristo contra o mal. Jesus confirma isso: a estes discípulos Ele dá a força para derrotar o maligno. Mas acrescenta: "Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos estão sujeitos, mas alegrai-vos de que os vossos nomes estejam nos céus" (Lc 10, 20). Não devemos nos vangloriar como se fôssemos nós os protagonistas: protagonista é um só, é o Senhor! Protagonista é a graça do Senhor! Ele é o único protagonista! E a nossa alegria é somente esta: ser seus discípulos, seus amigos. Ajude-nos Nossa Senhora a sermos bons operários do Evangelho.

    Queridos amigos, a alegria! Não tenham medo de ser alegres! Não tenham medo da alegria! Aquela alegria que nos dá o Senhor quando O deixamos entrar na nossa vida, deixamos que Ele entre na nossa vida e nos convide a sair de nós para as periferias da vida e anunciar o Evangelho. Não tenham medo da alegria. Alegria e coragem!

    (Após o Angelus)

    Queridos irmãos e irmãs,

    Como vocês sabem, ha dois dias foi publicada a Encíclica sobre a fé, intitulada Lumen Fidei, "a luz da fé". Por ocasião do Ano da Fé,o Papa emérito Bento XVI iniciou esta encíclica, após a da caridade e esperança. Eu peguei esse projeto e o concluí. Eu o ofereço com alegria a todo o Povo de Deus. Hoje, especialmente precisamos ir ao essencial da fé cristã, precisamos aprofundá-la e confrontá-la com as problemáticas atuais. Acredito que esta encíclica, pelo menos em algumas partes, poderá ser útil para aqueles que estão à procura de Deus e do sentido da vida. Eu a coloco nas mãos de Maria, ícone perfeita da fé, para que possa dar os frutos que o Senhor deseja.

    Dirijo minha cordial saudação a todos, caros fiéis de Roma e peregrinos. Saúdo especialmente os jovens da Diocese de Roma que se preparam para partir para o Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude. Queridos jovens, eu também estou me preparando! Caminhemos juntos rumo a esta grande festa da fé; Maria nos acompanhe, e nos encontramos lá!

    Saúdo as Irmãs Rosminianas e as Franciscanas Angelinas que realizam seus Capítulos Gerais e os responsáveis pela Comunidade de Santo Egídio que vieram de vários países para o curso de formação. A todos auguro um bom domingo! Bom almoço! Adeus.


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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo