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    quarta-feira, 10 de julho de 2013

    CATEDRAIS MEDIEVAIS






    CATEDRAIS MEDIEVAIS





    Vias para uma restauração na arquitetura católica. “Feias como o pecado” X antecâmaras do Céu – 7

    Posted: 09 Jul 2013 08:30 PM PDT






    Altar da igreja da Imaculada Conceição, Londres. Desenho de

    A.W.Pugin, arquiteto inglês que impulsionou a retomada do gótico


    continuação do post anterior




    Dr. Rose não fica na crítica. Ele propõe normas de ação positivas aplicadas em paróquias dos EUA.




    Lá, o desprezo pelas cafajestices arquitetônicas alimentou a tendência para que as igrejas voltem a ser como eram.




    Rose refere o caso da igreja de São Patrício em Forest City, Missouri. Ela foi modernizada por dentro com painéis de compensado.




    A Via Sacra, o velho altar, imagens e objetos sagrados desapareceram. Em 1999, o pároco, Pe. Joseph Hughes, iniciou a restauração.




    Objetos como a lâmpada do Santíssimo, o tabernáculo e os candelabros, piedosamente guardados pelos fiéis, foram reaproveitados.




    Onde o altar principal foi poupado, diz Rose, deve-se reinstalar o Santíssimo Sacramento no tabernáculo, removendo as modernidades acrescentadas, elaboradas em geral com materiais de segunda classe e já caducos.




    Restaurado o ponto monárquico, não é difícil devolver a hierarquia, a sacralidade e a beleza à igreja.







    Acrêscimo incongruente na catedral gótica de Ely:

    exemplo de absurdos que podem ser removidos

    sem dano e com muito proveito


    No lugar em que os altares foram demolidos, a restauração poderá ser uma oportunidade para se desenhar e construir algo ainda mais rico e mais belo do que o original, segundo o autor.




    Assim ocorreu na catedral São Paulo, de Worcester, e em várias igrejas históricas na diocese de Victoria, Texas.




    Nas igrejas novas, como a arquitetura moderna montou estruturas tipo "use e jogue fora", Rose propõe aplicar esse princípio e jogar fora os acréscimos modernosos.




    A seguir, deve-se dar à igreja um senso hierárquico, definindo um presbitério, uma nave, elevando um altar-mor, corrigindo as assimetrias, expurgando os ares de auditório ou teatro.




    No tocante às igrejas tão ousadas que nem adianta reformar, Rose lembra que foram feitas para durar pouco e servir para outras funções.




    Então, que se construam no mesmo lugar outras igrejas, fiéis à estética antiga.




    Michael Rose menciona novos grupos de arquitetos formados em prestigiosas universidades, e que desenvolvem projetos inspirados nas obras-primas dos séculos de glória da Igreja e de acordo com as necessidades do século XXI.




    Mas isso não é tudo.





    Formação da opinião católica, inclusive do clero







    Catedral de Los Angeles, EUA: lastimável exemplo

    de prédio que pode servir para qualquer coisa: fábrica, estádio coberto, até ... igreja!


    Para dar estabilidade à recuperação do patrimônio arquitetônico católico, é necessária uma campanha de formação do clero e dos fiéis.




    Como no caso do tratamento de alcoólatras, o primeiro passo é que eles admitam que andaram mal. Ou seja, admitam serem feias e antifuncionais, banais e incapazes de inspirar a religião, as igrejas novas pós-Vaticano II.




    O segundo passo consiste em identificar a causa do problema: as agendas teológicas que desejam mudar (desfigurar!) o rosto do catolicismo.




    O terceiro passo é "remover o câncer", ou seja, os LDCs devem deixar de interferir na hora de construir ou renovar as igrejas.







    Abadia de New Clairvaux, Califórnia, EUA: admirável exemplo

    de nova construção recuperando elementos antigos


    Quarto: contratar arquitetos que tornem manifesta a fé no prédio da "casa de Deus".




    Quinto: bispos, sacerdotes e leigos devem engajar-se na preservação e enriquecimento das igrejas com os melhores materiais razoavelmente disponíveis.




    Por fim: educar seminaristas, clérigos e leigos sobre o significado da igreja e sua íntima relação com a fé católica.




    Dr. Rose conclui que os católicos do século XXI podem corrigir a calamitosa situação atual e impulsionar um renascimento da arquitetura sagrada, recuperar os tesouros do passado no seu esplendor original e erigir novas igrejas, belas, duráveis, verdadeiros vasos de significado para as gerações vindouras de fiéis.




    O autor restringe-se a seu campo de arquiteto e faz um balanço substancioso de quase um século de Revolução Cultural na arquitetura religiosa.







    Catedral de Canterbury. A Igreja Católica é imortal e, na variedade dos bons estilos,

    Ela vencerá as trevas da confusão arquitetônica e religiosa


    Ele não aborda diretamente a crise que grassa na Igreja Católica. Neste contexto, a restauração para a qual ele acena merece encorajamento, compreendendo-se porém que, sem a penitência e sincera conversão pedida por Nossa Senhora em Fátima, não se recuperará a plenitude de sanidade e glória na Igreja.




    Sem essa conversão profunda, o sadio movimento — auspiciado pelo talentoso arquiteto Michael Rose — poderá impor um retrocesso parcial à Revolução Cultural religiosa, mas à la longue poderá ser tragado pela voragem progressista.




    Pois o foco causador da revolução estética é o processo de autodemolição, denunciado por Paulo VI, em curso na Igreja. Sem que este cesse, nada de durável poderá realizar-se.




    Tal autodemolição seria fatal, caso não existisse a promessa infalível de Nosso Senhor, de que as portas do inferno jamais prevalecerão contra a Igreja.




    FIM















    GLÓRIACRUZADASCASTELOSORAÇÕESHEROISCONTOSCIDADESIMBOLOS










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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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