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    sábado, 13 de julho de 2013

    Rodrigo Constantino







    Rodrigo Constantino


    • Entrevista com Armínio Fraga
    • Keynesianos sem memória
    • BNDES em ritmo acelerado
    • Passe livre não é direito
    • Que fase!
    • O aviso de Mercadante
    • Dez mil


    Entrevista com Armínio Fraga

    Posted: 12 Jul 2013 04:45 PM PDT





    Keynesianos sem memória

    Posted: 12 Jul 2013 11:18 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    O problema de uma ciência não-exata como a economia é que os economistas que fracassam em suas previsões sempre podem alegar que o problema está em outro lugar. Ou algum fator exógeno, ou em um argumento contrafactual, como a alegação de que foi feito pouco daquilo que ele recomendava, e por isso as medidas não surtiram o efeito desejado.


    Penso nisso quando leio, no caderno EU&Fim de Semana do Valor, longo artigo de Luiz Fernando de Paula e André de Melo Modenesi, ambos da Associação Keynesiana Brasileira (AKB). Eles fazem de tudo para isentar seu guru Keynes do fracasso atual da equipe econômica, que até ontem era elogiada e defendida por eles mesmos. Eles dizem:


    Sustentamos que a desaceleração econômica recente no Brasil é, em boa medida, resultado de má coordenação de políticas econômicas e de uma estratégia confusa, que não foi devidamente sinalizada aos agentes econômicos. Utilizando o linguajar médico, alguns remédios, ainda que recomendados (como redução de juros), foram insuficientes para combater a doença; outros, entretanto, foram erroneamente prescritos. Assim, cabe entender por que as políticas anticíclicas foram bem-sucedidas para enfrentar o contágio da crise do Lehman Brothers, mas não evitaram o contágio da crise do euro.






    Mas eu faço um desafio: mostrem que antes dos problemas atuais, vocês apontavam para isso! Mostrem que eram críticos severos dessa postura do governo, quando ainda não tinham aparecido as consequências das medidas! Será complicado, não é mesmo? Até porque eu sei que estavam aplaudindo o governo.






    Participei de um debate com Luiz Fernando de Paula, organizado pelo Ibmec, para discutir Keynes versus Hayek. A minha parte pode ser vista aqui. Meu discurso "chocou" o professor Luiz Fernando, que veio em defesa do governo, dos estímulos, enfim, endossou a política econômica de Dilma. Como ficamos agora? É fácil olhar para trás e fingir que não estava lá, concordando com o que deu errado. Mas estava!






    O fato é que o histórico keynesiano é uma coleção de fracassos. Infelizmente, aprendemos com a história que poucos aprendem com ela. Os economistas keynesianos fazem isso com frequência: jogam a culpa de seus erros em ombros alheios, e fingem que não tiveram nada a ver com aqueles resultados lamentáveis, apenas para seguir adiante, com as mesmas receitas fracassadas. Até quando?




    BNDES em ritmo acelerado

    Posted: 12 Jul 2013 07:29 AM PDT






    Fonte: Exame


    Rodrigo Constantino


    Deu na EXAME: Desembolsos do BNDES crescem 67% de janeiro a maio


    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 73 bilhões entre janeiro e maio, com alta de 67% na comparação com igual intervalo do ano passado.
    No período, todos os setores apoiados pelo banco de fomento tiveram aumento nos valores desembolsados, informou a instituição por meio de comunicado nesta quinta-feira, 11.

    Nos primeiros cinco meses, também cresceram as aprovações para financiamento a novos projetos (R$ 70,7 bilhões) e as consultas de empresas por novos financiamentos (R$ 102,7 bilhões), com altas de 21% e 9%, respectivamente.

    Segundo o BNDES, os resultados positivos indicam manutenção no ritmo de investimentos na economia brasileira. A tendência ganhou destaque em maio, quando o banco liberou R$ 18,6 bilhões, aumento de 93% na comparação com maio de 2012, e as consultas por financiamentos atingiram R$ 32,1 bilhões, expansão de 62%.

    Entre os diferentes setores financiados pelo BNDES até maio, o maior crescimento relativo foi na indústria, com salto de 123% nas liberações ante igual intervalo de 2012, para R$ 25,8 bilhões. As operações das linhas BNDES Finame totalizaram R$ 29,5 bilhões, alta de 87% na mesma base comparativa.

    Os desembolsos para infraestrutura alcançaram R$ 20,7 bilhões, crescimento de 19% no acumulado de janeiro a maio. As aprovações do BNDES no setor acumularam R$ 25 bilhões este ano, até maio, com alta de 92% em relação às aprovações de mesmo período do ano passado.


    Tenho escrito vários artigos condenando essa gestão do BNDES. Em 2011, escrevi para o GLOBO um texto sugerindo que era necessário repensar o papel do banco. A verdade é que o BNDES tem sido o grande instrumento de seleção dos "campeões nacionais" por parte do governo. Entre esses "campeões" está o grupo EBX, de Eike Batista, hoje em grandes dificuldades financeiras, ou a JBS, cujo acionista tem ambições políticas. Qual o critério?


