MÊS DO ROSÁRIO
- OUTUBRO DE 2012-
Vamos celebrar este Mês do Rosário de 2012, apresentando diariamente textos publicados em "VOZ DE FÁTIMA" e "FÁTIMA LUZ E PAZ" em diversas datas mais recentes.
(30)- ACONFISSÃO AINDA SE USA !
A 1 de Agosto de 2012, dia em que a Igreja faz memória de Santo Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja, padroeiro dos confessores e dos moralistas, o Santuário de Fátima proporcionou um momento de formação e de convívio aos sacerdotes que colaboram com a instituição no serviço de confissões. A propósito deste encontro, o P. Manuel Pinheiro, capelão do Santruário de Fátima, escreve sobre a importância do sacramento da Reconciliação na vida dos cristãos e reflecte sobre o seu impacto num local de peregrinação como Fátima.
É verdade que, sobretudo, nas comunidades, próximas das zonas urbanas, uma boa parte das pessoas prefere "ir à cidade", também pela facilidade de horários, variedade de confessores e para não se confessarem com o pároco (também se perdeu muito esta ligação "familiar", no que toca à Reconciliação).
No entanto, convém salientar a importância de, no meio de tantos trabalhos e preocupações, que envolvem a vida paroquial, com tanta burocracia, papéis, reuniões, obras e muitas outras canseiras, para além do tempo para o atendimento (cartório), haver disponibilidade para acolher e escutar quem queira confessar-se e/ou conversar.
(Muitas são as pessoas que sentem mais necessidade de conversar – discernir e desabafar - do que de confessar-se).
Sentimos isso aqui em Fátima, onde, à vezes, tem de se gastar muito tempo, sentindo "compaixão por quem sofre ou procura ser ajudado".
Nem tudo são (podem ser) "confissões" cronometradas", mesmo sabendo que, confissão não é direcção espiritual, até porque, para além das dificuldades e fragilidades psíquicas, há quem busque "receitas feitas e bênçãos enfeitiçadas".
E, nestes casos, a "consulta", a "catequese" exige mais tempo.
Tenho dito, muitas vezes, ao longo destes 32 anos de Sacerdócio, quase todos como pároco, que, na confissão nos sentimos (mais) padres, tomamos consciência da fragilidade, grandeza e responsabilidade do ministério mas, particularmente, celebramos o "amor sem limites" de Deus, quer quando confessamos, quer quando nos confessamos.
Como diz S. Paulo, confirma-se que "trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério"(2 Cor.4,7).
O Milagre de Fátima
Desde que aqui estou, tenho repetido, amiúde, que o "Milagre de Fátima" está aí bem vivo e acontece, sobretudo, na Capela da Reconciliação :
-"Deus é quem toma a iniciativa de acolher e amar (sendo que o perdão faz parte do amor); e o arrependimento ajuda a elevar os olhos até Deus e a encaminhá-los até ao próximo, mediante a gratidão e a compaixão (tudo com sabor a reparação)".
"O Sacramento da Reconciliação, como instrumento de graça, colabora activamente com o dinamismo espiritual e apostólico do Santuário".
De facto, este espaço da celebração da Reconciliação, pelo carácter específico que o marca, com as diversas capelas, sobretudo a do Santíssimo Sacramento, torna-se, cada vez mais, um "oásis", dentro do todo que é Fátima, até porque, muitos comportamentos, fruto da distracção, da falta de sensibilidade e de respeito pelo sagrado e pelos outros, do pouco cuidado no uso (abuso) dos telemóveis, das fotos, nas conversas, no cumprimento das promessas, no desleixo na forma de vestir (?) e circular no Recinto, degradam o ambiente do Santuário, não dignificam quem assim procede nem honram a "Senhora mais brilhantes que o sol", muito menos "Deus", Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos altos Céus, nos encheu com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo".(Ef.1,3).
Confessar-se quando e de quê ?
Sempre que cada um sinta necessidade, respeitando o ritmo de cada qual (nem todos os meses, nem todas as semanas, todos os dias…) e quando cometemos pecados graves (mortais); a Igreja manda confessar-se, uma vez cada ano; "os pecados do dia-a-dia" são perdoados com o acto de contrição, a confissão, o acto penitencial, no princípio da Missa, a própria participação na Eucaristia e a Comunhão.
A reconciliação é sempre com Deus e com a Igreja, através do acto de dizer (confessar) os pecados ao sacerdote e, através dele, ser absolvido, perdoado, "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".
Refiro, por fim, a universalidade da fé cristã e da celebração do perdão, pela "amostra" dos confessors (e dos penitentes) : para além dos padres portugueses, por cá passam e aqui confessam irmãos do Brasil, de Angola e Moçambique, de Espanha, Polónia, Itália, França, Alemanha, Malta, Índia, Ucrânia, Suiça, para além dos confessors de língua inglesa e alguns" poliglotas".
Fátima é, também, "Confessionário do Mundo".
VOZ DA FÁTIMA Setembro de 2012
Nascimento
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