CAIFÁS E A CONDENAÇÃO DE JESUS
Ao chegarmos às proximidades da Semana Santa, a Liturgia da Palavra de hoje 12 de Abril A, evoca alguns profetas, como Ezequiel, o qual nos fala do Reino de David e seus sucessores, que deve ser um reino unido, isto é sem divisões e aparece-nos uma personagem influente a dizer que, por isso mesmo seria bom que um só morresse por todos.
Foi Caifás que assim falou.
O seu primeiro nome era José, e foi Sumo Sacerdote no tempo em que João Baptista começou a pregar :
- "Sob o pontificado de Anás e Caifás, a palavra de Deus foi dirigida a João filho de Zacarias". (Lc.3/2) .
E ainda era Sumo Sacerdote no tempo do julgamento de Jesus, e teve culpa na Sua prisão, bem como na Sua crucifixão ordenada pelas autoridades Romanas de Jerusalém.
Era casado com a filha do Sumo Sacerdote Anás, porque era costume naquele tempo, um Sacerdote casar com a filha de outro Sacerdote, especialmente entre a aristocracia sacerdotal e entre os sacerdotes de Jerusalém, cujo prestígio e educação lhes concediam uma posição de destaque.
O Sumo Sacerdote procurava escolher os seus filhos e netos para os lugares mais lucrativos das funções do Templo e, consequentemente, já não seria surpresa que Caifás sucedesse ao seu sogro, que foi, virtualmente, o fundador da dinastia dos Sumos Sacerdotes.
A casa governamental de Anás, possuía talvez, sob o seu controlo, todas as posições superiores dentro do sacerdócio, inclusivamente o negócio das vítimas sacrificiais dos Gentios dentro do Templo.
Caifás foi nomeado Sumo Sacerdote por Valério Grato no ano 18 e deposto por Vitélio em 36.
Foi Caifás quem primeiro sugeriu a morte de Jesus :
- "Caifás, um deles, que era Sumo Sacerdote, naquele ano, disse-lhes (aos fariseus): Vós nada sabeis. Não compreendeis que vos interessa que morra um só homem pelo povo e não pereça a Nação inteira". (Jo. 11/49).
- "Conduziram-n'O primeiramente a Anás por ser sogro de Caifás (... ). Tinha sido Caifás, quem dera este conselho aos Judeus : "É preferível que morra um só homem pelo povo". (Jo. 1813).
- "Então Anás mandou-O manietado, ao Sumo Sacerdote Caifás". (Jo. 18/24).
- "Depois levaram Jesus da casa de Caifás ao pretório. Era de manha cedo..." (Jo.18/28).
Os planos para a morte de Jesus foram também feitos em casa de Caifás :
- "Reuniram-se, então, os Príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, no palácio do Sumo Sacerdote, que se chamava Caifás e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-Lo". (Mt.26/3).
Depois de ser preso foi ser ouvido no Palácio de Caifás, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos :
- "Os que tinham prendido Jesus, conduziram-n'0 a casa do Sumo Sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos do povo se tinham reunido". (Mt.26/57). (cf.Mc. 14/53; Lc.23/54).
Jesus foi interrogado por Caifás sobre a Sua missão messiânica a cujas respostas todos disseram que Ele tinha blasfemado :
- "Intimo-Te por Deus vivo que nos digas se és o Cristo, Filho de Deus. Jesus respondeu : Tu o disseste. E Eu digo-vos : - Vereis um dia o Filho do Homem sentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. Então o Sumo Sacerdote rasgou as vestes, dizendo : Blasfemou !". (Mt.26/63). (cf. Mc.14/61).
O lugar possível da casa de Caifás é na parte alta da cidade, no lado Ocidental da encosta de Jerusalém, onde se podem ver algumas das ruínas das suas várias partes, como : o celeiro, o compartimento do tesoiro, o lugar de habitação, a corte de justiça, a casa dos guardas e as celas.
Várias Igrejas foram construídas neste lugar para comemorar a condenação e a prisão de Jesus por Caifás, bem como a negação e arrependimento de Pedro.
Entre 457 e 459, foi construída uma importante basílica dedicada a S. Pedro pela imperatriz Eudócia.
Em 530, Teodósio foi do Cenáculo para a Casa de Caifás, que agora é a Igreja de S. Pedro.
Nesta basílica, os primeiros apóstolos sofreram o número legal de chicotadas ( quarenta menos uma), sendo 13 em cada um dos ombros, pelo lado de trás e 13 no peito pelo lado da frente.
Depois foram mandados para casa com a recomendação de não mais pregarem Jesus Cristo.
Todavia eles voltaram todos os dias ao Templo para ensinarem e pregarem, apesar dos avisos e ameaças de Caifás :
- "O Sumo Sacerdote (Caifás) disse-lhes : - Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome. Enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobe nós o sangue desse homem". (Act.5/27).
Também com os Apóstolos, pela mesma razão, Caifás teve os seus problemas :
- "No outro dia, os chefes dos judeus, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém com o Sumo Sacerdote Anás, e ainda Caifás, Jónatas, Alexandre e todos os membros da família pontifícia. Mandaram comparecer os Apóstolos diante deles e perguntaram-lhes : Com que poder ou em nome de quem fizestes isso ?".(Act.4/5).
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