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    segunda-feira, 10 de novembro de 2014

    [ZP141109] O mundo visto de Roma


    ZENIT
    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 09 de Novembro de 2014


    Papa Francisco
    "É melhor brigar do que falar por trás, diz o Papa aos religiosos
    O Papa convida os participantes da assembleia da Conferência Italiana de Superiores Maiores a serem francos. Destaca também a importância da vida fraterna em uma sociedade individualista
    O verdadeiro cristão não tem medo de sujar as mãos
    O Papa, em Santa Marta, critica os "cristãos de meio caminho" que simplesmente condenam os outros e elogia aqueles que, como Cristo, vai "aonde tem que ir" sem medo de perder a sua comodidade
    Eu faço o bem, não faço negócios com o bem
    Durante a homilia em Santa Marta, Francisco exorta os cristãos a não caírem na "rivalidade" ou na "vanglória"
    Igreja e Religião
    Jerusalém: a preocupação dos líderes das Igrejas
    Os líderes religiosos expressaram preocupação após o fechamento da Esplanada das Mesquitas e pedem o respeito ao acordo de Statu Quo que regula estes lugares
    Portugal celebra Semana dos Seminários
    Com o tema Servidores da Alegria do Evangelho, a Semana convida os portugueses para oração em prol destas instituições de formação eclesial
    Card. Parolin: Roma é patrimônio artístico graças à Igreja
    O Secretário de Estado do Vaticano falou na abertura do ano letivo do Pontifício Instituto de Arqueologia Cristã
    O Rescriptum sobre a renúncia dos bispos e dos titulares de cargos de nomeação pontifícia
    Aprovadas pelo Papa as disposições que reitera a disciplina vigente na Igreja latina e nas várias Igrejas orientais
    "Não instrumentalizar a visita do Papa ao Sri Lanka"
    Os bispos pedem ao presidente Rjapaksa para garantir um espaço de tempo suficiente entre a visita do Papa e as eleições presidenciais agendadas no mesmo dia em janeiro
    Congresso no Vaticano: "A complementaridade do homem e da mulher"
    Conferência internacional será realizada no Vaticano de 17 a 19 de novembro para apoiar o matrimonio e a vida familiar. Vários Dicastérios participam da organização
    A Santa Sé aprova as Constituições dos Legionários de Cristo
    O processo de revisão, que teve a participação de todos os Legionários, durou três anos. O decreto de aprovação foi assinado no dia 16 de outubro.
    Cultura e Sociedade
    Irmãs Orionitas: 100 anos de fundação
    "Que significa ser Missionárias senão isto: ir pelo mundo inteiro a evangelizar com a fé e com a caridade do Senhor?", escreveu seu fundador
    Pregação Sagrada
    Homilética: Domingo, 9 de novembro, Dedicação da Basílica de São João de Latrão
    Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no seminário diocesano Maria Mater Ecclesiae de são Paulo (Brasil)
    Homilética: XXXII domingo do Tempo Comum
    Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no seminário diocesano Maria Mater Ecclesiae de são Paulo (Brasil).
    Familia e Vida
    Brasil: mais uma vitória pró-família no Congresso Nacional
    Na maior enquete da história, no site da câmara dos deputados, votação em favor da família conforme a lei natural está na frente
    Pastoral Familiar lança livro interativo que ensina valores do matrimônio a crianças e adolescentes
    O material pode ser utilizado por educadores, pais, catequistas e responsáveis pela formação e acompanhamento das crianças e adolescentes.
    Entrevistas
    Os "olhos da Guerra" diante dos horrores do Isis
    O jornalista de guerra Gian Micalessin conta o que viu nos territórios controlados pela milícia do Califado e analisa a atitude da Europa em relação à perseguição de cristãos
    Análise
    A crise política e a doutrina social da Igreja
    Desconstruir estruturas democráticas e sociais nunca foi caminho para solução de crise, senão para criar um governo autoritário e acabar com a democracia
    A formação dos presbíteros
    Destituído de uma robusta compleição psicológico-emocional, o padre adoece
    A ideia de pecado e o debate político público
    A Igreja tem a melhor proposta a apresentar, para toda a humanidade, sobre a família, como se viu das discussões do último Sínodo.
    Angelus
    Precisamos de pontes, não de muros!
    No Angelus deste domingo, Francisco recorda os 25 anos da queda do Muro de Berlim e a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão
    Audiência de quarta-feira
    Um Igreja não unida ao bispo é uma Igreja doente
    Na Audiência Geral, o Papa Francisco recorda a natureza colegial do ministério episcopal, da comunhão



    Papa Francisco
    "É melhor brigar do que falar por trás, diz o Papa aos religiosos
    O Papa convida os participantes da assembleia da Conferência Italiana de Superiores Maiores a serem francos. Destaca também a importância da vida fraterna em uma sociedade individualista

    Por Federico Cenci


    ROMA, 07 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Ao invés de falar por trás, é melhor que dois religiosos briguem. Com a sua habitual franqueza, o Papa Francisco falou, na manhã de hoje, aos participantes da assembleia da Conferência italiana de Superiores Maiores, concluída hoje em Tivoli.

    O Santo Padre iniciou o seu discurso ressaltando o importante papel que desempenham os religiosos para fazer "atratividade" a Igreja. "Ante o testemunho de um irmão e de uma irmã que vive verdadeiramente a vida religiosa, as pessoas se perguntam 'o que é isso?', 'O que leva essa pessoa além do horizonte mundano?'", disse o Papa.

    Essas perguntas das pessoas nascem da percepção de radicalidade que caracteriza o religioso, mas que – destacou o Pontífice – "é exigida de cada cristão". No entanto, os religiosos devem fazer desta "radicalidade" um "testemunho profético", que "coincide com a santidade". O Santo Padre explicou, portanto, que "a verdadeira profecia nunca é ideológica, não está de 'moda', mas é sempre um sinal de contradição, segundo o Evangelho, assim como era Jesus", porque desorientou "as autoridades religiosas do seu tempo".

    Jesus Cristo que, acrescentou o Papa sobre a missão dos religiosos, deve estar sempre no centro. "Todo carisma para viver e ser frutífero é chamado a descentralizar-se, para que no centro esteja apenas Jesus Cristo", disse. Usando uma alegoria eficaz, Francisco acrescentou: "O carisma não deve ser armazenado como uma garrafa de água destilada, deve ser frutificado com coragem, comparando-o com a realidade presente, com as culturas, com a história, como nos ensinam os grandes missionários das nossas instituições".

    Esta simbiose com a realidade é sublimada pelo sinal de uma "vida fraterna", à qual são chamados os religiosos. Daqui pra frente, improvisando, a passagem mais evocativa do discurso do Papa, que perguntou: "Mas por favor, que não exista entre vocês o terrorismo das fofocas, hein! Joguem isso fora! Que haja fraternidade! E se você tem algo contra o seu irmão, diga-o na cara... Algumas vezes vai acabar em socos, não é um problema: é melhor isso do que o terrorismo das fofocas".

    É fundamental a mensagem que a vida consagrada pode oferecer à sociedade, porque "hoje a cultura dominante é individualista, centrada nos direitos individuais". Trata-se de "uma cultura que corroi a sociedade a partir da sua célula primária que é a família". É por isso que "a vida consagrada pode ajudar a Igreja e toda a sociedade dando testemunho de fraternidade, que é possível viver juntos como irmãos na diversidade".

    Tal convivência entre pessoas "diferentes e caráter, idade, formação, sensibilidade" nem sempre dá certo, "mas – acrescentou o Papa – dá pra reconhecer que se errou, se pede perdão e se oferece o perdão". Perdão que "faz bem para a Igreja: faz circular no corpo da Igreja a linfa da fraternidade. E faz bem também para toda a sociedade".

    Para alimentar esta fraternidade, o Papa faz, então, o apelo: "A cada dia temos que colocar-nos nesta relação, e o podemos fazer com a oração, com a Eucaristia, com a adoração, com o Terço – explicou -. Assim, nós renovamos a cada dia o nosso 'estar' com Cristo e em Cristo, e assim nos colocamos nessa relação autêntica com o Pai que está nos céus e com a Mãe Igreja, a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica, e a Mãe Maria". O Papa Francisco concluiu assim: "Se a nossa vida se coloca sempre novamente nestas relações fundamentais, então, estamos prontos para realizar também uma fraternidade autêntica, uma fraternidade testemunhal, que atrai".

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    O verdadeiro cristão não tem medo de sujar as mãos
    O Papa, em Santa Marta, critica os "cristãos de meio caminho" que simplesmente condenam os outros e elogia aqueles que, como Cristo, vai "aonde tem que ir" sem medo de perder a sua comodidade

    Por Salvatore Cernuzio


    ROMA, 06 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Na missa hoje em Santa Marta, o Papa parecia falar de si mesmo, descrevendo a figura do cristão que "não tem medo de sujar as mãos com os pecadores", mesmo que isso signifique "a arriscar sua fama". Parecia também que respondia às críticas sobre alguns de seus comportamentos considerados 'pouco ortodoxos'.

    Mas, Jesus mesmo não teve um tratamento melhor: fariseus e escribas ficavam chocados ao vê-lo receber os pecadores e comer com eles: "era um verdadeiro escândalo naquele tempo... Imaginemos se naquele tempo existissem os jornais", observa o Santo Padre.

    Por esta razão, Cristo conta as parábolas da ovelha perdida e da moeda perdida, narradas no Evangelho de Lucas da liturgia de hoje. Essas explicam claramente o motivo pelo qual o Filho de Deus veio ao mundo, ou seja, para "procurar aqueles que se afastaram do Senhor."

    As duas parábolas também nos mostram "como é o coração de Deus": um Deus que "não para, não vai só até certo ponto, mas vai até o fundo, vai ao limite; não para no meio do caminho da salvação, como se dissesse: "Eu fiz tudo, agora o problema é deles". Ele sempre vai, sai, vai até o campo."

    O oposto dos escribas e fariseus, que ficam "no meio do caminho", porque não estavam interessados no bem do povo, mas no "balanço das perdas e ganhos mais ou menos favoráveis". E continuavam tranquilos: "Sim, sim, eu perdi três moedas, perdi dez ovelhas, mas ganhei muito".

    Tal raciocínio "não entra na cabeça de Deus", disse o Papa, simplesmente porque "Deus não é um negociante," Ele "é Pai" e, como tal, salva seus filhos até o fim.

    Pensando nisso, é muito "triste" - observou Bergoglio - que o pastor, chamado a seguir o exemplo do Senhor, fique "no meio do caminho". "É triste o pastor que abre a porta da Igreja e fica ali esperando". Como é "triste" ver um cristão "que não se sente dentro, no coração, a necessidade de contar aos outros que o Senhor é bom".

    Porque, devemos admitir, disse o Papa, alguns "não querem sujar as mãos com os pecadores". Eles são como os fariseus "que se crêem justos", apesar de ter um coração cheio de "perversão" e "desprezo". Como é demonstrado pelas suas palavras: "Bem, se ele fosse profeta, saberia que ela é uma pecadora". Eles costumavam "usar as pessoas e depois as desprezavam."

    Portanto, a conclusão é clara: "Ser um pastor pela metade é uma derrota", afirmou Francisco. "O verdadeiro pastor, o verdadeiro cristão" deve ter "o coração de Deus, ir até o limite"; deve ter este "zelo interior para que ninguém se perca". E por isso "não tem medo de sujar as mãos".

