EU E O PAI SOMOS UM
Na Liturgia da Palavra de hoje 11 de Abril A, Jesus vem mais uma vez falar de Seu Pai para nos repetir que no Seu Reino, quem vê o Filho vê o Pai. :
-"Se não faço as obras de Meu Pai, não Me actrediteis, mas se as faço e não credes em Mim, crede nas Minhas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em Mim e Eu n'Ele".(Jo.10,37).
E é este Reino que Jesus Cristo nos anuncia como alternativa à precaridade desta vida, constantemente ameaçada pela fragilidade, violência, finitude e morte, um Reino que não será algo que cairá do Céu como o maná do deserto.
Este Reino é a nossa missão, que cada um começa por cumprir assumindo a sua dignidade como pessoa.
Caso contrário, falsificaremos a imagem do próprio homem e destruiremos os paradigmas fundamentais da existência.
E assim estaremos a definir a nossa condição e o nosso destino de acordo com os nossos gostos individuais, sempre efémeros, por vezes sacrílegos e blasfemos, adoptando os modelos descartáveis que a cultura moderna nos propõe irresponsavelmente.
Deus não nos substitui naquilo que é a nossa missão.
Com o nosso empenho pessoal de fidelidade aos valores da verdade, da beleza e da criação, poderemos lançar as bases do verdadeiro Reino de Deus, que assim emergerá desta vida precária o fermento transformador que anuncia o que deve ser definitivo.
É este o estranho Reino de Jesus Cristo :
- Um Reino em que o Soberano em vez de tomar assento num trono, tem por assento uma Cruz, e por coroa, os espinhos..
- Um Reino que contraria as expectativas humanas de alguns dos seus discípulos, que tinham idealizado um reinado de independência, prosperidade, poder e riquezas.
- Um Reino estranho este em que o banquete é uma Ceia de Amor e o Senhor se substitui aos criados e lava os pés aos convidados.
- Um Reino que só conhecerá a sua plenitude nos Céus, cuja Lei são as Bem-aventuranças e cuja justiça é a do Amor.
- Um Reino em que cada um desiste da sua autonomia para se integrar numa comunhão de partilha fraternal e num serviço de humanismo integral, inspirado pelo Espírito Santo e fundado na Paternidade divina.
- Um Reino em que o horror da condenação à ignomínia da Cruz é substituído pela entrega voluntária de Jesus ao Pai, que O ressuscita e faz sentar, num trono celestial de glória.
Pois é na Cruz que nós podemos ler a verdade do amor de Deus e a identidade da pessoa humana chamada a uma comunhão de Aliança com Deus.
Este é que é o verdadeiro Reino a que devemos aspirar e fazer tudo para o não perder.
Nascimento
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