    Isso sem falar da "contabilidade criativa" que o governo faz, usando o BNDES para receber dividendos que vêm dos recursos do próprio Tesouro aportados no banco. O BNDES claramente extrapolou suas funções, se é que elas são defensáveis. Ele virou um veículo de transferência de recursos dos mais pobres, pagadores de impostos, para os mais ricos.


    Esse ritmo acelerado de empréstimos não se traduziu em retorno para a sociedade. Está na hora de debater mais a fundo isso. Se for o caso, que o BNDES seja até fechado. O que não dá é para continuar nessa toada, prejudicando os brasileiros em nome de uma ideologia ultrapassada, que delega ao governo um poder econômico desmedido e absurdo.


    Passe livre não é direito

    Posted: 12 Jul 2013 06:53 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    O empresário João Luiz Mauad, colunista do Instituto Liberal, deu uma verdadeira aula sobre liberalismo hoje no GLOBO. Seu artigo explica de forma bastante didática o conceito de liberdade negativa, muito bem desenvolvido por Isaiah Berlin. Mauad argumenta:


    Imagine que o leitor entre num ônibus e meia dúzia de passageiros o obriguem a pagar as suas (deles) passagens. Sem alternativa, tendo em vista a visível diferença de força, você cede. Tal fato seria condenado pela maioria das pessoas de bem, certo?

    Agora imagine que, em vez de agir diretamente, aquelas pessoas sejam substituídas por um agente do governo, armado pela força da lei, que poderá puni-lo caso você se recuse a bancar as passagens daquela gente. Mudou alguma coisa? Não estou falando da legalidade do ato, mas da moralidade. Uma ação antes imoral e injusta tornou-se moral e justa por conta da intermediação do Estado ou pela força de uma lei imposta pela maioria?

    Desde que direitos e obrigações são dois lados inseparáveis da mesma moeda, a melhor forma de saber se alguém tem direito a alguma coisa é perguntar quem está obrigado a fornecê-la. O fato de eu desejar ou necessitar muito algo não diz muita coisa. Quem não adoraria, por exemplo, ter transporte confortável, moradia digna, serviços de saúde eficientes, tudo de graça? O problema é que não nos bastam vontades e/ou carências, é preciso que alguém forneça os bens e serviços de que necessitamos e, normalmente, isso tem um custo.

    Cientes disso, os liberais entendem que direitos são conceitos de caráter estritamente negativo. De acordo com essa concepção, o exercício de um direito legítimo não pode requerer que outros sejam forçados a agir para garanti-lo, mas somente que se abstenham de interferir para cessá-lo.

    O meu direito de ir e vir não exige que os demais me forneçam o transporte, mas, pura e simplesmente, que não impeçam o meu deslocamento. O meu direito à vida não requer que ninguém a mantenha - além de mim mesmo, com os recursos do meu próprio trabalho -, mas apenas que os demais não atentem contra ela.






    Compreender isso é fundamental para os liberais. Nós jamais usamos o termo "direitos" dissociados de "deveres", como se tais direitos (positivos) caíssem do céu, brotassem da terra, viessem de Marte. Nós sabemos que o "direito" de alguém a um "passe livre" significa, necessariamente, o dever de alguém fornecer esse privilégio. Liberais estimam a igualdade perante as leis, não a ideia de que o estado é o instrumento pelo qual todos viverão à custa de todos.






    Fecho com a conclusão de Mauad:





    Como sabemos todos, não existe almoço grátis . Qualquer benefício oferecido de graça estará sendo pago forçosamente por alguém, ainda que o Estado seja o intermediário. No meu dicionário, isso não é direito, mas esbulho.


    Que fase!

    Posted: 12 Jul 2013 06:40 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    Nelson Motta, em seu artigo de hoje no GLOBO, capturou em um parágrafo o momento bizarro que vivemos:


    Estamos vivendo dias de espanto, com Renan Calheiros se tornando o paladino das forças do bem, ávidas para atender prontamente as reivindicações populares, mesmo cortando na carne do Senado, e com o apoio de Sarney! Estamos dependendo da independência, da grandeza, da integridade e do espírito público do PMDB de Henrique Alves e Eduardo Cunha para evitar desastres armados pelos estrategistas do Planalto e apoiados pelo PT e o PCdoB, como o plebiscito de araque. Que fase!






    Eu tenho argumentado que o PMDB, com todos os seus inúmeros defeitos fisiológicos, que impedem que o Brasil avance mais rápido, também impede que ele vire uma grande Argentina. Depender dos políticos do PMDB como freio às investidas autoritárias do PT é realmente espantoso. Mas é o jeito. Que fase!






    Volto a Nelson Motta para encerrar:





    Quando 81% dos brasileiros avaliam os políticos como "corruptos ou muito corruptos", para conter sua voracidade, associada a empresários inescrupulosos e funcionários venais, são criados incontáveis mecanismos de controle, e de controle do controle, aumentando o poder da burocracia e atrasando os projetos e investimentos públicos. Criando mais dificuldades para vender novas facilidades, aumentam a corrupção. São mais mãos a serem molhadas, mas o custo é sempre repassado aos consumidores finais: nós.