    O Bom Pastor "não tem medo". Ele vai "aonde precisa ir; arrisca sua vida, sua fama, arrisca perder sua comodidade, seu status, até mesmo perder sua carreira eclesiástica, mas é bom pastor". E vai adiante, continua Bergolio, "sai, está sempre em saída: de si mesmo, rumo a Deus, na oração, na adoração"; sai "rumo aos outros para levar a mensagem de salvação".

    "Os cristãos devem ser assim", observou o Papa, ou seja, pastores que se preocupam com o seu rebanho, que não escolhem o caminho mais fácil de "condenar os outros", como faziam os publicanos. Porque "essas pessoas não sabem o que é alegria". Os "fariseus não sabiam o que significa carregar a ovelha sobre os ombros, com ternura, e reconduzi-la a seu lugar, junto às outras".

    "O cristão e o pastor do meio do caminho talvez conheçam a diversão, a tranquilidade, mas não a verdadeira alegria que vem de Deus, que vem para salvar", insiste o Santo Padre. "O Filho de Deus vai ao limite, dá a vida pelo outros, como fez Jesus".

    "É belo, concluiu o Papa, não sentir medo de quem fala mal de nós para encontrar os irmãos e irmãs que estão distantes do Senhor".

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    Eu faço o bem, não faço negócios com o bem
    Durante a homilia em Santa Marta, Francisco exorta os cristãos a não caírem na "rivalidade" ou na "vanglória"

    Por Luca Marcolivio


    ROMA, 03 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Para a Igreja não serve a rivalidade e a vanglória, mas o amor, a unidade e a harmonia - destaca a primeira leitura (Fl 2,1-4), citada por Papa Francisco na homilia desta manhã na Casa Santa Marta.

    "Esta harmonia - disse o Papa - é uma graça, o Espírito Santo faz, mas devemos fazer a nossa parte, fazer de tudo para ajudar o Espírito Santo a fazer essa harmonia na Igreja."

    Na primeira leitura, de fato, São Paulo convida os filipenses a não fazerem nada "por rivalidade ou vanglória", ou "lutando um contra o outro para se mostrar, para ser melhor que os outros".

    O Santo Padre destacou que até hoje nas "instituições, na Igreja nas paróquias, nos colégios, encontramos isso". Rivalidade e vanglória – prosseguiu - são "dois males que atacam a consistência da Igreja, tornando-a muito fraca" e danificando "a harmonia, a concórdia."

    Como antídoto, Paulo recomenda "humildade": considere os "outros superiores a si mesmo". Ele mesmo se qualifica "não digno de ser chamado apóstolo".

    Outro exemplo de humildade citado pelo Papa Francisco foi o '' humilde frade dominicano" São Martinho de Porres (1579-1639), que a Igreja celebra hoje:" Sua espiritualidade estava no serviço, porque sentia que todos os outros, inclusive os maiores pecadores, eram superiores a ele. Realmente ele sentia isso", disse o Papa.

    São Paulo ainda lembra que a "alegria de um bispo" é "buscar o bem dos outros" e "servir os outros", experimentar "o mesmo sentir, a mesma caridade, permanecendo inânimes e concordes". Na Igreja "pode-se ter opiniões diferentes", mas sempre nesta atmosfera de "humildade" e "caridade", "sem desprezar ninguém."

    "É ruim quando nas instituições da Igreja, nas dioceses, paróquias, encontramos pessoas que buscam seus próprios interesses e não o serviço, nem o amor", advertiu o Papa.

    O caminho a seguir é exatamente o contrário: "Não procurar seus próprios interesses", como ensina o Evangelho de hoje (cfr. Lc 14,12-14). A melhor forma de generosidade é "convidar para jantar aqueles que não podem pagar nada."

    É a Igreja de "gratuidade", que visa a ''harmonia", a "unidade" e nunca o "próprio interesse". Como explicou o Santo Padre, "eu faço o bem, não faço negócios com o bem."

    Francisco concluiu sua homilia convidado a fazer o exame de consciência: "Como é a minha paróquia? Como é a minha comunidade? Têm este espírito?"

    E continuou: "este espírito de sentimentos de amor, unanimidade, concórdia, sem rivalidade ou vanglória, com humildade e o pensar que os outros são superiores a nós, na nossa paróquia, na nossa comunidade... E talvez encontraremos algo que pode ser mudado. Como posso melhorar isso?".

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    Igreja e Religião
    Jerusalém: a preocupação dos líderes das Igrejas
    Os líderes religiosos expressaram preocupação após o fechamento da Esplanada das Mesquitas e pedem o respeito ao acordo de Statu Quo que regula estes lugares

    Por Redacao


    ROMA, 07 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Preocupação e condenação. São os dois sentimentos que emergem da declaração dos Patriarcas e dos chefes das Igrejas de Jerusalém sobre o crescimento da violência, especialmente após os acontecimentos na Esplanada das Mesquitas.

    "Queremos expressar nossa séria preocupação sobre as recentes atividades em Haram al Sharif (a Esplanada das mesquitas, ndr), como o fechamento total e as restrições de acesso às Mesquitas de Al Aqsa - diz na declaração -. Estes eventos foram causados por atos extremistas que estão se tornando um fenômeno recorrente na Terra Santa e na Região".

    Os líderes religiosos condenaram "as ameaças de alteração dos estatutos dos Lugares Santos sejam quais fossem as suas origens. Os Lugares Santos precisam de uma constante e vigilante proteção para que o seu razoável acesso seja mantido como previsto pelo Statu Quo pelas três religiões monoteístas".

    Portanto, confirmam que "o acordo do Status Quo que regula esses lugares devem ser plenamente respeitados, no interesse de toda a comunidade". De acordo com os líderes religiosos, "qualquer ameaça à sua continuidade e à integridade poderia rapidamente levar a consequências imprevisíveis que seriam mais do que desaprovadas no atual clima político do momento, muito delicado".

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    Portugal celebra Semana dos Seminários
    Com o tema Servidores da Alegria do Evangelho, a Semana convida os portugueses para oração em prol destas instituições de formação eclesial

    Por Lilian da Paz


    BRASíLIA, 07 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Começa no próximo domingo, 9 de novembro, a Semana dos Seminários em Portugal. Serão oito dias do evento que trazem como tema Servidores da Alegria do Evangelho, inspirado na exortação apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco.

    As atividades são organizadas pela Comissão Episcopal das Vocações e dos Ministérios, que tem à frente dom Virgílio do Nascimento, bispo de Santarém. O principal objetivo da Semana é convidar as comunidades católicas em Portugal para um período de reflexão e oração por essas instituições de formação.

    Outra missão da Semana é arrecadar doações financeiras para o apoio material dos seminários das dioceses e dos movimentos eclesiais. Para isto, as missas dominicais, celebradas no último dia do evento, terão o ofertório voltado para as doações.

    Durante a Semana, cada diocese terá uma programação específica que deve incluir meditações, catequeses, vigílias e missas em prol dos seminários portugueses.

    Para a ocasião, dom Virgílio escreveu uma mensagem em que destaca três características dos padres: discípulos, pastores e servidores da alegria do Evangelho. No texto, o bispo de Santarém destaca que o caminho para o encontro com Cristo passa pelo testemunho dos cristãos.

    "Reafirmamos que o caminho da evangelização do mundo passa pelo testemunho de vida de muitas pessoas, famílias e comunidades, que se sentem felizes por estarem fundadas em Cristo. Do mesmo modo, assumimos que a via mais segura para o cultivo das vocações sacerdotais entre os jovens, exige que todos nós, cristãos, vivamos e testemunhemos a alegria do encontro com o Evangelho".




    Oração da Semana dos Seminários 2014

    Senhor, nosso Deus, nós Vos bendizemos,

    porque nos chamastes a ser cristãos

    e discípulos de Jesus Cristo, o único Mestre.

    Nós Vos damos graças pelos pastores,

    que nos conduzem às fontes da Palavra,

    ao banquete da Eucaristia

    e aos caminhos da Reconciliação.

    Nós Vos pedimos pela Igreja,

    para que, testemunhando a alegria do Evangelho,

    gere no seu seio santas vocações sacerdotais.

    Por intercessão de Maria,

    nós vos pedimos pelos nossos Seminários,

    escola de cristãos, discípulos e pastores:

    servidores da alegria do Evangelho.

    Amém

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    Card. Parolin: Roma é patrimônio artístico graças à Igreja
    O Secretário de Estado do Vaticano falou na abertura do ano letivo do Pontifício Instituto de Arqueologia Cristã

    Por Redacao


    ROMA, 06 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Graças à Igreja Católica, a cidade de Roma "conserva um patrimônio inestimável de monumentos arquitetônicos e artísticos, traços ainda bem visíveis da sua história milenária". A fundação do Pontifício Instituto de Arqueologia Cristã de parte do Papa Pio XI representa "um momento fundamental do cuidado que a Sé Apostólica sempre tem demonstrado" por este patrimônio. Assim falou o secretário de Estado do Vaticano, card. Pietro Parolin, em discurso à inauguração do ano acadêmico do Pontifício Instituto de arqueologia cristã.

    O card. Parolin recordou o cuidado com que a Igreja preservou e fez usufruível os tesouros arqueológicos em seu poder: "as catacumbas, utilizadas como lugares de sepultura e transformadas em esconderijos nos tempos de perseguição, as inscrições, as esculturas, as antigas basílicas, os afrescos e qualquer outro traço chegado a nós da vida e do culto". E entre estes achados "destacam-se as relíquias dos Santos e dos Mártires, que, confessando Cristo ressuscitado à custa da vida, mostraram com coragem ao mundo que permanecer na sua amizade vale mais do que a própria vida".

    O Secretário de Estado, portanto, observou que "o amor ao próximo e o testemunho dos mártires, mas também a arte, tornaram-se uma prova irrefutável da vitalidade e da beleza da fé cristã e argumentos de grande valor em vista da credibilidade".

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    O Rescriptum sobre a renúncia dos bispos e dos titulares de cargos de nomeação pontifícia
    Aprovadas pelo Papa as disposições que reitera a disciplina vigente na Igreja latina e nas várias Igrejas orientais

    Por Redacao


    ROMA, 05 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Recebendo em audiência o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, no dia 3 de novembro, o Papa Francisco aprovou com um Rescriptum as disposições sobre a renúncia dos bispos diocesanos e dos titulares de cargos nomeados pelo Papa. O Papa também estabeleceu que tudo o que foi deliberado tenha firme e estável validez, apesar de qualquer disposição em contrário, também digna de menção especial, e entra em vigor no dia 5 de novembro de 2014, com a publicação no "L'Osservatore Romano", e, portanto, no comentário oficial Acta Apostolicae Sedis.

    O documento - disse o vice-diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Ciro Benedittini - é "uma forte revitalização das regras já conhecidas e um convite para aplicar o convite do Papa a considerar o episcopado como um serviço e não uma honra".

    Confirma-se, portanto, a lei em vigor na Igreja Latina e nas várias Igrejas orientais sui iuris, segundo a qual os bispos diocesanos e eparquias, bem como os coadjutores e auxiliares, são convidados a apresentar a sua renúncia ao cargo pastoral na idade de 75 anos. Com a aceitação da renúncia, os interessados ​​deixam também qualquer outro cargo a nível nacional, dado por um tempo determinado por causa de tal cargo pastoral.

    Digno de apreço da Igreja - diz o Rescriptum - é o gesto de quem, levado pelo amor e pelo desejo de um melhor serviço à comunidade, considera que é necessário devido a doença ou outro motivo grave renunciar ao cargo de pastor antes de atingir a idade de 75 anos. Nesses casos, os fiéis são chamados a mostrar solidariedade e compreensão por aqueles que têm sido seu pastor, auxiliando-o de acordo com as exigências da caridade e da justiça.