    Mas o presidente do PT atribui as dificuldades do governo a falhas de comunicação, como se o governo não gastasse mais de um bilhão de reais por ano em triunfais campanhas publicitárias de João Santana vendendo o Brasil Maravilha de Lula e Dilma. Pelo contrário, o governo é vítima de seu excesso de comunicação, contrastado fragorosamente pela realidade das ruas.


    O aviso de Mercadante

    Posted: 12 Jul 2013 06:13 AM PDT






    Fonte: O GLOBO


    Rodrigo Constantino


    A entrevista do Ministro da Educação Aloizio Mercadante para a Folha ontem repercutiu muito mal no Congresso. Nela, o cada vez mais poderoso ministro, que avança sobre as demais pastas e assume uma postura de porta-voz do governo Dilma, avisou em tom de ameça que o eleitor iria "cobrar caro" nas urnas o plebiscito não ter sido aprovado.


    Não podemos considerar esse alerta um ato isolado. Mercadante está no seleto círculo de confiança da presidente Dilma. Eis a estratégia que eles têm adotado: a presidente "escutou a voz das ruas", levou para o Congresso uma medida fundamental para viabilizar mudanças por meio dessa voz, e os deputados enterraram a oportunidade, fazendo-se de surdos.


    Há só um problema: nada disso é verdade! Chega a ser constrangedora a cara-de-pau do governo de se fingir alheio às críticas das ruas. O PT governa o país há mais de uma década! Foi o PT que se aliou ao PMDB. Foi o PT que expandiu gastos públicos e crédito estatal, plantando as sementes dos problemas econômicos atuais. Foi o PT que priorizou o investimento em estádios de futebol que são verdadeiros "elefantes brancos". E foi o PT o líder do mensalão.


    Além disso, ninguém estava nas ruas demandando um plebiscito. Como disse Eduardo Cunha, do PMDB, havia até placa anunciando a venda de um Monza 92, mas nenhuma pedindo plebiscito. Este, no fundo, era um sonho antigo do próprio PT, que usou as manifestações de forma oportunista para desengavetar seu projeto de concentração de mais poder no partido e em seus caciques. O anseio do PT é poder passar por cima do Congresso e governar sozinho, no estilo bolivariano.


    Uma das críticas mais duras ao oportunismo de Mercadante veio de Ronaldo Caiado, líder do DEM: "Senhor Mercadante, não queira jogar a falência do governo Dilma nas costas do Congresso. Quem não investe em educação, saúde, segurança e combate à corrupção é a presidente Dilma, que tem o poder da caneta". Ele continuou:





    Veja o quanto os porta-vozes do governo são inescrupulosos. Mercadante deveria ter um conhecimento mínimo de Constituição e Regimento Interno quando induz a população a pensar que estamos impedindo a consulta popular. O plebiscito já foi feito e o povo disse nas passeatas que quer é uma saúde de qualidade, uma educação que seja compatível para nossos jovens, uma mobilidade urbana. É fazer com que os mensaleiros não fiquem apenas no julgamento e sejam cumpridas as penas.






    Em sua coluna de hoje no GLOBO, Merval Pereira também disseca o fracasso dessa tentativa de Mercadante de desviar o foco do governo para o Congresso:






    Quem tentou tirar partido da fragilidade do Congresso foi o ministro Aloizio Mercadante, promovido a principal interlocutor político do Palácio do Planalto. A entrevista à "Folha" em que ele ameaça o Congresso com uma vingança dos eleitores nas urnas em 2014 se não ouvir as vozes das ruas, como se as manifestações nada tivessem a ver com a presidente Dilma e o governo do qual se tornou porta-voz, certamente dificultará ainda mais a relação entre a base aliada e o governo.






    Já há quem fale em abandono do PMDB da base aliada ano que vem. Ainda faltam 15 meses para as eleições, cuja campanha foi antecipada pelo próprio PT. E o PT cava cada vez mais seu isolamento, criando um clima de completa ingovernabilidade em meio a uma grave crise econômica. Faltam estadistas no PT e no governo. Quem tem Mercadante como poderoso ministro, interlocutor e porta-voz, não pode querer muita coisa mesmo.




    Dez mil

    Posted: 12 Jul 2013 04:50 AM PDT


    Rodrigo Constantino


    Dez mil. Chego a esta marca de amigos + seguidores no Facebook poucos dias após celebrar os 9 mil. Sinal de que estamos espalhando rápido as mensagens liberais, ajudando mais gente a sair da esquerda, abraçar valores mais justos e com resultados bem mais eficientes. É o que me anima a seguir nessa luta muitas vezes inglória.

    Abaixo, meu discurso à ocasião do Prêmio Libertas no Fórum da Liberdade, justamente sobre o poder das ideias. Invistam nas boas ideias! Associem-se ao Instituto Liberal, que agora eu presido. Vamos, juntos, espalhar ainda mais esses princípios liberais, focando sempre nos argumentos, nos fatos, respeitando a pluralidade de opiniões e a Grande Sociedade Aberta. O Brasil precisa avançar!













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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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