    Em algumas circunstâncias, a autoridade competente pode achar necessário pedir a um bispooferecer sua renúncia ao cargo pastoral, depois de ter-lhe dado conhecimento das razões para tal pedido e ouvido atentamente as suas razões, em diálogo fraterno.

    Os cardeais chefes de departamento da Cúria Romana e os outros cardeais que ocupam cargos de nomeação pontifícia também são obrigados, à idade de 75 anos, a apresentar a renúncia ao seu cargo ao Papa, o qual, ponderado todas as coisas, procederá".

    Os chefes de Dicastérios da Cúria Romana não cardeais, os secretários e bispos que desempenham outros cargos de nomeação pontifícia – conclui o documento – deixam o seu cargo ao cumprir 75 anos de idade; os membros, tendo atingido a idade de 80 anos; No entanto, aqueles que pertencem a um Dicastério, por causa de outro cargo, cessando este cargo, deixam também de ser membros.

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    "Não instrumentalizar a visita do Papa ao Sri Lanka"
    Os bispos pedem ao presidente Rjapaksa para garantir um espaço de tempo suficiente entre a visita do Papa e as eleições presidenciais agendadas no mesmo dia em janeiro

    Por Redacao


    ROMA, 04 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - A visita do Papa Francisco ao Sri Lanka, prevista para Janeiro de 2015, é susceptível de condicionar a eleição presidencial. Esta é a opinião de todos os bispos do país asiático, que, em comunicado oficial retomado pela Rádio Vaticana, pedem ao presidente Mahinda Rjapaksa para se certificar de que haja tempo suficiente entre a visita do papa e a eleição, também previstas para os primeiros dias do novo ano.

    Ao mesmo tempo, porém, o bispo Raymond Wickramasinghe - que assinou a declaração - confirma a visita papal ao Sri Lanka e estadia do Papa em Colombo, a capital, entre os dias 13 e 15 de Janeiro. O bispo silencia assim as vozes que circulavam nesses dias, nas redes sociais e em órgãos de imprensa nacional, e que falavam de um possível cancelamento da visita do Pontífice.

    Portanto, a visita vai acontecer. "A nossa solicitação ao governo sempre foi que as eleições não deveriam acontecer logo depois da visita do Santo Padre ao Sri Lanka, porque o evento poderia ser usado politicamente por partidos políticos como instrumento de campanha eleitoral", explica o Bispo do Sri Lanka.

    Seu medo é que um evento tão positivo como o de uma visita papal, também fortemente apoiado pelo Presidente Rjapaksa, possa ser instrumentalizado. E por isso no comunicado se afirma que "a decisão de fixar uma data para as eleições está totalmente nas mãos do Governo e da Comissão eleitoral. A Igreja não tem nenhum interesse em interferir".

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    Congresso no Vaticano: "A complementaridade do homem e da mulher"
    Conferência internacional será realizada no Vaticano de 17 a 19 de novembro para apoiar o matrimonio e a vida familiar. Vários Dicastérios participam da organização

    Por Redacao


    ROMA, 04 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - "A complementaridade do homem e da mulher". Um simpósio internacional no Vaticano de 17 a 19 de novembro reunirá líderes e estudiosos de diversas religiões de todo o mundo "para examinar e propor de forma diferente a beleza do relacionamento entre homem e mulher, para apoiar e revitalizar o matrimonio e a vida familiar para o florescimento da sociedade humana".

    O simpósio é promovido pela Congregação para a Doutrina da Fé e pelo Pontifício Conselho para a Família, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Os organizadores afirmam que "os testemunhos da sabedoria da tradição religiosa e a experiência cultural atestam o poder e a vitalidade da união complementar do homem e da mulher". Assim, "espera-se que o simpósio seja um catalisador de linguagens e projetos criativos, além de solidariedade global, para fortalecer o relacionamento conjugal, tanto para o bem dos cônjuges como para o bem de todos os que dependem deles."

    O Santo Padre Francisco pronunciará o discurso de abertura, após a apresentação inicial do Cardeal Gerhard Müller, que, além de seu papel como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, é presidente da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei", a Pontifícia Comissão Bíblica e a Comissão Teológica Internacional. Entre os palestrantes estará também o Cardeal Kurt Koch: Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Ele também participou da Comissão Teológica Internacional católico-ortodoxa, bem como da Comissão Internacional católico-luterano para o Diálogo. Também é presidente da Comissão para as Relações Religiosas com os Judeus. Da mesma forma participará o Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Dom Jean-Louis Tauran é um membro da Secretaria do Estado do Vaticano; das Congregações para a Doutrina da Fé, para as Igrejas Orientais e Bispos. É membro do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e para a Cultura; do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica; Administração do Patrimônio da Sé Apostólica; Pontifícia Comissão do Estado da Cidade do Vaticano; Comissão cardinalícia para Supervisão do Instituto para as Obras de Religião (IOR); e do Conselho Especial do Oriente Médio da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos.

    Entre os palestrantes estará o argentino Ignacio Ibarzabal, Diretor Executivo do Grupo Sólido MMJ. Ignacio Ibarzabal é fundador e presidente do Grupo, uma organização sediada na Argentina que visa educar os jovens sobre a natureza do autentico amor e do matrimônio. É membro do Policy Strategy Group e do The World We Want 2015; é responsável pela Promoção Global da Juventude e Professor de Direito da Família na Universidade Austral, na Argentina. Anteriormente, foi pesquisador convidado na Universidade de Notre Dame, Center for Ethics and Culture.

    Presença confirmada do arcebispo espanhol Luis Ladaria, SJ, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. Além de trabalhar como secretário da Congregação, Dom Ladaria ensina teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana e é membro ativo da Comissão Teológica Internacional.

    Para o programa completo e biografias de todos os participantes clique aqui: http://humanum.it/es/index.html

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    A Santa Sé aprova as Constituições dos Legionários de Cristo
    O processo de revisão, que teve a participação de todos os Legionários, durou três anos. O decreto de aprovação foi assinado no dia 16 de outubro.

    Por Redacao


    ROMA, 03 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - O Pe. Eduardo Robles-Gil, diretor geral dos Legionários de Cristo, comunicou por meio de uma carta que a Santa Sé aprovou as novas constituições da Legião de Cristo. A aprovação foi assinada no dia 16 de outubro por Dom José Rodríguez Carballo, O.F.M e o Pe. Sebastiano Paciolla, O.Cist., secretário e sub-secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica respectivamente. As novas constituições já estão em vigor.

    Com este passo se cumpre o objetivo principal do processo de renovação iniciado em 2010 por mandato do Papa Bento XVI e continuado pelo Papa Francisco através de um Delegado Pontifício, o Card. Velasio De Paolis, C.S. O texto é resultado de um trabalho de consulta e reflexão que durou praticamente três anos e no qual todos os legionários tiveram a oportunidade de participar e colaborar, o que culminou com a celebração do Capítulo Geral Extraordinário de janeiro a fevereiro de 2014.

    Entre as tarefas principais do processo de renovação estavam o esclarecimento do carisma, a simplificação e redução das normas, assegurar um exercício da autoridade mais participativo e conforme ao Direito Canônico, e a formação dos legionários, com especial atenção à responsabilidade de cada um de fazer o seu próprio discernimento vocacional e garantir a distinção entre o foro interno e o foro externo.

    O Pe. Eduardo Robles-Gil afirma na sua carta: «Temos agora em nossas mãos o texto das nossas Constituições que descreve para cada um de nós o modo próprio de viver a vida religiosa na Legião, sendo assim o caminho que nos guia à santidade e à fecundidade apostólica ao serviço da Igreja e dos homens».

    As constituições de uma congregação religiosa contêm as normas fundamentais que custodiam e promovem a vivência e o desenvolvimento do próprio carisma. Nelas estão contidas as normas essenciais sobre a identidade e missão da congregação, seu governo e disciplina; a adesão e formação dos membros; o objeto dos vínculos sagrados. Nelas devem ser harmonizados os elementos espirituais e jurídicos, sem multiplicar as normas desnecessariamente. São aprovadas pela autoridade eclesiástica competente. No caso da Legião de Cristo, que é uma congregação de direito pontifício, a aprovação corresponde ao à Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.

    Para mais detalhes:

    Carta do Pe. Eduardo Robles-Gil aos Legionários de Cristo

    Texto original das Constituições da Congregação dos Legionários de Cristo

    Carta da CIVCSVA com a aprovação das Constituições

    Descrição do processo de revisão das Constituições

    Estatísticas da Legião de Cristo

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    Cultura e Sociedade
    Irmãs Orionitas: 100 anos de fundação
    "Que significa ser Missionárias senão isto: ir pelo mundo inteiro a evangelizar com a fé e com a caridade do Senhor?", escreveu seu fundador

    Por Vanderlei de Lima


    AMPARO, 06 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Há poucos dias, as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade (PIMC) – nome oficial dado em 1935, mas popularmente conhecidas como "orionitas" ou "Irmãs de Dom Orione" – deram início aos festejos do Ano do Centenário do nascimento de sua Congregação ou Família Religiosa.

    Daí a oportunidade deste artigo desejoso de, ainda que muito sucintamente, tentar rememorar alguns marcos dessa longa história e carisma cuja cidade de Amparo, interior de São Paulo, também faz parte devido à presença dessas Irmãs no Educandário Nossa Senhora do Amparo, fundado em 1950.

    Pois bem. Tudo, oficialmente, começou em 29 de junho de 1915, em Tortona, norte da Itália, tempo do Pontificado de Bento XV e também da primeira guerra mundial (1914-1918) "que ocasionou à humanidade uma enorme pobreza generalizada, com as respectivas consequências de uma sociedade derrotada pela perversidade humana" (Ir. Maria Priscila Oliveira. A herança de um carisma na ótica feminina. São Paulo: Loyola, 2012, p. 38). Foi a hora em que Dom Orione – dinâmico sacerdote italiano ordenado em 1894, falecido em 1940 e canonizado em 2004 – viu ser chegado o momento de valer-se das mulheres, até então muito excluídas de certos ambientes sociais, para difundir pelo exemplo e pela palavra o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo àquele mundo carente de amor.

    Inseria-se nesse programa evangelizador a promoção da educação da juventude e melhores condições de vida para ela bem como uma atenção especial às crianças de rua, abandonadas e viciadas, promover a catequese das famílias e o cuidado com os idosos, doentes e quem mais aparecesse na condição de necessitado perante as religiosas. Sim, a dor de Cristo presente nos irmãos abandonados chamava a atenção do observador Padre Luís Orione que "desde pequeno tinha visto o sofrimento dos pobres, que mourejavam debaixo do sol quente, ou por entre névoa fria tão comum na sua terra; tinha visto a prepotência e a ambição dos poderosos, possuidores de palácios suntuosos e esbanjadores de somas enormes e festas sem fim, e que colhiam dinheiro a jorro das lavouras ou das fábricas em que outros é que trabalhavam" (Pe. Renato Scano. O homem dos impossíveis: Dom Luís Orione. São Paulo: Loyola, 1999, p. 14).

    Certamente, aquele destemido sacerdote teve, junto às suas Irmãs, de enfrentar tempos turbulentos e de grandes necessidades materiais. Ele, porém, não se desesperava e dizia: "Somos Filhos da Divina Providência e não desesperamos, mas pelo contrário, confiamos sumamente em Deus! Não somos daqueles pessimistas que acreditamos que o mundo acabará amanhã. A corrupção e o mal moral são grandes, é verdade, mas julgo e creio firmemente que o último a vencer será Deus, e Deus vencerá na sua infinita misericórdia" (Lettere II apud A herança de um carisma, p. 52).

    Não se pode esquecer a grande devoção a Nossa Senhora que Dom Orione legou às suas Irmãs. São suas palavras: "A nossa pequena Congregação da Divina Providência foi assistida, desde o primeiro dia, do primeiro menino, dos primeiros jovens; eles foram conduzidos diante da imagem de Nossa Senhora, lá na catedral de Tortona, e foram confiados à Santa Mãe do Senhor [...]. Posso dizer-lhes que, antes mesmo, quando estava apenas no desejo de fazer algo aos meninos de Tortona, eles já tinham sido oferecidos a Nossa Senhora, como faz a mãe cristã, que com fé diligente, oferece o filho antes de nascer à Mãe Santíssima [...] (A herança de um carisma, p. 174). Para ele, a "Nossa Senhora do manto azul", a mãe de uma grande descendência, com quem sonhara em 1893, sempre fora a "celeste fundadora" e a Ela suas religiosas deveriam recorrer sempre, especialmente por meio do Santo Rosário, pois quem vive o Rosário, vive o Evangelho (cf. Lettere II, 30/set./1939, p. 545).

    Aliás, o carinho da Mãe de Deus para com Dom Orione se deu mesmo antes que ele nascesse por meio de um sinal muito interessante: durante o mês de maio de 1872, as famílias rezavam, como todos os anos nessa época, o terço na frente de um quadro de Nossa Senhora diante do qual depositavam rosas. Dessas rezas participava Dona Carolina ou "Mamãe Carolina", como era chamada a mãe de Dom Orione, que também ofertava flores à Virgem Santíssima. Eis que um fato enigmático se deu: todas as flores murcharam, como é natural, com o passar do tempo. Menos uma. As pessoas simples do lugar e até o culto sacerdote viram nisso um sinal de que algo extraordinário iria acontecer. E aconteceu. Um mês depois da cena, a senhora Carolina deu à luz o pequeno Luís, destinado por Deus a levar ao mundo o bom odor de Cristo (cf. 2Cor 2,15) por meio de suas fundações, dentre elas as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade.

    Essas irmãs deveriam fazer, além dos três votos tradicionais da vida religiosa de pobreza, castidade e obediência, o quarto voto da caridade. Entende-se que o espírito do Fundador "é o exercício da caridade para com o próximo, sobretudo consagrar a vida para levar ao conhecimento e ao amor de Jesus Cristo, de seu Vigário 'o doce Cristo na terra', o Romano Pontífice, e da Santa Igreja, as crianças do povo e os pobres mais distantes de Deus ou mais abandonados, mediante o ensino da doutrina cristã e a prática das obras evangélicas de misericórdia" (A herança de um carisma, p. 469).

    Mais: em outra ocasião São Luís Orione alertava, em tom que pode parecer um tanto severo, as suas filhas sobre a missão a ser desempenhada segundo o carisma do Instituto religioso que elas escolheram dentre os tanto existentes: "Nós temos por escopo os trapos, os miseráveis. Vocês não são feitas para tocar o harmônio por profissão; tocarão para ajudar nas funções religiosas. Não são para educar as princesas; são para curar os pobres de Jesus Cristo, inebriadas deste espírito para cuidar dos pobres doentes, aqueles que não são recebidos em outros lugares: as mulheres, os idosos infelizes, as crianças. Esta é a finalidade de vocês: fazer tudo aquilo que é humilde na caridade do Senhor" (Scritti, 1,90 apud A herança de um carisma, p. 470).

    Desejava ainda o Santo Fundador que elas fossem missionárias e chegou a dizer-lhes: "Quando os limites da Itália e da Europa já não forem suficientes à caridade de vocês para com Jesus e para com os pobres de Jesus Cristo, então sim, o coração de Jesus abençoará suas comunidades! Que significa ser Missionárias senão isto: ir pelo mundo inteiro a evangelizar com a fé e com a caridade do Senhor?" (Magna Carta do Oceano Atlântico, 18/ago./1921, p. 210).

    Eis que no dia 7 de dezembro de 1930, as primeiras missionárias são enviadas para a América do Sul chegando à Argentina no dia 22 do mesmo mês e instalando-se na casa das irmãs espanholas por um mês a fim de aprenderem a língua e, assim, partirem em missão Argentina adentro. Desta primeira fundação em terras latino-americanas seguiram-se muitas outras, inclusive a de 15 de março de 1949 quando as religiosas de Dom Orione chegaram ao Brasil rumo a Belo Horizonte (MG) a fim de se dedicarem a uma obra assistencial. Vinte anos depois, em 1969, a Ir. Maria Leônia recordava o primeiro contato com os brasileiros que pode ser assim transmitido: "Tudo era diferente: o clima, a língua, a alimentação, os costumes; o lar era tão pobre, necessitado de tudo; as crianças, com um olhar vivo e brilhante, faziam-lhes entender a necessidade que elas tinham de carinho e de compreensão" (A herança de um carisma, p. 349).

    Esse trabalho, que não é mera filantropia (amizade com o homem), mas caridade cristã, ou seja, serviço aos mais necessitados por amor de Deus, chegou a Amparo em 1959 com a fundação do Educandário Nossa Senhora do Amparo, internato para meninos órfãos e carentes até o ano 2000, que hoje funciona como um núcleo de apoio educacional, pois recebe alunos e alunas da rede pública de ensino em horários opostos ao de suas aulas para receberem práticas educativas diversificadas capazes de ajudá-los em sua formação humana e educacional levando-os a um futuro melhor para si e para suas famílias.

    Neste ano do centenário, nós que vemos o belo, mas também ardoroso (às vezes, por falta de melhores recursos materiais, não obstante a ajuda do povo amparense), trabalho das Irmãs de Dom Orione na cidade de Amparo não podemos deixar de parabenizá-las, rezar por elas encorajando-as com as palavras de São Luís Orione, o Santo Fundador: "Ave-Maria e avante!".

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    Pregação Sagrada
    Homilética: Domingo, 9 de novembro, Dedicação da Basílica de São João de Latrão
    Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no seminário diocesano Maria Mater Ecclesiae de são Paulo (Brasil)

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 05 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Ciclo A

    Textos: Ezeq 47:1-2, 8-9, 12; 1 Coríntios 3:9-11, 16-17; João 2:13-22

    Ideia principal: Somos templos vivos.

    Síntese da mensagem: Evidentemente, o templo é um lugar de encontro do homem com Deus, é o lugar consagrado a Deus onde os fiéis se reúnem para dar-lhe culto. O templo é tão antigo como o homem. Em todas as civilizações, em todas as culturas das que temos notícia, aparece, com toda certeza, o templo. É lógico. O homem é um ser sociável e sensível: necessita coletiva e materialmente ter um lugar onde se aproximar de Deus, um lugar no qual o seu Deus receba culto e onde pode pacífica e serenamente falar com ele. São João, cuja festa nós celebramos neste domingo, é o primeiro grande templo cristão construído em Roma pelo imperador Constantino no Latrão, depois das perseguições, no século IV; é a catedral do Papa como bispo de Roma. A Basílica de Latrão é a igreja-mãe de Roma, dedicada primeiro ao Salvador e depois também a São João Batista. Foi consagrada pelo papa Silvestre no ano 324.

    Pontos da ideia principal:

    Em primeiro lugar, a Basílica de são João de Latrão é símbolo da unidade de todas as comunidades cristãs de Roma e nos lembra de que, todos nós estamos construídos sobre o mesmo alicerce de Jesus Cristo. Cada um de nós participa na construção da igreja. Santo Agostinho recomenda: "Quando recordemos a Consagração de um templo, pensemos naquilo que disse São Paulo: Cada um de nós é um templo do Espírito Santo". Esta celebração foi primeiramente uma festa da cidade de Roma; mais tarde se estendeu a toda a Igreja de rito romano, com o fim de honrar aquela basílica, que é chamada "mãe e cabeça de todas as igrejas da Urbe e do Orbe", como sinal de amor e de unidade para com a cátedra de Pedro que, como escreveu Santo Inácio de Antioquia, "preside a todos os congregados na caridade".

    Em segundo lugar, Deus está em todas as partes e não só nos templos que os homens edificam. Porém, já desde o Antigo Testamento Deus ensina o seu povo a importância dos lugares santos consagrados a Ele. Aqui, onde estamos reunidos agora celebrando a Eucaristia, quantas coisas importantes aconteceram! Com certeza que muitos dos presentes foram batizados neste templo, e iniciaram assim o seu caminho cristão. Muitos também receberam aqui a primeira comunhão e desde aquela primeira vez continuaram participando cada domingo na Missa. Talvez também, receberam aqui a Crisma, ou celebraram o seu matrimônio. E mais de uma vez vieram para dizer adeus, e para rezar, por algum parente ou amigo defunto. Ou entraram aqui para rezar diante do Sacrário. Este templo é um sinal visível de tudo isto e todas as igrejas que nos lembram de que Deus está presente no meio dos homens e participa de todas as nossas vicissitudes.

    Finalmente, todos nós fomos consagrados "templos de Deus" no dia do nosso batismo. Por essa razão todo homem merece respeito, estima, valorização. "Se alguém destrói o templo de Deus, Ele o destruirá porque o templo de Deus é santo: esse templo são vocês". Cada homem e cada mulher são sagrados. Não podemos converter o nosso irmão em escravo ou servidor nosso, em alguém que não sabemos perdoar, compreender, ajudar. Ninguém é um instrumento, um produtor ou um objeto de prazer para nós. Cada homem e cada mulher, seja varredor de rua ou artista de cinema, seja um governante ou um operário sem trabalho, seja um velho ou uma criança, seja um executivo triunfante ou um incapacitado, seja uma mulher cheia de beleza ou uma mulher feia, seja um policial ou um terrorista, todos são "sagrados", são templos de Deus. Merecedores de todo amor, de todo respeito, de toda compreensão.

    Para refletir: Conservemos a nossa alma bela e limpa, como é de agrado a Deus que sejam os seus templos santos. Assim viverá contente o Espírito Santo na nossa alma. O Templo é, em primeiro lugar, o coração do homem que acolheu a Sua Palavra. Embora rezar em casa deve ser uma prática diária, não é suficiente. Jesus quis nos salvar do pecado, não por separado, mas unidos como um povo. Por isso instituiu a Igreja, a qual se congrega no templo.

    Para rezar: Senhor, que a Eucaristia de hoje nos faça viver mais intensamente os alicerces da nossa fé. Que sempre que entrarmos nesta igreja, ou em qualquer outra igreja, ou sempre que passarmos na frente da mesma, se renovem estes alicerces. Sobretudo devemos dar frutos no cumprimento dos mandamentos, especialmente do mandamento "novo" da caridade que é o alicerce que sustem a Igreja fundada por Cristo.

    Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

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    Homilética: XXXII domingo do Tempo Comum
    Comentário sobre a liturgia do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no seminário diocesano Maria Mater Ecclesiae de são Paulo (Brasil).

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 04 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Ciclo A

    Textos: Sap 6, 12-16; 1 Tess 4, 13-18; Mateus 25, 1-13

    Ideia principal: Dado que é incerto o dia em que chegará o Senhor para nos pedir contas da nossa vida é de prudentes e sábios viver em vigilância perene agora, com a lâmpada da fé acesa, cheia do azeite da nossa caridade ou boas obras.

    Síntese da mensagem: o ano litúrgico se encaminha ao seu fim e a Palavra de Deus nos convida neste domingo a dirigir o olhar da fé "às coisas últimas". É coisa de sábios meditar nas coisas que vão vir (primeira leitura). Esta dimensão do além (escatológica) tem que estar sempre no nosso orçamento existencial: teremos na hora da morte a lâmpada da nossa fé acesa, as contas exatas e saldadas, e com o azeite da caridade a tope para alimentar a lâmpada? Depois da morte, já não podemos encher a lâmpada.

    Pontos da ideia principal:

    Em primeiro lugar, olhemos estas virgens do evangelho de hoje. São ignorantes e desprevenidas. Por isso fazem quatro coisas inúteis: pedem às outras que as salvem - já não é tempo-; saem de noite para buscar vendedores -é um absurdo-; chegam quando a porta já está fechada -obvio- e gritam - sem ser escutadas-: "Senhor, Senhor, abre-nos". Resultado? "Não vos conheço". Moral da historia? Temos que estar preparados para a segunda vinda de Cristo e não estar perdendo azeite da nossa lâmpada durante o caminho da vida por negligencia, por estar brincando no carrossel da fortuna e com os dados do prazer. Eu, como são Paulo, sim creio na segunda vinda (segunda leitura). E por isso quero estar preparado e acordado. E quero ajudar os outros a preparar-se comigo. Desta maneira, quando vier o Senhor nos encontrará com a lâmpada da fé acesa, com o azeite da caridade derramando-se por essa lâmpada, com a consciência tranquila e com a paz na alma esperando o abraço de Deus.

    Em segundo lugar, olhemos a Cristo, aqui apresentado como o Esposo, pois o que lá teremos e saborearemos serão as bodas eternas com o nosso Salvador e os seus amigos que se mantiveram fieis à aliança. A metáfora das bodas simboliza a relação de amor, de índole nupcial, que se realiza entre Deus e cada um de nós. Por que este Esposo Cristo chega tarde, de improviso? Por que esse grito na noite? Cristo abre a porta às virgens sensatas que estavam acordadas e tinham tudo preparado e entram na festa de bodas. E a porta se fecha detrás delas. Puderam entrar porque encheram de azeite os seus frascos, e assim impediram que a caridade, que é a chama da alma, se extinguisse. Não podemos dormir. Um automobilista não pode permitir-se o luxo de dirigir dormindo; um médico não pode se ausentar de uma operação delicada e ir embora para dormir; um piloto de avião não pode converter a sua cabina num salão dormitório. Um só instante de sono seria fatal para tais pessoas e causaria um desastre nunca justificável. Assim na nossa vida cristã.

    Finalmente, o que está dizendo para nós esta parábola tão repleta de lições? Justamente isto: primeiro que estamos na vida para ir para a eternidade, isto é, esse encontro com Cristo que está já preparando esse banquete de bodas definitivo, pois aqui na terra o banquete da Eucaristia é através do sinal e do véu do sacramento; não percamos a rota; segundo, que temos que encher sempre a lâmpada da nossa fé com o azeite da caridade e do amor, pois só assim Jesus nos reconhecerá e daremos com a porta no meio da escuridão do caminho; finalmente, que se não fazemos isto entraremos desgraçadamente dentro do grupo dos ignorantes e fátuos e seremos excluídos do banquete e escutaremos de Cristo: "Não te conheço". Com isto, o Senhor nos está alertando que junto com a possibilidade da salvação final, existe a possibilidade da condenação eterna, que muitos hoje querem negar, tendo como escudo este sofisma: "Deus é tão bom, que não permitirá que ninguém se condene". Deus é serio. "De Deus ninguém zomba. O que o homem semear, isso colherá" (cf. Gal 6,7). Se estivemos brincando com a lâmpada da fé comprando outras velas no supermercado das seitas, talvez se quebre. Quem não alimentar essa lâmpada com a caridade, se apagará.

    Para refletir: As minhas malas estão prontas para a última viagem a Deus? Cuido a lâmpada da minha fé cristã e católica, íntegra e incontaminada? Levo o azeite da caridade para repor durante o trajeto à eternidade?

    Para rezar: Senhor, fazei-me sensato. Senhor, ajudai-me para não tropeçar durante o caminho e deixar cair a minha lâmpada. Senhor, que caminhe feliz e radiante durante o trajeto a Vós, ajudando os meus irmãos que precisam de mim, compartilhando o azeite da minha fé e do meu amor, antes que seja tarde demais. Vinde, Senhor Jesus!

    Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:

    arivero@legionaries.org

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    Familia e Vida
    Brasil: mais uma vitória pró-família no Congresso Nacional
    Na maior enquete da história, no site da câmara dos deputados, votação em favor da família conforme a lei natural está na frente

    Por Thácio Siqueira


    BRASíLIA, 06 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, com sede em Brasília, juntamente com outros grupos em todo o País, vem mobilizando pelas redes sociais, com telefonemas, e-mails e contatos pesssoais para que a população vote em favor da família, "união entre homem e mulher", conforme a lei natural. Resultado: a maior enquete até hoje na história da Câmara dos Deputados, com quase 3 milhões de acessos, está dando vitória ao SIM à união entre homem e mulher.

    Embora o mesmo site da Câmara informe que esta enquete não tem caráter científico, e que o único objetivo seja incentivar a participação dos cidadãos em assuntos políticos, as informações adquiridas ali são repassadas aos parlamentares com o fim de dar-lhes uma ideia do que as pessoas estão pensando sobre as diversas propostas e temas.

    Em entrevista a ZENIT, o Prof. Hermes Rodrigues Nery, diretor de comunicação da Associação Pró-Vida e Pró-Família, explica que "a mobilização se faz necessária para garantir no campo legislativo, o que já é aceito pela maioria do povo brasileiro".

    ***

    ZENIT - Até agora são três milhões de votos, à enquete lançada pela Câmara dos Deputados: ""Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?". Até o momento, 52,28% votaram sim; 47,41% não e 0,31% não manifestaram opinião. Como vocês tem conseguido trabalhar para garantir o SIM nesta importante enquete?

    PROF. HERMES NERY - É um trabalho de formiga, de conscientização, de militância, nas redes sociais, de muitos divulgando a enquete, de todos os modos, telefonando, enviando e-mails, pessoalmente conversando com um e outro, etc. Esse trabalho tem que ser feito, porque senão os grupos contrários à família acabam ficando na frente. É importante manter um resultado favorável para nós, porque isso nos ajuda no trabalho junto aos deputados e senadores, para influenciar nas votações. Com uma pesquisa desse porte, os parlamentares acabam seguindo o resultado, sendo muito influenciados por pesquisas assim. Daí que é preciso estarmos vigilantes e atuantes, enquanto Movimento Legislação e Vida, fazendo a nossa parte, buscando afirmar assim a cultura da vida no difícil campo legislativo. Se cruzamos os braços, eles acabam sendo influenciados por outras forças, daí a importância de uma militância em favor da vida e da família.

    ZENIT - Na sua opinião, o que fez a enquete sobre família ser a mais participativa da história do parlamento brasileiro?

    PROF. HERMES NERY - O tema da família tornou a enquete mais votada da história do site da Câmara, comprovar assim que a maioria da população brasileira reconhece a família, conforme a lei natural, formada a partir da união entre homem e mulher (aberta à fecundidade) como a primeira e principal instituição humana, a ser sempre defendida. Na Declaração de Aparecida em Defesa da Vida, após o congresso internacional em defesa da vida, que inaugurou a Campanha da Fraternidade de 2008 (http://www.zenit.org/pt/articles/frutos-do-congresso-em-defesa-da-vida), destacando que "a legislação não pode basear-se somente no consenso político, mas também sobre a moral que se fundamenta em uma ordem natural objetiva. A economia deve destinar-se ao ser humano como portador de intrínseca dignidade. Não pode haver economia sem população e não pode haver população sem filhos. A sexualidade, ademais, compartilha dos direitos e da dignidade do ser humano e destina-se à construção de uma família como ao seu fim natural." Por isso damos continuidade à missão evangelizadora de defender a vida e a família no campo decisório nacional.

    ZENIT - Qual o contexto de ataque à família natural, que vemos intensificar tanto nas últimas décadas?

    PROF. HERMES NERY - Ainda no referido documento aqui mencionado, a Declaração de Aparecida em Defesa da Vida, dissemos que "desde os anos 80, por consenso estratégico, elaborado pelas grandes Fundações que promovem o aborto, as políticas de controle populacional têm sido apresentadas propositadamente camufladas sob a aparência de uma falsa emancipação da mulher e da defesa de pretensos direitos sexuais e reprodutivos, difundidos através da criação e do financiamento de uma rede internacional de organizações não-governamentais (ONGs) que promovem o feminismo, a educação sexual liberal e o homossexualismo." Mas mesmo diante disso, a maioria da população brasileira rechaça "a implantação de uma cultura de morte que nos leva à perda do sentido da vida, dos valores éticos e direitos naturais, dos quais deriva todo o direito positivo. Como também não aceita a implantação de uma educação sexual escolar hedonista, propositalmente dissociada da ideia do matrimônio e da construção da família como seu fim natural e, em vez disso, centralizada na genitalidade, na ideologia de gênero e que promove o homossexualismo entre crianças e jovens".

    ZENIT - O sr. espera que o Congresso confirme a legislação em favor da família natural?

    PROF. HERMES NERY - A enquete do site da Câmara dos Deputados reflete a posição da maioria da população brasileira em favor da família, união entre homem e mulher, aberta a fecundidade, e espera que Congresso Nacional brasileiro e outras Casas de Lei, aprovem e promovam propostas relativas aos autênticos direitos humanos, à vida e à família."

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    Pastoral Familiar lança livro interativo que ensina valores do matrimônio a crianças e adolescentes
    O material pode ser utilizado por educadores, pais, catequistas e responsáveis pela formação e acompanhamento das crianças e adolescentes.

    Por Redacao


    BRASíLIA, 03 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Em formato de diálogo interativo e com personagens, o livro "Construir família conforme plano de Deus" é o mais novo lançamento da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). O material pode ser utilizado por educadores, pais, catequistas e responsáveis pela formação e acompanhamento das crianças e adolescentes.

    O livro enfoca os temas família, união conjugal e o Sacramento Matrimônio, de forma pedagógica, procurando tornar interessante e acessível o aprendizado de adolescentes e principiantes. São abordagens complexas e, ao mesmo tempo, necessárias e urgentes.

    A publicação nasce da cooperação entre a Pastoral Familiar e Catequese, na tarefa de transmitir uma formação inicial integral aos catequizandos sobre a vida em família e seus valores.

    Catequeses

    A obra é apresentada em formato moderno, com ilustração dinâmica e atraente. É construído em formato de encontros de catequese, oferecendo temas diversos sobre a família. São onze encontros, entre eles, "O desafio de construir família", "Como vão as famílias?", "União conjugal", "O que Deus diz sobre o casamento?", "A família que temos e a esperança".

    O livro traz, ainda, reflexão e partilha da realidade vivida pelas famílias no contexto atual e debate as situações adversas existentes. Busca oferecer aos leitores um aprofundamento sobre o plano de Deus para a família e seu projeto para a união conjugal e o Sacramento do Matrimônio.

    "Trata-se de um instrumento precioso para introduzir as crianças e os adolescentes a uma compreensão mais adequada do amor humano, que encontra sua plena realização e se torna fonte de satisfação ao longo de toda a existência, quando se funda no matrimônio e dá vida a uma família no horizonte do desígnio de Deus", explica o bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom João Carlos Petrini.

    Para adquirir o material acesse www.lojacnpf.org.br ou ligue (61) 3443.2900.

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    Entrevistas
    Os "olhos da Guerra" diante dos horrores do Isis
    O jornalista de guerra Gian Micalessin conta o que viu nos territórios controlados pela milícia do Califado e analisa a atitude da Europa em relação à perseguição de cristãos

    Por Federico Cenci


    ROMA, 05 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Percorreu o planeta em comprimento e largura, passou por diversos cenários de guerra e trabalhou com alguns dos mais importantes meios de comunicação internacionais. Por mais de 30 anos escalado na linha de frente do jornalismo de guerra, Gian Micalessin voltou há poucos dias da sua última viagem, único ocidental a pisar em algumas aldeias da Síria sitiadas pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Diante dos olhos - os "olhos da guerra", como se chama o projeto crownfunding jornalismo a que pertence, juntamente com o seu colega Fausto Biloslavo - ainda tem pilhas de escombros deixadas pela milícia do Califado e os rostos sofridos dos cristãos e curdos perseguidos. Realidades por muito tempo ignoradas pela imprensa europeia, enganada pela sirene da chamada "Primavera Árabe". É da análise desta ilusão que surge a entrevista abaixo.

    ***

    ZENIT: Há muitos cenários de guerra em andamento. Por qual motivo você voltou à Síria no mês passado?

    Parecia-me um dever e significativo porque a Europa esqueceu há anos que na Síria, na estrada de Damasco, começou a tradição cristã. Esqueceu que os cristãos têm ali uma comunidade muito antiga. Esqueceu tudo isso para tomar partido daqueles que defendiam supostos ideais de liberdade e democracia. A Europa alimentou o nascimento de um Islã democrático que, porém, nunca nasceu, e o que vemos diante de nossos olhos é, pelo contrário, um Islã dos horrores que lentamente se desenvolveu dando vida àquele monstro chamado Isis.

    ZENIT: Você se reuniu com várias autoridades eclesiásticas na Síria. Qual a percepção que eles têm com relação ao que está acontecendo no Oriente Médio?

    É muito parecida com a minha. Por três anos a Europa não quis entender e nem sequer olhar para o que estava acontecendo na Síria, apesar das autoridades eclesiásticas da Síria repetirem por muito tempo que aqueles mesmos cristãos que durante as primeiras manifestações estavam contra o regime de Assad, perceberam logo que estava brotando um movimento armado no qual confluíam movimentos extremistas e jihadistas de todo o mundo. Os cristãos tinham então advertido a Europa, explicando que era melhor estar do lado de um regime que teria garantido a convivência entre as várias comunidades, em vez de apoiar estes assassinos. A ideia dos cristãos sírios é que diante destes alarmes a Europa ficou cega e surda. Somente agora, finalmente, está abrindo os olhos e está se dando conta do que realmente acontece.

    ZENIT: Por exemplo, o que acontece na cidade de Qamishli?

    Qamishli é a parte mais interessante da minha viagem, também porque é diferente de Kobane (a cidade curda na fronteira turca assediada pelo ISIS, ndr), onde, além da presença dos curdos existem cristãos. Está a 90 Km da fronteira com o Iraque e está localizada na fronteira com a Turquia que, porém, está fechada. Os cristãos estão, portanto, praticamente sitiados pelo Isis, que semeia o terror em todas as aldeias circunvizinhas, tanto entre os cristãos e os curdos quanto entre os sunitas que não aceitam o seu controle. Os cristãos, portanto, estão em fuga, nos últimos dois anos do 40 dos 120 mil habitantes, a população cristã foi reduzida à 20 mil. Vemos, portanto, um êxodo contínuo, com ruas constantemente cheias de carros que fogem deste inferno. Qamishli é um pouco um espelho de toda a Síria, porque também aqui, onde uma vez os cristãos e os curdos se opunham ao regime de Assad, estão, hoje, lutando do lado do regime em vez de aceitar o horror do Isis.

    ZENIT: Portanto, também os cristãos foram às armas?

    Exatamente. Os cristãos criaram uma milícia de auto-defesa com o eloquente nome Suttoro, que significa justamente, na antiga língua siríaca 'proteção'. Eles defendem as pessoas, mas também os lugares sagrados do Cristianismo, são cerca de 400 e têm um centro de treinamento no quartel siríaco de Qamishli.

    ZENIT: Em que condições se encontra Aleppo, terceira cidade cristã no mundo árabe depois do Cairo e Beirute?

    Em Aleppo, a situação é relativamente melhor hoje, mas é necessário considerar o que aconteceu nesta cidade nos últimos três anos, especialmente no último. Ela foi isolada e trancado em um cerco que apertava cada vez mais, por grupos jihadistas. Depois, na primavera passada o cerco foi quebrado pelas tropas do governo que conseguiram abrir uma estrada que consentiu novamente as conexões. O centro histórico de Aleppo permanece, porém, sob cerco: quem se lembra dos tesouros artísticos de Aleppo deve se esquecer porque não existem mais, bem como, quem se lembra os bairros cristãos deve imaginar hoje um monte de ruínas. Por exemplo, o bairro de Midan, coração comercial da comunidade armênia, é uma região reduzida a escombros por causa das agressões contínuas dos jihadistas. Portanto, também em Aleppo os cristãos vivem a tragédia do êxodo, a comunidade cristã foi reduzida em 40% e o medo é que continue a diminuir.

    ZENIT: O que foi que os ataques norte-americanos conseguiram contra o Isis?

    O único sucesso foi o alcançado em torno de Kobane, que tem, porém, um valor principalmente simbólico, porque esta cidade, estando já vazia, não tem nenhum peso estratégico. É só aqui que os mísseis conseguiram parar o assédio jihadista. Por exemplo, em Qamishli - onde Isis cresce - eu não vi nem sequer um bombardeio americano.

    ZENIT: Não está clara a atitude de um membro da NATO, como a Turquia, com relação ao ISIS...

    A atitude, no mínimo ambígua, da Turquia é uma constante desde o início do conflito. Não nos esqueçamos que os grupos jihadistas - incluindo Isis - encontraram hospitalidade e acolhida no território turco. É a partir das fronteiras turcas que, como demonstram os documentos que me mostraram militares curdos, grande parte dos combatentes estrangeiros passam para se alistar nas fileiras do Isis. Evidente é o que aconteceu em Kobane, onde o exército turco ficou observando enquanto a cidade era tomada pelo Isis. Os mesmos jornais turcos, além do mais, relatam casos de hospitais turcos que acolheram e cuidaram de militantes do Isis. Em suma, a atitude da Turquia vai além da ambiguidade.

    ZENIT: Em três anos de conflito você nota que tenha mudado a atitude dos maiores meios de comunicação ocidentais com relação ao que está acontecendo na região?

    Por força mudou. Há três anos, os meios de comunicação ocidentais fechavam os olhos, e acreditavam em um conflito onde o único culpado era o regime de Assad, até mesmo confundiram os massacres atuais realizados pelos rebeldes com os assassinatos feitos pelo governo. A idéia de rebeldes democráticos acabou sendo uma ilusão. A realidade é de fato outra: uma operação que começou no Egito e criada pela Fraternidade Muçulmana – com o apoio de Países como o Qatar e a Turquia – para derrubar o regime de Assad substituindo-o por outro apoiado pela Fraternidade Muçulmana. De democrático havia muito pouco.

    ZENIT: Quais cenários futuro?

    Os cenários futuros são extremamente negros porque existem diferentes tonalidades de jihadismo, mas nenhum deles é moderado: vai do jihadismo apoiado pela Arábia Saudita e implementado pelo ISIS a um regime como o da Síria, que, para poder resistir teve que se aliar sempre mais com o Irã assumindo uma posição linha-dura. O fim da guerra e uma Síria pacífica e inter-confessional é um cenário muito distante.

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    Análise
    A crise política e a doutrina social da Igreja
    Desconstruir estruturas democráticas e sociais nunca foi caminho para solução de crise, senão para criar um governo autoritário e acabar com a democracia

    Por Paulo Vasconcelos Jacobina


    BRASíLIA, 07 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Em momentos de crise, a sensação de insegurança se espalha com muita rapidez. E estamos vivendo um momento de crise: não somente de crise econômica, embora esta também se faça evidente, mas principalmente de crise ética, religiosa e, porque não dizer, civilizacional.

    Em situações assim, não é incomum que aqueles que estão no poder procurem razões – fora de si mesmos – as quais imputar a responsabilidade pelo fato de que as coisas não estão indo bem. Uma estratégia muito comum de governantes que desacreditam na alternância de poder como princípio democrático é a de afirmar que as atuais estruturas políticas e sociais não são suficientes para que ele possa exercer o poder necessário para levar o povo para fora da crise. O governante grita por mais poder; presume-se legítimo não apenas para conduzir o povo para a prosperidade, mas ao paraíso na terra, o que só não aconteceria, alegam, porque sua capacidade de fazer o necessário para isto está atada por princípios e estruturas que o restringem, e o impedem de redimir o povo da crise.

    Este é um fenômeno que parece estar se desenhando no Brasil: vê-se o partido do governo propondo uma reforma política logo após quase sofrer uma grande derrota eleitoral, e defendendo a extinção de estruturas políticas multicentenárias como o Senado da República, ou tentando bloquear o que vê como canais de possíveis derrotas para si em votações no congresso e em futuras eleições, que são a imprensa livre e a possibilidade de financiamento privado (aberto e contabilizado) de campanhas.

    Ora, os princípios são criados e mantidos exatamente para nos guiar nas crises. Na prosperidade, ninguém discute princípios. No entanto, a ideia de que são os princípios, as estruturas democráticas, a liberdade de expressão ou a participação de agentes privados em campanhas eleitorais os verdadeiros responsáveis pela crise escamoteia o fato principal: isto não é verdade. As crises nascem e algum outro lugar, não das estruturas democráticas e sociais, e desconstruir estruturas democráticas e sociais nunca foi caminho para solução de crise, senão para, como parece óbvio, criar um governo autoritário e acabar com a democracia.

    É por isso que a própria Igreja construiu um sistema sólido de Doutrina Social, firmemente ancorado numa ética cristã que, se de um lado possui uma sustentação de razoabilidade firme como rocha, por outro lado respeita a interpelação de Deus no dado revelado. Por essa mesma doutrina social, o Estado – e seus eventuais ocupantes – não são a panaceia geral, mas servidores da sociedade, e não têm a legitimidade para pleitear mais poder, desconsiderando o princípio da subsidiariedade, mesmo a pretexto de soluções "sociais" para crises. Há problemas que não cabe mesmo ao Estado resolver, mas apenas reforçar as demais estruturas sociais para que estejam capacitadas a fazê-lo.

    Não faz parte da doutrina social da Igreja acreditar que os cristãos somente ajudam os mais pobres de verdade quando votam num governo que alegadamente faça isso por eles. De fato, sabe-se que Jesus nunca ensinou que os cristãos deveriam simplesmente delegar ao governo o dever de ajudar os mais pobres. A doutrina social da Igreja sempre ensinou que se deve fazer uma "opção preferencial pelos pobres", mas jamais que o Estado, de algum modo, devesse receber mais poderes, mais delegações, devesse desconstruir estruturas familiares, restringir meios de comunicação social, impedir a plena participação do setor privado no processo eleitoral, desfazer estruturas republicanas, de modo a exercer uma suposta benignidade para com os mais pobres em nome e por delegação dos cristãos.

    A Doutrina Social da Igreja, na verdade, sempre instruiu que lutar pelos mais pobres era um dever de todos, não um monopólio de um governo "social". Mesmo porque, a julgar pelo que se vê na rua todos os dias, a estratégia do governo não está adiantando. E não por culpa da "falta de uma reforma política". Mas por políticas econômicas desastradas, falência ética, excesso de drogas e incapacidade de lidar com elas, falta de perspectiva, falta de segurança e massiva partidarização das escolas que escolhem não ensinar, mas doutrinar, apenas para citar alguns problemas.

    Há muitos debates a serem feitos, com toda a franqueza e honestidade, sobre quais os meios mais adequados para resgatar os mais pobres; dentre eles, é claro, a compreensão e prática mais firme da doutrina social da Igreja, por todos e cada um de nós, cristãos.

    Mas imaginar que a única maneira de ser cristão é dar mais poder a "partidos populares", ou que a Doutrina Social da Igreja de algum modo nos obriga a dar irrestrito apoio a programas sociais estatais assistenciais e massivos, ou a quem propõe alinhar o país a blocos internacionais socialistas em nome do combate ao "capitalismo internacional", e que a Igreja deveria, portanto, estar ao lado da desconstrução das estruturas democráticas, familiares e sociais como única maneira de tornar mais forte um governo "social" que promete tornar "efetiva' sua opção preferencial pelo pobre é uma tentação, mas, como toda tentação, deve ser fortemente resistida.

    Os mais pobres precisam de educação, saúde e emprego, de estabilidade econômica e de solidariedade entre si e com os demais. Dar mais poder ao Estado, ao contrário, é torná-lo mais paternalista, mais centralizador da economia, mais gerador de dependências. Os mais pobres precisam de famílias bem estruturadas, estáveis e fecundas, para serem apoios recíprocos e fortalecer a sociedade. Não se obtém este objetivo apoiando o aumento de poder político de um grupo cuja ideologia proclamada é a "desconstrução da heteronormatividade", a "destruição do modelo (segundo eles) patriarcal e dominador de família em que o homem provê e a mulher reproduz", por um modelo em que ambos trabalhem duramente e o dia todo, suas ligações afetivas sejam circunstanciais e facilmente substituíveis e o Estado se ocupe plenamente da atenção e dos cuidados com as crianças que sobreviverem às políticas públicas de contracepção artificial, esterilização em massa e aborto irrestrito. Os mais pobres precisam de apoio na velhice e na doença, e não de um governo que se veja cada vez mais capaz de promover a legalização e adoção da eutanásia e do suicídio assistido, e cuja política de saúde mais propagandeada seja a importação de médicos estrangeiros de habilitação duvidosa mediante o pagamento da maior parte do respectivo salário aos governantes daquele país.

    A crise é forte, e não há horizonte de melhoras. Está havendo uma radicalização inegável no discurso do governo. O apelo governamental a uma suposta "política pelos pobres" não pode silenciar o profetismo cristão, nem em nome de uma leitura simplista da doutrina social católica. Que em nenhum lugar estabelece que é dever cristão ampliar o domínio do Estado em mãos da esquerda socializante. Que, aliás, onde se instalou, passou a combater a Igreja e a própria liberdade religiosa.

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    A formação dos presbíteros
    Destituído de uma robusta compleição psicológico-emocional, o padre adoece

    Por Edson Sampel


    SãO PAULO, 05 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - A Igreja, desde o Concílio Vaticano II, com o decreto Optatam Totius, tem outorgado bastante ênfase à formação dos padres ou presbíteros. Deveras, preparar bem os novos sacerdotes implica a coalescência de vários fatores, principalmente a capacitação teológica e a identidade emocional dos candidatos. Na verdade, o chamado "coeficiente emocional" (Q.E.) parece ser o elemento de maior relevância. Um padre não tem de ser necessariamente um teólogo de escol, pois o sacerdócio constitui um serviço humilde, ou seja, um "operariado" em prol do povo de Deus. Por outro lado, destituído de uma robusta compleição psicológico-emocional, o padre, em meio a tantas dificuldades e demandas na paróquia, acaba por se estafar, adoecer, deprimir-se etc.

    Como formar um bom padre? Em primeiro lugar, é mister que o formador ou o reitor do seminário tenha olhos clínicos, para, a curto prazo, conseguir separar o joio do trigo, porquanto não se deve aceitar quem procura no presbiterado apenas uma profissão como outra qualquer, um status social ou um meio de viver tranquilamente. O mencionado ministério depende de uma "vocação". O que é isto? Trata-se de um chamado divino! A pessoa precisa se sentir atraída por Deus a cuidar da Igreja dele.

    O sacerdócio é, outrossim, caracterizado pela pobreza. Um padre ou um bispo tem de ser um homem pobre. É claro que a pobreza difere da miserabilidade. Esta, fruto da injustiça, denigre a dignidade humana. Aquela se traduz num conselho evangélico e engrandece a pessoa, tornando-a semelhante a Deus, que se encarnou na penúria de um estábulo.

    Hoje em dia, desafortunadamente, certas condutas desairosas no ministério da ordem chocam sobremaneira os católicos. São casos específicos, mas os há. Pensemos, por exemplo, na pedofilia. A propósito das referidas patologias, recomendo vivamente a leitura do livro "A impostura no ministério da ordem", da professora dra. Denise Bacarji (adquirível pelo correio eletrônico arlened@uol.com.br).

    Importante mesmo é rezar, consoante no-lo admoestou o divino fundador da Igreja católica: impetremos, pois, ao senhor da messe, a fim de que mande operários (Lc 10, 1-9). A Igreja já tem ótimos padres, fiéis ao magistério petrino, sem embargo, precisa de tantos outros excelentes presbíteros, que, com entranhas de caridade, levem o evangelho e os sacramentos ao povo de Deus.

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    A ideia de pecado e o debate político público
    A Igreja tem a melhor proposta a apresentar, para toda a humanidade, sobre a família, como se viu das discussões do último Sínodo.

    Por Paulo Vasconcelos Jacobina


    BRASíLIA, 04 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - A Igreja tem a melhor proposta a apresentar, para toda a humanidade, sobre a família, como se viu das discussões do último Sínodo. É uma proposta com bases racionais excelentes, e com um verdadeiro equilíbrio. Mas a Igreja não é uma "polícia sexual", preocupada em catalogar e proscrever esta ou aquela conduta sexual só para mandar gente para o inferno.

    A ideia de "pecado" é uma noção teológica. Recorrer a ela no debate público não parece colaborar com a construção de uma sociedade plúrima, na qual a liberdade religiosa seja realmente respeitada. É o que nos ensina o excelente documento "Em Busca de uma Ética Universal", da Comissão Teológica Internacional. É, pois, um equívoco confundir a noção de "pecado" com a noção de "crime" ou "ilícito" para fins de influenciar na legislação positiva estatal, equiparando "condutas pecaminosas" a "crimes". Neste sentido, a atitude de enumerar e citar versículos bíblicos e suas ameaças de pecado e salvação no discurso público não ajuda nem o avanço dos debates, nem o avanço do cristianismo. Tomás de Aquino já nos advertiu, há mais de oitocentos anos, que é inútil debater usando argumentos que não são compartilhados pelo outro debatedor, mas apenas por quem compartilha seus próprios pressupostos religiosos.

    Não podemos esquecer de que o estado laico é um grande bem: defende o outro de nós, mas também de certa forma, defende nossa própria liberdade religiosa da incompreensão do outro. Não falo aqui do desvio laicista, que quer reduzir o estado laico a um estado ateu. Falo de atitudes como a de certos extremistas religiosos que querem empurrar seu próprio livro revelado como lei estatal positiva em estados teocráticos. O resultado já sabemos: coisas como o apedrejamento e mutilação de mulheres e a degola pública de repórteres ocidentais. Não é esta a proposta cristã.

    A nossa convivência conjunta deve dar-se com base em dois pressupostos: pertencemos a grupos diversos, com valores diversos, mas compartilhamos a mesma natureza humana e a mesma razão, e é com base nestes dois pressupostos, a natureza humana comum e a razão compartilhada que devemos conviver.

    Por um lado, existem valores que devem ser abraçados por qualquer legislação positiva, como o respeito à vida, à liberdade pessoal, à integridade física, à família e ao patrimônio. Existem, é claro, por outro lado, questões éticas e morais que são controvertidas, e devem ser discutidas racionalmente, e nas quais uma das posições circunstancialmente coincide com a cultura cristã; é o caso do aborto, que envolve o interesse de um pequeno ser no útero, e, portanto, um conflito real entre os potenciais direitos à vida e à liberdade desse pequeno ser humano e os interesses dos seus genitores em abortá-lo. Se a ciência nos provar que aquele ser não é o que a própria ciência nos diz que é - um pequeno ser humano já com todas as potencialidades definidas e inscritas em seu DNA, pararíamos de gritar contra o aborto.

    É também o caso da família estável e reprodutiva, que sempre foi o alicerce do estado em todas as culturas até hoje. Quais as consequências, éticas, econômicas e sociais, de estender a outras situações familiares, não estáveis e não reprodutivas, a ideia de matrimônio? Esta é uma discussão sociológica e filosófica séria. Não se pode entrar nessa discussão de "Bíblia em punho", mas é inegável que haja argumentos interessantes, de cunho racional, para debater estas situações de um modo diverso que a vanguarda cultural quer colocar. Debatê-las, , portanto, sem resquícios de fideísmo, por parte dos que alegam ter fé, mas também sem intolerância dos não religiosos contra os que usam argumentos históricos e fundamentam-se em valores culturais e sociais mais tradicionais, é uma necessidade; mas os argumentos perfeitamente razoáveis dos que têm fé são às vezes gratuitamente repelidos por quem não a tem, e que, por não compartilhar sua visão do mundo, querem silenciá-los sob a acusação de violação de estado laico que não está em jogo.

    Mas mesmo quem tem fé não pode se esquecer de que a palavra "cristianismo", hoje, envolve uma série de boas e más compreensões teológicas que está muito longe de ser homogênea. Por exemplo, esta ideia de que a Bíblia é um livro de leis e o cristianismo é um grande tribunal está profundamente equivocada: o Papa Francisco constantemente nos lembra que a graça é graça, não conquista de pessoas que se comportam disciplinadamente. Excluir da graça determinadas pessoas, em razão do tipo de conduta que praticam, citando versículos bíblicos como se fossem artigos de lei, não parece bom cristianismo. Não é pela lei, mas pela fé, que se é justificado – não há, aqui, nenhum apelo a predestinações ou atitudes "evangélicas" como um radical "sola fide", mas o reconhecimento de que a santidade é um dom, e o cristianismo, um caminho. Parece contraditório, pois, que se creia nisto e se pregue um simples moralismo como cristianismo.

    Por isto, não se pode ver, por exemplo, o Catecismo da Igreja Católica como uma espécie de "decreto de regulamentação" católico das "leis penais" bíblicas. A Igreja Católica, como já disse, não é um tribunal, mas um grande hospital para nós todos, quaisquer que sejam as suas inclinações particulares, as suas lutas pessoais com seus desejos e impulsos. Como diz o Cardeal Dolan: "Gosto de lembrar às pessoas que a Igreja não é um clube privado para os perfeitos, mas um hospital para os enfermos. Se você está doente espiritualmente ou moralmente, é mais que bem vindo à Igreja, porque todos nós o somos. Também se você cometeu erros mais graves, de qualquer forma, está em 'casa' e nós faremos o possível para fazê-lo compreender, à luz da sabedoria da Igreja. Ainda quando fracasse a Igreja estará do seu lado para te fazer compreender que você não está excluído".

    Assim, deveríamos estudar mais seriamente aquilo que a Igreja não é, para entender melhor o que ela é, a fim de participar mais eficazmente dos debates públicos.

    Por exemplo, a Igreja tem a melhor proposta a apresentar, para toda a humanidade, sobre a família, como se viu das discussões do último Sínodo. É uma proposta com bases racionais excelentes, e com um verdadeiro equilíbrio. Mas a Igreja não é uma "polícia sexual", preocupada em catalogar e proscrever esta ou aquela conduta sexual só para mandar gente para o inferno.

    A ideia de castidade (que não se confunde com celibato, mas com integridade pessoal) a que somos todos convidados, é como um horizonte para caminhar, é a ideia de maturidade pessoal, progressiva e acompanhada pela graça de Deus, e é proposta a todos nós, independentemente das nossas inclinações, e mesmo, ouso dizer, de nossas eventuais opções religiosas ou ateias. Como diz João Paulo II na "Familiaris Consortio", há necessidade de "uma conversão contínua, permanente, que, embora exigindo o afastamento interior de todo o mal e a adesão ao bem na sua plenitude, se atua concretamente em passos que conduzem sempre para além dela. Desenvolve-se assim um processo dinâmico, que avança gradualmente com a progressiva integração dos dons de Deus e das exigências do seu amor definitivo e absoluto em toda a vida pessoal e social do homem. É, por isso, necessário um caminho pedagógico de crescimento, a fim de que os fiéis, as famílias e os povos, antes, a própria civilização, daquilo que já receberam do Mistério de Cristo, possam ser conduzidos pacientemente mais além, atingindo um conhecimento mais rico e uma integração mais plena deste mistério na sua vida."

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    Angelus
    Precisamos de pontes, não de muros!
    No Angelus deste domingo, Francisco recorda os 25 anos da queda do Muro de Berlim e a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão

    Por Redacao


    ROMA, 09 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - O Papa Francisco recordou no Angelus deste domingo, os 25 anos da queda do Muro de Berlim e a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão. Eis o texto da íntegra:

    Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

    A liturgia de hoje recorda a Dedicação da Basílica de Latrão, a catedral de Roma, que por tradição é chama de "a mãe de todas as igrejas do Urbe et Orbe". O termo "mãe" não se refere tanto ao edifício sagrado da Basílica, mas a obra do Espírito Santo que neste edifício se manifesta, frutificando através do ministério do Bispo de Roma, em todas as comunidades que permanecem em unidade com a Igreja que ele preside.

    Todas as vezes que celebramos a dedicação de uma igreja, somos chamados a uma verdade essencial: o templo material feito de tijolos é um sinal da Igreja viva e ativa na história, do "templo espiritual", como diz o apóstolo Pedro, onde o próprio Cristo é a "pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus" (1 Pedro 2,4-8). Jesus, no Evangelho da liturgia de hoje, falando do templo, revelou uma verdade: o templo de Deus não é apenas o edifício feito de tijolos, mas é seu corpo, feito de pedras vivas. Em virtude do Batismo, todo cristão faz parte da "construção" de Deus "(1 Cor 3,9), torna-se a Igreja de Deus. O edifício espiritual, a Igreja comunidade dos homens santificados pelo sangue de Cristo e pelo Espírito do Senhor Ressuscitado, pede a cada um de nós para ser coerente com o dom da fé e para percorrer um caminho de testemunho cristão. Não é fácil, todos nós sabemos, a coerência de vida entre a fé e o testemunho; mas devemos ir em frente e realizar em nossas vidas esta coerência cotidiana. "Este é um cristão", não tanto pelo que diz, mas pelo que faz, pelo modo como se comporta. Essa coerência, que nos dá vida, é uma graça do Espírito Santo que devemos pedir. A Igreja, na origem da sua vida e da sua missão no mundo, é uma comunidade constituída para professar a fé em Jesus Cristo Filho de Deus e Redentor da humanidade, uma fé que age por meio da caridade. Estão juntas! Também hoje a Igreja é chamada a ser no mundo uma comunidade que, radicada em Cristo por meio do Batismo, professa com humildade e coragem a fé Nele, testemunhando esta fé na caridade. Para este fim devem ser ordenados os elementos institucionais, as estruturas e organizações pastorais; para este fim essencial: testemunhar a fé na caridade. A caridade é a expressão da fé e também a fé é a explicação e o fundamento da caridade.

    A festa de hoje nos convida a meditar sobre a comunhão de todas as Igrejas, desta comunidade cristã que por analogia nos encoraja a empenhar-nos a fim de que a humanidade possa superar as barreiras da inimizade e da indiferença, a construir pontes de compreensão e diálogo, para fazer do mundo inteiro uma família de povos reconciliados entre si, fraterno e solidário. Desta nova humanidade, a própria Igreja é sinal e antecipação quando vive e difunde com seu testemunho o Evangelho, a mensagem de esperança e reconciliação para todas as pessoas.

    Invoquemos a intercessão de Maria Santíssima, para que nos ajude a sermos, como ela, "casa de Deus", templo vivo de seu amor.

    Depois do Angelus

    Queridos irmãos e irmãs,

    Há 25 anos, em 09 de novembro de 1989, caia o Muro de Berlim, que por tanto tempo separou a cidade em duas partes e foi símbolo da divisão ideológica da Europa e do mundo. A queda aconteceu de forma improvisa, mas isso só foi possível graças a um longo, intenso e árduo trabalho de muitos que lutaram, rezaram e sofreram, alguns até mesmo com o sacrifício da vida. Dentre eles, um papel de protagonista desempenhou o Santo Papa João Paulo II. Rezemos para que, com a ajuda do Senhor e a colaboração de todos os homens de boa vontade, seja cada vez mais propagada uma cultura do encontro, capaz de derrubar todos os muros que ainda hoje dividem o mundo e não aconteça mais que pessoas inocentes sejam perseguidas e até mortas por causa de sua crença e religião. Onde há um muro, ha fechamento de coração. Precisamos de pontes, não de muros!

    Hoje, na Itália, celebramos a Jornada do Agradecimento que este ano tem como tema "Alimentar o Planeta. Energia para a vida", referindo-se à Expo Milão 2015. Uno-me aos bispos em um compromisso renovado para que a ninguém falte o alimento cotidiano, que Deus dá a todos. Estou próximo ao mundo da agricultura, e encorajo a cultivar a terra de forma sustentável e solidária.

    Neste contexto, tem lugar em Roma a Jornada Diocesana para a salvaguarda da criação, um evento que visa promover estilos de vida baseados no respeito ao meio ambiente, reafirmando a aliança entre o homem, custódio da criação e do seu Criador.

    Saúdo todos os peregrinos que vieram de diferentes países, famílias, grupos paroquiais, associações, neste belo dia que o Senhor nos deu hoje.

    Em particular, saúdo os representantes da comunidade venezuelana na Itália - Eu vejo a bandeira- os meninos de Thiene (Vicenza) que receberam o Sacramento da Confirmação; os universitários de Urbino; os fiéis de Pontecagnano, Sant'Angelo in Formis, Borgonuovo e Pontecchio.

    Nesta belo dia, eu desejo a todos um bom domingo. Por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até breve!

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    Audiência de quarta-feira
    Um Igreja não unida ao bispo é uma Igreja doente
    Na Audiência Geral, o Papa Francisco recorda a natureza colegial do ministério episcopal, da comunhão

    Por Luca Marcolivio


    ROMA, 05 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - No ministério episcopal, bem como no presbiteral e diaconal, "é o próprio Cristo que está presente e que continua a cuidar de sua Igreja, garantindo proteção e orientação". Afirmou o papa disse Francisco durante a Audiência Geral desta manhã, que continuou seu ciclo de catequeses sobre os dons do Espírito Santo.

    "Na presença e no ministério dos bispos, presbíteros e dos diáconos podemos reconhecer a verdadeira face da Igreja: a Santa Mãe Igreja Hierárquica", disse o Santo Padre. Através de seus ministros, "a Igreja exerce sua maternidade", que se expressa de muitas formas.

    Em primeiro lugar, "nos gera no batismo como cristãos, fazendo-nos renascer em Cristo". Em seguida, a Igreja, através do sacramento da penitência, "vigia sobre o nosso crescimento na fé, acompanha-nos entre os braços do Pai, para receber o seu perdão; nos prepara para a mesa eucarística, onde nos alimenta com a palavra de Deus e o Corpo e o Sangue de Jesus."

    Através do sacramento da confirmação "invoca sobre nós a bênção de Deus e a força do seu Espírito, sustentando-nos por todo o curso da nossa vida e nos envolvendo com ternura e calor, sobretudo nos momentos mais delicados da provação, do sofrimento e da morte", como é o sacramento da unção dos Enfermos.

    Falando especificamente sobre o ministério episcopal, o Santo Padre recordou que os bispos são sucessores dos apóstolos e, como tal, "são colocados na cabeça das comunidades cristãs, como fiadores da sua fé e como um sinal vivo da presença do Senhor em meio a eles ".

    Neste sentido, Francisco advertiu os irmãos no episcopado: o trabalho, disse ele, não é uma "posição de prestígio", nem uma "honra", mas um "serviço" porque "Jesus o quis assim". Na Igreja, não deve haver lugar para qualquer "mentalidade mundana."

    Pelo contrário, os bispos devem sempre seguir "o exemplo de Jesus, como Bom Pastor, que veio não para ser servido, mas para servir (cf. Mt 20,28; Mc 10,45), e para dar a sua vida por suas ovelhas (cf. Jo 10,11)".

    A história da Igreja está cheia de bispos, santos, cujas vidas nos mostram que o ministério episcopal "não se procura, não se pede, não se compra, mas se acolhe em obediência, não para se elevar, mas para se rebaixar, como Jesus que "humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte e morte de cruz (Fl 2,8)."

    Outro aspecto destacado pelo Papa é a natureza colegial do ministério episcopal, da "comunhão" cujo bispo de Roma é "custódio e fiador": "Quando Jesus escolheu e chamou os apóstolos - disse – pensou neles não separados "um do outro, cada um por conta própria, mas juntos, para que estivessem com Ele, unidos, como uma só família".

    O recente Sínodo sobre a família, disse Francisco, foi uma nova oportunidade para expressar esta colegialidade episcopal, no entanto, o mundo está cheio de bispos que "mesmo vivendo em lugares, culturas, sensibilidades e tradições diferentes e distantes um do outro", sentem-se "parte um ao outro e se tornam expressão da íntima ligação, em Cristo, entre suas comunidades."

    É por esta razão que "as comunidades cristãs reconhecem no bispo um grande presente e são chamadas a alimentar uma sincera e profunda comunhão com ele, a partir dos presbíteros e dos diáconos. "Não há uma Igreja sadia se os fiéis, os diáconos e os presbíteros não são unidos ao bispo, acrescentou o Pontífice. "Essa Igreja não unida ao bispo é uma Igreja doente".

    Isso tudo acontece por que é no bispo que "se torna visível a ligação de cada Igreja com os apóstolos e com todas as outras comunidades, unidas com os seus bispos e o Papa na única Igreja do Senhor Jesus, que é a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica", concluiu.

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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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